Inovação e circularidade dão o tom do 1º Workshop Engepol-Braskem

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Data: 11/03/2024

O Workshop EngePol – Braskem reuniu mais de 20 pesquisadores apoiados por bolsas concedidas pela empresa petroquímica

O Laboratório de Engenharia de Polimerização (EngePol) da Coppe/UFRJ promoveu na última quinta-feira, 7 de março, o seu primeiro workshop em conjunto com a Braskem, tendo a apresentação dos trabalhos mais recentes realizados por pesquisadores do Programa de Engenharia Química da Coppe, além de colegas da Escola de Química (EQ) e Instituto de Macromoléculas (IMA), nesta longeva e bem-sucedida parceria que supera 30 anos.

O workshop trouxe apresentações e debates em uma ampla gama de temas de interesse da indústria química, como rotas sustentáveis de produção de polímeros, processos de polimerização, reciclagem química, circularidade na indústria pirólise de resíduos; líquidos iônicos; produção de eteno e resinas; e digital twin.

“A circularidade na indústria química é um caminho sem volta”, afirmou o professor José Carlos Pinto

Na visão do professor José Carlos Pinto, do Programa de Engenharia Química e coordenador do EngePol, a circularidade na indústria química é “um caminho sem volta”. “Tenho dito nas minhas palestras que eu gostaria de ser um engenheiro químico em começo de carreira hoje, pois tenho convicção de que, não sei se vai ser em cinco ou dez anos, mas no horizonte da vida profissional do engenheiro que formamos hoje. Essas técnicas vão mudar a cara da Química e mudar a cara dos processos”.

“Há 100 anos a Engenharia Química faz pirólise. Tratamentos térmicos para craqueamento são convencionais, o material utilizado é que é novo por conta da circularidade. Muitas técnicas podem ser associadas à pirólise ou usadas de maneira independente para a degradação desses resíduos plásticos. Pré-tratamento com extrusoras, manipulação de razões de refluxo e introdução de líquidos iônicos permitem melhorar aspectos energéticos e processo de despolimerização merecem ser estudados com maior detalhe. Eletroquímicos, catalíticos e por micro-ondas. Há uma perspectiva de trabalhos tanto acadêmicos quanto de inovação tecnológica muito promissora”, explicou.

Normando Jesus destacou a quantidade, a qualidade e a diversidade dos trabalhos apresentados
Pesquisadoras mulheres, como Natasha Kelber, foram maioria na apresentação dos estudos

Normando Jesus, da Braskem, afirmou que este é o momento de fazer uma revolução na Engenharia Química, tal como sucedeu com a criação das refinarias, nos anos 1850, da petroquímica, na década de 1920, e dos polímeros em 1950. “Estamos em um novo momento de virada, não é toda geração que se depara com desafios desse tipo”, enfatizou.

Com a empresa e a Coppe comprometidas com a inovação tecnológica, a circularidade na economia e a descarbonização dos processos produtivos, José Carlos Pinto pontuou que esta é uma parceria científica-tecnológica que vem de longe, com patentes conjuntas de tecnologias inovadoras e formação de pessoal qualificado para a indústria.

“Em 2018, assinamos um contrato de cooperação, gerando sinergia e aprofundamento ainda maior. Tudo o que falamos neste workshop foi de colaborações e publicações concluídas em 2023. Só hoje no auditório 20 bolsistas apoiados pela Braskem”, concluiu o professor da Coppe.

“É uma parceria de sucesso, da qual tenho muito orgulho. A quantidade de trabalhos publicados e a variedade de temas mostram que o EngePol é uma máquina de inovação”, reconheceu Normando Jesus.

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