Internauta já desfruta de conexão gratuita na orla de Copacabana
Planeta COPPE / Engenharia de Sistemas e Computação / Notícias
Data: 25/07/2008
O Orla Digital vem conquistando visitantes e frequentadores da orla de Copacabana. A inauguração do projeto, dia 22 de julho, foi feita em estilo tipicamente carioca, reunindo na praia autoridades de governo, acadêmicos, artistas, integrantes da Portela, freqüentadores da orla de Copacabana e craques do futebol, como Jairzinho, Amarildo e Paulo César Caju. Inaugurado pelo Governador Sérgio Cabral e pelo secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, o projeto que permite o acesso gratuito à Internet banda larga sem fio a céu aberto é o maior da América Latina em extensão, com 4,5 km de cobertura.
O projeto desenvolvido pela COPPE utiliza tecnologia de acesso conhecida como wi-fi e pode atender, simultaneamente, até 1.200 pessoas na orla de Copacabana. Dos 22 pontos de acesso que constam do projeto, 11 já foram instalados nos postes da Av. Atlântica, entre as ruas Santa Clara e Princesa Isabel, e até o dia 31 de juolho serão implantados os demais. A previsão é de que a partir do dia 12 de agosto todos os 22 pontos de acesso que compõem o projeto Orla Digital, do Leme ao Forte de Coapacabana, estejam em pleno funcionamento. A partir de agora, para entrar em contato com o mundo virtual, até mesmo na areia da praia, basta que os usuários tenham um notebook ou um aparelho celular compatível.
Coordenadores do projeto, os professores da COPPE Luis Felipe de Moraes e Cláudio Amorim explicam que o Orla Digital não se esgota na disponibilidade do acesso gratuito. Os freqüentadores e visitantes da orla terão acesso a tecnologias inovadoras, como o sistema de vídeo interativo sob demanda, desenvolvido no Laboratório de Computação Paralela da COPPE e já patenteado pela instituição. “A proposta é oferecer aplicativos que possam disponibilizar conteúdo de qualidade para o usuário, seja de âmbito cultural, educacional e de entretenimento. E tudo isso com alta definição de imagem, idêntica à de TV”, antecipa o professor Amorim, responsável pelo laboratório.
Mas os benefícios não param por aí: os professores da COPPE já estão pesquisando novas aplicações voltadas para as áreas de telemedicina, redes sociais, segurança, entre outras. “Hoje em dia, o acesso gratuito à Internet em banda larga e de alta qualidade é um instrumento importante para a inclusão digital. Vamos trabalhar para que o Rio Orla possa explorar esse potencial”, afirma Cláudio Amorim.
Seguindo seu cronograma de implantação, a segunda etapa do projeto Orla Digital será concluída no final de agosto, após a verificação da demanda do serviço na primeira etapa. “Isso é necessário para que ajustes finos e demais correções possam ser realizados, a fim de manter a qualidade em toda a orla”, explica o professor Luis Felipe. O acesso sem fio à internet cobrirá toda a Avenida Atlântica, podendo ainda alcançar trechos de algumas ruas transversais próximas à orla.
Projeto cobrirá toda a orla do Rio: do Leme ao Recreio
Até o final do ano o acesso sem fio à Internet será expandido para toda a orla do Rio de Janeiro. A estimativa é de que até o final do ano o projeto chegue até o Recreio. Para escoar todo o tráfego na Internet gerado pelos usuários da orla, foi instalado um enlace de fibra ótica ligando a rede “mesh” sem fio ao Centro de Operações da Rede-Rio/FAPERJ, localizado na rua Lauro Muller, próximo ao campus da UFRJ, na Urca. A conexão através desse enlace de fibra ótica permitirá a transferência dos dados entre a rede instalada na orla de Copacabana e o “backbone” da Rede-Rio/FAPERJ e à Internet, a uma taxa de 1 Gigabits/s.
Com tecnologia MOTOMesh™ Duo, da empresa Motorola, a cobertura do sinal na orla será formada por quatro células de comunicação em malha (“mesh”), interligadas. A rede mesh Wi-Fi é econômica, de alto desempenho e proporciona acesso de banda larga sem fio de forma escalável para redes de todos os portes. O sistema foi projetado para maximizar o tráfego e a cobertura, proporcionando a conectividade que as aplicações exigem. As tarefas envolvendo a implantação e configuração da rede e do software de gerência de rede estão sendo realizadas em conjunto com as equipes da Rede-Rio / Faperj e da empresa de engenharia Mibra, responsável também pela execução das obras e instalações.
Financiado pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (SECT), com verba da Fundação Carlos Chagas de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), o projeto conta com apoio da prefeitura, que disponibilizou a infra-estrutura de postes e dutos da RioLuz, para a instalação de equipamentos de rádio e a passagem de cabos de fibra ótica.