Laboratório da Coppe atua em monitoramento de calor e ar no Complexo da Maré

Planeta COPPE / Engenharia Civil / Notícias

Data: 24/11/2023

Hoje, dia 24 de novembro, será realizado o lançamento da publicação “Diagnóstico sobre Ilhas de Calor e Qualidade do Ar nas 16 Favelas da Maré”, que é fruto de uma pesquisa realizada para a organização Redes da Maré, e contou com a participação do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe/UFRJ. A pesquisa faz parte do projeto Respira Maré, cuja coordenação produziu a publicação em parceria com o Instituto Clima e Sociedade (ICS). O lançamento ocorrerá, às 14 horas, no Espaço Normal, na Rua 17 de fevereiro, 237, Parque Maré.

Para identificar quais são as áreas mais quentes da região, bem como as que apresentam maiores índices de poluição do ar, cinco agentes ambientais que atuam no projeto coletaram dados entre março e setembro do presente ano. O pesquisador do Lamce/Coppe, Fabio Hochleitner, diz que o objetivo é avaliar fontes internas e externas de gases poluentes, como dióxido de carbono, monóxido de carbono, aldeídos, dióxido de nitrogênio e dióxido de enxofre, entre outros.

De acordo com Fabio, nesta fase inicial os agentes do projeto mapearam as emissões da região, e para avaliar a intensidade, os índices foram comparados com os da equipe do laboratório, que são dados de referência coletados pela estação de qualidade do ar do próprio Lamce. A estação está instalada na parte externa do laboratório, junto ao litoral do Parque Tecnológico da UFRJ, sem edificações muito próximas, o que propicia uma coleta de dados sobre fontes que não sofrem muitas interferências sem ser as da própria natureza. Como a Cidade Universitária é vizinha do Complexo da Maré, os índices obtidos na região deveriam ser próximos aos captados pela estação do Lamce no campus da UFRJ, e a diferença entre eles é que permite avaliar situação do complexo da Maré, cujo diagnóstico é otimizado por meio de modelagem computacional.

“Essa é uma primeira etapa para poder caracterizar a formação de ilhas de calor na região. Ou seja, áreas que, por conta de características meteorológicas e de poluição, concentram o calor de forma mais intensa e não conseguem dispersar esse calor ao longo da noite. Isso depende das questões ambientais, bem como da dinâmica de urbanização e cobertura do solo da região”, explica o pesquisador do Lamce, que é coordenado pelo professor Luiz Landau, do Programa de Engenharia Civil da Coppe.

Como parte da programação do evento haverá uma mesa de debate que contará com a presença da secretária de Meio Ambiente e Clima do Rio de Janeiro, Tainá de Paula. Também será apresentado e estudo “Análise de Riscos e Vulnerabilidades Climáticas”, realizado pela WayCarbon, que avalia três fenômenos climáticos que colocam em risco o território da Maré, que são ondas de calor, inundações e aumento do nível do mar.

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