Coppe tem projetos e dissertação na final do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2022

Três projetos coordenados por professores da Coppe/UFRJ e uma dissertação de mestrado de aluno da instituição estão entre os finalistas do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2022. Além disso, outros três docentes da Coppe integram equipes de três diferentes projetos liderados por outras unidades e universidades. A cerimônia de premiação será realizada dia 7 de dezembro, às 11 horas, no Palácio do Itamaraty, na Avenida Marechal Floriano, 196, Centro, RJ.

Todos os trabalhos de PD&I foram inscritos por uma empresa petrolífera por eles responsável e, ao todo, a Coppe estará presente na final, em quatro das cinco categorias de pesquisa, com nove professores, dez alunos, e oito pesquisadores, sendo três de pós-doutorado. Já as dissertações de mestrado concorrerão na inédita categoria PRH, lançada nesta edição de 2022 e destinada a alunos bolsistas do Programa de Formação de Recursos Humanos para o Setor de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (PRH/ANP), com as inscrições sendo realizadas pelos coordenadores de cada um desses programas. Cada uma dessas categorias de projetos e da dissertação tem três finalistas.

O aluno de mestrado Rodrigo Oliveira Cruz, do Programa de Engenharia Civil (PEC) da Coppe, está concorrendo com a dissertação intitulada “Otimização estrutural de jaquetas para turbinas eólicas offshore através de algoritmos evolutivos”. Orientado pela professora Beatriz de Souza Leite Pires de Lima e pela pesquisadora de Pós-doutorado Grasiele Regina Duarte, do PEC/Coppe, Rodrigo foi bolsista do PRH 9.1 – Formação de Profissionais de Engenharia Civil para o setor de Petróleo e Gás.

O objetivo do estudo do aluno da Coppe é otimizar a estrutura de jaquetas quando associadas a turbinas eólicas offshore, para buscar uma configuração que possua menor peso e seja mais eficiente. Trata-se de um trabalho que tem aplicação na descarbonização da indústria de petróleo, pois a geração eólica pode complementar plantas de produção de óleo e gás, além de ser uma alternativa para descomissionamento de jaquetas.

A Coppe está concorrendo com dois projetos na categoria III, cuja área temática geral é “Transporte, Dutos, Refino e Abastecimento”. Um é o denominado DETEPIG, realizado em parceria com a Petrobras pelos professores Gabriela Ribeiro Pereira e Cesar Giron Camerini, do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (PEMM), com a participação dos alunos Lucas Braga Campos (mestrado), Vitor Manoel de Araujo Silva (doutorado), e mais Daniel Mendes Fernandes (doutorado), do Programa de Engenharia Elétrica (PEE).

A equipe desenvolveu uma ferramenta de inspeção de baixo custo para detecção de derivações clandestinas em linhas de transporte de derivados de petróleo com o objetivo de aumentar a frequência de monitoramento e a segurança das operações contra furtos. Possuindo um peso de aproximadamente 10 kg, a ferramenta oferece cobertura de sensoriamento total na parede interna do duto, e testes de campo realizados no Centro de Tecnologia em Dutos (CTDUT) já apresentaram excelentes resultados, sendo possível identificar derivações a partir de 6 mm de diâmetro e ainda observar processos de corrosão dos dutos.

O outro projeto da Coppe, finalista na categoria III, é o denominado SOLID² – Sistema de detecção, localização e identificação de danos em dutos, que é realizado, em parceria com a Petrobras, pelos professores Helcio Rangel Barreto Orlande e Marcelo José Colaço, do Programa de Engenharia Mecânica (PEM), com a participação dos alunos Raphael Costa Carvalho (doutorado), Matheus de Abreu Monteiro Campos (doutorado), Elias do Carmo Dias (doutorado), Felipe Sant´Anna Nunes (doutorado), Iasmin Louzada Herzog (mestrado), Victor de Souza Ferreira (mestrado), e mais os pesquisadores de pós-doutorado Bruno dos Reis Jaccoud, Inoussa Tougri e Mohsen Alaeain, e o pesquisador sênior Elton Jorge Bragança Ribeiro.

O grupo desenvolveu um sistema computacional que permite a detecção e localização de vazamentos em dutos de óleo e gás, estimando grandezas que não possam ser medidas diretamente, a partir das medições de sensores operacionais de pressão, temperatura, vazão e massa específica já disponíveis nos dutos. As estimativas, neste caso, são referentes aos instantes de tempo de vazamentos, suas magnitudes e localização, a priori desconhecidos. O sistema permite monitorar em tempo real os dutos com o imediato aviso de vazamentos, seguido por procedimento de localização de sua posição geográfica. No processo, utilizam-se três técnicas de localização: análise da onda de pressão negativa, solução de problema inverso por método de otimização e localização por inteligência artificial.

O terceiro projeto da Coppe está concorrendo na categoria V, cuja área temática específica é “Indústria 4.0 / Transformação Digital”. Denominado “SCC-Life” é realizado, em parceria com a Petrobras, pelos professores Luís Volnei Sudati Sagrilo e José Renato Mendes de Sousa, do Programa de Engenharia Civil (PEC), com a participação dos pesquisadores Marcos Queija de Siqueira e Thiago Ângelo Gonçalves Lacerda.

A ferramenta SCC-Life, desenvolvida pela equipe, tem por objetivo executar a análise de integridade estrutural de dutos flexíveis sujeitos ao fenômeno de corrosão sob tensão pelo CO2 (stress corrosion cracking – SCC- CO2). Um dos principais impactos do SCC-CO2 nos dutos flexíveis é a redução do tempo máximo de operação admissível para essas linhas, o que impacta diretamente no processo de gestão de integridade, na programação de inspeções periódicas e na garantia de conformidade operacional. Ao longo dos últimos anos, foram desenvolvidas metodologias para se estimar a vida útil de dutos flexíveis por SCC-CO2, utilizando-se técnicas de Inteligência Artificial. Tais desenvolvimentos foram baseados em dados advindos da experiência operacional, testes de material, entre outros. Por meio do conhecimento adquirido, a ferramenta SCC-Life foi desenvolvida, de forma a permitir que a gestão da integridade de dutos flexíveis seja feita de forma mais assertiva e rápida.

Professores da Coppe integram equipes de outros projetos finalistas

Na categoria II, na qual a área temática geral é “Produção de Petróleo e Gás”, a Coppe está “representada” pela professora Juliana Braga Rodrigues Loureiro, do Programa de Engenharia Mecânica (PEM), que é a única integrante da UFRJ de uma equipe composta por pesquisadores de seis universidades e duas instituições de pesquisa que desenvolveram o projeto denominado “Métodos Físicos para Mitigação de Incrustações em Operações de Produção”. O projeto foi realizado em parceria com a Petrobras e com as empresas Vallourec, Magmax e Hidromag.

Tendo como área temática específica a “Redução de Impactos Ambientais e Energias Renováveis”, a categoria IV tem “representantes” da Coppe em dois projetos. A professora Carmen Lucia Tancredo Borges, do Programa de Engenharia Elétrica (PEE), e seu aluno de mestrado André Lázaro Souza integram a equipe que desenvolveu o “Gas-to-wire flutuante com CCUS: energia com emissão de CO2 quase-zero alavancada por EOR em hub offshore conectado ao sistema interligado nacional (SIN)”. O projeto é realizado em parceria com a Petrobras e coordenado pelos professores José Luiz de Medeiros e Ofélia de Queiroz Fernandes Araújo, da Escola de Química da UFRJ.

O outro projeto que concorre na categoria IV e tem participação da Coppe é o denominado “Costa Norte – Desenvolvimento de metodologia para entendimento dos processos costeiros e definição da vulnerabilidade das florestas de mangue das bacias”. Tendo como integrantes o professor Luiz Paulo de Freitas Assad, do Programa de Engenharia Civil (PEC), e os pesquisadores Adriano de Oliveira Vasconcelos e Raquel Toste Ferreira dos Santos, o projeto é realizado em parceria com as empresas Enauta (petrolífera) e Pro-Oceano Serviço Oceanográfico e Ambiental, e desenvolvido por três universidades, incluindo a UFRJ.

Sobre a premiação

O Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2022 tem como objetivo reconhecer e premiar os resultados associados a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), com utilização total ou parcial de recursos da Cláusula de PD&I, presente nos contratos de Exploração e Produção (E&P). Os projetos devem ter sido desenvolvidos no Brasil por instituições de pesquisa credenciadas pela ANP, empresas brasileiras e empresas petrolíferas, e representar inovação tecnológica de interesse dos setores de Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis, Petroquímica, Energia Renováveis, Transição Energética e Descarbonização. Ao vencedor de cada uma das cinco categorias será destinado um troféu e certificado atestando sua condição de vencedor na premiação. Aos finalistas serão concedidos troféus e certificados atestando sua condição de finalistas na premiação.

A premiação também visa reconhecer dissertações de mestrado desenvolvidas no âmbito do Programa de Formação de Recursos Humanos da ANP (PRH/ANP), e personalidades que tenham gerado contribuições relevantes de PD&I para o setor. Para essas duas categorias, cada indicado selecionado receberá um troféu e certificado atestando sua condição na premiação.

Projeto de supercomputação com participação da Coppe recebe prêmio internacional

O projeto RISC2 foi premiado como Melhor Colaboração HPC (Academia/Governo/Indústria) pela HPCwire Readers’ and Editors’ Choice Awards. O projeto, uma cooperação internacional que reúne 16 instituições de 12 países europeus e latino-americanos, visa promover e melhorar o relacionamento entre comunidades de pesquisas e industriais nos dois continentes, com foco em supercomputação (HPC – high performance computing), aplicações e implantação de infraestrutura. Participam do RISC2 no Brasil, a Coppe/UFRJ, por meio do Núcleo Avançado de Computação de Alto Desempenho (Nacad), e o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC).

Liderado pelo Barcelona Supercomputing Center-Centro Nacional de Supercomputación (BSC-CNS), o RISC2 teve sua premiação anunciada no dia 17 de novembro, durante a 2022 International Conference for High Performance Computing, Networking, Storage, and Analysis (SC22), realizada em Dallas, Texas (EUA). O HPCwire é uma publicação com 35 anos de existência especializado em “High Performance Computing” (computação de alta performance) e que elabora, anualmente, uma premiação entre os leitores e entre os editores.

A Coppe abriga o supercomputador Lobo Carneiro, o mais potente instalado em uma universidade federal do país. Gerenciado pelo Nacad, o Lobo Carneiro tem capacidade de 226 Teraflops e pode executar 226 trilhões de operações matemáticas por segundo.

Startup Flori Tech participa de aula interativa na Coppe

Os empreendedores Thais Guerra e Gabriel Bastos, da Flori Tech, participam nesta quarta-feira, 23 de novembro, da disciplina Aulas Interativas de Empreendedorismo, oferecida pelo Programa de Engenharia de Produção (PEP) da Coppe/UFRJ. A palestra será realizada no Coppe-I, localizado na sala I-118, no Bloco I do Centro de Tecnologia, a partir das 13h30.

A Flori Tech é uma startup que desenvolve máquinas de coleta gamificada, com base na internet das coisas (IoT), para impactar empresas e pessoas visando aumentar as taxas de reciclagem com beneficiamento, gerando engajamento do público com melhor custo-benefício. A empresa nasceu do encontro da Thaís, designer industrial, com Gabriel, graduando em computação na UFRJ, ambos com menos de 30 anos. Os empreendedores vão apresentar as suas trajetórias, seu inusitado encontro, o desenvolvimento da Flori Tech e seus primeiros clientes.

O evento será transmitido pelo canal do Coppe-I no YouTube

Alunos da Coppe são premiados pela ANPET

Os alunos do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, Luis Eduardo Santos Fortes e Priscila Regina Damasio Carvalho, foram agraciados com o Prêmio ANPET de Produção Científica 2022. A premiação foi entregue durante o 36º Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Estudo em Transportes, realizado neste mês de novembro.

Luis Eduardo, aluno de doutorado, foi contemplado pelo artigo “Problema do nível de serviço na localização de bases de veículos de resgate”, escrito em coautoria com seus orientadores, os professores do PET/Coppe, Glaydston Mattos Ribeiro e Laura Bahiense, e com o professor do Cefet-RJ, Pedro Henrique González, também pesquisador de pós-doutorado da Coppe.

Já Priscila Carvalho, aluna de mestrado, foi agraciada pelo artigo “Otimização com incertezas para a distribuição de suprimentos hospitalares durante a pandemia da Covid-19”, escrito em coautoria também com os professores Glaydston e Laura.

Criado em 2014, o Prêmio ANPET de Produção Científica busca valorizar os melhores artigos aceitos para publicação nos anais do congresso e associados às áreas temáticas do evento. Os trabalhos premiados recebem certificado, menção honrosa e seus autores são convidados para submeter o artigo à Revista Transportes, publicação quadrimestral da própria Associação.

Professor Watanabe apresenta prêmio recebido pela difusão de Teoria de Potência Reativa Instantânea

O ex-diretor da Coppe/UFRJ, professor Edson Watanabe, apresentou no dia 7 de novembro, à comunidade da instituição, o prêmio ‘Fundamento da Engenharia Elétrica – Se olhar para trás verá o futuro”, que recebeu do Instituto de Engenharia Elétrica do Japão (IEEJ) pela Teoria da Potência Reativa Instantânea em Circuitos Trifásicos e a sua divulgação. O professor explicou o porquê de o prêmio ter sido endereçado à UFRJ e falou sobre a importância desta teoria, no contexto da transição energética.

Segundo o professor Watanabe, a teoria foi proposta pelo professor Hirofumi Akagi, em 1984. Quatro anos mais tarde, Akagi visitou a Coppe e Watanabe incluiu a teoria em suas aulas no Programa de Engenharia Elétrica. “O professor Maurício Aredes era um dos alunos e ficou encantado com a teoria e quis utilizá-la para resolver um problema em Itaipu. Não funcionou, porque o Akagi desenvolveu a teoria para circuito trifásico com três fios. No Brasil, são quatro fios, três fases e um neutro. Maurício começou a trabalhar nisso e desenvolveu boa parte da teoria para quatro fios”.

“Em 1997, conversamos e decidimos publicar aquilo em livro. Eu avisei ao Akagi que a gente levaria uns dois anos para escrever. Levamos dez. Saiu a primeira edição em 2007 e a segunda em 2017”, relembrou.

Watanabe explicou, de forma simplificada, os conceitos ao público presente ao auditório da Coppe. “A potência ativa é aquela que conta para a gente pagar a conta. Potência ativa se estiver variando, você vai ter vibração. Se você colocar um motor e a energia estiver variando, o motor não roda redondinho. A contribuição do Akagi inclui a explicação dessa vibração e a definição da potência reativa instantânea, que é uma potência que não transporta energia em qualquer instante. É igual conversa de corredor. Em geral, não serve para nada. Mas, se você acabar com ela, pode fazer falta”.

Na opinião do ex-diretor da Coppe, a conversa informal entre colegas de programas acadêmicos e laboratórios diferentes suscita o surgimento de ideias criativas e inovadoras. Citando o historiador e filósofo israelense Yuval Harari, o qual diz “que as grandes decisões sempre dependem de muita informação paralela”, professor Watanabe lamentou o período passado sem essa convivência, devido ao necessário distanciamento social, exigido pelo combate à pandemia de Covid-19.

“Com a pandemia, aula remota, reunião remota, acabou aquele papo no café, papo de corredor. Discussão que dá uma visão diferente. A gente não contabiliza, muitas dessas conversas não dão em nada, mas outras trazem novas ideias. Todo mundo tá achando que não faz diferença, mas eu acho que vai fazer. Pelo fato da potência reativa não transportar energia, muitos acham que não serve para nada, mas de fato, em muitos casos, ela é necessária para se controlar a tensão e garantir bom funcionamento dos equipamentos”.

De acordo com o professor, as fontes renováveis de energia, que são prioridades na transição energética, exigida no contexto do aquecimento global e das mudanças climáticas, trazem consigo a necessidade de integração dessas fontes ao sistema elétrico nacional. “Praticamente tudo que vem com a transição energética: solar, eólica etc., caso seja projetado por quem não conhece essa teoria, vai dar problema. A teoria permite que estas fontes renováveis sejam conectadas sem que haja conexão ou desconexão bruscas. No livro, falamos muito em condicionadores de potência, que são importantes. Caso a rede esteja com alguma “distorção”, permite a correção suave. Caso pensemos em carregadores de veículos elétricos, por exemplo, eles não podem “distorcer” a rede e usando essa teoria isso é fácil”.

“Seriam as mulheres trifásicas?”

No final da apresentação, professor Watanabe relembrou uma curiosa e divertida história, que se passou em 2009, quando uma jornalista entrou em contato e fez uma inusitada comparação entre o gênero feminino e a potência elétrica. “Eu estava explicando sistema elétrico para uma aluna que estava no terceiro ano da Engenharia Eletrônica e queria fazer Iniciação Científica. Aí tocou o telefone e era uma jornalista que tinha uma dúvida; ‘professor, seriam as mulheres… trifásicas?’. Eu perguntei se ela sabia o que era um seno, ela não sabia, e continuou ‘eu estou suspeitando que as mulheres estão deixando de ser bipolares e estão se tornando trifásicas’. Aí eu pensei, bem, eu entendo disso, posso explicar”.

“Caso você tenha um motor monofásico e meça a potência, verá que há um valor médio e uma parte oscilante. Esse motor rodará sempre com trepidação. A instalação é barata, para uso residencial, mas é limitado a poucos kW. Um braço de robô com motor monofásico não teria precisão suficiente nem firmeza. Sofreria do mal de Parkinson. Caso fosse trifásico, a potência seria constante. O motor roda redondinho. Aí pode ter potências altíssimas, de muitos megawatts. Instalação um pouco mais cara, bom para uso industrial. Um braço de robô teria movimentos suaves e alta precisão”, esclareceu Watanabe.

Com base na lição do ex-diretor da Coppe, “a jornalista concluiu e escreveu um artigo para o Caderno Ela, do jornal O Globo, dizendo que as mulheres eram realmente trifásicas, porque eram suaves e poderosas”, concluiu o professor.

Sobre o prêmio

Criado em 2008, para marcar o 120º aniversário da instituição, o prêmio tem características diferentes de outras premiações e visa reconhecer o mérito de “mono”, “koto”, “hito” e “basho” (ou seja, “coisa”, “fato”, “pessoa” e “local”) que deram importantes contribuições ao desenvolvimento da engenharia elétrica e deram “um passo” no desenvolvimento da indústria e notável contribuição cultural. O objetivo é não apenas manter registro da brilhante história do passado e enaltecer conquistas anteriores, mas voltar no tempo e aprender com pontos de vista, esforços, adversidades e realizações daqueles que vieram antes e, então, olhar para o futuro.

O prêmio foi para a “coisa” e “caso” Teoria de Potência Reativa Instantânea e Sua Difusão, com reconhecimento ao professor H. Akagi, principal autor da teoria e ao professor Watanabe por sua contribuição e difusão. Um dos diferenciais da premiação é reconhecer também as instituições envolvidas, e assim foram contempladas a UFRJ (pela atuação do professor Watanabe), o Instituto de Tecnologia de Tóquio (onde ambos realizaram o doutorado e o professor Akagi atualmente é docente), e a Universidade de Tecnologia Nagaoka, Japão (onde o professor Watanabe atuou como pesquisador visitante e o professor Akagi como docente). Watanabe ainda complementou “esse reconhecimento às instituições tem também o sentido de reconhecer que elas deram liberdade para que se desenvolvesse a teoria. Liberdade é fundamental”.

Coppe lançou projeto Hidrogênio Verde e debateu instrumentos financeiros e precificação de carbono na COP27

Os professores Andrea Santos, à esquerda, e Emilio La Rovere durante o evento

A Coppe/UFRJ, em parceria com a GIZ Brasil e o Projeto Decarboost, apoiado pela IKI na Argentina, Brasil e Peru, promoveram um evento no Brazil Climate Action Hub, espaço da sociedade brasileira na COP27, em Sharm El-Sheikh, no Egito, sobre instrumentos financeiros e precificação de carbono. Durante o evento, ocorrido nesta quinta-feira, dia 17 de novembro, foi realizado o lançamento oficial do Projeto Hidrogênio Verde (Green Hydrogen): Produção de Hidrogênio Renovável, compressão, armazenamento e utilização em sistemas de energia e mobilidade.

O lançamento foi conduzido pela professora Andrea Santos, coordenadora do Laboratório de Transporte Sustentável da Coppe que, na ocasião, além de falar dos objetivos, mostrou um vídeo em que o diretor do Projeto H2Brasil da Agência Técnica de Cooperação da Alemanha (GIZ Brasil), Markus Francke, destaca o potencial do país para se tornar o maior produtor dessa ferramenta, que irá substituir os combustíveis fósseis, no mercado interno e externo. 

Além de lançar o projeto H2 Verde, o evento teve como objetivo promover uma discussão sobre instrumentos financeiros e precificação de carbono para impulsionar os mercados de compensação na América Latina. Para dar suporte ao debate, o professor Emílio La Rovere, coordenador do Centro de Estudo Integrado sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (Centro Clima) da Coppe, apresentou o Projeto Decarboost, que tem como objetivo impulsionar a descarbonização na América Latina com foco em três países da região: Argentina, Brasil e Peru.

Os resultados obtidos até o momento pelo Decarboost, que conta com apoio da IKI, foram apresentados por Micaela Carlino, da argentina FTDT (Fundación Torcuato di Tella), por Blanca Rengifo, da peruana Libelula, e pelo próprio Emílio La Rovere. A previsão é que o projeto seja concluído em fevereiro de 2023, com uma gama de propostas de políticas e oportunidades de investimento para a descarbonização em seus respectivos países.

Com participação remota, Jorge Arbache, vice-presidente da CAF (Corporación Andina de Fomento), reiterou a importância da região em um momento que se busca a descentralização da produção para países próximos a centros de consumo e que oferecem energia limpa, segura, barata e abundante, além de outras virtudes para a atração de investimentos industriais.

Ao final do evento, os professores da Coppe ressaltaram o atual alavancamento das energias renováveis no país que contribuirão para uma matriz energética mais limpa e sustentável.

Pesquisadores da Coppe desenvolvem modelo preditivo da dinâmica da Covid-19

O pesquisador Daniel Martins Silva e o professor Argimiro R. Secchi, ambos do Programa de Engenharia Química da Coppe/UFRJ, desenvolveram um modelo preditivo, capaz de estimar, com confiabilidade, a evolução da dinâmica epidemiológica da Covid-19. O estudo foi detalhado no artigo Recursive state and parameter estimation of COVID-19 circulating variants dynamics, publicado pela Scientific Reports, do grupo Nature, em setembro.

No artigo, os autores enfatizam que a resposta à pandemia de Covid-19 com intervenções não-farmacêuticas é intrinsecamente um problema de controle. “A mutabilidade do vírus Sars-CoV-2, cobertura vacinal e medidas de restrição de mobilidade mudam a dinâmica da epidemia ao longo do tempo”, diz o artigo. “Os governos calibram as medidas de distanciamento social para evitar sobrecarregar o sistema de saúde sem que o impacto econômico seja significativo”.

Assim, uma estratégia de controle baseada em modelagem matemática depende de previsões confiáveis para ser eficiente em longo prazo. Professor Argimiro Secchi e Daniel Silva propuseram um modelo matemático capaz de estimar casos subnotificados de Covid-19 de indivíduos hospitalizados ou mortos, comparando a fração de indivíduos sintomáticos que desenvolvem sintomas amenos ou graves, a fração de indivíduos que morrem e a taxa de letalidade da infecção. No artigo publicado foram apresentados os resultados dos estudos para seis estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

Adicionalmente, o modelo – compartimental, considerado abrangente para detectar dinâmicas epidemiológicas em termos de transmissão, severidade da doença, e letalidade equivalente a estudos de eficácia vacinal – estimou dinâmicas de circulação das variantes. Assim, a conclusão do artigo é que o modelo é adequado para estratégias de controle, assumindo que os dados de hospitalização estejam disponíveis.

De acordo com Daniel, um modelo mais completo possível não seria factível para uso em tempo real e o objetivo é associar com a dinâmica real da doença. “O trade-off no caso da Covid é que você pode utilizar uma estratégia que tenha um custo computacional maior, que normalmente é inviável para a indústria, mas é viável no caso da epidemiologia pois seu tempo de amostragem é diário”.

“Além da própria necessidade de o país ter ferramentas para enfrentar a pandemia, outro fator que me motivou foi uma entrevista que vi na TV, de alguém da área da Saúde dizendo que não havia como prever a questão das variantes. As mutações podem ser identificadas pelo sequenciamento genético, que é deficitário no país. A variante Gama foi identificada primeiro no Japão do que no Brasil. É possível pela dinâmica identificar o surgimento de uma variante que prevalece, sem ser necessariamente pelo sequenciamento genético. Os parâmetros estimados indicam que esteja ocorrendo mutações do patógeno. É uma alternativa a partir dos dados e sem custo elevado”, explica o pesquisador da Coppe.

“Em Manaus, já havia indicação de aumento no número de leitos ocupados antes mesmo da falta de oxigênio. Então, se houvesse modelo que indicasse o surgimento de uma variante com maior letalidade, o governo já poderia ter adotado medidas antes que chegassem ao limite”, lamenta Daniel.

“A meta é ter um modelo preditivo, com estimadores de estado, que tenha a capacidade de prever o que vai acontecer no horizonte de algumas semanas, alguns meses. Conhecer a realidade plausível e fazer previsão em horizonte adequado (até aqui já atingida), gerar retroalimentação e conseguir dar instruções para a política de saúde, para tomar ações corretivas no presente, como distribuição de leitos, fechamento de estabelecimentos, ações que evitem o aumento de casos. As políticas de cada nível de governo de como enfrentar problemas de saúde pública, como lotação de hospitais, aglomeração de pessoas e espalhamento da contaminação, podem ser projetadas ponderando também o custo econômico”, avalia o professor Argimiro Secchi, coordenador do Laboratório de Desenvolvimento de Software para Otimização de Processos (Lades).

Estimativas confiáveis e custo computacional mais baixo

O modelo proposto foi do tipo SEIR (Suscetível, Exposto, Infectado, Removido), com a avaliação de três métodos de estimação de estados e parâmetros: o Filtro de Kalman Estendido com Restrição (CEKF), o Filtro de Kalman Estendido com Restrição e Suavização (CEKF&S) e o Estimador de Horizonte Móvel (MHE). Os modelos clássicos SIR (suscetíveis, infectados e removidos) supõem que a vacinação permita 100% de imunidade à reinfecção, uma presunção que foi contradita pela literatura médica recente.

O desempenho dos estimadores confirmou que o MHE é o método mais adequado para Covid-19 devido ao tempo de amostragem diário. No entanto, como explica Daniel, o Estimador de Horizonte Móvel tem tempo de execução e custo computacional mais elevado. O CEKF&S apresentou estimativas confiáveis por comparação, exigindo menos tempo para ser computada, o que a torna adequada para aplicações em tempo real.

O estudo avaliou dados de todos os estados. No artigo, foram escolhidos seis. “A percepção seria pegar os estados de maior densidade populacional e conectividade internacional, Rio de Janeiro e São Paulo, e os extremos territoriais, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, e Amazonas, que não é exatamente um extremo, mas entrou pela qualidade dos dados e pela questão da variante Gama. Mato Grosso do Sul entrou no estudo pela contiguidade com São Paulo e deste com o Rio de Janeiro”, esclarece Daniel.

“Um problema não do modelo proposto, mas de modelos em geral é que no começo da pandemia o período de incubação era de 5,2 dias. Com a variante Delta, as pesquisas estimam o seu valor em torno de 4,5 dias. Com a Ômicron, este período é estimado um pouco acima de 3 dias. A própria duração da doença variou. No começo da pandemia eram 14 dias, mas este período é inferior a 10 dias com a Ômicron. A doença foi evoluindo e a dinâmica também. Muitas análises sobre transmissibilidade e letalidade consideram valores constantes desde o começo, o que não condiz com a realidade. O ajuste fino é desafiador. Como padronizar, pois, efetivamente há estados em que a confiabilidade dos dados é muito maior”, avalia o aluno do Programa de Engenharia Química.

“Por que estamos abordando esse assunto que não é exatamente nossa área de pesquisa né?”, questiona-se Argimiro. “Nossa área é Engenharia de Sistemas de Processos, problemas de engenharia química associados à indústria química e bioquímica. No começo da pandemia todo mundo quis contribuir de alguma forma. Na Coppe, houve várias iniciativas com ventiladores pulmonares, desenvolvimento de vacina, testes rápidos, produção de álcool gel para a comunidade acadêmica, como nossa área poderia contribuir? No Lades, começamos com o desenvolvimento de uma metodologia baseada em imagem para detecção via Elisa de IgG Anti-Sars-CoV-2 para baixar ainda mais o custo dos testes rápidos produzidos pelo Lecc (laboratório coordenado pela professora Leda Castilho, também do PEQ). Queríamos participar mais”.

Segundo o professor Argimiro, orientador de Daniel em sua pesquisa de doutorado, o objetivo posterior é “criar um controlador preditivo multivariável para propor ações às políticas de mitigação da pandemia, reduzir aglomerações, retomar uso de máscaras, aumentar número de leitos. O artigo é uma etapa dessa pesquisa que será a tese de doutorado do Daniel”, conclui.

Startup FazGame participa de aula interativa na Coppe

Carla Zeltzer, fundadora e CEO da startup FazGame, proferirá palestra nesta quarta-feira, 16 de novembro, na disciplina Aulas Interativas de Empreendedorismo, oferecida pelo Programa de Engenharia de Produção (PEP) da Coppe/UFRJ. O evento será  realizado no Coppe-I, localizado na sala I-118, no Bloco I do Centro de Tecnologia, a partir das 13h30.

A FazGame é uma startup de impacto social que se empenha em criar conexões entre educação e tecnologia. Com mais de 7 anos de existência, já atuou junto a mais de 200 escolas, 25.000 estudantes e possui mais de 1.500 games publicados. Com toda a sua importância na sociedade, a FazGame conta com premiações e reconhecimentos formais, tais como o Prêmio Demand Solutions do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A palestra será transmitida pelo canal do Coppe-I no YouTube.

Coppe apresenta na COP27 projeto Hidrogênio Verde e debate instrumentos financeiros e precificação de carbono

A Coppe/UFRJ, em parceria com a GIZ Brasil e o Projeto Decarboost apoiado pela IKI na Argentina, Brasil e Peru, promove, dia 17 de novembro, o evento no Brazil Climate Action Hub da COP27, espaço da sociedade brasileira na COP27, em Sharm El-Sheikh, no Egito, sobre instrumentos financeiros e precificação de carbono, e com o lançamento do Projeto H2 Verde. O evento será realizado às 9h30 (horário de Brasília).

Participarão do evento de forma presencial os professores da Coppe, Andrea Santos e Emilio La Rovere; Micaela Carlino da Fundación Torcuato di Tella (FTDT), da Argentina; e Blanca Rengifo, da Libelula, do Peru. Já de forma remota participarão o diretor da Corporación Andina de Fomento (CAF), Jorge Arbache; e o diretor do projeto H2 Brasil da Giz Brasil, Markus Francke.

O objetivo é promover uma discussão sobre instrumentos financeiros e precificação de carbono para impulsionar os mercados de compensação na América Latina e oficialmente lançar o Projeto Hidrogênio Verde: Produção de Hidrogênio Renovável, compressão, armazenamento e utilização em sistemas de energia e mobilidade; que é financiado pela Cooperação Brasil Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da parceria entre o Ministério de Minas e Energia (MME) do Brasil e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, com apoio do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha. O projeto, considerado bom exemplo de parceria público-privada, é executado pela equipe do Laboratório de Transporte Sustentável da Coppe, coordenado por Andrea Santos, que é professora do Programa de Engenharia de Transportes da instituição.

As discussões serão pautadas nos resultados do projeto Decarboost que, apoiado pela IKI, é executado na Argentina pela La Fundación Torcuato Di Tella (FTDT), no Peru por Libelula, e no Brasil pelo Centro de Estudo Integrado sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (Centro Clima) da Coppe, coordenado por Emilio La Rovere, professor do Programa de Planejamento Energético da instituição.

O H2V e a Cooperação Alemã

A Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável trabalha há décadas nas áreas de energia sustentável e eficiência energética. Mais recentemente, vem apoiando o aprimoramento das condições legais, institucionais e tecnológicas para a expansão do mercado de hidrogênio verde (H2V) e de seus derivados no país, incluindo os combustíveis renováveis. Nos próximos anos, com o apoio do Ministério de Minas e Energia (MME) e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), serão implementadas ações para a construção de laboratórios, desenvolvimento de novas tecnologias, fomento ao desenvolvimento e financiamento de ideias inovadoras e projetos tecnológicos, construção de laboratórios, estudos, educação profissional e capacitação na área do hidrogênio verde e seus derivados.

Professor Jean-David Caprace recebe Medalha Amigo da Marinha

Prof. Jean-David Caprace (à esquerda)

O coordenador do Programa de Engenharia Oceânica (PEnO) da Coppe/UFRJ, professor Jean-David Caprace, foi agraciado na última quarta-feira, 9 de novembro, com a medalha Amigo da Marinha, por suas contribuições em relação ao Comitê de Proteção ao Meio Ambiente Marinho (MEPC) da Organização Marítima Internacional (IMO), com o qual colabora há cinco anos como especialista técnico. A cerimônia foi realizada na Fortaleza de São José, na Ilha das Cobras (RJ).

A Medalha Amigo da Marinha foi criada em 1966, para agraciar personalidades civis, sem vínculo funcional com a Marinha do Brasil, militares de outras forças, bem como instituições que se tenham distinguido no trabalho de divulgar a mentalidade marítima, no relacionamento com a Marinha, na defesa dos interesses atinentes à esta instituição e na divulgação da importância do mar para o país.

“Estou muito honrado com esse reconhecimento e ainda mais motivado a continuar trabalhando para fortalecer essas interações”, afirmou professor Jean-David.

Também foi agraciada Francielle Mello de Carvalho, pesquisadora do Centro de Economia Energética e Ambiental (Cenergia), laboratório vinculado ao Programa de Planejamento Energético (PPE), onde concluiu seu doutorado.

Empreendedores da Rocinha participam de aula interativa na Coppe

Os empreendedores sociais Marcelo Queiroz, da ONG Família na Mesa, e Monica Garcia, da Torre Verde – Rocinha, participam nesta quarta-feira, 9 de novembro, da disciplina Aulas interativas de Empreendedorismo, oferecida pelo Programa de Engenharia de Produção (PEP) da Coppe/UFRJ. A aula será realizada no Coppe-I, localizado na sala I-118, no Bloco I do Centro de Tecnologia, a partir das 13h30.

A disciplina é ministrada pelas pesquisadoras Aline Brufato e Eneide Maia, do Laboratório, Tecnologias, Diálogos e Sítios (LTDS), sob supervisão do professor Roberto Bartholo (PEP), e desenvolve o método Territorial Effectuation Monitoring – desenvolvido pela professora Saras Sarasvathy, da Darden School of Business da University of Virginia (EUA) – para a criação e sustentação de negócios nas interfaces interiores e exteriores dos territórios populares.

O projeto do LTDS, coordenado por Bartholo, é apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), por meio do edital “Programa Favela Inteligente em apoio às bases para o parque de inovação social e sustentável na Rocinha”.

Como contribuição para o fortalecimento da articulação entre os atores locais da Rocinha e o ecossistema de CT&I do estado do Rio de Janeiro, o projeto pode ser vetor para o sistema Inova UFRJ através da dinamização de um ecossistema inovador aberto à cocriação no território da Rocinha, cuja replicação em outros territórios populares se apoie num sistema digital desenvolvido em escala ampliada.

A aula será transmitida pelo canal do Coppe-I no YouTube.

Sobre os empreendimentos

Família na Mesa é uma associação que cadastra e acompanha famílias da comunidade para ajuda imediata com cestas básicas, acompanhamento psicológico, indicação de atividades esportivas e de educação ambiental.

A Torre Verde-Rocinha é um projeto de economia circular e inovação tecnológica que inclui geração de energia verde através de placas solares, transformação de resíduos orgânicos em adubo por meio de um processo de aceleração de compostagem e o desenvolvimento de hortas comunitárias, reunidos em um único local.

O projeto teve início em 26 de outubro, com a apresentação dos empreendedores Carlos Pedro Jr., do Favela Solar, e Elaine Silva, do Carteiro Amigo.

20° Colóquio Anual de Engenharia Química: Uma Incursão no Futuro

A Coppe/UFRJ promove, de 9 a 11 de novembro, a vigésima edição do Colóquio Anual de Engenharia Química, sob o tema “Uma Incursão no Futuro”. Realizado pelo Programa de Engenharia Química (PEQ) desde 2001, o evento tem como objetivo promover discussões a respeito de assuntos relevantes na área de Engenharia Química e em áreas correlatas. A programação conta com minicursos, mesas-redondas, conferências e apresentação de trabalhos. O Colóquio será realizado no bloco G do Centro de Tecnologia da UFRJ. As conferências e mesa-redonda serão realizadas no auditório da Coppe, na sala G-122.

A primeira conferência do Colóquio será proferida pelo professor Antonio del Rio Chanona, do Imperial College London, sobre Inteligência Artificial, na quinta-feira, das 9h30 às 11h30. No mesmo dia, das 14 às 15h30.será realizada a segunda conferência, intitulada “O Sirius e as novas oportunidades de pesquisa para a comunidade brasileira”, com o diretor do Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS), Harry Westfahl Jr.

A terceira e última conferência do Colóquio será proferida pelo professor do Programa de Engenharia Civil da Coppe e coordenador do Núcleo Avançado de Computação de Alto Desempenho (Nacad), Alvaro Coutinho, na sexta-feira, 11 de novembro, das 9 às 11h, que abordará o sobre supercomputação.

No mesmo dia, será realizada a mesa-redonda “Nosso papel na transição energética”, com a participação do professor José Carlos Pinto (PEQ); do superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Alfredo Renault; de Raquel Coutinho (Petrobras); Cristiano da Costa (Shell); e Fernando Pellegrini (Senai-Cimatec).

O 20° Colóquio Anual de Engenharia Química: Uma Incursão no Futuro conta com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

Confira a programação inscreva-se, gratuitamente.

Professor da Coppe discute digitalização do setor elétrico no InfraDigital Day

O professor do Programa de Engenharia Elétrica (PEE) da Coppe/UFRJ, Djalma Falcão, participa no dia 8 de novembro, do webinar “Digitalização do setor elétrico – Como as concessionárias avançam no processo e mitigam os riscos para OT/IT”. O evento começa às 9h30 e faz parte da programação do InfraDigital Day, que será transmitido no YouTube. As inscrições são gratuitas.

Confira a programação

Bloco 1

Abertura – O avanço da digitalização no setor elétrico
Smart Grid Forum – Cyro Boccuzzi, do Smart Grid Forum, fala sobre A experiência de digitalização das redes das concessionárias a partir das discussões ao longo de 14 edições do evento.
A integração OT/IT
Coppe/UFRJ – Prof. Djalma Falcão, discute a necessidade de integração de OT e IT no setor elétrico e sua evolução.

Bloco 2

Redes Inteligentes – A jornada digital das concessionárias
ISA CTEEP – Juliana Reis, engenheira de cybersecurity da ISA CTEEP, Condução da jornada digital da companhia e da integração entre OT/IT.
Taesa – Alessandro Miranda Fernandes, CIO da Taesa – A jornada digital da Taesa e os ganhos para a operação da companhia.
Energisa – Lucas Dutra Pinz, Diretor de Estratégia, Novos Negócios e Inovação – A experiência em inovação digital na companhia.
Enel – René Garrido, responsável por Medição Remota da Enel Brasil – A medição inteligente da Enel no Brasil e o legado consolidado de medição no grupo.

Bloco 3

Visão propositiva de segurança cibernética
GlobalSign
Netskope
Fechamento – o futuro da digitalização
ABRADEE – Marcos Madureira da Silva, presidente da ABRADEE, Visão setorial do avanço da digitalização, pontos positivos e pontos a melhorar.

Incubadora de Empresas da Coppe lança Programa Ideação

A Incubadora de empresas da Coppe/UFRJ lançou um programa de capacitação e mentoria voltado para orientar a alunos tirarem suas ideias do papel e dar início ao desenho de seu próprio negócio. Denominado Ideação, o programa está com inscrições abertas até o dia 11 de novembro e o curso terá início dia 17 do mesmo mês. Os interessados devem acessar o site https://www.ideacao.incubadora.coppe.ufrj.br

No total, o programa de Ideação terá 20 horas de treinamento, sendo 10 horas de capacitação, 8 horas de peer review e 2 horas para a apresentação final. A duração será de dez semanas, com as atividades sendo realizadas às quintas-feiras, das 14 às 16 horas. Durante os encontros de Peer Review um mentor atuará como facilitador junto a pequenos grupos para percorrer as etapas absorvidas durante a capacitação.

Coppe e Politécnica atuam no desenvolvimento de curso à distância inédito em Energias Renováveis

Pesquisadores da Coppe e da Escola Politécnica, da UFRJ, estão elaborando módulos de ensino para um curso à distância inédito na área de energias renováveis, em parceria com 16 instituições internacionais e com a Universidade de São Paulo (USP). Trata-se de um projeto intitulado Europa-Brasil-Bolívia-Cuba de Capacitação Usando Módulos de Aprendizagem Digital (EUBBC), realizado no âmbito do Programa Erasmus, da União Europeia, que é voltado para educação, formação, juventudes e desportos. Ao todo, são nove países envolvidos na cooperação, sendo seis europeus. No Brasil o curso terá duração de um ano, e a previsão é que cinco módulos com conteúdos teóricos e dois laboratórios estruturados para uso virtual, estejam acessíveis aos alunos no segundo semestre de 2023.

Na UFRJ, o projeto é coordenado pelo professor Silvio Carlos Aníbal Almeida, do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica e colaborador da Coppe. Entre as universidades e institutos envolvidos no desenvolvimento do material estão o Royal Institute of Technology (KTH), a Universitat Politècnica de Catalunya (UPC), a Université Libre de Bruxelles (ULB), a Universidad de Havana e a Universidad Privada Boliviana (UPB), dentre outros, além da própria UFRJ e da USP, que é coordenadora brasileira da cooperação, tendo a frente o professor Marcelo Augusto Leal Alves do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica da universidade paulista.

Poderão se candidatar alunos de todas as universidades envolvidas, obedecendo aos critérios por elas determinados. Para realizar o curso na UFRJ e na USP, por exemplo, é necessário que os alunos estejam cursando a partir do sétimo período da graduação de qualquer um dos cursos de Engenharia das universidades parceiras do projeto. Aos alunos que concluírem as disciplinas com aproveitamento será concedido um certificado de conclusão do curso. Já na Bolívia e em Cuba, países onde o curso terá dois anos de duração, podem se candidatar alunos formados em engenharia e os que concluírem receberão um título de mestrado (Scientific Master Degree in Energy Systems Modelling). Quanto ao número de vagas, no caso da UFRJ será um total de 20, sendo cinco destinadas a alunos das outras universidades parceiras.

Para quem optar em cursar em uma das duas universidades brasileiras, os módulos, na ordem, serão “Introdução às tecnologias de energia renovável”, “Energia Solar”, “Energia Eólica”, “Bioenergia”, Hidrogênio e Células a Combustível, e “Refrigeração e Ar-condicionado”. Além de assistirem às aulas teóricas, distribuídas pelos cinco módulos, os participantes do curso realizarão experimentos de forma remota nos dois laboratórios brasileiros que foram construídos com bancadas específicas para atender ao projeto.

Os alunos poderão acessar remotamente a bancada instalada no Ivig da Coppe

De acordo com Silvio, no mundo não há laboratórios remotos com as finalidades e características dos que foram implantados no país para este curso. O primeiro, instalado no Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig) da Coppe, será utilizado para aplicação dos conceitos relacionados a hidrogênio e célula combustível. As atividades desta parte do ensino terão a colaboração do professor do Programa de Planejamento Energético da Coppe, David Castelo Branco. Já o segundo, sediado no Departamento de Engenharia Mecânica da USP, permitirá aos alunos realizarem experimentos relacionados a refrigeração e ar-condicionado. Apesar de estarem projetadas para serem utilizadas de forma virtual, as bancadas também poderão ser operadas de forma presencial.

Silvio explica que, com esse projeto, alunos de graduação e de pós-graduação terão acesso a materiais educacionais no setor de energia que até hoje não são facilmente acessíveis. Já o corpo docente da UFRJ, assim como o das outras instituições, terá disponível um “repositório de unidades de aprendizagem”, no qual podem trocar e reutilizar unidades básicas de aprendizagem e modificar essas unidades para melhor se adequarem a seus próprios estilos de ensino. Trata-se de uma iniciativa que, por envolver alunos e professores de países variados, precisa levar em conta diferentes hábitos culturais para se desenvolver a plataforma digital, com suas interfaces e o conteúdo dos próprios módulos. Na UFRJ, este desafio cabe a equipe do Laboratório de Realidade Virtual (Lab3D) da Coppe.

A professora do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe, Cláudia Werner, coordenadora do Lab3D, diz que na instituição já se usa plataformas com aulas organizadas por professores, pelas quais os alunos têm acesso ao conteúdo necessário para seu aprendizado. A experiência acumulada está sendo fundamental para participar do desenvolvimento dos padrões que está sendo realizado em conjunto pelas 18 instituições envolvidas. Padrões estes que têm que levar em conta uma navegação fácil e segura, e módulos atraentes com boa resolução de imagem, entre outros fatores. Além disso, os pesquisadores estão estruturando a plataforma com uma planilha com uma grade de horários para o acesso virtual aos laboratórios, de acordo com a disponibilidade dos monitores que, de forma presencial, auxiliarão os alunos no uso das bancadas.

Para construir um curso com uso de computação remota desta natureza, a pesquisadora do Lab3D da Coppe, Claudia Susie, diz que ela e pesquisadores de todas as instituições do projeto estão analisando módulos de ensino à distância já existentes no mundo. O objetivo é avaliar se eles têm utilidade nos dias de hoje e de que forma alguns de seus parâmetros podem ser adaptados. Para tanto, Claudia Susie tem participado de várias reuniões para troca de informações e pareceres, desde o início do projeto, em janeiro de 2021. A pesquisadora da Coppe explica que, inclusive, no mundo já há grupos que têm desenvolvido laboratórios virtuais, no qual a máquina física é operada à distância. Mas, sempre é preciso criar técnicas adicionais próprias, alterando alguns padrões, de forma a atender as especificidades do que está sendo acessado, para que satisfaça a necessidade dos alunos.

A bancada de hidrogênio que foi instalada no Ivig/Coppe conta com um dispositivo eletrolisador que utilizará a energia proveniente de placa solar, também instalada no laboratório, para realizar a quebra da molécula da água, por eletrólise, e assim gerar o hidrogênio para alimentar as células a combustível. O professor Silvio explica que o hidrogênio produzido ficará acumulado em um reservatório e, a partir daí, os alunos também poderão fazer estudos usando análises de curvas do potencial energético do hidrogênio e de outros parâmetros.

Já a bancada de refrigeração instalada no Departamento de Engenharia Mecânica da USP será utilizada para testes de equipamentos compressores mais eficientes, que podem reduzir em até 30% a quantidade de energia necessária para refrigerar um ambiente. Para esta planta, como explica o professor Silvio, foi desenvolvido um software específico para monitorar a eficiência energética dos compressores e gerar curvas de tal rendimento para análise dos alunos.

Agência UFRJ de Inovação agora é InovaUFRJ

À frente da política de inovação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Agência UFRJ de Inovação foi renomeada como InovaUFRJ. A mudança, oficializada no dia 26 de outubro, marca um momento de reestruturação e espelha o compromisso do órgão de conectar e integrar todo o ecossistema de inovação que move a universidade.

O objetivo da InovaUFRJ é cultivar, ativamente, um ambiente integrativo de excelência científica, conectando as capacidades da UFRJ com as indústrias e a sociedade, na forma de novos produtos, processos e tecnologias para o bem-estar social. Para a diretora da InovaUFRJ, Kelyane Silva, a proposta é ser um agente ativo do maior bem da universidade, que é o conhecimento.

“Faremos isso fomentando, avaliando, protegendo, mas, principalmente, transferindo estrategicamente as tecnologias desenvolvidas pela universidade. Nos esforçaremos para tornar todos os resultados das pesquisas acessíveis às empresas e organizações e, dessa forma, torná-los mais próximos da sociedade. Inovar é um dos drives de qualquer economia. A UFRJ é a maior universidade federal do país e a mais inovadora, e a InovaUFRJ precisa acompanhar estes avanços e se modernizar.” Afirma Kelyane.

A InovaUFRJ pretende traduzir as inovações da UFRJ em soluções valiosas, que tornam o mundo um lugar melhor. Para isso, vai atuar junto de toda a comunidade da universidade e incentivar a realização de mais parcerias, prestações de serviços especializados e o desenvolvimento de inovações. Combinar tecnologias com licenciados e investidores requer experiência, recursos e redes de negócios eficazes. Trata-se de um salto, para se tornar referência em transferência de tecnologia no país.

Segundo Kelyane, a mudança também traz para a comunidade acadêmica um atendimento mais dinâmico a ativo. “Teremos um olhar mais preocupado com a necessidade de cada projeto inovador, procurando sempre uma resposta rápida, atenção personalizada, trazendo segurança jurídica, transparência e confiança em nossas ações. A comunidade poderá contar, de fato, com uma estrutura que apoiará a combinação dos resultados da pesquisa com as empresas e organizações que têm potencial de levá-los ao mercado”, explica.

Sobre a InovaUFRJ

A Inova UFRJ é o núcleo de inovação tecnológica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Entre suas atribuições estão a difusão da Inovação em toda a Universidade, a proteção do conhecimento gerado na UFRJ, a transferência e licenciamento de tecnologias, e a articulação de parcerias entre empresas e a UFRJ, de modo que o conhecimento produzido na instituição possa, de fato, chegar à sociedade.

Também é sua responsabilidade articular projetos inovadores nas áreas de Empreendedorismo e Inovação Social, promovendo convergências que mostram que a inovação pode acontecer em qualquer área de atuação e não apenas quando se fala em tecnologia de ponta.

Considerada a universidade mais inovadora do país, segundo o Ranking Universitário da Folha, e eleita a melhor universidade federal do país pelo QS Latin America 2022, um dos mais respeitados rankings acadêmicos, a UFRJ tem seu corpo social composto por mais de 65 mil estudantes e quatro mil docentes. Estimular a expansão e aplicação do conhecimento gerado da universidade em produtos, processos e serviços inovadores capazes de fomentar o desenvolvimento socioeconômico do país é dever da UFRJ por meio da Inova. O compartilhamento de laboratórios – regulamentado pela universidade em 2021 com a participação da Agência – foi mais uma conquista que veio para beneficiar toda a sociedade.

Informações: Comunicação Parque Tecnológico

Coppe atuará no desenvolvimento de um sistema para prever surtos com potencial pandêmico

Uma reunião técnica entre pesquisadores da Fiocruz Bahia, representantes da Fundação Rockefeller e professores da Coppe/UFRJ, marcou o início do Projeto AESOP – Sistema de Alerta Precoce para Surtos com Potencial Epi-Pandêmico. O objetivo é desenvolver um sistema de detecção de risco de epidemias de doenças virais respiratórias em municípios brasileiros, com base em informações continuamente registradas em base de dados governamentais. O encontro foi realizado, dia 26 de outubro, no Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (CIDACS) da Fiocruz Bahia, localizado no Parque Tecnológico da Bahia.

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, mencionou a importância do projeto para o país. “Tenho certeza que essa vigilância dos sistemas de saúde proporcionará um aprendizado muito grande, principalmente depois do que vivemos, em todo mundo, com a pandemia da Covid-19”, afirma. O coordenador do projeto, o pesquisador Manoel Barral-Netto, explicou que o conceito do projeto se baseia no monitoramento constante de dados da atenção primária de saúde, nacionalmente.

“A detecção inicial de sinal de aumento de casos numa localidade direciona a realização de uma caracterização molecular do patógeno e da associação com dados de fatores que pode favorecer uma disseminação rápida do surto, como informações sociodemográficas, climatológicas, da rede de transporte etc. na região afetada. Com todas estas informações serão desenvolvidos modelos capazes de predizer o risco de espalhamento rápido e avaliar quais as estratégias de enfrentamento que poderão ser mais efetivas”, explica.

O desenvolvimento do sistema de análise de dados conta com a participação de pesquisadores do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) do Programa de Engenharia Civil, do Núcleo Avançado de Computação de Alto Desempenho (Nacad), e dos Programas de Engenharia Biomédica e de Engenharia de Produção, todos da Coppe. O professor Luiz Landau, coordenador do Lamce, diz ser interessante colocar todo o conhecimento que acumularam em 40 anos de pesquisa na área da engenharia de simulação em um setor tão importante para o país, como o da saúde. Durante a reunião, Landau também comentou acerca dos grupos que estão trabalhando em diferentes camadas computacionais que deverão ser incluídas no sistema, como informações socioeconômicas e climatológicas das regiões acompanhadas.

O Professor Alvaro Coutinho, coordenador do Nacad, comentou acerca dos frutos que surgem da colaboração com a Fiocruz Bahia. “Com a emergência da pandemia, a Coppe fez um esforço muito grande para contribuir. Nós descobrimos que a nossa expertise em simulação computacional, ciência de dados, computação de alto desempenho e Inteligência Artificial poderia ser utilizada na área da saúde com grande sucesso”, afirma.

Inicialmente, o sistema será focado em análise de contágio por vírus respiratórios, porém, uma vez desenvolvido o conceito, também poderá ser aplicado na prevenção de diversas outras enfermidades, como a dengue, que é transmitida por vetores. O projeto será realizado em conjunto com a Fundação Rockefeller num prazo previsto de três anos para o desenvolvimento e pleno funcionamento do sistema.

“Uma das razões pelas quais nós fizemos essa visita é por que acreditamos nesse projeto. Estamos muito envolvidos na cocriação de modelos de uso de dados”, partilhou Ana Bento, diretora científica da Iniciativa de Prevenção à Pandemias (PPI, sigla em inglês) da Fundação Rockefeller, reafirmando a importância da parceria entre as instituições. “Temos uma vertente de colaboração e cocriação de projetos e modelos que, esperamos, vão eventualmente servir para informar políticas de saúde e de controle de doenças infecciosas”.

Kay Van Der Horst, diretor administrativo da PPI, disse que o projeto está sendo cuidadosamente desenhado a partir de uma abordagem interdisciplinar. “Nós temos trabalhado juntos por cerca de nove meses, discutindo sobre a coleta de dados e qual a melhor forma de agir se detectarmos uma emergência precocemente”, comenta.

* Com comunicação da Fiocruz Bahia

Professora Márcia Dezotti é uma das vencedoras do prêmio Scientist of the Year

A professora Márcia Dezotti, da Coppe/UFRJ, é uma das vencedoras da edição 2022 do prêmio Scientist of the Year. Márcia foi contemplada na categoria Engineering & Technology/Chemical and Environmental Engineering.

O Comitê Julgador do International Achievements Research Center selecionou a professora do Programa de Engenharia Química (PEQ) com base em critérios como: contribuição original e significativa na sua área de expertise; número de publicações; impacto de citações; liderança na academia e na indústria; premiações recentes, dentre outras.

Saiba mais sobre a trajetória da professora Márcia Dezotti, na seção Perfil do Planeta Coppe Notícias.