Centro de Excelência em Rocha Digital é inaugurado na Coppe

A Coppe/UFRJ inaugurou, nesta sexta-feira, dia 22 de setembro, o Centro de Excelência em Rocha Digital (CERD), que é fruto de uma parceria com a Petrobras, e voltado principalmente para analisar rochas, com uso de Inteligência Artificial (IA). As análises serão realizadas, a partir da produção de imagens de alta resolução de amostras que são retiradas de reservatórios de petróleo, incluindo os do pré-sal.

Durante a inauguração, o consultor em rocha digital do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), Rodrigo Surmas, explicou que eles caracterizam as rochas oriundas do pré-sal e de outros reservatórios da Petrobras com a perspectiva de aumentar a produção de óleo e com outras novas perspectivas que surgiram como os projetos voltados para captura de carbono. Agora, com a inauguração deste centro, o processo ficará mais ágil porque poderão produzir a imagem tridimensional da rocha e, a partir dela, fazer simulações e aplicar algoritmos para melhor entender as suas propriedades, agilizando, assim, a sua caracterização, além de possibilitar a redução das incertezas.

“Nós sempre queremos produzir o óleo de forma mais rápida. Acelerar a caracterização é muito importante para isso, e reduzir as incertezas também para fazermos projetos que realmente se adequem à realidade da Petrobras e do país. Pode nos propiciar um fator de recuperação maior, ou seja, possibilitar de retirarmos mais óleo dos reservatórios”, declarou Rodrigo.

O professor do Programa de Engenharia Civil da Coppe, Alexandre Evsukoff, coordenador do CERD, diz que as análises destas rochas serão cruciais para determinar a economicidade de um projeto. Torna possível prever se um reservatório produzirá o suficiente, economicamente. Durante o processo de análise, a equipe do centro utilizará Inteligência Artificial para determinação das propriedades da rocha, e a partir dos modelos computacionais poderão estimar estas propriedades com uma velocidade rápida, agilizando o trabalho de caracterização da rocha e do reservatório.

CERD permitirá análises mais aprofundadas de rochas com uso de IA

Os pesquisadores do CERD utilizarão um equipamento de microtomografia para obterem as imagens, por meio de tomografia e microtomografia computadorizadas com raios X aplicados nas amostras das rochas. A partir das imagens em alta resolução, será possível fazer análises mais aprofundadas destas rochas, incluindo seu interior, com o uso de Inteligência Artificial, possibilitando a criação de um banco de dados contendo categorizações das rochas. Tais informações são fundamentais, inclusive para ampliar o grau de certeza de haver petróleo em determinado poço e estimar potencial de produção, a partir de comparações entre as características das rochas.

De acordo o professor Alexandre, o centro irá promover uma mudança de patamar na pesquisa e desenvolvimento em rochas digitais para o setor de petróleo e gás no Brasil. “A equipe multidisciplinar do CERD pode contribuir de forma significativa para o avanço das pesquisas em rocha digital, não só por meio de análise petrofísica de imagens, mas também com estudos de litologias e texturas para o ajuste de modelos de inteligência artificial e o desenvolvimento de algoritmos de simulação em ambiente de computação de alto desempenho”, afirma o professor.

A tomografia e a microtomografia computadorizadas de raios X em amostras de rochas retiradas dos campos de petróleo têm sido aplicadas extensivamente como ferramentas para auxiliar na determinação da geometria de fases e outros métodos para avaliação digital da estrutura da rocha. Alexandre diz que o potencial de aplicação de modelos de simulação e inteligência artificial em imagens de tomografia de rochas geram enorme demanda por infraestrutura laboratorial para realização de tomografias. Mas, o custo do equipamento utilizado, bem como sua complexidade e a necessidade de pessoal altamente qualificado para sua operação e análise de resultados, dificultam a implantação deste tipo de solução. É exatamente para suprir esta necessidade que o CERD foi criado.

A conexão entre modelos de inteligência artificial e modelos de simulação também é um tema relevante e de pesquisa de ponta na área de rocha digital. Neste contexto, o projeto inova ao aplicar os resultados de simulação numérica como feedback para o ajuste de parâmetros do modelo de IA. Além disso, a implantação deste centro em uma universidade, permite que os recursos possam também servir para a formação continuada de recursos humanos especializados nas diversas áreas envolvidas. A qualificação da equipe multidisciplinar que vem sendo formada na Coppe torna esse ambiente propício para a implantação desta iniciativa”, conclui o professor.

UFRJ debate ações para recuperação ambiental da Baía de Guanabara

Conferência Baía de Guanabara

A Coppe/UFRJ recebeu colegas de várias unidades da universidade para debater um plano integrado de restauração da saúde ambiental da Baía de Guanabara. O evento reuniu diversos grupos da UFRJ que atuam em ensino, pesquisa e extensão sobre temas relacionados, direta ou indiretamente, à Baía de Guanabara, com vistas a propor e incentivar ações multi e interdisciplinares.

A vice-reitora, professora Cassia Turci, elogiou a iniciativa, por permitir a cooperação de todas as potencialidades existentes na universidade. “Saúde ambiental é um tema que perpassa todas as áreas do conhecimento. Quando o professor Claudio Neves, da Coppe, nos procurou, começamos a mapear quem trabalhava com o tema e a lista não parou mais de aumentar. A Baía de Guanabara está em nosso plano diretor e precisamos unir nossos centros e campi e trabalhar com instituições parceiras. A participação de todos é muito importante”.

Intitulada “Baía de Guanabara: Uma vocação para a UFRJ?”, a pré-conferência realizada na sexta-feira, 15 de setembro, integra uma série que está sendo promovida pelo coletivo Baía Viva, visando constituir um plano estratégico para abril de 2024. No caso da UFRJ, visa à preparação do Projeto BG-UFRJ 2025-2050.

Foram realizadas pela manhã, antes da plenária, sete oficinas sobre temas variados como: paisagem e urbanização; mudança climática e resiliência ambiental; consequências da poluição; desenvolvimento social.  De acordo com o professor Cláudio Neves, do Programa de Engenharia Oceânica (PEnO), foram 138 inscritos nas atividades propostas e as oficinas contaram com a colaboração de alunos da Coppe dos programas de Engenharia Civil, Engenharia Oceânica e Engenharia de Produção. “A nossa intenção é que a mobilização feita resulte em um plano estrutural da universidade, reunindo todos os seus centros, com foco na recuperação da Baía de Guanabara, fomentando atividades de ensino, pesquisa e extensão”, afirmou o professor.

O evento, em certa medida, refletiu o reconhecimento ao Projeto de Pesquisa Ecológica da Longa Duração (PELD), projeto liderado pelo professor Jean Louis Valentin, do Instituto de Biologia. O PELD foi criado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em 1996 e teve a pesquisa sobre estruturas e funções da Baía de Guanabara incorporada em 2009, após aprovação em edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Segundo professor Jean Valentin, o PELD foi formulado de modo a conseguir reunir toda competência acadêmica “que fosse possível juntar para estudar essa baía tão linda, tão maltratada e tão mal conhecida” e alertou que mais importante que despoluir a Baía de Guanabara é interromper o fluxo constante de poluentes.

Sergio Ricardo Potiguara, fundador do movimento Baía Viva, defendeu a ampliação da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim, de modo a incorporar manguezais de outros municípios e anunciou que o movimento promoverá uma barqueata no dia 30 de setembro, ao final da série de pré-conferências, em Icaraí, Niterói.

“Queremos uma baía em que possamos tomar banho de mar. Praias em Paquetá e Magé, tão belas, que deveriam ser locais de lazer e há 20 anos são locais de adoecimento. Fico feliz de ver a UFRJ se engajando pela nossa Baía”, afirmou Sérgio Ricardo.

No final da plenária, foi apresentado um vídeo produzido por alunos da Escola de Comunicação, sob orientação da professora Carine Prevedello, e que contou com entrevistas com vários professores da Coppe e outras unidades da UFRJ.

Compuseram a mesa da plenária a vice-reitora, professora Cássia Turci; os decanos do Centro de Tecnologia (CT), professor Walter Suemitsu, e do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), professor Flávio Martins; e a vice-decana do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), professora Walcy Santos, além do professor Claudio Neves, da Coppe, do professor Jean Louis Valentin, do Instituto de Biologia, e Sergio Ricardo, coordenador do Baía Viva.

Boletim 20 – Coppe desenvolve membranas com líquidos iônicos para separar CO2 do gás natural

Boletim Planeta Coppe

O Centro de Excelência em Gás Natural (CE-GN) da Coppe/UFRJ está desenvolvendo, em parceria com a Petrobras, um tipo inovador de membranas para separar gás carbônico do gás natural nas plataformas do pré-sal. São membranas que usam líquidos iônicos, com desempenho e estabilidade superiores às membranas convencionais, o que já foi comprovado em escala laboratorial. A captura de gás carbônico é uma prioridade da indústria de óleo e gás, pois o gás natural extraído dos campos do pré-sal costuma ter elevado teor de CO2, chegando até a 70%.

O professor Roberto Schaeffer, do Programa de Planejamento Energético, é coautor de artigo publicado pela revista Nature Communications. O artigo aborda a velocidade e a viabilidade das trajetórias globais de redução de consumo de combustíveis fósseis em diferentes cenários consistentes com a limitação do aquecimento global do planeta a no máximo 2° C até o final do século.

Saiba como anda a produção de pesquisa em Engenharia desenvolvida pela Coppe/UFRJ em prol da sociedade. O que está sendo feito pela Coppe e o que vem por aí, todas as sextas-feiras, às 10h, com reapresentação às 15h, na Radio UFRJ. Também disponível nas principais plataformas e aplicativos de streaming. Visite nosso site (http://coppe.ufrj.br/) e nos siga nas redes sociais.

Realização: Assessoria de Comunicação da Coppe/UFRJ
Coordenação e locução: Roberto Falcão e Bruno Franco
Produção jornalística: Carlos Ribeiro e Diogo Ferraz
Gravação e edição de áudio: Gabriel Savelli
Apoio e estúdio de gravação: Laboratório de Produção Multimídia (LPM) da Coppe/UFRJ

https://radio.ufrj.br/programas/boletim-planeta-coppe/56894908

Coppe e Ocyan debatem parceria

Representantes da Ocyan visitam a Coppe

A Coppe/UFRJ recebeu nesta quinta-feira, 21 de setembro, representantes da Ocyan, empresa que provê soluções de manutenção e produção para a indústria de óleo e gás offshore. A comitiva, liderada pelo vice-presidente executivo de Novas Energias e Soluções, Rodrigo Lemos, foi apresentada à Coppe e seu Ecossistema de Inovação pela diretora de Tecnologia e Inovação da Coppe, professora Marysilvia Ferreira, e pelo diretor do Centro de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono, Alfredo Renault.

Durante o encontro, foram discutidas diversas possibilidades de parceria em temas como descomissionamento de estruturas submarinas; uso de Inteligência Artificial; testes de corrosão; possibilidades de inovação em automação, digitalização e soldagem, além de novas frentes de negócios como eólica offshore, hidrogênio verde e captura de carbono.

“Como brasileiro, eu fico muito orgulhoso em ver tanta capacidade reunida em uma instituição de nosso país. Temos uma base de manutenção em Macaé, com 70 mil m², e nossa unidade pode funcionar como um megalaboratório para que os pesquisadores testem em ambiente real o que julgarem necessário”, afirmou Rodrigo Lemos, que propôs a assinatura de um termo de cooperação para formalizar e estimular a parceria entre a Ocyan e a Coppe.

A professora Marysilvia apresentou diversos temas de interesse, separando óleo e gás, sustentabilidade, transição energética e IA e Transformação Digital, como áreas de maior convergência com a atuação da Ocyan.

“Entendemos que precisamos agrupar de maneira diferente nossos conhecimentos e tecnologias, então estamos repensando a estrutura da Coppe de forma mais transversal”, comentou a diretora de Tecnologia e Inovação, mencionando iniciativas da instituição nesse sentido, como o Coppe-IA, hub de Inteligência Artificial coordenado pelo professor Alexandre Evsukoff.

“Temos uma formação acadêmica sólida. Mas, queremos transformar conhecimento em produtos. Queremos que os alunos tenham uma formação para além da pesquisa, queremos formar empreendedores”, explicou a diretora de Tecnologia e Inovação da Coppe.

Visita de representantes da Ocyan

Participaram da reunião a gerente-executiva de Novas Energias, Luiza Freitas, e o gerente-executivo de Negócios Digitais e Tecnologias,Rodrigo Chamusca, pela Ocyan, e pesquisadores de sete laboratórios da Coppe: Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano) e Laboratório de Ondas e Correntes (LOC), apresentados pelos professores Joel Sena Sales Jr. e Antonio Carlos Fernandes, do Programa de Engenharia Oceânica; Laboratório de Ensaios Não Destrutivos, Corrosão e Soldagem (LNDC), pela pesquisadora Iane Soares; Laboratório de Recuperação Avançada de Petróleo (LRAP), pelo professor Paulo Couto; Laboratório de Máquinas Térmicas (LMT), pelo professor Gabriel Lisboa, do Programa de Engenharia Mecânica; Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce), professores José Luis Drummond e Alexandre Evsukoff, ambos do Programa de Engenharia Civil (PEC); Laboratório de Corrosão (LabCorr), pela pesquisadora Érica Senatore.

Após a reunião, a equipe da Ocyan visitou quatro laboratórios: LOC, LabOceano, Lamce e LabCorr.

Coppe lança Centro de Excelência em Rocha Digital

A Coppe/UFRJ inaugura na sexta-feira, dia 22 de setembro, às 14h30, o Centro de Excelência em Rocha Digital (CERD). Fruto de uma parceria com a Petrobras, o espaço terá como finalidade principal analisar rochas, com uso de Inteligência Artificial (IA), a partir da produção de imagens de alta resolução de amostras que são retiradas de reservatórios de petróleo, incluindo os do pré-sal. A cerimônia de inauguração será no próprio CERD na Av. Pedro Calmon, 35, bloco M, Centro de Tecnologia da UFRJ, Cidade Universitária.

Os pesquisadores do CERD utilizarão um equipamento de microtomografia para obterem as imagens, por meio de tomografia e microtomografia computadorizadas com raios X aplicados nas amostras das rochas. A partir das imagens em alta resolução, será possível fazer análises mais aprofundadas destas rochas, incluindo seu interior, com o uso de Inteligência Artificial, possibilitando a criação de um banco de dados contendo categorizações das rochas. Tais informações são fundamentais, inclusive para ampliar o grau de certeza de haver petróleo em determinado poço e estimar potencial de produção, a partir de comparações entre as características das rochas.

De acordo com seu coordenador, o professor Alexandre Evsukoff, do Programa de Engenharia Civil da Coppe, o Centro de Excelência irá promover uma mudança de patamar na pesquisa e desenvolvimento em rochas digitais para o setor de petróleo e gás no Brasil. “A equipe multidisciplinar do CERD pode contribuir de forma significativa para o avanço das pesquisas em rocha digital, não só por meio de análise petrofísica de imagens, mas também com estudos de litologias e texturas para o ajuste de modelos de inteligência artificial e o desenvolvimento de algoritmos de simulação em ambiente de computação de alto desempenho”, afirma o professor.

A tomografia e a microtomografia computadorizadas de raios X em amostras de rochas retiradas dos campos de petróleo têm sido aplicadas extensivamente como ferramentas para auxiliar na determinação da geometria de fases e outros métodos para avaliação digital da estrutura da rocha. Alexandre diz que o potencial de aplicação de modelos de simulação e inteligência artificial em imagens de tomografia de rochas geram enorme demanda por infraestrutura laboratorial para realização de tomografias. Mas, o custo do equipamento utilizado, bem como sua complexidade e a necessidade de pessoal altamente qualificado para sua operação e análise de resultados, dificultam a implantação deste tipo de solução. É exatamente para suprir esta necessidade que o CERD foi criado.

“A conexão entre modelos de inteligência artificial e modelos de simulação também é um tema relevante e de pesquisa de ponta na área de rocha digital. Neste contexto, o projeto inova ao aplicar os resultados de simulação numérica como feedback para o ajuste de parâmetros do modelo de IA. Além disso, a implantação deste centro em uma universidade, permite que os recursos possam também servir para a formação continuada de recursos humanos especializados nas diversas áreas envolvidas. A qualificação da equipe multidisciplinar que vem sendo formada na Coppe torna esse ambiente propício para a implantação desta iniciativa”, conclui o professor.

Coppe desenvolve membranas com líquidos iônicos para separação de gás natural

O Centro de Excelência em Gás Natural (CE-GN) da Coppe/UFRJ está desenvolvendo em parceria com a Petrobras, um tipo inovador de membranas para separar gás carbônico do gás natural nas plataformas do pré-sal.  Membranas que usam líquidos iônicos, com desempenho e estabilidade superiores comprovados em escala laboratorial.

A produção de gás natural está em crescimento no Brasil e, de acordo com o professor Cristiano Borges, do Programa de Engenharia Química da Coppe, para que ele seja remetido das plataformas de petróleo offshore para o continente, é preciso reduzir a concentração de CO² no gás natural, para cerca de 3%.

“A captura de CO² de correntes de hidrocarbonetos, em particular do gás natural, continua sendo prioridade da indústria de óleo e gás. Processos eficientes e econômicos são necessários para enfrentar os desafios de teores elevados de CO2 (de 30-70%) como os que caracterizam as fontes do pré-sal”.

As plataformas do tipo FPSO já utilizam membranas para extração e purificação do gás natural. A Petrobras sempre teve interesse em usar tecnologia nacional para controlar melhor o processo, são poucos os fornecedores internacionais de membranas poliméricas com essa finalidade. Por isso, a Coppe e a Petrobras, por meio do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) firmaram essa parceria.

Conforme explica Cristiano Borges, quanto maior for a pressão com a qual a membrana conseguir operar, melhor. “É uma questão de espaço. Por exemplo, durante a extração do gás em reservatórios a cinco mil metros de profundidade, à medida em que o transporta à superfície, ele vai despressurizando. No reservatório a pressão é superior a 500 atm (unidade de pressão), se ocorrer despressurização à pressão atmosférica, são cerca de 500 vezes o volume inicialmente captado. Atualmente, a pressão limita a operação com membranas, pois em pressões muito elevadas há aumento do volume do polímero que forma a membrana e a mesma perde resistência mecânica e de a eficiência a separação”.

Então, com a coordenação dos professores Frederico Kronemberger, Claudio Habert e Cristiano Borges, os pesquisadores do CE-GN estudam diversas rotas tecnológicas para o desenvolvimento de membranas capazes de atuar em pressões maiores, com melhores propriedades. “Neste projeto, colocamos na matriz do polímero um solvente que facilita a passagem do CO2 e interage com ele, aumentando a seletividade e a remoção. Em um projeto anterior foi demonstrado o funcionamento e, agora, a Petrobras quer escalonar”, complementa.

Os líquidos iônicos são um tipo especial de composto iônico que se encontra no estado líquido em temperatura ambiente e são conhecidos por sua baixa volatilidade, boa estabilidade térmica e ampla gama de propriedades físicas e químicas ajustáveis, o que os torna interessantes para uma variedade de aplicações industriais e tecnológicas.

Segundo o professor, “alguns líquidos iônicos próticos, baseados em etanolaminas e ácidos carboxílicos, apresentaram altas seletividades para absorção do CO2 com relação ao CH4 (componente principal do gás natural), e podem ser sintetizados através de uma rota simples e barata. Os experimentos foram realizados em escala de laboratório e demonstraram o grande potencial das membranas, devido ao desempenho e à estabilidade superiores as membranas comerciais, observados durante o período de teste. Foram realizados experimentos com condições próximas às industriais, empregando-se misturas gasosas com vários teores de CO2 na alimentação e pressões de até 40 bar”.

Além do melhor aproveitamento do gás natural, a tecnologia pode colaborar na descarbonização da exploração de petróleo offshore. “Uma forma de diminuir a emissão de CO2 é retirá-lo do gás natural e reinjetá-lo no reservatório. Caso não seja possível retirar o CO2 e especificar o gás natural para envio ao continente ou ele é queimado, emitindo carbono, ou é reinjetado integramente, gastando mais energia para a compressão, a qual é obtida da combustão do próprio gás natural”, conclui o professor da Coppe.

Cembra lança site exclusivo sobre o mar brasileiro

O Centro de Excelência para o Mar Brasileiro (Cembra) lança na terça-feira, dia 19 de setembro, o primeiro site do país dedicado exclusivamente aos conteúdos e às informações do mar brasileiro, em cerimônia virtual que será exibida ao vivo pelo canal da organização no YouTube.

Criado há 14 anos, o Cembra é uma organização que faz a integração das instituições que fazem parte do ecossistema do mar, como a Marinha do Brasil, a Coppe/UFRJ, a Universidade Federal do Rio Grande (Furg), Fundação de Estudos do Mar (Femar), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM).

O portal www.cembra.org.br foi totalmente reformulado e de maneira a ser uma fonte de informações para estudantes, pesquisadores, professores, admiradores e todos os públicos que se interessem pelo oceano nas mais diversas áreas do conhecimento.

Professor Rodrigo Couto toma posse como conselheiro do Clube de Engenharia

O professor Rodrigo Couto, do Programa de Engenharia Elétrica (PEE) da Coppe/UFRJ, tomou posse na segunda-feira, 11 de setembro, no Conselho Diretor do Clube de Engenharia. Coordenador acadêmico do PEE, Rodrigo terá mandato até agosto de 2026.

A posse dos novos conselheiros foi realizada durante a Assembleia Geral Solene, na sede do Clube de Engenharia, no Centro do Rio de Janeiro.

Professor Rodrigo Couto, Programa de Engenharia Elétrica

Professor da Coppe tem artigo publicado em revista do grupo Nature

Professor da Coppe tem artigo publicado em revista do grupo Nature

O professor Roberto Schaeffer, da Coppe/UFRJ, é coautor de artigo publicado nesta quarta-feira, 13 de setembro, pela Nature Communications. O artigo aborda a velocidade, a trajetória e a viabilidade das trajetórias globais de redução de consumo de combustíveis fósseis em diferentes cenários consistentes com a limitação do aquecimento global do planeta a no máximo 2°C até o final do século.

Segundo o professor do Programa de Planejamento Energético, em cenários que limitam o aquecimento a 1,5°C, sem ou com uma ultrapassagem temporária limitada desta temperatura (overshoot), a oferta global de carvão, petróleo e gás natural diminui, em média, 95%, 62% e 42%, respetivamente, entre 2020 a 2050, mas o papel do gás a partir daí é altamente variável.

“As trajetórias com maior utilização de gás natural são possibilitadas por uma maior captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês) e por uma maior utilização de tecnologias de remoção de dióxido de carbono da atmosfera (CDR, na sigla em inglês), mas estão provavelmente associadas a uma representação inadequada nos modelos integrados avaliados da capacidade regional de armazenamento de CO2 e da adoção, difusão e dependência dessas tecnologias”, explica Roberto Schaeffer.

Para cada orçamento de carbono (estoque acumulado de CO2 que possa ser emitido até o fim do século, dentro da meta de limitar a 1,5°C o aquecimento global), os modelos de avaliação integrada (IAMs, na sigla em inglês) combinam as seguintes estratégias: eliminar gradualmente combustíveis fósseis da geração de energia, transportes, construção civil e indústria; transformar a agricultura e demais formas de uso do solo; reduzir o consumo de energia e materiais; e fazer uso de CDR, e de CCS.

De acordo com o artigo, a maioria dos cenários de baixo carbono depende, em grande medida, da utilização de CDR, principalmente por meio de bioenergia combinada com captura e armazenamento de carbono (BECCS). Alguns cenários também empregam a captura direta de ar e a captura e armazenamento de carbono (DACCS, na sigla em inglês). No entanto, segundo os autores, a viabilidade do uso em larga escala de CDR e de CCS permanece incerta, com preocupações crescentes de manter a dependência de combustíveis fósseis e um aquecimento global acima da meta, caso estas técnicas não surtam o efeito desejado.

“Resultados do trabalho sugerem a necessidade de se adotar parâmetros claros de referência de redução a curto e longo prazos na produção e utilização de carvão, petróleo e gás, juntamente com outros objetivos de mitigação das alterações climáticas”, acrescenta Schaeffer.

Os autores concluem ainda que a trajetória da oferta/consumo de gás natural é influenciada por vários fatores interdependentes e que variam conforme o IAM utilizado: precificação de carbono; restrições à disponibilidade de CCS, CDR e tecnologia nuclear; restrições ao uso de fontes renováveis de energia (custos de operação e manutenção, custo nivelado de energia, etc); e os desafios na integração de fontes tradicionais e renováveis de energia.

Dentre outras observações, os pesquisadores indicam que o uso intensivo de terra para geração de bioenergia e sequestro de carbono para agricultura, silvicultura e outros usos da terra (Afolu, na sigla em inglês)) pode levar à degradação do solo, insegurança alimentar, perda de biodiversidade e escassez hídrica. Em relação ao petróleo, os principais cenários propostos indicam uma queda acentuada na oferta e no consumo já na metade do século, queda esta mais lenta do que aquela verificada para o carvão mineral e mais rápida do que a esperada para o gás natural.

O artigo Global fossil fuel reduction pathways under different climate mitigation strategies and ambitions foi escrito pelos pesquisadores Ploy Achakulwisut (autor líder) e Peter Erickson, ambos do Stockholm Environment Institute; Céline Guivarch, do International Research Center on Environment and Development (CIRED), Ecole des Ponts; Elina Brutschin, do International Institute for Applied Systems Analysis (IIASA); e Steve Pye, do Energy Institute, University College London; além do professor Roberto Schaeffer, um dos coordenadores do Laboratório Cenergia. Aqui o link para o artigo: https://www.nature.com/articles/s41467-023-41105-z.

Professoras da Coppe foram contempladas pelo Programa Jovens Cientistas Mulheres

As professoras da Coppe/UFRJ Ariane de Jesus Sousa Batista e Gabriela Ribeiro Pereira foram contempladas no Programa “Jovens Cientistas Mulheres”, da Faperj. O programa visa apoiar projetos científicos de excelência, com metodologias inovadoras com foco, preferencialmente, à criação de novas linhas de pesquisa, liderados por jovens cientistas mulheres em Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) sediadas em território fluminense e com menos de 12 anos de doutoramento.

Os projetos contemplados se distribuem por cada um dos três colégios estabelecidos pela Capes. O colégio “Ciências da Vida” foi o que obteve o maior número de projetos aprovados, 26. E os colégios “Humanidades” e “Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar” obtiveram 22 cada. As contempladas receberão auxílio de até R$ 700 mil, incluindo bolsas de Iniciação Científica.

Ariane Batista, do Programa de Engenharia de Nanotecnologia (Pent), e Gabriela Pereira, do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (PEMM), foram contempladas, respectivamente, com os projetos “Desenvolvimento e intensificação de processos de produção de partículas de polímeros de fontes renováveis para aplicações biomédicas”, e “Desenvolvimento de sensores de corrente parasita do tipo ARRAY para caracterização microestrutural não destrutiva e detecção de trincas em aços austeniticos”. Todos no colégio “Ciências Exatas, tecnológicas e multidisciplinar”.

A Faperj recebeu 355 propostas, que foram avaliadas por um Comitê Externo de Julgamento designado pela diretoria da fundação, das quais 70 pesquisadoras foram aprovadas no processo de seleção. Um número de contempladas que é 4,5 vezes maior do que o proposto inicialmente pelo Edital do programa, e representa um investimento de cerca de R$ 30 milhões na pesquisa fluminense ao longo dos 36 meses de vigência dos projetos. Os recursos financeiros poderão ser utilizados para o estabelecimento e melhoria de infraestrutura, e para despesas de custeio previstas nos projetos de pesquisa apresentados. As instituições com o maior número de propostas contempladas são: UFRJ (22); Uerj (13); e UFF (9).

Saiba mais no site da Faperj.

Boletim 19 – Coppe será sede do Centro de Excelência em Inteligência Artificial para Energias Renováveis

A Coppe e a Sapura apresentaram um simulador para treinamento de operação em navio PLSV, um tipo de embarcação projetada para apoio, instalação e lançamento de dutos flexíveis. O equipamento desenvolvido em parceria com o Laboratório de Tecnologia Oceânica, o LabOceano, tem a capacidade de replicar com precisão situações de navegação do dia a dia da frota da companhia.

Saiba como anda a produção de pesquisa em Engenharia desenvolvida pela Coppe/UFRJ em prol da sociedade. O que está sendo feito pela Coppe e o que vem por aí, todas as sextas-feiras, às 10h, com reapresentação às 15h, na Radio UFRJ. Também disponível nas principais plataformas e aplicativos de streaming. Visite nosso site (http://coppe.ufrj.br/) e nos siga nas redes sociais.

Realização: Assessoria de Comunicação da Coppe/UFRJ
Coordenação e locução: Roberto Falcão e Bruno Franco
Produção jornalística: Carlos Ribeiro e Diogo Ferraz
Gravação e edição de áudio: Gabriel Savelli
Apoio e estúdio de gravação: Laboratório de Produção Multimídia (LPM) da Coppe/UFRJ

https://radio.ufrj.br/programas/boletim-planeta-coppe/56810191

Todo esforço vale a pena

Professora Suzana Kahn, diretora da Coppe/UFRJ

A cada ano, cresce a preocupação de toda a sociedade sobre a necessidade de reduzir as emissões de carbono e evitar a ruptura definitiva dos padrões climáticos. Porém, também tem aumentado a certeza de que temos pouco tempo para alcançar tal objetivo.

As metas globais de corte na emissão de gases de efeito estufa (GEE) são discutidas constantemente nas conferências do clima e provocam uma transformação na economia mundial na tentativa de se conseguir estabilizar a concentração de carbono na atmosfera. Isto implica em zerar as emissões líquidas de carbono, o que não é um desafio fácil, pois a economia do planeta tem sido movimentada por combustíveis fósseis há mais de duzentos anos.

Neutralizar as emissões ou descarbonizar a economia mundial significa, na prática, reduzir o que se emite e aumentar a capacidade de absorção do planeta como, por exemplo, expandir as áreas florestais, que são grandes “sumidouros” de carbono, além de recuperar biomas degradados e garantir a existência de ecossistemas que, em uma cadeia planetária de influência mútua, possibilitam a existência da humanidade. 

Inicialmente, nas convenções do clima, essa premissa partia sempre do desmatamento evitado. O conceito foi evoluindo para incorporar todos os esforços voltados para a redução das emissões decorrentes do desmatamento e degradação florestal, promover a conservação e o manejo sustentável (REDD+).

Em áreas privadas onde, de acordo com o Código Florestal Brasileiro, é possível desmatar legalmente um percentual máximo de vegetação nativa, que varia conforme o bioma, remunerar o dono da terra pode ser um eficiente recurso para que a floresta presente ali seja mantida em pé. Um importante instrumento, nesse sentido, é o crédito de carbono, muitas vezes apontado por alguns críticos como uma opção para poluidores continuarem suas atividades ambientalmente nocivas.  

Mas a questão é muito mais complexa. Qualquer eventual risco associado à garantia de que a floresta está, de fato, adequadamente mantida, de que não há “vazamento” (conservação de uma área que leva ao desmatamento de outra) e que o carbono contido na vegetação nativa ou recuperada permanecerá por décadas, pode ser minimizado com sistemas de verificação robustos, transparência e monitoramento constante e eficiente.

É inegável que um ou outro projeto de geração de crédito de carbono possa ser criticado por não ter toda a necessária solidez. Aliás, qualquer discussão que apresente propostas concretas de melhoria para o sistema atual é sempre benéfica. Mas a falta de um debate qualificado não deve servir de impedimento para que a opção REDD+ possa melhorar continuamente rumo à integridade climática. Devemos usar todas as formas de conseguir que a concentração de carbono na atmosfera não aumente ainda mais, causando enormes danos, sobretudo aos mais vulneráveis.  

Dada a urgência do problema, todas as alternativas disponíveis, incluindo a manutenção dos sumidouros de carbono e a redução das emissões, são absolutamente importantes, necessárias e complementares. Estamos em corrida contra o tempo, e precisamos unir nossos esforços pelo bem da nossa própria existência.

Artigo publicado no jornal Valor Econômico, em 14 de setembro

Boletim 18 – Coppe recebe representantes da Sonangol, estatal petrolífera angolana

A Coppe/UFRJ recebeu uma comitiva da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol). Os representantes da empresa petrolífera angolana visitaram o Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano) e o Centro de Pesquisas e Caracterização de Petróleo e Combustíveis (CoppeComb) e foram apresentados à instituição e seu ecossistema de inovação pela diretora da unidade Embrapii-Coppe, professora Angela Uller.

A Aquapower, startup da Incubadora de Empresas da Coppe, especializada no fornecimento de energia limpa, foi selecionada para participar do programa de aceleração da Ocyan, empresa de óleo e gás do grupo Novonor, a antiga Odebrecht.

Saiba como anda a produção de pesquisa em Engenharia desenvolvida pela Coppe/UFRJ em prol da sociedade. O que está sendo feito pela Coppe e o que vem por aí, todas as sextas-feiras, às 10h, com reapresentação às 15h, na Radio UFRJ. Também disponível nas principais plataformas e aplicativos de streaming. Visite nosso site (http://coppe.ufrj.br/) e nos siga nas redes sociais.

Realização: Assessoria de Comunicação da Coppe/UFRJ
Coordenação e locução: Roberto Falcão e Bruno Franco
Produção jornalística: Carlos Ribeiro e Diogo Ferraz
Gravação e edição de áudio: Gabriel Savelli
Apoio e estúdio de gravação: Laboratório de Produção Multimídia (LPM) da Coppe/UFRJ

https://radio.ufrj.br/programas/boletim-planeta-coppe/56714505

Coppe e Sapura apresentam simulador de navio PLSV

A Coppe/UFRJ e a Sapura apresentaram nesta quarta-feira, 6 de setembro, um simulador para treinamento de operação em navio PLSV (Pipe Laying Support Vessel), modelo de embarcação projetada para apoio, instalação e lançamento de dutos flexíveis. O equipamento desenvolvido em parceria com o Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano), instalado e operado no laboratório, tem a capacidade de replicar com precisão situações de navegação do dia a dia da frota da companhia.

Ricardo Bicudo, COO da Sapura
Ricardo Bicudo, COO da Sapura

“Tínhamos um desafio e o LabOceano entregou uma proposta de valor para a empresa e nós entendemos que podemos melhorar a capacidade de treinamento de nossos oficiais, bem como disponibilizar isso para a formação de novos oficiais de marinha mercante”, afirmou o COO da Sapura, Ricardo Bicudo.

De acordo com Claudio Coreixas, pesquisador do LabOceano e líder do projeto, o simulador possibilita o treinamento em navegação portuária com gerenciamento de tráfego marítimo; atracação/desatracação; fundeio; condições ambientais; manobras noturnas e procedimentos de emergência.

Claudio Coreixas apresenta o projeto
Pesquisador Claudio Coreixas apresenta o projeto

Além disso, segundo Coreixas, por estar instalado em uma universidade, permite que alunos de mestrado e doutorado investiguem problemas complexos e proponham soluções inovadoras. “A ideia é cada um poder acrescentar mais um tijolinho acadêmico a esta tecnologia naval que nos fascina. Abre a possibilidade de mentes brilhantes terem acesso a novas perspectivas abertas por essa tecnologia”.

“Navios modernos são muito instrumentados, você tem informação para tudo que precisa. Ter acesso ao log (histórico) de DP (dynamic positioning, posicionamento dinâmico) do navio é o nirvana para um pesquisador. A universidade é o lugar certo para explorar, investigar problemas complexos com uso de inteligência artificial, redes neurais, e trazer a resposta calibrada ao usuário”, explicou o aluno de doutorado do Programa de Engenharia Oceânica (PEnO).

Na avaliação de Coreixas, o projeto é a materialização da tríplice hélice: indústria, academia e Estado, e contribui para a preservação ambiental, a segurança aquaviária e a salvaguarda dos comandantes, práticos e demais profissionais. “O simulador usado até então não tinha o refinamento necessário para a resposta hidrodinâmica que o especialista necessita, para manobras de PLSV, em baixas velocidades, como quatro nós, três nós e meio”, avaliou.

Professor Paulo de Tarso fez uma breve apresentação do LabOceano

A calibração do modelo foi feita com provas de mar do Sapura Ônix, embarcação PLSV da empresa, dados de tanque de prova e dados de propulsão. O simulador já está pronto para uso e em setembro três comandantes de navios passarão por treinamento.

O evento contou com a presença do coordenador do LabOceano, professor Paulo de Tarso, e do idealizador do laboratório, professor Carlos Levi, ambos do Programa de Engenharia Oceânica; do CEO da Sapura, Rogerio Salbego, e COO, Ricardo Bicudo; e além de representantes da Marinha do Brasil e da Petrobras.

Coppe sediará o Centro de Excelência em Inteligência Artificial para Energias Renováveis

A Coppe/UFRJ sediará o Centro de Excelência em Inteligência Artificial para Energias Renováveis, que foi proposto pela instituição e aprovado em chamada da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para a criação de Centros de Pesquisa Aplicada (CPA) em Inteligência Artificial. A iniciativa foi lançada em 2021, no âmbito de um convênio de cooperação científica e tecnológica com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério das Comunicações (MCom) e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).

Ao todo, foram selecionadas quatro propostas que resultarão na implantação de dois centros em Pernambuco, um em São Paulo, e um no Rio de Janeiro, sediado na Coppe. Todos eles terão como missão desenvolver pesquisas científicas, tecnológica e inovação, orientadas à resolução de problemas, com IA. Cada CPA será contratado por um período de cinco anos renováveis por mais cinco anos, de acordo com os resultados mensurados. As pesquisas realizadas nos CPAs devem ser ousadas, de excelência internacional em Inteligência Artificial. Além disso, suas atividades também devem contribuir substancialmente para a formação de recursos humanos qualificados em Inteligência Artificial para o Brasil.

Com coordenação do professor Alvaro Coutinho, do Núcleo de Atendimento a Computação de Alto Desempenho (Nacad), o centro funcionará nas dependências do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce), ao qual está acoplado o supercomputador Labo Carneiro. O objetivo é avançar e implantar ferramentas e processos de IA para a transição energética, envolvendo as energias renováveis. A missão é consolidar, em cinco anos, a primeira plataforma multidisciplinar de excelência em inteligência artificial voltada para potencializar a liderança brasileira em energias renováveis, a exemplo de outras Iniciativas semelhantes como as do NSF AI Institute for Dynamic Systems e NSF AI Institute for Foundations of Machine Learning, que são dedicados ao aprendizado científico de máquina.

Entre os desafios científicos de longo prazo, Alvaro aponta a promoção de uma inovação sistêmica que reúna digitalização, descentralização e eletrificação no setor de energia renovável. O professor explica que no centro serão explorados aplicações e benefícios relevantes da inteligência artificial para previsão e operação nas energias renováveis eólica, solar, biomassa e hidrogênio. Entre outras metas estão contribuir para a redução das incertezas sobre as aplicações de hidrogênio verde, e para a produção de energia de biomassa ambiental, social e economicamente sustentável.

De acordo com o professor da Coppe, uma das intenções do centro é ajudar o Brasil a cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e as metas climáticas do Acordo de Paris. Além disso, visa também contribuir para a formação de recursos humanos qualificados capazes de avançar no uso da inteligência artificial para o desenvolvimento de tecnologias contemporâneas em energias renováveis.

O orçamento do centro é de cerca de 29 milhões, somando o investimento da Fapesp, a infraestrutura da Coppe, e das instituições parceiras: Repsol Sinopec do Brasil, Phdsoft e TDE. Também fazem parte da composição orçamentária, a infraestrutura do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e do Parque Tecnológico Itaipu, além de aporte da Faperj.

Os outros três centros comtemplados foram

Centro de Pesquisa em Engenharia Ciência de Dados para a Indústria Inteligente (CDI2), sediado em três unidades: Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC/USP), Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (IC/UNICAMP) e Instituto Avançado para Inteligência Artificial (AI2/UNESP).

Centro de Excelência em Inteligência Artificial para Segurança Cibernética, com sede no Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn/UFPE).

PRAIA Educação – Pesquisa realmente Aplicada em Inteligência Artificial: educação para a 4a revolução industrial, instalado no Centro de Informática/CIn/UFPE.

Sapura e Coppe lançam Simulador de navio PLSV

A Sapura e o Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano) da Coppe/UFRJ, lançam, dia 6 de setembro, às 9h30, um Simulador para treinamento de operação em navio PLSV (Pipe Laying Support Vessel), modelo de embarcação projetado para apoio, instalação e lançamento de dutos flexíveis. O equipamento tem a capacidade de replicar com precisão situações de navegação do dia a dia da frota da companhia. O lançamento será realizado no LabOceano, no Parque Tecnológico da UFRJ, na Rua Leopoldo de Meis, 569, Prédio I, Cidade Universitária, Rio de Janeiro.

Durante a cerimônia, que contará com a participação de representantes da Petrobras e da Marinha do Brasil, dentre outras instituições, o professor Paulo de Tarso, coordenador do LabOceano, e o pesquisador da Coppe, líder do projeto com a Sapura, Claudio Coreixas, farão uma breve apresentação, respectivamente, do simulador e do projeto como um todo. Na sequência será demonstrado o funcionamento do equipamento de simulação nas cabines do laboratório.

O simulador foi preparado durante os últimos três meses, quando foram feitas visitas ao Sapura Ônix, embarcação PLSV da empresa, para coleta de informações e de dados de projeto que serviriam para subsidiar atividades como as engenharias necessárias, modelagem 3D da embarcação e adaptação da sala de simulação, modelagem hidrodinâmica de casco e criação dos controles azimutais.

O equipamento de simulação como um todo conta com três salas. A primeira, onde está o simulador de PLSV, é a maior delas, com sete televisores na horizontal com ângulo de visualização de 225°. A segunda sala possui sete televisores na vertical, trazendo uma visão maior nesta direção e um ângulo horizontal de 150°, ideal para utilizar em embarcações como rebocadores. Já a última, que possui comunicação ativa com as outras, é onde se encontra o controle da simulação por meio de microfones e visualização através de câmeras, além de todas as vistas ao operador de cada embarcação. Por meio dela é possível controlar clima, hora, visibilidade, condições de mar, vento e corrente, além da possibilidade de incluir navios NPCs (Non-Playable Character) e rotas, dando maior realidade ao tráfego marinho da região. A sala reservada ao projeto da Sapura foi decorada com imagens do navio, como forma de reforçar a ambientação e consequente imersão dos usuários.

Para o pesquisador da Coppe, Claudio Coreixas, líder do projeto com a Sapura, este é um avanço relevante para o setor, tendo em vista a pouca quantidade de simuladores nacionais disponíveis no país, além do aprimoramento de técnicas para se obter os coeficientes das embarcações e dessa forma aumentar o portfólio de simulações disponíveis. Coreixas ainda ressaltou que a parceria com empresas do ramo é fundamental, pois o acesso do pesquisador a esse tipo de embarcação é muito limitado.

De acordo com o COO da Sapura, Ricardo Bicudo, o simulador vai ajudar no treinamento dos novos comandantes e demais Oficiais marítimos para entrada em portos brasileiros como a BANIT, BAVIT e Açu com extrema perícia. Isso ocorre juntamente com um projeto de predição de vento e corrente para auxiliar a tomada de decisão e evitar o cancelamento de manobras durante a operação, calculando por meio de redes neurais os valores e as direções de vento e corrente nas próximas horas e probabilidade de acerto.

Boletim 17 – Coppe recebe consultores da Innovation Norway

A Coppe/UFRJ recebeu no dia 28 de agosto, consultores da Innovation Norway, a mais importante agência norueguesa de fomento à inovação e exportação. Foram apresentados projetos conjuntos com empresas e instituições norueguesas e debatidas formas de consolidar, ampliar e diversificar a parceria.

Dois professores do Programa de Engenharia Química receberam importantes premiações. A professora Marcia Dezotti foi agraciada com o Senior Award Cipoa, em reconhecimento à trajetória de Márcia na pesquisa sobre tratamento de água e efluentes. O professor Fabio Toniolo é um dos vencedores do prêmio Pesquisador em Catálise 2023.

Saiba como anda a produção de pesquisa em Engenharia desenvolvida pela Coppe/UFRJ em prol da sociedade. O que está sendo feito pela Coppe e o que vem por aí, todas as sextas-feiras, às 10h, com reapresentação às 15h, na Radio UFRJ. Também disponível nas principais plataformas e aplicativos de streaming. Visite nosso site (http://coppe.ufrj.br/) e nos siga nas redes sociais.

Realização: Assessoria de Comunicação da Coppe/UFRJ
Coordenação e locução: Roberto Falcão e Bruno Franco
Produção jornalística: Carlos Ribeiro e Diogo Ferraz
Gravação e edição de áudio: Gabriel Savelli
Apoio e estúdio de gravação: Laboratório de Produção Multimídia (LPM) da Coppe/UFRJ

https://radio.ufrj.br/programas/boletim-planeta-coppe/56637498

Coppe recebe comitiva da petrolífera angolana Sonangol

Coppe recebe comitiva da petrolífera angolana Sonangol

A Coppe/UFRJ recebeu nesta quarta-feira, 30 de agosto, uma comitiva da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol). Os dez representantes da empresa petrolífera angolana visitaram o Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano) e o Centro de Pesquisas e Caracterização de Petróleo e Combustíveis (CoppeComb) e foram apresentados à instituição e seu ecossistema de inovação pela diretora da unidade Embrapii-Coppe, professora Angela Uller.

Professor Papa Ndiaye e representantes da Sonangol

Epifânio Santos, um dos administradores do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPD) da Sonangol, localizado na cidade de Sumbe, na província de Cuanza Sul, explicou que o objetivo da visita é “adquirirmos experiência e constatarmos em outras localidades o que podemos aplicar lá. É fazermos uma troca de conhecimentos para estabelecermos uma futura parceria e levarmos avante os nossos propósitos”.

“Temos uma linha já definida para pesquisa e desenvolvimento e buscamos confirmar se efetivamente estamos no caminho certo e o que precisamos para levar a bom porto esta concretização. Já conhecemos a realidade de alguns parceiros e esta experiência vai engrandecer nosso portfolio e nos ajudar a diversificar. Para além da parceria, precisamos de consultoria para o nosso Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, aprender com boas práticas”, afirmou Epifânio.

De acordo com o executivo, um aprendizado que a delegação levará da visita é que precisarão contar com o apoio das universidades, “porque mais do que nunca elas são as incubadoras do conhecimento”. “Tomamos também boa nota da experiência brasileira com a cláusula da P&D”.

“Já era hora de termos uma relação mais próxima com países da África”, ponderou professora Angela. “Nós já desenvolvemos quase 10 mil projetos em óleo e gás, e atuamos em todas as áreas de pesquisa relativas ao petróleo. A Coppe é responsável por 80% dos recursos advindos da cláusula de pesquisa e desenvolvimento (P&D) recebidos pela UFRJ, entre 1998 e 2022 (4,9 bilhões de reais)”, informou aos executivos da estatal angolana.

Os representantes da Sonangol vieram à Coppe a convite do professor Eduardo Falabella, da Escola de Química (EQ/UFRJ), com o qual estão fazendo um curso de especialização em Gestão do Conhecimento. No CoppeComb, eles foram recebidos pelo coordenador do laboratório, o professor Papa Ndiaye, do Programa de Engenharia Química.