Parceria entre Silicon Graphics/ Cray e COPPE Conecta o Brasil a Supercomputadores de Última Geração nos EUA

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Data: 01/10/1998

Análise de Contato/Impacto de uma conexão vertical de um Flow Line Hub feita pelo Prof. José Luis Drummond Alves e seus alunos no Supercomputador Cray J-90 da COPPE

A Silicon Graphics/Cray Research e a COPPE firmaram uma parceria inédita no valor de US$ 600 mil. O convênio, assinado pelo Presidente da Silicon Graphics do Brasil, Edson Maciel, e pelo Diretor da COPPE, Segen Estefen, beneficiará mais de 30 instituições científicas e acadêmicas do país que desenvolvem pesquisas e projetos de alta tecnologia utilizando o supercomputador da COPPE. “Tenho prazer em participar desse acordo, pois sei o quanto de pesquisa é produzida pela COPPE com tão poucos recursos. Queremos oferecer a infra-estrutura necessária, com tecnologia de ponta, para desenvolver a alta criatividade dos nossos profissionais”, destacou Edson Maciel. A assinatura foi feita no auditório da COPPE, na Ilha do Fundão.

Através deste convênio a COPPE será conectada aos supercomputadores de última geração da Silicon Graphics/Cray, localizados em Eagan-Minnesota, Michigan e Califórnia. Estes supercomputadores, do tipo Origin 2000 e Cray T3E, possuem uma capacidade superior a 64 Gflops, com mais de 32 Gbytes de memória, o que corresponde a mais de 50 mil computadores tipo pentium. Estas máquinas possibilitam, por exemplo, o cálculo de um avião supersônico em apenas algumas horas. “A COPPE está preparada para o desafio e pode agora viabilizar com maior facilidade os projetos da instituição. Possuímos uma reserva de capital intelectual capaz de incorporar a área do conhecimento ao desenvolvimento do país, agora a tendência é deslanchar esse processo” – afirma o diretor da COPPE.

Segundo Maciel o objetivo do convênio é se unir a entidades competitivas, beneficiando a comunidade acadêmica do país. Atualmente o supercomputador Cray da COPPE abriga 250 projetos, provenientes da própria instituição e dos mais importantes centros de pesquisa do país, como o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), que vem estudando supercondutores e novos materiais; o Centro Técnico Aeroespacial (CTA), que vem trabalhando no projeto espacial brasileiro e combustão para foguetes; o Observatório Nacional, que estuda a formação de galáxias; a UFF/CSN, que trabalha na otimização de processos de produção de aço, a empresa Cervejaria Brahma, que simula a demanda e receptividade do mercado, além de núcleos da USP, Unicamp, Instituto de Energia Nuclear, entre outros.

Instalado na COPPE há três anos, o supercomputador, entre inúmeras vantagens, já gerou para a comunidade científica do país o equivalente a recursos da ordem de US$ 6 milhões. De acordo com os coordenadores do convênio, os professores da COPPE, Djalma Falcão e Alvaro Coutinho, a estimativa é de que com a parceria este valor dobre nos próximos dois anos.

Mas a “menina dos olhos” deste acordo é o projeto do laboratório de visualização científica de última geração que será implantado na COPPE. Ele permitirá, por exemplo, visualizar uma galáxia inteira, com alto nível de detalhe, ou desvendar o fundo do oceano de tal forma que os cientistas possam obter informações mais precisas, possibilitando entre outras coisas otimizar a extração de petróleo em grandes profundidades. As possibilidades são tantas que podem até parecer ficção. Mas esta é uma das vantagens do mundo virtual, transformar ficção em realidade. Não é à toa que além da Nasa, um dos grandes clientes da empresa é o George Lucas e o Steven Spielberg.