Pesquisa mostra que brasileiro valoriza mas não tem acesso à alimentação saudável

Planeta COPPE / Engenharia de Produção / Notícias

Data: 11/03/2021

“Sustentável pra quem?” Estudo realizado por pesquisadores da Coppe/UFRJ e da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (Facc/UFRJ) evidencia contradição entre discurso e prática nas classes médias brasileiras quando o tema é alimentação. A maioria dos entrevistados destacou o valor de alimentos naturais, orgânicos, menos industrializados, mas na prática, seja pela falta de tempo, custo, ou influenciados pela liderança de grandes marcas, acabam optando por alimentos processados das empresas líderes de mercado, ou pela comida pronta, comprada por meio de aplicativos. Ao todo, foram realizadas 61 entrevistas com consumidores de classe média do Rio de Janeiro e pessoas-chaves de instituições da área de alimentação no Brasil.

Financiado pelo conselho britânico de pesquisa (ESRC), o projeto “Sustainable Consumption, the middle classes and AgriFood Ethics in the Global South (SCArFEthics)” foi implementado no Brasil pela UFRJ, sob a coordenação dos professores Roberto Bartholo, da Coppe/UFRJ, e Rita Afonso, da FACC/UFRJ. Também participam do estudo as pesquisadoras Luiza Farnese Sarayed-Din e Cristine Carvalho, do Laboratório de Tecnologia, Diálogos e Sítios (LTDS) da Coppe.

Rita Afonso, da Faculdade de Ciências Contábeis e Administração

Para discutir os resultados da pesquisa, as descobertas e contradições levantadas sobre o tema, a Coppe/UFRJ e a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (Facc/UFRJ) promoveram, no dia 25 de fevereiro, o workshop “Sustentável pra quem? Olhar brasileiro para o consumo de alimentos”.

Durante o evento, foi praticamente consenso entre os debatedores que a sustentabilidade é um campo em disputa na política pública. “Comparando dez pés de alface com veneno (agrotóxico) e dez pés orgânicos, o orgânico é mais barato. O que acontece é que a gente compara dez pés de alface orgânicos com um milhão de agroindustriais. Se a gente tivesse a escala, o incentivo, o financiamento que a agroindústria tem, certamente chegaria mais barato à mesa do trabalhador”, afirmou Thomás Ferreira, da Cooperativa de Alimentos Saudáveis (Coopas).

Segundo Elisabetta Recine, integrante do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional, distorções como essa, são causadas pela ausência de uma política nacional de distribuição de alimentos e pela alocação de incentivos, sobretudo financeiros, no agronegócio em detrimento da agricultura familiar. A pesquisa mostrou que alimentação saudável, comida fresca ou menos industrializada não chega à mesa da maioria das classes médias brasileiras (em um entendimento mais amplo do que apenas a variável de renda, incluindo cultura e redes, e representando gênero, faixa etária, raça e diferentes formas de viver).

Sustentabilidade é um campo em disputa

“A alimentação saudável é percebida sob uma ótica de desigualdade social. A sensação é que você está vivendo uma espécie de apartheid alimentar, no qual a comida que você defende é a que chega na sua casa, não na minha”, citou Luiza Sarayed-Din, pesquisadora do Laboratório de Tecnologia, Diálogos e Sítios (LTDS) da Coppe e integrante da equipe que realizou o estudo, em referência à fala de um dos entrevistados.

Na opinião de Elisabetta Recine, as informações levantadas pelo estudo são provocadoras e suscitam muitas reflexões. “Sustentabilidade além de ser uma urgência, é um campo em disputa. As decisões e caminhos traçados por poucos, consequências para todos. Os sistemas alimentares hegemônicos, agroindustriais, são determinantes para a crise climática e também para várias iniquidades. Hoje, nossas três grandes crises – climática, fome e obesidade – são sinérgicas e se perpetuam. Precisamos de medidas que atuem de maneira sistêmica porque o problema é sistêmico. Para lidar com as muitas dimensões da insustentabilidade”.

“Sustentável virou um selo, uma marca, status. Mas, alimentação é mais do que comida ou remédio, ela é história da família, da comunidade, do país, da Humanidade. Ela é expressão de direitos, ou negação de direitos. Não há política nacional de abastecimento de alimentos que garanta acesso a todas as cidades de produtos frescos e a preço justo. O agronegócio chegou a esse volume de produção com um uso suicida de recursos naturais, mas também com muito recurso público. Se a agricultura familiar tivesse assistência técnica e financiamento, não conseguiria?”, questionou Elisabetta.

À frente do empreendimento social Saladorama, criado com objetivo de democratizar o acesso à alimentação saudável e de qualidade nas periferias, Hamilton Silva, que participou do workshop, explicou com sua história de vida as razões de atuar em prol da alimentação sustentável. “Eu venho de periferia, de São Gonçalo, e pra mim a melhor comida era aquela que eu não podia comer. Era o que eu comia quando saía o pagamento: sushi, hambúrguer. Um dia consegui um emprego e o almoço era servido na própria empresa. No meu primeiro dia, foi lasanha de berinjela. Coisa que não entrava no diálogo da favela como comida boa. Aí percebi que as pessoas ricas se preocupavam com alimentação saudável e essa discussão não chegava à favela. Queremos trazer esse debate para a dona Maria e o seu João, para as pessoas comuns, que elas podem ter alimentação saudável e orgânica, e que possam pagar por ela”.

SustentabilidadeS, justas e plurais

De acordo com a professora Rita Afonso, da FACC, uma das coordenadoras do estudo no Brasil, o objetivo da pesquisa era investigar agentes institucionais e culturais de mudança que vêm direcionando diferentes formas de consumo sustentável de alimentos nos contextos urbanos de crescimento das classes médias no Sul global (países em desenvolvimento, a periferia do sistema capitalista).

“Trabalhamos com dois conceitos: o de sustentabilidade justa, a necessidade de ter um piso mínimo de consumo que permita que cada cidadão viva com dignidade, e o teto máximo que garanta que o planeta renove seus recursos. Isso casa bem com a donut economy, de Kate Raworth, a necessidade de um espaço seguro e justo para a humanidade”, explicou Rita

Roberto Bartholo, do Programa de Engenharia de Produção da Coppe

Na avaliação do professor Roberto Bartholo, do Programa de Engenharia de Produção da Coppe, também coordenador do estudo no Brasil, “o uso e abuso da palavra sustentabilidade é tão grande que ela passou a significar quase tudo ou quase nada”. “Eu a entendo como a expressão de um compromisso com a afirmação da vida, em suas variadas formas. Como a memória das gerações passadas e os espaços de experiências e horizontes de expectativas das gerações futuras”.

Para Bartholo, “é importante não cairmos na armadilha do artigo definido e sua perigosa pretensão de universalização do particular. Quando um/uma querem se impor como sendo o/a. Por isso, é importante reconhecermos que podem existir e existem diversos modos de sustentabilidade e não apenas um que se imponha planetariamente a todos os povos e culturas como único, verdadeiro, bom, justo e belo. É importante que os modos de sustentabilidade sejam situados, ou seja, que sejam enraizados em contextos identitários que os configuram”.

Influências sobre as escolhas na alimentação

Segundo Luiza Sarayed-Din, na primeira fase do estudo foram entrevistadas 30 pessoas-chaves de instituições da área de alimentação sustentável no Brasil, sendo sete de órgãos de governo, cinco da sociedade civil, cinco de restaurantes, cinco de supermercados, quatro mídia/celebridades, quatro outros especialistas.

A pesquisadora explica que em suas respostas os entrevistados puseram maior foco na dimensão socioeconômica da sustentabilidade e evidenciaram as três ‘crenças institucionais’ brasileiras sobre a sustentabilidade: acesso (ter comida na mesa, conseguir comprar, saudável, comida de verdade, garantir sobrevivência), saúde (comida fresca, feita em casa, fitness e como remédio) e reconhecimento (comida de avó, comida como experiência, informação qualificada sobre a comida).

A segunda fase do estudo, apresentada no workshop pela pesquisadora Cristine Carvalho, também do LTDS, foram realizadas 31 entrevistas, de janeiro a agosto de 2019, com consumidores de classe média com idades entre 25 e 80 anos, brancos, pardos e pretos, solteiros e casados, autônomos e empregados formados, com diferentes faixas de renda. Nesta fase, os pesquisadores buscaram entender o que influencia o consumo de alimentos de maneira ética e sustentável.

Nesta etapa os pesquisadores mapearam os hábitos e tendências de consumo de alimentos, identificando os fatores que influenciam nas escolhas. Estilo de vida urbana, estrutura familiar, gênero, marcas, mídias sociais/celebridades, profissionais de saúde (nutricionistas, médicos).

“Constatamos que os entrevistados demonstram confiança nas grandes marcas de alimento. Escolhem iogurte de empresa multinacional por ser referência de indústria séria, vender produto de qualidade. Nem olha a embalagem ou o preço. Compra o frango congelado da empresa líder no segmento porque confia”, explicou Cristine.

De acordo com a pesquisadora da Coppe, há uma preferência por produtos transnacionais, pela busca por alimentos de qualidade em mercados especializados e a busca pela sensação, pelo prazer do paladar em um ambiente que seja calmo, além da procura por receitas saudáveis em canais e perfis no YouTube e Instagram.

“A composição do ambiente familiar é uma assinatura importante no processo de escolhas. Quem tem filhos se preocupa mais com alimentação saudável. Um entrevistado destacou: ‘acho que a preocupação maior é com ela (filha). Que ela coma frutas, alimentos orgânicos’. Outro entrevistado mostrou a influência da rotina de trabalho nas suas escolhas de alimentação. “Como tenho trabalho pesado, quando chego em casa não quero ver panela. Se não tenho comida em casa, peço no aplicativo. Como há opção variada de comida na região, peço nhoque, pizza ou hambúrguer. É muita junk food, exceto a massa’”, relatou Cristine

Demanda por alimentos saudáveis aumentou na pandemia

O workshop propiciou o compartilhamento de experiências de pessoas que trabalham, efetivamente, para tornar a alimentação mais sustentável no Brasil. Thomás Ferreira trouxe o testemunho pessoal da atuação da Cooperativa de Alimentos Saudáveis (Coopas). “Nós comercializávamos cerca de 50, 60 cestas mensais de alimentos e durante a pandemia chegamos a 500. Conseguimos competir com os sacolões da periferia de Belo Horizonte. Mas qual é o próximo passo? Vamos para o Ifood? O que significa em termos políticos e financeiros? É caro entrar nessas plataformas, a gente entra como supermercado. Temos que pagar para Ifood e para o intermediário”, ponderou.

Na avaliação de Márcio Mendonça, coordenador do programa de agricultura urbana da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia, “a agricultura familiar, camponesa, é que põe comida na mesa. As grandes áreas destinadas ao cultivo de alimentos são de pequenos proprietários. Ainda que alguns tenham se tornado agronegocinhos”.

“Comer é um ato político. Queremos resolver a questão não apenas para uma parte da sociedade, mas para a maioria. Isso é uma questão de preço também, de tornar o alimento saudável mais acessível. Comparando dez pés de alface com veneno (agrotóxico) e dez pés orgânicos, o orgânico é mais barato… Se a gente tivesse a escala, o incentivo, o financiamento que a agroindústria tem, certamente chegaria mais barato à mesa do trabalhador”, ressaltou Thomás.

Luana Carvalho trouxe ao debate o ponto de vista do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e contou a experiência do movimento com a venda de alimentos orgânicos na Lapa (RJ) com o Terra Crioula, e depois com a criação do Armazém do Campo, iniciativa também presente em Macaé, Campos e outros municípios fluminenses onde se encontram assentamentos rurais.

“Neste governo não há mais política de reforma agrária. O que está em curso é uma contrarreforma agrária. Precisamos desmistificar que MST só tem vândalo e invasor, e mostrar que por meio de nossa luta podemos colocar alimento saudável a preço acessível na mesa do trabalhador”, defendeu Luana.

A pesquisa realizada pela Coppe e pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, ambas da UFRJ, contemplou 61 entrevistas com pessoas-chaves de instituições da área de alimentação sustentável no Brasil (Fase 1) e consumidores de classe média do Rio de Janeiro (Fase 2). Na primeira fase, foram entrevistadas 30 pessoas-chaves de instituições da área de alimentação no Brasil, tais como governo, sociedade civil, restaurantes, atacado/varejo e mídia/influenciadores. Na segunda fase, os pesquisadores entrevistaram 31 consumidores de três bairros do Rio de Janeiro (Tijuca, Botafogo e Maré). Também foi traçada uma etnografia de dez desses consumidores que consentiram em ser acompanhados com maior detalhe.

O workshop foi transmitido pelo YouTube e continua disponível na íntegra em: https://www.youtube.com/watch?v=jUYL04Tk06g&feature=youtu.be.

Título: Ensino Híbrido: Desafios e perspectivas nas engenharias e no ensino básico
Coordenador: MARCELLO LUIZ RODRIGUES DE CAMPOS
Contato do coordenadorcampos@smt.ufrj.br

Resumo: A pandemia da COVID-19 impôs uma transição drástica do modelo padrão de ensino, para aulas estritamente virtuais, e tem exigido um grande esforço para preparar e oferecer cursos aos alunos, seja no ensino universitário ou no ensino básico, pois poucos estavam preparados para lidar com as tecnologias de ensino online. Passados meses após o isolamento, não tem sido trivial a transição do presencial para o virtual, principalmente na manutenção da qualidade das disciplinas oferecidas neste novo formato. Uma lição foi aprendida neste processo: é necessário investir de forma permanente na implementação de tecnologias inovadoras/eficientes no melhoramento dos processos de ensino e aprendizagem. Neste sentido, este projeto visa a dar apoio à rede pública de ensino, seja no âmbito do ensino básico ou do ensino de engenharia em outras universidades, no Estado do Rio de Janeiro. O objetivo é o desenvolvimento de recursos e cursos em formato híbrido, incorporando técnicas de aprendizado ativo, sala de aula invertida, multimodalidade, etc.

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TítuloEscola Piloto em Engenharia Química Prof. Giulio Massarani
Coordenador: HENRIQUE POLTRONIERI PACHECO
Contato do coordenadorpacheco.h.pacheco@gmail.com e helen@peq.coppe.ufrj.br

Resumo: A Escola Piloto Presencial (EPP) em Engenharia Química surgiu em 1993, no PEQ/COPPE, e é uma ferramenta de atualização e de educação continuada, bastante útil para professores de ensino médio e de graduação, mas também muito procurada por estudantes e técnicos, além de empregados da indústria em geral. Nesta proposta da EPP desta edição serão oferecidos 10 módulos: TÉCNICAS AVANÇADAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS (DIVIDIDA EM 10 SUB-MÓDULOS) ensina técnicas de ponta para caracterização de diversos de tipos de materiais, discutindo o fundamento das técnicas e exemplificando com dados reais. Os módulos são: Módulo 1: Técnicas espectroscópicas (FTIR, DRIFTS, RAMAN e UV-Vis) Módulo 2: Ressonância magnética nuclear (RMN) Módulo 3: Difração de raios x (DRX) Módulo 4: Espectrômetro de Massas e Redução à Temperatura Programada (MS e TPR) Módulo 5: Cromatografia por permeação em gel (GPC) Módulo 6: Análises de tamanho de gotas e partículas Módulo 7: Técnicas cromatográficas gasosa e líquida – Uma visão de Troubleshooting Módulo 8: Elementos de caracterização de petróleo Módulo 9: Análises térmicas – TGA, DSC e DMA Módulo 10: Biotecnologia no Cotidiano.

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TítuloLaboratório de Informática e Sociedade – LabIS
Coordenador:  HENRIQUE LUIZ CUKIERMAN
Contato do coordenadorhcukier@cos.ufrj.br e lealsobral@cos.ufrj.br

Resumo: O LabIS veio se configurando ao longo de uma caminhada que remonta aos trabalhos e investigações da linha de pesquisa em Informática e Sociedade (IS) do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da COPPE/UFRJ. Uma linha de pesquisa há tempos em busca de um Brasil ainda por inventar, movida pelo desejo de compreender a realidade brasileira para colaborar com a construção de um país mais justo e equânime. Trabalhamos com a produção de software de acessibilidade (LibrasOffice), jogos educativos (Damática), bancos comunitários (Mumbuca e Preventório) e oferecemos cursos de programação para estudantes da rede pública do ensino médio.

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TítuloLetramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ
Coordenador: DENISE CUNHA DANTAS
Contato do coordenadorddantas@oceanica.ufrj.br

Resumo: O Letramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ é um projeto aberto a todo aquele que não é alfabetizado e aquele que não teve acesso ou não concluiu os estudos no Ensino Fundamental na idade escolar referente. Foi criado em 2005 pela Assessoria de Desenvolvimento Social da COPPE, a partir de uma pesquisa com os servidores e trabalhadores terceirizados que atuavam em atividades de limpeza e serviços gerais. A pesquisa foi ampliada para outras unidades e setores da Universidade. Hoje o Projeto tem como aluno servidores da UFRJ e terceirizados que, em sua maioria, trabalham no Centro de Tecnologia, e cidadãos moradores do entorno da Ilha do Fundão, principalmente da Vila Residencial e do Complexo da Maré. As aulas são ministradas no Centro de Tecnologia para as turmas de Letramento Básico, Intermediário e Avançado. E acontecem de segunda a sexta feira, de 15 às 16:30 horas.

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TítuloPolímeros para o setor de petróleo e gás – Aditivos
Coordenador: TAISSA ZANGEROLAMI LOPES RODRIGUES
Contato do coordenadortaissazl@yahoo.com.br e elucas@metalmat.ufrj.br

Resumo: A ação contempla aulas teóricas e demonstrativas e obtenção, caracterização e propriedades em solução dos polímeros, além de suas aplicações como aditivos na indústria do petróleo.

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TítuloPolímeros: aplicações e uso consciente
Coordenador: ARIANE DE JESUS SOUSA BATISTA
Contato do coordenadorariane.pent@gmail.com e ariane@pent.coppe.ufrj.br

Resumo: A reciclagem de plásticos é um tema importante, visto que mais de 60% de todo plástico produzido já virou resíduo e apenas 9% foi reciclado em todo mundo. No Brasil os dados são ainda mais alarmantes. O relatório apresentado pelo WWF recentemente afirma que o Brasil é o quarto maior produtor de resíduos plásticos do mundo e recicla menos de 2% desse montante. Contudo, políticas de reciclagem e educação ambiental ainda são precárias e pouco divulgadas, e a disseminação de informações que tornam os plásticos vilões fazem com que o banimento desses materiais seja cada vez mais desejável. No entanto, vale lembrar que os plásticos são polímeros de alto valor agregado, baixo custo de produção e muito versáteis, e quando reciclados podem ser reinseridos na cadeia produtiva, possibilitando a produção de novos materiais, além de alavancar o setor energético. Dessa forma esse projeto visa instruir e incentivar alunos de escolas públicas e privadas a serem multiplicadores dos conceitos de reciclagem em suas escolas, famílias e comunidade. Onde palestras e atividades lúdicas serão realizadas, de forma virtual, incentivando o descarte correto ou reutilização de resíduos plásticos, evitando que esses resíduos sejam descartados em lugares impróprios.

Site onde os trabalhos realizados pelo projeto de extensão são divulgados
Instagram do Grupo EngePol (PEQ/COPPE/UFRJ), onde todos os nossos trabalhos e laboratórios são divulgados, inclusive os do projeto de extensão

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TítuloPrograma de Incubação de Empreendimentos Populares – Inovação Social dos Processos de Incubação de EES
Coordenador: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contato do coordenador: amandaxavier86@gmail.com

Resumo: A ITCP/COPPE vem atuando, desde a sua criação, no apoio aos Empreendimentos Populares. Desenvolve ações que vão de encontro às necessidades das classes populares e dos setores informais, que historicamente ficam à margem das ações sociais desenvolvidas pelo Estado. Hoje novas técnicas e ferramentas são requeridas para enfrentar os novos desafios que se apresentam. Esta proposta visa investigar metodologias inovadoras de incubação, que propiciem o aperfeiçoamento das atividades dos empreendimentos incubados, dando continuidade às ações desenvolvidas pela ITCP/COPPE. A implantação das novas metodologias desenvolvidas permitirá melhorar a qualidade dos Empreendimentos Econômicos Solidários – E. Site da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares – ITCP/COPPE/UFRJ 

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TítuloEspaço COPPE Miguel de Simoni
Coordenador: CLAUDIA MARIA LIMA WERNER
Contato do coordenador: werner@cos.ufrj.br

Resumo: A atividade central deste projeto é a visitação guiada a exposição do Espaço COPPE, realizada predominantemente por estudantes do Ensino Médio da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Os grupos de estudantes realizam as visitas acompanhados por professores das escolas de origem. O ambiente dos espaços de divulgação científica e tecnológica, como o Espaço COPPE, pode proporcionar elementos-chave de fomento à motivação intrínseca do aprendizado – por exemplo: construção de significado pessoal, tarefas desafiadoras, colaboração e sentimentos positivos sobre os esforços realizados e, portanto, são potenciais indutores da formação de vínculos novos, por vezes mais intensos. Site do Espaço COPPE  

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TítuloSISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS – DEFESA
Coordenador: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contato do coordenadoreduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br e karina.andrade@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG) da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.

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TítuloSISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS GERAIS E UFRJ
Coordenador: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contato do coordenadoreduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG-TR) preconizada pela SEGES do Ministério de Economia). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.

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TítuloUBUNTU.lab – Programa de inovação aberta em cidades inteligentes para a redução da desigualdade racial no Rio de Janeiro

Coordenador: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contato do coordenadormatheusoli@hotmail.com

Resumo: O Projeto BRA/15/010 – Fortalecimento e Expansão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial é uma ação entre o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com o objetivo de descentralizar as políticas públicas de igualdade racial e fortalecer e expandir o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir). A Fundação COPPETEC foi uma das entidades selecionadas através do projeto U.lab para apresentar a prefeitura do Rio de Janeiro um laboratório de inovação governamental a ser replicado como política de promoção da igualdade racial no âmbito de implementação do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Município desenvolvido pelo Escritório de Planejamento da Secretaria Municipal da Casa Civil (EPL). No âmbito do Sinapir, o presente projeto tem o objetivo de entregar ao município do Rio de Janeiro, um programa de inovação governamental que coloca o jovem negro como protagonista da tecnologia capaz de promover o bem-estar no seu dia a dia.

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TítuloUnidade de Suporte à Inovação Social – USIS
Coordenador:  CARLA MARTINS CIPOLLA
Contato do coordenadorcarla.cipolla@ufrj.br

Resumo: A atividade apoia inovações sociais como chave para o desenvolvimento. O USIS/ UFRJ – Unidade de Suporte à Inovação Social – nasceu do projeto LASIN – Latin American Social Innovation Network -, financiado pela Comissão Europeia, com o propósito de implementar um modelo de envolvimento Universidade/comunidade, baseado na combinação de atividades curriculares e extra-curriculares, materiais e instrumentos de aprendizagem, treino prático, oficinas e mentorias para reforçar as ligações da universidade com o ambiente social mais amplo (Grupos comunitários, ONGs e/ou OSCIPS, Organizações governamentais, empresas e escolas) com metodologia própria desenvolvida por LASIN.

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Título“TÁ” LIGADO?! MINHA CÂMERA NA MÃO E UMA IDEIA NA CABEÇA – A LINGUAGEM AUDIOVISUAL COMO LIVRE EXPRESSÃO NA CONSTRUÇÃO DIALÉTICA NO ESPAÇO ENTRE A UNIVERSIDADE, A ESCOLA E A SOCIEDADE
Coordenador:  ANDREA MARIA DO NASCIMENTO SILVA
Contato do coordenadorandreanascimento@cos.ufrj.br

Resumo: Todos nós da comunidade acadêmica e escolar tivemos que nos adaptar à utilização de soluções tecnológicas para nos comunicar, socializar e nos relacionar durante o período de pandemia para reproduzir a rotina de uma sala de aula. Com isso, a linguagem audiovisual e o uso de dispositivos portáteis, como smartphones e tablets, que já era uma realidade muito presente em nossa vida, de repente, se tornou fundamental. Essa proximidade foi uma grande motivação que trouxe a memória da frase emblemática do cineasta Glauber Rocha – Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça – que inspirou o título deste projeto e que nos faz compreender que atualmente a nossa práxis gira em torno dessa máxima que representa nosso atual cenário social nos hábitos de registrar e compartilhar nossas imagens, nossos áudios, nossos vídeos, seja de forma direta ou indiretamente nas redes sociais. Portanto, este projeto visa atender a uma demanda técnica para auxiliar a produção de conteúdo de divulgação de pesquisas, trabalhos escolares, vídeo aulas, entre outros, de forma que o público participante do projeto conheça detalhes da composição audiovisual. Enfatizar o uso da linguagem audiovisual para acesso ao conhecimento e para a troca de saberes, uma comunicação dialética onde é importante não só transmitir o conhecimento gerado na universidade mas também possibilitar que a sociedade contribua com o seu olhar, seu fazer, sua crítica.

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TítuloApoio às Micro e Pequenas Empresas do estado do Rio de Janeiro para o desenvolvimento de trajetórias econômicas sustentáveis
Coordenador: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contato do coordenadoramandaxavier86@gmail.com

Resumo: As MPE compõe 92% das empresas do Estado do Rio de Janeiro (RJ) e são responsáveis por mais de 50% dos empregos formais (Brasil, 2020). No entanto, as MPE enfrentam enormes desafios, sobretudo pela amplitude da atual crise sanitária, econômica e social (CNI, 2021; SEBRAE, 2020), colocando em evidencia o modelo econômico dominante, centrado na produção em massa de bens materiais e de performance financeira (Fernandes et al., 2021; Lima & Dias, 2020). Nesse sentido, esse projeto se fundamenta na perspectiva da Economia da Funcionalidade e da Cooperação (EFC), que tem como proposta fornecer soluções integradas de bens e serviços a partir da cooperação entre diferentes atores territoriais, abandonando a noção de escalabilidade e desenvolvendo novos modelos de governança de empresas e territórios (Du Tertre et al., 2019). Essa abordagem interacionista permite um menor consumo de recursos naturais e a renovação do vínculo social, criando resiliência para as relações econômicas, tão fragilizadas diante do cenário atual (Xavier et al., 2021; Roman et al., 2020). Este projeto visa apoiar as Micro e Pequenas Empresas do estado do Rio de Janeiro no desenvolvimento de trajetórias econômicas sustentáveis, criando impacto direto na sociedade e na comunidade científica. Para tanto, visa a formação, acompanhamento e intervenção de dirigentes de empresas para transição de modelo econômico a partir do Modelo da Economia da Funcionalidade e da Cooperação.

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