Sidarta Ribeiro abre o período letivo da Coppe com críticas ao desmonte do Estado e à guerra às drogas

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Data: 18/03/2020

O professor da Universidade Federal do Rio Grande Norte (UFRN), Sidarta Ribeiro, proferiu a Aula Inaugural da Coppe/UFRJ, na última sexta-feira, 13 de março. Pela primeira vez a Coppe promoveu este evento em conjunto com a tradicional Recepção aos Novos Alunos. Por conta da pandemia causada pelo coronavírus, Covid-19, a solenidade não foi aberta ao público, mas transmitida via Facebook. A cerimônia marcou o início do ano letivo de 2020, no qual a Coppe está recebendo cerca de 800 novos alunos.

Na abertura, o diretor da instituição, professor Romildo Toledo, ressaltou o papel da Engenharia e da Coppe. “Hoje a Engenharia dialoga com muitas áreas do conhecimento e cada vez mais está presente na vida das pessoas. Vocês estarão envolvidos em pesquisas que buscam soluções para temas globais e também locais, focados no desenvolvimento do país e no interesse da sociedade brasileira. E nós estamos aqui para servir a sociedade. Somos uma universidade pública e gratuita! Não podemos jamais esquecer desse compromisso que temos com quem nos mantém”, enfatizou o diretor da Coppe.

O evento contou com a presença da vice-diretora, professora Suzana Kahn; da diretora acadêmica, professora Lavínia Borges; da diretora de Tecnologia e Inovação, professora Angela Uller; do diretor-adjunto de Empreendedorismo, professor David Castello Branco; da diretora-adjunta de Gestão de Pessoas, Vanda Borges; e do assessor especial da diretoria, professor Luiz Pinguelli Rosa.

“Nós estamos aqui para servir a sociedade”, afirmou o diretor da Coppe, professor Romildo Toledo

Qual o preço de não termos Ciência? Para responder a própria pergunta, Sidarta fez uma digressão histórica pela institucionalização da Ciência no Brasil, mostrando que mesmo em períodos economicamente difíceis, e até mesmo em tempos de democracia e liberdades civis cerceadas, houve avanços na constituição de um ambiente propício para a pesquisa.

“No início da institucionalização da Ciência no país, cientistas e militares estavam alinhados. O primeiro presidente do CNPq foi o almirante Álvaro Alberto da Motta e Silva, professor de química da Escola Naval, e membro da Academia Brasileira de Ciências. Uma contradição da ditadura militar: havia perseguição de intelectuais e, ao mesmo tempo, havia essa estruturação. Houve uma alavancagem econômica baseada em ciência e institucionalização poderosa, pois havia grande interesse dos setores militares em desenvolver o país. Desde Dom João VI, o Brasil passou por períodos de avanço institucional ou estagnação. O que é a novidade é o retrocesso, é andar para trás”, contextualizou o professor.

“Encerrada esta página infeliz da história brasileira”, a redemocratização, com a promulgação da Constituição Federal, garantiu, conforme explicou Sidarta, financiamento estatal para a Educação, Saúde, Ciência, Tecnologia. “Cria-se uma base jurídica no governo Fernando Henrique Cardoso para financiar educação básica e ensino médio no Brasil. Foram criados fundos setoriais para canalizar recursos privados e investi-los em pesquisa. Mas, apenas no governo Lula começou a haver um aporte grande de recursos para esses fundos. Precisamos entender que os avanços se dão em diferentes governos, com diferentes propostas, diferentes ideologias. FHC criou o arcabouço jurídico e Lula deu-lhe o financiamento que este arcabouço pedia”, ponderou Sidarta.

Na avaliação do professor da UFRN, a Ciência e Tecnologia experimentaram um período áureo entre 2003 e 2010. “Saímos de 2,5 bilhões de reais de orçamento para 10 bilhões no final do período, quando era ministro o grande físico Sérgio Rezende. Essas coisas não estão desacopladas, foi um período de excelência e estava à frente do ministério um cientista de excelência”, elogiou.

“O Titanic bateu no iceberg no início do governo Dilma. Mas, nosso sistema era tão robusto que demorou para o barco fazer água. Houve uma grande expansão do sistema, uma iniciativa meritória. Havia sensação de que havia recursos e houve um sobredimensionamento. Em seguida, o contingenciamento de recursos do FNDCT, que inicia com Dilma e se torna brutal com Temer. E com ele o fim do Ministério da Ciência, fundido ao Ministério das Comunicações. Achávamos que era o fundo do poço e veio o novo governo, que não tem interesse em desenvolver o país tecnologicamente a ainda ataca o setor”, ressaltou o neurocientista.

Qual o preço que teremos que pagar se não tivermos Ciência?

O ex-secretário da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento criticou a Emenda Constitucional 95, que implementou o teto de gastos para o governo federal. “Ela limitou o gasto público de maneira draconiana, incompatível com o desenvolvimento nacional. É preciso derrubar esta emenda. Todo país que se desenvolveu fez investimentos em ciência, obteve ganhos de produtividade e reinvestiu. É um círculo virtuoso”.

“Se você não sabe o que é o FNDCT, saiba. Esta semana ele quase foi extinto. Não foi graças a uma articulação tão ampla, que foi da Marinha ao PT. E isto ainda pode acontecer porque vai ao plenário. Vivemos um momento de autoabandono. Este é um governo que retira radares das estradas e as mortes aumentam. Precisamos aderir aos fatos, ter políticas públicas baseadas em evidências. Perder o bonde da história em momento de revolução tecnológica 4.0 é gravíssimo”, complementou Sidarta.

Segundo o professor, é falacioso dizer que retirar o investimento público abriria espaço para o investimento privado. “Eles não são antagônicos, eles são complementares. O País precisa do Estado e nós vemos isso em situações emergenciais. Quando o Brasil teve crise de zika e microcefalia, em seis meses a Fiocruz identificou a relação entre ambas. Recentemente, em 48h, duas pesquisadoras negras da USP, Ester Sabino e Jaqueline de Jesus, fizeram o sequenciamento do genoma do coronavírus. Para reagir a crises como essa, precisamos de know how, precisamos de um exército de cientistas”.

Como encontrar a motivação necessária para enfrentar as vicissitudes de tempos como estes? Na opinião do professor Sidarta Ribeiro, as pessoas têm que tirar energia da sabedoria ancestral e da arte popular. Há um maracatu de alta qualidade, e muita alegria, chamado Piaba de Ouro. Acho que ele simboliza o que precisamos. Se a gente tem medo que o Brasil vire um Titanic, lute como uma piaba de ouro”.

Aporafobia e a guerra às drogas: “a maconha está para o século XXI como o antibiótico esteve para o século XIX”.

O professor Sidarta Ribeiro chamou atenção para dois problemas sociais brasileiros que estão relacionados entre si e se retroalimentam. A aporafobia, manifestada na aversão que parte da sociedade brasileira demonstra em relação às camadas mais pobres da população, latrogenia, situação na qual o remédio prescrito causa um mal maior do que a doença que busca combater, no caso a comprovadamente ineficaz guerra às drogas.

Como exemplo, Sidarta citou a favela de Paraisópolis, em São Paulo, que foi palco de recente e grave violência policial, em que nove adolescentes morreram após uma operação em um baile funk. “Quiseram justificar que eram jovens desacompanhados de seus pais usando drogas em uma festa. Bem, essa me parece a descrição do Lollapalooza. Por acaso, a polícia vai ao Lollapalooza matar jovens de classe média alta? Não, ela vai lá para dar segurança. Essa diferença de tratamento é inaceitável e precisamos nos posicionar contra isso. Nossa segurança pública é latrogênica, ela gera mais insegurança. Precisamos ter consciência de que essa guerra aos pobres precisa parar”, enfatiza o professor.

Membro do Conselho Consultivo da Plataforma Brasileira de Política de Drogas, Sidarta citou um artigo do pesquisador americano Joscha Legewie, o qual mostra o que acontece nos nove meses que seguem ao assassinato de jovens negros pela polícia, na porta de casa, em suas comunidades. “Ocorre uma redução no tempo de gestação e no peso dos recém-nascidos nessas localidades. Isso é muito grave. Isso mostra que não apenas a família da vítima sofre, toda a comunidade sofre. Estamos criando fábricas de sofrimento. Sofrimento transgeracional. Uma mãe estressada gera filhos estressados. Não podemos aceitar isso. Policiais truculentos devem ser removidos da força policial e não premiados”.

“A proibição é tóxica, ela mata inclusive quem não faz uso da substância”, criticou o neurocientista.

Na avaliação de Sidarta, o impacto social do proibicionismo é grave. “Não há droga que seja do demônio, nem que seja de Deus. Todas as substâncias podem ser veneno ou remédio, dependendo da dose. Isso a Ciência sabe há séculos. Mas a proibição é tóxica, ela mata inclusive quem não faz uso da substância”.

“Essa proibição deve acabar, essa foi a posição da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, há dois anos. Foi uma decisão unânime pela legalização e regulamentação de todas as drogas. A repressão gera uma escalada armamentista. A polícia compra helicóptero, o traficante compra uma bazuca. Não é uma bandeira da esquerda. Lech Walesa, Noam Chomsky, Fernando Henrique Cardoso, até a revista The Economist. Os verdadeiros liberais defendem isso há tempos”, reforçou o neurocientista.

Sem medo de confrontar o senso comum com a evidência científica, o professor Sidarta Ribeiro afirmou: “a maconha está para o século XXI como o antibiótico esteve para o século XIX. Quem for contra, vai ficar chupando dedo. Geriatria, oncologia, psiquiatria, neurologia, controle de dor. Para tudo isso, a maconha não vai ser o último remédio, vai ser o primeiro”.

Segundo o professor, que é membro da Membro da Academia de Ciências da América Latina (ACAL), isso já ocorre em Israel. “Os israelenses são líderes mundiais em pesquisas com canabinóides. Maconha é extremamente importante no tratamento de câncer e sabemos disso há 50 anos. A pessoa que passa por quimioterapia, radioterapia, perde apetite, perde vontade de dormir, fica ansiosa, tem dores, fica deprimida. Ela melhora o apetite, regula o sono, diminui ansiedade, diminui a dor e aumenta o prazer. As pessoas passam galhardamente por esses tratamentos quando têm a maconha medicinal. E em 2014 descobrimos que a maconha tem propriedades antitumorais, ela mesma”, explicou.

Sonhar para ampliar os horizontes da existência

Autor do livro “O oráculo da Noite: a história e a ciência do sonho”, Sidarta falou sobre dois tipos de sonho: aquele do desejo consciente, que guia a pessoa em seus objetivos de vida, e o outro que surge nos recônditos da mente, durante o sono profundo. O primeiro não pode ser conquistado sem esforço. Sem Kung Fu, que significa “trabalho árduo” em português. “Eu sempre digo ao meu filho. Escrever um bom trabalho de conclusão de curso, uma boa dissertação, uma boa tese, é fazer kung fu”.

No entanto, o kung fu (não a arte marcial, mas esse esforço pelos objetivos) é prejudicado no Brasil, segundo Sidarta, pela base escravista na qual se assentou a construção histórica do país. “Os ricos não dão muito valor ao trabalho. Os pobres trabalham para os ricos, mas não se apropriam do valor que esse trabalho gera, então não se interessam tanto pelo kung fu, porque não veem como isso levará ao seu desenvolvimento. Na arte popular, ao contrário, onde os pobres são dominantes, aí há excelência. A classe média, por sua vez, muitas vezes só pensa em ser rica, então não há kung fu”.

Professor Sidarta e os membros da diretoria da Coppe presentes no evento

“Nós precisamos mudar essa cultura. A gente precisa de “Kung fu” no Brasil. A bússola do desejo deve ser seguida. Você tem que fazer aquilo que realmente gosta. Do contrário, não terá ânimo para se dedicar nem aguentará as vicissitudes que virão. Ainda mais em tempos como estes, em que a Ciência e a Educação são tão atacadas. Se você tem um grande sonho, não irá conquistá-lo em 24 horas. É preciso baby steps (pequenos passos) todos os dias”, recomendou o mestre aos novos alunos. “A Coppe é uma instituição que faz kung fu há décadas e o Brasil deve ser grato por isso”.

Voltando para um dos temas que lhe conferiram notoriedade, Sidarta pontuou que as pessoas precisam libertar o sonho. “Não estou falando aqui do ato de desejar. O sonho noturno, aquele quando você põe sua cabeça no travesseiro, está sob ameaça. As pessoas dormem muito pouco, vão dormir muito tarde, acordam muito cedo. Utilizam substâncias lícitas e ilícitas que inibem o sono. Álcool, pílulas, telas. Hábitos novos tiram a capacidade ancestral de dormir e sonhar”, avaliou o vice-diretor do Instituto do Cérebro da UFRN.

“No meu livro ‘Oráculo dos Sonhos’, eu proponho que o mal-estar dos nossos tempos esteja ligado à perda do sono e do sonho. Talvez não seja à toa que a sociedade se encontre tão irritada, tão incapaz de encontrar alternativas. É uma contradição que em um momento no qual tenhamos tanto conhecimento à nossa disposição, tenhamos a sensação de que o mundo está se acabando”, refletiu Sidarta.

Sidarta convidou os alunos que acompanhavam a Aula Inaugural pela página da Coppe, no Facebook, a refletirem sobre uma passagem do livro “Ideias para adiar o fim do mundo”, do líder indígena Ailton Krenak. “Temos que sonhar mais, temos que ampliar os horizontes da existência, temos que nos responsabilizar pela 7ª geração depois de nós. Este é um princípio do pan-indigenismo norte-americano. Essa obra é uma convocação para ter uma postura diante do futuro. Hoje, as classes dominantes que regulam as finanças atuais não estão preocupadas com a geração atual”.

Título: Ensino Híbrido: Desafios e perspectivas nas engenharias e no ensino básico
Coordenador: MARCELLO LUIZ RODRIGUES DE CAMPOS
Contato do coordenadorcampos@smt.ufrj.br

Resumo: A pandemia da COVID-19 impôs uma transição drástica do modelo padrão de ensino, para aulas estritamente virtuais, e tem exigido um grande esforço para preparar e oferecer cursos aos alunos, seja no ensino universitário ou no ensino básico, pois poucos estavam preparados para lidar com as tecnologias de ensino online. Passados meses após o isolamento, não tem sido trivial a transição do presencial para o virtual, principalmente na manutenção da qualidade das disciplinas oferecidas neste novo formato. Uma lição foi aprendida neste processo: é necessário investir de forma permanente na implementação de tecnologias inovadoras/eficientes no melhoramento dos processos de ensino e aprendizagem. Neste sentido, este projeto visa a dar apoio à rede pública de ensino, seja no âmbito do ensino básico ou do ensino de engenharia em outras universidades, no Estado do Rio de Janeiro. O objetivo é o desenvolvimento de recursos e cursos em formato híbrido, incorporando técnicas de aprendizado ativo, sala de aula invertida, multimodalidade, etc.

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TítuloEscola Piloto em Engenharia Química Prof. Giulio Massarani
Coordenador: HENRIQUE POLTRONIERI PACHECO
Contato do coordenadorpacheco.h.pacheco@gmail.com e helen@peq.coppe.ufrj.br

Resumo: A Escola Piloto Presencial (EPP) em Engenharia Química surgiu em 1993, no PEQ/COPPE, e é uma ferramenta de atualização e de educação continuada, bastante útil para professores de ensino médio e de graduação, mas também muito procurada por estudantes e técnicos, além de empregados da indústria em geral. Nesta proposta da EPP desta edição serão oferecidos 10 módulos: TÉCNICAS AVANÇADAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS (DIVIDIDA EM 10 SUB-MÓDULOS) ensina técnicas de ponta para caracterização de diversos de tipos de materiais, discutindo o fundamento das técnicas e exemplificando com dados reais. Os módulos são: Módulo 1: Técnicas espectroscópicas (FTIR, DRIFTS, RAMAN e UV-Vis) Módulo 2: Ressonância magnética nuclear (RMN) Módulo 3: Difração de raios x (DRX) Módulo 4: Espectrômetro de Massas e Redução à Temperatura Programada (MS e TPR) Módulo 5: Cromatografia por permeação em gel (GPC) Módulo 6: Análises de tamanho de gotas e partículas Módulo 7: Técnicas cromatográficas gasosa e líquida – Uma visão de Troubleshooting Módulo 8: Elementos de caracterização de petróleo Módulo 9: Análises térmicas – TGA, DSC e DMA Módulo 10: Biotecnologia no Cotidiano.

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TítuloLaboratório de Informática e Sociedade – LabIS
Coordenador:  HENRIQUE LUIZ CUKIERMAN
Contato do coordenadorhcukier@cos.ufrj.br e lealsobral@cos.ufrj.br

Resumo: O LabIS veio se configurando ao longo de uma caminhada que remonta aos trabalhos e investigações da linha de pesquisa em Informática e Sociedade (IS) do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da COPPE/UFRJ. Uma linha de pesquisa há tempos em busca de um Brasil ainda por inventar, movida pelo desejo de compreender a realidade brasileira para colaborar com a construção de um país mais justo e equânime. Trabalhamos com a produção de software de acessibilidade (LibrasOffice), jogos educativos (Damática), bancos comunitários (Mumbuca e Preventório) e oferecemos cursos de programação para estudantes da rede pública do ensino médio.

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TítuloLetramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ
Coordenador: DENISE CUNHA DANTAS
Contato do coordenadorddantas@oceanica.ufrj.br

Resumo: O Letramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ é um projeto aberto a todo aquele que não é alfabetizado e aquele que não teve acesso ou não concluiu os estudos no Ensino Fundamental na idade escolar referente. Foi criado em 2005 pela Assessoria de Desenvolvimento Social da COPPE, a partir de uma pesquisa com os servidores e trabalhadores terceirizados que atuavam em atividades de limpeza e serviços gerais. A pesquisa foi ampliada para outras unidades e setores da Universidade. Hoje o Projeto tem como aluno servidores da UFRJ e terceirizados que, em sua maioria, trabalham no Centro de Tecnologia, e cidadãos moradores do entorno da Ilha do Fundão, principalmente da Vila Residencial e do Complexo da Maré. As aulas são ministradas no Centro de Tecnologia para as turmas de Letramento Básico, Intermediário e Avançado. E acontecem de segunda a sexta feira, de 15 às 16:30 horas.

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TítuloPolímeros para o setor de petróleo e gás – Aditivos
Coordenador: TAISSA ZANGEROLAMI LOPES RODRIGUES
Contato do coordenadortaissazl@yahoo.com.br e elucas@metalmat.ufrj.br

Resumo: A ação contempla aulas teóricas e demonstrativas e obtenção, caracterização e propriedades em solução dos polímeros, além de suas aplicações como aditivos na indústria do petróleo.

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TítuloPolímeros: aplicações e uso consciente
Coordenador: ARIANE DE JESUS SOUSA BATISTA
Contato do coordenadorariane.pent@gmail.com e ariane@pent.coppe.ufrj.br

Resumo: A reciclagem de plásticos é um tema importante, visto que mais de 60% de todo plástico produzido já virou resíduo e apenas 9% foi reciclado em todo mundo. No Brasil os dados são ainda mais alarmantes. O relatório apresentado pelo WWF recentemente afirma que o Brasil é o quarto maior produtor de resíduos plásticos do mundo e recicla menos de 2% desse montante. Contudo, políticas de reciclagem e educação ambiental ainda são precárias e pouco divulgadas, e a disseminação de informações que tornam os plásticos vilões fazem com que o banimento desses materiais seja cada vez mais desejável. No entanto, vale lembrar que os plásticos são polímeros de alto valor agregado, baixo custo de produção e muito versáteis, e quando reciclados podem ser reinseridos na cadeia produtiva, possibilitando a produção de novos materiais, além de alavancar o setor energético. Dessa forma esse projeto visa instruir e incentivar alunos de escolas públicas e privadas a serem multiplicadores dos conceitos de reciclagem em suas escolas, famílias e comunidade. Onde palestras e atividades lúdicas serão realizadas, de forma virtual, incentivando o descarte correto ou reutilização de resíduos plásticos, evitando que esses resíduos sejam descartados em lugares impróprios.

Site onde os trabalhos realizados pelo projeto de extensão são divulgados
Instagram do Grupo EngePol (PEQ/COPPE/UFRJ), onde todos os nossos trabalhos e laboratórios são divulgados, inclusive os do projeto de extensão

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TítuloPrograma de Incubação de Empreendimentos Populares – Inovação Social dos Processos de Incubação de EES
Coordenador: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contato do coordenador: amandaxavier86@gmail.com

Resumo: A ITCP/COPPE vem atuando, desde a sua criação, no apoio aos Empreendimentos Populares. Desenvolve ações que vão de encontro às necessidades das classes populares e dos setores informais, que historicamente ficam à margem das ações sociais desenvolvidas pelo Estado. Hoje novas técnicas e ferramentas são requeridas para enfrentar os novos desafios que se apresentam. Esta proposta visa investigar metodologias inovadoras de incubação, que propiciem o aperfeiçoamento das atividades dos empreendimentos incubados, dando continuidade às ações desenvolvidas pela ITCP/COPPE. A implantação das novas metodologias desenvolvidas permitirá melhorar a qualidade dos Empreendimentos Econômicos Solidários – E. Site da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares – ITCP/COPPE/UFRJ 

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TítuloEspaço COPPE Miguel de Simoni
Coordenador: CLAUDIA MARIA LIMA WERNER
Contato do coordenador: werner@cos.ufrj.br

Resumo: A atividade central deste projeto é a visitação guiada a exposição do Espaço COPPE, realizada predominantemente por estudantes do Ensino Médio da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Os grupos de estudantes realizam as visitas acompanhados por professores das escolas de origem. O ambiente dos espaços de divulgação científica e tecnológica, como o Espaço COPPE, pode proporcionar elementos-chave de fomento à motivação intrínseca do aprendizado – por exemplo: construção de significado pessoal, tarefas desafiadoras, colaboração e sentimentos positivos sobre os esforços realizados e, portanto, são potenciais indutores da formação de vínculos novos, por vezes mais intensos. Site do Espaço COPPE  

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TítuloSISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS – DEFESA
Coordenador: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contato do coordenadoreduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br e karina.andrade@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG) da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.

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TítuloSISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS GERAIS E UFRJ
Coordenador: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contato do coordenadoreduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG-TR) preconizada pela SEGES do Ministério de Economia). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.

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TítuloUBUNTU.lab – Programa de inovação aberta em cidades inteligentes para a redução da desigualdade racial no Rio de Janeiro

Coordenador: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contato do coordenadormatheusoli@hotmail.com

Resumo: O Projeto BRA/15/010 – Fortalecimento e Expansão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial é uma ação entre o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com o objetivo de descentralizar as políticas públicas de igualdade racial e fortalecer e expandir o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir). A Fundação COPPETEC foi uma das entidades selecionadas através do projeto U.lab para apresentar a prefeitura do Rio de Janeiro um laboratório de inovação governamental a ser replicado como política de promoção da igualdade racial no âmbito de implementação do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Município desenvolvido pelo Escritório de Planejamento da Secretaria Municipal da Casa Civil (EPL). No âmbito do Sinapir, o presente projeto tem o objetivo de entregar ao município do Rio de Janeiro, um programa de inovação governamental que coloca o jovem negro como protagonista da tecnologia capaz de promover o bem-estar no seu dia a dia.

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TítuloUnidade de Suporte à Inovação Social – USIS
Coordenador:  CARLA MARTINS CIPOLLA
Contato do coordenadorcarla.cipolla@ufrj.br

Resumo: A atividade apoia inovações sociais como chave para o desenvolvimento. O USIS/ UFRJ – Unidade de Suporte à Inovação Social – nasceu do projeto LASIN – Latin American Social Innovation Network -, financiado pela Comissão Europeia, com o propósito de implementar um modelo de envolvimento Universidade/comunidade, baseado na combinação de atividades curriculares e extra-curriculares, materiais e instrumentos de aprendizagem, treino prático, oficinas e mentorias para reforçar as ligações da universidade com o ambiente social mais amplo (Grupos comunitários, ONGs e/ou OSCIPS, Organizações governamentais, empresas e escolas) com metodologia própria desenvolvida por LASIN.

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Título“TÁ” LIGADO?! MINHA CÂMERA NA MÃO E UMA IDEIA NA CABEÇA – A LINGUAGEM AUDIOVISUAL COMO LIVRE EXPRESSÃO NA CONSTRUÇÃO DIALÉTICA NO ESPAÇO ENTRE A UNIVERSIDADE, A ESCOLA E A SOCIEDADE
Coordenador:  ANDREA MARIA DO NASCIMENTO SILVA
Contato do coordenadorandreanascimento@cos.ufrj.br

Resumo: Todos nós da comunidade acadêmica e escolar tivemos que nos adaptar à utilização de soluções tecnológicas para nos comunicar, socializar e nos relacionar durante o período de pandemia para reproduzir a rotina de uma sala de aula. Com isso, a linguagem audiovisual e o uso de dispositivos portáteis, como smartphones e tablets, que já era uma realidade muito presente em nossa vida, de repente, se tornou fundamental. Essa proximidade foi uma grande motivação que trouxe a memória da frase emblemática do cineasta Glauber Rocha – Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça – que inspirou o título deste projeto e que nos faz compreender que atualmente a nossa práxis gira em torno dessa máxima que representa nosso atual cenário social nos hábitos de registrar e compartilhar nossas imagens, nossos áudios, nossos vídeos, seja de forma direta ou indiretamente nas redes sociais. Portanto, este projeto visa atender a uma demanda técnica para auxiliar a produção de conteúdo de divulgação de pesquisas, trabalhos escolares, vídeo aulas, entre outros, de forma que o público participante do projeto conheça detalhes da composição audiovisual. Enfatizar o uso da linguagem audiovisual para acesso ao conhecimento e para a troca de saberes, uma comunicação dialética onde é importante não só transmitir o conhecimento gerado na universidade mas também possibilitar que a sociedade contribua com o seu olhar, seu fazer, sua crítica.

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TítuloApoio às Micro e Pequenas Empresas do estado do Rio de Janeiro para o desenvolvimento de trajetórias econômicas sustentáveis
Coordenador: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contato do coordenadoramandaxavier86@gmail.com

Resumo: As MPE compõe 92% das empresas do Estado do Rio de Janeiro (RJ) e são responsáveis por mais de 50% dos empregos formais (Brasil, 2020). No entanto, as MPE enfrentam enormes desafios, sobretudo pela amplitude da atual crise sanitária, econômica e social (CNI, 2021; SEBRAE, 2020), colocando em evidencia o modelo econômico dominante, centrado na produção em massa de bens materiais e de performance financeira (Fernandes et al., 2021; Lima & Dias, 2020). Nesse sentido, esse projeto se fundamenta na perspectiva da Economia da Funcionalidade e da Cooperação (EFC), que tem como proposta fornecer soluções integradas de bens e serviços a partir da cooperação entre diferentes atores territoriais, abandonando a noção de escalabilidade e desenvolvendo novos modelos de governança de empresas e territórios (Du Tertre et al., 2019). Essa abordagem interacionista permite um menor consumo de recursos naturais e a renovação do vínculo social, criando resiliência para as relações econômicas, tão fragilizadas diante do cenário atual (Xavier et al., 2021; Roman et al., 2020). Este projeto visa apoiar as Micro e Pequenas Empresas do estado do Rio de Janeiro no desenvolvimento de trajetórias econômicas sustentáveis, criando impacto direto na sociedade e na comunidade científica. Para tanto, visa a formação, acompanhamento e intervenção de dirigentes de empresas para transição de modelo econômico a partir do Modelo da Economia da Funcionalidade e da Cooperação.

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