Boletim 8 – Coppe recebe CTO da TotalEnergies para assinatura de novos projetos

A Coppe/UFRJ recebeu nesta sexta-feira, 30 de junho, a CTO da TotalEnergies, Marie-Noëlle Semeria, para a assinatura de acordos de parceria e apresentação de projetos assinados entre a Coppe e a multinacional francesa que já estão em andamento. O evento marcou ainda a assinatura de sete acordos para projetos em sistemas híbridos e geração eólica offshore.

Nesta semana, o professor Marcelo Igor e as pesquisadoras Laurelena Palhano e Ana Carolina Maia participaram do DecomBR, o Simpósio de Descomissionamento da Sociedade de Engenheiros de Petróleo (SPE Brazil).

Saiba como anda a produção de pesquisa em Engenharia desenvolvida pela Coppe/UFRJ em prol da sociedade. O que está sendo feito pela Coppe e o que vem por aí, todas as sextas-feiras, às 10h, com reapresentação às 15h, na Radio UFRJ. Também disponível nas principais plataformas e aplicativos de streaming. Visite nosso site (http://coppe.ufrj.br/) e nos siga nas redes sociais.

Realização: Assessoria de Comunicação da Coppe/UFRJ
Coordenação e locução: Roberto Falcão e Bruno Franco
Produção jornalística: Carlos Ribeiro e Diogo Ferraz
Gravação e edição de áudio: Gabriel Savelli
Apoio e estúdio de gravação: Laboratório de Produção Multimídia (LPM) da Coppe/UFRJ

https://radio.ufrj.br/programas/boletim-planeta-coppe/55405535

Coppe e TotalEnergies celebram acordos e ampliam parceria

A Coppe/UFRJ recebeu nesta sexta-feira, 30 de junho, a Chief Technology Officer (CTO) da TotalEnergies, Marie-Noëlle Semeria, e a diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, Isabel Waclawek, para a formalização de Convênio de Pesquisa e Desenvolvimento. A assinatura do acordo contou com a participação do reitor da UFRJ, professor Carlos Frederico Leão da Rocha, do diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, e da vice-diretora da Coppe, professora Suzana Kahn.

Marie-Nöelle destacou que a assinatura do contrato para sete novos projetos de pesquisa é um reconhecimento ao alto nível de expertise da Coppe, dois anos após o início da parceria entre as instituições. “Temos uma grande expectativa e acredito que os temas sejam um bom desafio para vocês”, dirigiu-se aos jovens pesquisadores presentes no auditório a CTO da TotalEnergies.

“Há dois anos mostramos o nosso road map e muito do que temos feito em parceria está alinhado às ambições da Total. E como diz o lema da empresa ‘better together’, é melhor realizarmos em parceria, somos muito melhores juntos”, afirmou Isabel Waclawek.

“Hoje, celebramos sete novos projetos, que envolverão 50 pesquisadores. Agora temos a expectativa de vermos os resultados, precisamos atender às expectativas, e temos muita confiança em nosso time de pesquisadores para isso”, afirmou o professor Romildo Toledo. Recém-eleita diretora da Coppe, a professora Suzana relembrou o lançamento do Centro Virtual de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono e sua plataforma BxC, e destacou o alinhamento com esta visão de futuro dos projetos da TotalEnergies. “Faremos muitas coisas conjuntas neste novo centro, os projetos assinados hoje estão perfeitamente alinhados com o que faremos nos próximos anos, o trabalho em novas fronteiras do conhecimento, para além do óleo e gás”, reforçou.

Também fizeram breves apresentações os professores Robson Dias e Edson Watanabe (Programa de Engenharia Elétrica), Álvaro Coutinho e Luiz Paulo Assad (Programa de Engenharia Civil) e João Paulo Bassin (Programa de Engenharia Química), além dos coordenadores de projetos de pesquisa mantidos em parceria com a multinacional francesa.

Incubadora seleciona startups de base tecnológica em seu novo programa de incubação

A Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ desenvolveu um novo programa de Incubação, que se apoiará no conceito de Open Venture Building – uma junção de inovação aberta e construção de startups. Para participar da seleção, as propostas devem possuir, entre outros critérios, o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, e potencial de interação com as atividades de pesquisas desenvolvidas pela UFRJ. As inscrições para a seleção de dez novas startups estão abertas até o dia 16 de julho. O edital e demais informações podem ser obtidos por meio do site da Incubadora: www.incubadora.coppe.ufrj.br.

A iniciativa do novo programa de incubação conta com o apoio das empresas beOn Claro, EloGroup, Lemobs, NVIDIA, Raio Capital, Tata Consultancy Services e Visagio. Estas empresas parceiras poderão influenciar o processo de formação das startups, conduzindo-as para necessidades e oportunidades reais de mercado. O programa está estruturado em torno de cinco áreas temáticas: Life Sciences, Energias Renováveis e Descarbonização, Cidades Inteligentes, Óleo e Gás e Inteligência Artificial. Mas, serão também apreciadas propostas que não se enquadrem estritamente nesses temas.

O Head da Incubadora de Empresas da Coppe, Marcos Chaves, explica que este novo programa de incubação envolve conexões com o mercado e proximidade com o know how científico e tecnológico da UFRJ. Além disso, propicia contatos com empresas consolidadas nas áreas temáticas além de possibilidades de internacionalização, em parceria com centros de inovação na Finlândia (Soft Landing Program, na cidade de Espool), Holanda (Países Baixos – Investment and Development Agency for the Northern Netherlands) e na China (Macao Young Entrepreneur Incubation Centre, em Macau).

De acordo com Marcos, a geração de empresas de base tecnológica é um dos princípios da inovação e crescimento econômico. “Novas tecnologias geram novos mercados e remodelam outros”, avalia o executivo. Levantamentos da Associação Brasileira de Startups mostram que, de 2015 até 2019, o número de novas empresas de base tecnológica saltou de 4.100 para 12.700, representando um aumento de 207% de empresas criadas. Já em 2021, o país contava com 14.065 startups, distribuídas em 710 cidades brasileiras.

Incubadora de Empresas da Coppe e seu pioneirismo

A UFRJ constituiu, em 1994, uma das primeiras incubadoras de empresas do Brasil com foco em startups de base tecnológica: a Incubadora de Empresas da Coppe. Desde então, foram geradas mais de 100 empresas com mais de 500 empreendedores apoiados. Levantamento da própria Incubadora revela que, hoje, essas empresas empregam mais de 3.500 pessoas e possuem um faturamento consolidado de R$ 500 milhões.

Em função de seu desempenho, em 2022, a Incubadora da Coppe recebeu a certificação CERNE nos níveis 1, 2 e 3, sendo reconhecida pelo Prêmio Internacional “UBI Top Business Incubator Managed by University”, como uma das 20 melhores incubadoras do mundo (2017 e 2018). Anteriormente, foi eleita a Incubadora do Ano pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec – 2012).

A Incubadora de Empresas da Coppe possui, no momento, 20 empresas residentes que atuam em áreas, como, biotecnologia, óleo e gás, energia, descarbonização, telecomunicações e robótica. Empresas reconhecidas no mercado nacional e internacional, como Forebrain, EloGroup, Visagio e OilFinder, fazem parte do portfólio de companhias graduadas na instituição.

Professores da Coppe abordam inovação com hidrogênio de baixo carbono em evento do STJ

Os professores da Coppe/UFRJ, Andrea Santos e Paulo Emílio, que preside a Associação Brasileira de Hidrogênio, participarão na próxima sexta-feira, dia 30 de junho, às 11 horas, do Seminário de Planejamento Estratégico Sustentável do Poder Judiciário 2023 (X SPES). O evento, que inicia dia 29, tem como objetivo promover a gestão pública sustentável alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030. Para tanto, conta com expressiva participação de servidores e autoridades de instituições públicas de todo o país. O seminário é virtual e será transmitido pelo canal do STJ no Youtube.

Em sua 10ª edição, o SPES é um evento anual em celebração à semana do Meio Ambiente. Andrea Santos, coordenadora do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, onde dirige o Laboratório de Transporte Sustentável (LabTS); e Paulo Emilio, professor do mesmo programa e também do de Engenharia Metalúrgica e de Materiais, onde dirige o Laboratório de Hidrogênio da Coppe, participarão do painel “O hidrogênio renovável e de baixo carbono – inovação e soluções para um futuro limpo” – referente a ODS 7: Energia limpa e acessível –, junto com o secretário de Inovação e Transição Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Paulo Luciano Carvalho.

As inscrições devem ser realizadas pelo site do seminário, no qual se encontra a programação completa.

Pesquisadores da Coppe participam do DecomBR

O professor Marcelo Igor, do Programa de Engenharia Oceânica da Coppe/UFRJ, e as pesquisadoras Laurelena Palhano e Ana Carolina Maia, do Núcleo Rogério Valle de Produção Sustentável (Sage) da Coppe, participam do DecomBR, o Simpósio de Descomissionamento da Sociedade de Engenheiros de Petróleo (SPE Brazil). O evento está sendo realizado de 27 a 29 de junho, no hotel Windsor Guanabara, no Centro, Rio de Janeiro.

Ana Carolina Maia, pesquisadora do Sage e também da UFF, participa da Sessão 2, com o tema “Desafios ambientais”, na terça-feira, 27, das 15 às 15h30. Ana Carolina falará sobre “Avaliação do ciclo de vida de materiais provenientes do descomissionamento”.

Na quarta-feira, 29 de junho, Laurelena Palhano coordenará a Sessão 8, “Descomissionamento sustentável”, juntamente com Karen Alves (ANP), que será realizada das 13h30 às 15h30. Na primeira meia hora da sessão (13h30 às 14h), Laurelena falará sobre “Hub de Descomissionamento Sustentável”. Das 14h30 às 15h, será a vez do professor Marcelo Igor abordar o tema “Metodologia de apoio à decisão”.

Neste painel, serão apresentados exemplos práticos aplicados ao processo de descomissionamento de estruturas de produção offshore de óleo e gás que adotam por premissa aspectos de sustentabilidade. Segundo o Banco Mundial, descomissionamento sustentável é o processo pelo qual as opções para remoção física e disposição de estruturas, no final de sua vida útil, são avaliadas, desmontadas, removidas e/ ou reaproveitadas considerando variáveis relacionadas a aspectos econômicos, sociais, ambientais, técnicos, financeiros e de saúde e segurança. O desafio de colocar estas premissas em operação será o centro do debate entre os painelistas.

Saiba mais sobre o evento e confira sua programação.

Coppe recebe CTO da TotalEnergies para apresentação de projetos conjuntos

A Coppe/UFRJ recebe na próxima sexta-feira, 30 de junho, a Chief Technology Officer (CTO) da TotalEnergies, Marie-Noëlle Semeria, para a assinatura de acordos de parceria e apresentação de projetos assinados entre a Coppe e a multinacional francesa que já estão em andamento. O evento será realizado no auditório da Coppe, no Centro de Tecnologia 2 (CT2), com início às 11h, com a participação de executivos da filial brasileira e da comitiva internacional da TotalEnergies.

Serão apresentados projetos coordenados pelos professores João Paulo Bassin (Programa de Engenharia Química), Segen Estefen (Programa de Engenharia Oceânica), Luiz Paulo Assad (Programa de Engenharia Civil) e projetos que estão sendo avaliados com os professores Álvaro Coutinho (Programa de Engenharia Civil) e Frederico Kronemberger (Programa de Engenharia Química).

O evento marca ainda a assinatura de sete acordos, já confirmados em maio, para projetos em sistemas híbridos (combinação de fontes renováveis de energia e sistemas convencionais) e geração eólica offshore. Cinco destes projetos serão executados no Laboratório de Fontes Alternativas de Energia (Lafae), sob coordenação do professor Robson Dias, um no Laboratório de Eletrônica de Potência (Elepot), sob coordenação do professor Edson Watanabe, e um no Laboratório de Sistemas de Potência (Laspot), coordenado pelo professor Glauco Taranto. Todos, do Programa de Engenharia Elétrica.

Boletim 7 – Pesquisadores da Coppe participam de estudo “Nova Economia da Amazônia”

Dezoito pesquisadores que atuam ou já atuaram na Coppe participaram de estudo divulgado na terça-feira, pela WRI Brasil. O trabalho resultou na elaboração de um inédito modelo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia Legal, intitulado “Nova Economia da Amazônia”.

Na quarta-feira, 21 de junho, os professores da Joana Portugal e Thiago Aragão, dos programas de Planejamento Energético e de Engenharia Civil, foram diplomados como membros afiliados da Academia Brasileira de Ciências.

Saiba como anda a produção de pesquisa em Engenharia desenvolvida pela Coppe/UFRJ em prol da sociedade. O que está sendo feito pela Coppe e o que vem por aí, todas as sextas-feiras, às 10h, com reapresentação às 15h, na Radio UFRJ. Também disponível nas principais plataformas e aplicativos de streaming. Visite nosso site (http://coppe.ufrj.br/) e nos siga nas redes sociais.

Realização: Assessoria de Comunicação da Coppe/UFRJ
Coordenação e locução: Roberto Falcão e Bruno Franco
Produção jornalística: Carlos Ribeiro e Diogo Ferraz
Gravação e edição de áudio: Gabriel Savelli
Apoio e estúdio de gravação: Laboratório de Produção Multimídia (LPM) da Coppe/UFRJ

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Coppe celebra 60 anos em cerimônia marcada por homenagens àqueles que fizeram sua história

A Coppe/UFRJ celebrou nesta sexta-feira, 23 de junho, os seus 60 anos, com uma cerimônia marcada por uma série de homenagens a professores e funcionários que deram grande contribuição à sua história. O evento contou ainda com homenagens ao ex-diretor da Coppe, professor Luiz Pinguelli Rosa, falecido em março de 2022, e aos professores Ericksson Almendra, diretor de Planejamento, Administração e Desenvolvimento Institucional; e Angela Uller, diretora de Tecnologia e Inovação.

Nas palavras do diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, “este é um encontro afetivo e de memórias, para contar e ouvir histórias. Chegamos aos 60 anos mostrando vitalidade. A estrutura criada pelo professor Coimbra (criador da Coppe) permanece atual. Podemos aprimorá-la e aperfeiçoá-la sempre. Que o projeto visionário do Coimbra, aperfeiçoado pelo Pinguelli, siga a sua inspiração inicial e trabalhe os novos temas, com muito desenvolvimento tecnológico muito compromisso social”.

Para a vice-diretora, professora Suzana Kahn, recém-eleita para comandar a instituição pelo próximo quadriênio, a Coppe continuará a ser vanguarda e a expandir as fronteiras do conhecimento. “Superaremos obstáculos sendo inventivos, arrojados e sendo nós. Que venham os próximos 60 anos”.
O evento contou ainda com emocionantes discursos dos professores Ericksson Almendra, Antonio MacDowell Figueiredo e Angela Uller e dos funcionários Sonia Malvar (Registro) e Antonio Marcos Anapururs (Fundação Coppetec).

Compuseram a mesa da cerimônia o reitor da UFRJ, professor Carlos Frederico Leão da Rocha; o decano do Centro de Tecnologia, professor Walter Sumietsu; os professores Romildo Toledo, Suzana Kahn, Erickson Almendra, Angela Uller, Lavinia Borges (diretora acadêmica), Vanda Borges (diretora-adjunta de Gestão de Pessoas), Antonio MacDowell Figueiredo (diretor-superintendente da Fundação Coppetec), e Glaysdston Ribeiro (diretor-executivo da Fundação Coppetec).

Trinta e seis pessoas receberam homenagens, representando os 13 programas acadêmicos e a estrutura administrativa da Coppe: professor Alexandre Salem Szklo e Sandra Bernardo dos Reis (Programa de Planejamento Energético); professor Edson H. Watanabe e Roberto Calvet (Programa de Engenharia Elétrica);  professor Roberto Bartholo e Roberta Arruda (Programa de Engenharia de Produção); professor Webe Mansur e Marcilia Mascarenhas (Programa de Engenharia Civil); professor Nilson Costa Roberty e Josevalda Laranjeira Noronha (Programa de Engenharia Nuclear);  professor Argimiro Resende Secchi e Antônio José de Almeida (Programa de Engenharia Química); professor Antonio MacDowell de Figueiredo e Vera Lúcia Pinheiro Santos Noronha (Programa de Engenharia Mecânica); Jane Correa e professor Licínio Portugal (Programa de Engenharia de Transportes);  Ricardo Cézar Vieira da Silva Júnior e professor Guilherme Horta Travassos (Programa de Engenharia de Sistemas e da Computação); professor João Carlos Machado e Alexandre Augusto Jacobina (Programa de Engenharia Biomédica); professor Murilo Augusto Vaz (Programa de Engenharia Oceânica); professor Luiz Henrique de Almeida e Laercio Rosignoli Guzela (Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais); Rafael Calazans e professor Sérgio Camargo (Programa de Engenharia de Nanotecnologia); Lucianita Barbosa da Silva; Maria Célia Fonseca dos Santos; Sonia Conceição Malvar Castelo Branco; Bruna dos Santos Ventura; Ana Lúcia Celino de Azevedo; Fernanda Metello; Rosane Detomazzo; Antônio Marcos Anapurus; Dora da Conceição A. Vilas Porto; Neuza Fernandes Vilas Porto e Ipotyara Damiana.

A cerimônia foi transmitida pelo canal da Coppe no YouTube e permanece disponível.

Amazônia: cenário com mais emprego e renda preservaria 81 milhões de hectares de floresta

Rio Jamanxim (Paralaxis Shutterstock)

Pesquisadores da Coppe/UFRJ participaram do estudo divulgado nesta terça-feira, 20 de junho, pelo World Resources Institute (WRI) Brasil. O trabalho resultou na elaboração de um inédito modelo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia Legal, chamado Nova Economia da Amazônia (NEA), que em comparação com o cenário de referência (manutenção das políticas atuais), resultaria em um acréscimo de R$ 40 bilhões ao PIB anual, 312 mil empregos a mais na região, ampliação de 19% no estoque de carbono amazônico, uma redução de 94% nas emissões de gases de efeito estufa e 81 milhões de hectares de florestas a mais do que o previsto para 2050.

Combinando dados e modelos econômicos, o relatório mostra que, com desmatamento zero, restauração de florestas, agropecuária e mineração de baixo carbono e matriz energética mais limpa, a Amazônia Legal registraria um crescimento econômico maior, mais qualificado e mais inclusivo até 2050 – impulsionando a descarbonização de toda a economia brasileira. Na avaliação dos pesquisadores, a Nova Economia da Amazônia pode ser a grande catalisadora da descarbonização de toda economia brasileira e a maior oportunidade de desenvolvimento econômico e social da história contemporânea do país.

No total, dezoito cientistas que atuam ou atuaram no Programa de Planejamento Energético (PPE) da Coppe participaram do projeto: os professores Alexandre Szklo, Andre Lucena, David Castelo Branco, Joana Portugal Pereira, Pedro Rochedo e Roberto Schaeffer; os pesquisadores Amanda Vinhoza, Ana Carolina Fiorini, Camila Ludovique, Huang Ken Wei, Leticia Magalar, Leticia Rodrigues Soares, Lucas Carvalho, Luiz Bernardo Baptista, Gerd Angelkorte e Mariana Império. Além dos pesquisadores Mariana Padilha e Pedro Filipe Rampini, ex-alunos do PPE.

De acordo com Ana Carolina Fiorini, os pesquisadores da Coppe colaboraram nos capítulos de modelagem integrada e infraestrutura sustentável. A modelagem foi rodada no Blues (Brazil Land Use and Energy Systems), um modelo de avaliação integrada (IAM), desenvolvido no Cenergia, laboratório vinculado ao PPE.

“Nós precisamos qualificar a infraestrutura da região para garantir o acesso à energia elétrica para cerca de um milhão de pessoas. Isso é um desafio posto à necessidade concomitante de reduzir as emissões da região. Para isso, será necessário o investimento em microrredes (energia elétrica descentralizada), gerando energia a partir de fontes disponíveis localmente, com destaque para a geração com sistemas fotovoltaicos, tanto flutuantes em lagos e reservatórios como sobre pastagens degradadas, e com aproveitamento de resíduos dos produtos da nova economia”, destaca a pesquisadora pós-doc da Coppe.

Utilizando-se Modelos de Equilíbrio Geral e de Otimização Dinâmica (como o Blues), a equipe multidisciplinar e pluriinstitucional capitaneada pelo WRI Brasil projetou quatro diferentes cenários para a economia da Amazônia Legal em 2050, combinando duas restrições à alocação dos fatores de produção e escolhas tecnológicas: controle de emissões totais e controle de desmatamentos. No cenário Referencial (REF) nenhuma restrição foi estabelecida. No cenário de Sustentação Tecnológica (STE) não se restringiu o desmatamento, mas se impôs a condição de que as emissões totais até 2050 não poderiam ultrapassar o limite estimado de 7,7 GtCO2 para cumprimento do cenário de 1,5°C do Acordo de Paris, forçando a otimização de tecnologias energéticas. No cenário de Sustentação Florestal (SFL) fez-se o inverso, restringindo o desmatamento a zero, mas sem imposição de limites a quaisquer outras fontes de emissão da economia, forçando a otimização do uso do solo. Finalmente, no cenário da Nova Economia da Amazônia (NEA) foram impostas as duas restrições, combinando otimização do uso do solo e da matriz energética para atingir a meta de manter as emissões acumuladas líquidas do Brasil, entre 2020 e 2050, em 7,7 GtCO2.

“A nossa conclusão é que se mantivermos as atuais taxas de desmatamento o modelo Blues não acha soluções tecnológicas (o cenário STE) para restringir as emissões brasileiras de forma a contribuir com a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento em 1,5° até o final do século. Os resultados ressaltam a importância da conservação da Amazônia para o Brasil contribuir com um mundo que limite a aquecimento, e a necessidade de ir além, reflorestando grandes áreas degradadas e descarbonizando as atividades locais”, acrescenta Ana Carolina.

Segundo os autores do relatório, os investimentos para financiar a NEA foram estimados em 1,8% do PIB nacional ao ano, contra 1% ao ano no cenário referencial. Dos R$ 2,56 trilhões adicionais exigidos para essa mudança estrutural, R$ 442 bilhões seriam destinados à agricultura e pecuária de baixa emissão de carbono, R$ 217 bilhões à bioeconomia e restauração, R$ 410 bilhões à matriz energética e outros R$ 1,49 trilhões à infraestrutura. Os investimentos adicionais para a transição não seriam aplicados somente na Amazônia Legal, devido aos fluxos financeiros, informacionais e físicos entre a região e o restante do Brasil

De acordo com a publicação, a Amazônia é o maior estoque tropical de carbono do mundo, e armazena 120 gigatoneladas de carbono acima do solo, o equivalente a doze vezes as emissões anuais resultantes das atividades econômicas globais. A Amazônia Legal também é responsável por reciclar entre 6,3 e 7,4 trilhões de metros cúbicos de água por ano através dos chamados “rios voadores”, que irrigam o centro-sul do Brasil, sendo esse o maior serviço climático prestado ao agronegócio. O estudo conclui que manter a floresta em pé é uma oportunidade de desenvolvimento econômico e social, impulsionando a descarbonização de toda economia brasileira.

Ampla parceria

O estudo Nova Economia da Amazônia (NEA-BR) foi liderado pelo WRI Brasil e The New Climate Economy e realizado em parceria com mais de 75 pesquisadores de várias regiões do país e organizações, entre elas a Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), Uma Concertação pela Amazônia, Center for Climate Crime Analysis (CCCA), e a Associação Contas Abertas, além da Coppe.

A pesquisa foi realizada com apoio financeiro do Instituto Clima e Sociedade (iCS), Ministério das Relações Exteriores da Dinamarca, Ministério Federal do Meio Ambiente, Proteção da Natureza, Segurança Nuclear e Proteção do Consumidor da Alemanha (BMU), Instituto Arapyaú, Good Energies Foundation e Climate and Land Use Alliance (CLUA).

Professora Suzana Kahn é homenageada pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás


A vice-diretora da Coppe/UFRJ, professora Suzana Kahn, foi homenageada nesta terça-feira, 20 de junho, pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP). A professora recebeu a homenagem ESG Energy, em reconhecimento ao seu protagonismo na discussão acadêmica sobre transição energética e desenvolvimento sustentável global, formando lideranças para a indústria, governo e sociedade civil, responsáveis por conduzir o tema da sustentabilidade em uma economia de baixo carbono. O reconhecimento foi conferido durante o Fórum ESG Energy, que está sendo realizado até o dia 22 de junho, no Hotel Fairmont, em Copacabana, Rio de Janeiro.

Professores da Coppe serão diplomados pela ABC

Os professores da Coppe/UFRJ Joana Portugal e Thiago Aragão, dos Programas de Planejamento Energético e de Engenharia Civil, respectivamente, serão diplomados na quarta-feira, dia 21 de junho, às 14 horas, como membros afiliados da Academia Brasileira de Ciências (ABC) para o período de 2023 a 2027. Durante a solenidade da diplomação, os professores e outros três novos membros afiliados do Rio de Janeiro participarão de simpósio científico da região, no qual apresentarão suas pesquisas pelas quais foram eleitos em dezembro de 2022. O evento será realizado no auditório da ABC, na Rua Anfilófio de Carvalho, 29, 32º andar, Centro, RJ.

A palestra magna do simpósio será proferida pela professora Celina Figueiredo, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe, que fora eleita como membro titular da ABC, também em dezembro de 2022. Caberá à presidente da ABC, Helena Nader, e à acadêmica Patricia Bozza, a condução da cerimônia. Para conferir a programação completa e realizar a inscrição, basta clicar no link https://bit.ly/diplorj23_

A categoria de membros afiliados da Academia Brasileira de Ciências foi criada em 2007 para incluir jovens pesquisadores promissores e de excelência, com até 40 anos de idade, das seis regiões definidas pela ABC (Norte, Nordeste e ES, RJ, MG e Centro-Oeste, SP e Sul), indicados e eleitos por membros titulares com atuação nestas regiões. Anualmente, são eleitos cinco jovens cientistas por região para mandatos de cinco anos, não renováveis. As eleições são conduzidas pelos vice-presidentes de cada região.

Boletim 6 – Professora da Coppe é coautora de estudo publicado na Science

A professora Joana Portugal Pereira, do Programa de Planejamento Energético, é coautora de estudo publicado no dia 8 de junho, na revista Science. O estudo examina mais de perto as políticas concretas dos países signatários do Acordo de Paris em contraste com as promessas que fizeram para a redução de gases de efeito estufa.

A Coppe lançou, na última quinta-feira, 15 de junho, o Centro Virtual de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono durante o debate “Soluções de baixo carbono – competências e visão de futuro”. O evento faz parte da série “Agenda Coppe e Sociedade”, realizada em comemoração dos sessenta anos da entidade.

Saiba como anda a produção de pesquisa em Engenharia desenvolvida pela Coppe/UFRJ em prol da sociedade. O que está sendo feito pela Coppe e o que vem por aí, todas as sextas-feiras, às 10h, com reapresentação às 15h, na Radio UFRJ. Também disponível nas principais plataformas e aplicativos de streaming. Visite nosso site (http://coppe.ufrj.br/) e nos siga nas redes sociais.

Realização: Assessoria de Comunicação da Coppe/UFRJ
Coordenação e locução: Roberto Falcão e Bruno Franco
Produção jornalística: Carlos Ribeiro e Diogo Ferraz
Gravação e edição de áudio: Gabriel Savelli
Apoio e estúdio de gravação: Laboratório de Produção Multimídia (LPM) da Coppe/UFRJ

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Coppe debate Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono

Coppe debate Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono

A Coppe/UFRJ lançou nesta quinta-feira, 15 de junho, o Centro Virtual de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono, com o objetivo de envolver a comunidade científica da Coppe, em parceria com o poder público e a iniciativa privada, em busca de soluções para a descarbonização da economia. Neste âmbito, foram destacadas duas iniciativas: a plataforma digital BxC, de soluções de baixo carbono, para permitir uma integração rápida e eficiente entre as empresas, as instituições e os especialistas da Coppe; e cursos de ensino a distância (EAD) sobre soluções de baixo carbono, que terão dois módulos iniciais com início já em agosto.

O diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, destacou a importância do apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, através de sua Fundação de Amparo à Pesquisa do (Faperj), para a criação do Centro Virtual de Soluções Tecnológicas. “Temos o prazer de anunciar o Centro, é um tema de grande interesse da sociedade, um tema global. A Coppe lidera uma ação que, certamente, transbordará suas fronteiras, para toda a UFRJ, para que a gente busque descarbonizar os vários segmentos industriais, visando à transição energética. São desafios enormes que precisamos superar em um intervalo de tempo curto”, avaliou professor Romildo.

“O Centro funcionará dando visibilidade às diversas competências que temos na Coppe. Teremos em nossa plataforma todos os nossos laboratórios. Temos cerca de 60 mil m² de infraestrutura laboratorial, e esse capital humano de mais de 300 professores e 700 pesquisadores, 300 pós-doutores, mais de dois mil mestres e doutores em formação, está à disposição para ajudar a solucionar a problemática da descarbonização”, completou.

A vice-diretora da Coppe, professora Suzana Kahn, à frente do projeto, destacou que a ideia vinha sendo pensada há tempos pela diretoria. “O mundo passa por muitas transformações, energética, digital, cultural, comportamental, e o fluxo de investimentos tem migrado e, com ele, o foco da pesquisa e desenvolvimento. Há tempos temos refletido como a academia pode servir melhor à sociedade e as empresas incorporarem a tecnologia que é desenvolvida aqui na universidade”, pontuou.

“Na plataforma, a gente mostra áreas que dão sustentação ao tema, como transformação digital, inventário de carbono, análise de ciclo de vida, planejamento energético e ambiental. Conversamos com a Faperj sobre a importância de consolidar e sistematizar tudo isso. Mesmo muitos de nós da Coppe não conhecemos toda essa potencialidade. Por isso criamos essa plataforma BxC, com esse jeito meio Faria Lima de plataforma de negócios, com terminologia mais empresarial”, explicou professora Suzana.

“A forma de funcionamento é o recebimento da demanda, desenhamos juntos a estratégia, fazemos a conexão, enquadramos, acompanhamos a contratação e execução, articulação com spin offs e, finalmente, a chegada da solução de baixo carbono ao mercado. Nós temos a ideia de conectar as empresas a investidores que estão interessados em negócios relacionados ao baixo carbono, além de fundos filantrópicos, bancos de desenvolvimento e agências de fomento”, complementou a professora, idealizadora do projeto.

Visão de futuro

Os lançamentos foram feitos durante o debate “Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono: competências e visão de futuro”. No evento, o diretor-presidente da Enauta, Décio Oddone, ressaltou que a visão sobre transição energética vem mudando. “Há necessidade de inclusão energética, quase 700 milhões de pessoas não têm acesso à eletricidade. Aquela visão otimista de que algumas poucas soluções miraculosas possibilitariam a transição já não existe. Vai ter que haver muita inovação, mas vai passar por uma série de fatores. Ainda vejo pouca interação entre universidade e sociedade e dela com seus ex-alunos. Eu vejo muito preconceito com o recurso privado. É preciso tirar esse ranço ideológico. A Coppe é um retrato do sucesso dessa colaboração”, refletiu Décio.

Na visão do secretário executivo da ABESPetro, Telmo Ghiorzi, o petróleo, “diferentemente do que muitos pensam, continuará vivo por muito tempo”. “Quando o petróleo entrou na matriz energética mundial em 1859, o carvão era a principal fonte de energia e após isso sua produção subiu 40 vezes. A fartura material gerada pela Revolução Industrial, nós estamos precisando dela de novo. Ainda há muita gente pobre no mundo. Por isso o petróleo continuará por muito tempo. Não podemos deixar tanta gente com fome para não produzir um grama de CO².Continuaremos produzindo, talvez até mais que os 90 milhões de barris produzidos por dia. Mas, de modo mais limpo”.

Pegando como gancho um comentário da professora Tatiana Roque, secretária municipal de Ciência e Tecnologia, que citou, na abertura do evento, a economista ítalo-britânica Marina Mazzucato, Telmo disse que falta ao país uma POM (política orientada à missão) de exportar bens e serviços. “Corremos o risco de em dez anos sermos um grande produtor de hidrogênio verde e amônia e importador dos bens necessários à sua produção. Ter recurso natural será cada vez menos uma vantagem comparativa, a vantagem será a indústria. Devemos industrializar na direção das energias renováveis e buscando a exportação, como a tecnologia de high pressure separation (hisep), desenvolvida pela Petrobras e que serve para separar CO² do gás natural e reinjetá-lo. Um CCUS (carbon capture, utilisation and storage) altamente sofisticado. Conseguiremos produzir e exportar essa tecnologia e os insumos necessários?”, questionou Telmo.

Segundo o diretor de Comunicação e Responsabilidade Social Corporativa da Engie Brasil, Gil Maranhão Neto, o Brasil tem uma oportunidade enorme de desenvolver toda uma cadeia de bens e serviços em torno da transição energética. “Se tem um país onde o hidrogênio verde será viável, será o Brasil. Não dá pra mensurar a oportunidade que isso trará para a Ciência, para adaptar, tropicalizar, em vez de simplesmente importar”.

Para o CEO da Petrogal Brasil, Daniel Elias, a transição energética vai dar muito trabalho e requerer competência, o que é uma boa notícia para uma instituição como a Coppe. “Não há um caminho único a seguir. Há geografias no globo, por exemplo, em que a demanda por carvão faz sentido. Temos que encontrar soluções customizadas para as necessidades singulares, que não gerem mais desigualdades. Isso vai requerer criatividade e investimento”.

Consenso em relação ao gás natural

Durante o debate, uma questão suscitada pela professora Suzana Kahn gerou um rápido consenso entre o diretor-executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, professor Mauricio Tolmasquim, e o presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa: o gás natural.

“Sendo bastante direto, o Brasil não tem tanto gás assim. O Brasil é um país petrolífero, não gasífero. É importante entender isso, para não ter frustrações. Nosso gás está a uma distância muito grande da costa e a uma grande profundidade. Não é competitivo comparado ao shale gas americano (obtido do xisto betuminoso) ou ao gás russo. Brasil é rico em vários recursos, mas não nesse. Não temos tanto gás como gostaríamos de ter e o que temos não é exatamente ao preço que gostaríamos que tivesse”, explicou Tolmasquim, professor do Programa de Planejamento Energético da Coppe.

“É bom ver o Tolmasquim falar abertamente sobre isso. Eu passei 10 anos trabalhando na área de gás da Shell lá fora e sempre me surpreendeu essa percepção de que o Brasil tem abundância de gás. Os fatos mostram o contrário. Temos na casa de 12 TCF (trilhões de pés cúbicos), a América do Norte tem 400. Rússia mais de 1.000, o campo na fronteira entre Irã e Qatar tem 900. Além disso, o gás brasileiro está associado a produção do óleo, e 95% da receita offshore vem do óleo. Tirar esse pouco gás a 250 km da costa, em alta profundidade, trazer e trazer à costa, ele nunca vai chegar com um preço competitivo”, concordou Cristiano da Costa.

“Temos também que desmistificar o tema da reinserção do gás. As grandes operadoras são vilanizadas por reinjetar gás. Ninguém faz isso porque quer. Quarenta por cento do gás é pela reinserção de CO², quarenta é questão econômica, ter pressão para extrair o petróleo, 10% é na Amazônia, no Campo de Urucu e os outros 10% estão esperando a abertura do gasoduto da Rota 3 para vir ao mercado”, avaliou.

Para Cristiano da Costa, pouca atenção é dada à eficiência operacional como forma de reduzir a pegada de carbono dos hidrocarbonetos. “A indústria de transporte dobrou nas últimas duas décadas, reduzindo emissões em 40%. O Brasil tem petróleo de baixa intensidade de carbono e baixo custo operacional, consequentemente maior competitividade. Aqui, na Coppe, o LRAP ajuda a gente a desenvolver projetos que aumentam a eficiência e os fatores de recuperação”, destacou.

O debate foi moderado pela professora Suzana Kahn e contou com a participação do presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa; do CEO da Petrogal Brasil, Daniel Elias; do diretor-presidente da Enauta, Décio Oddone; do diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim; do diretor de Comunicação e Responsabilidade Social Corporativa da Engie Brasil, Gil Maranhão Neto, e do secretário executivo da ABESPetro, Telmo Ghiorzi. Todos os executivos presentes foram unânimes em destacar a importância de buscar soluções de baixo carbono como parte de uma agenda responsável de transição energética.

Antes do debate, foi feita uma apresentação dos 60 anos da Coppe, em que foi lançado um vídeo sobre a história da instituição. Deste momento, participaram a secretária de Ciência e Tecnologia da Prefeitura do Rio de Janeiro, Tatiana Roque, e o superintendente de Inovação e Sustentabilidade da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Mauricio Guedes. Este foi o segundo evento da série “Agenda Coppe e Sociedade”, que faz parte das comemorações dos 60 anos de atividades da instituição.

O debate permanece disponível no canal da Coppe no YouTube.

Coppe lança Centro Virtual de Soluções de Baixo Carbono

A Coppe/UFRJ lançou nesta quinta-feira, 15 de junho, o Centro Virtual de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono, com o objetivo de envolver a comunidade científica da Coppe, em parceria com o poder público e a iniciativa privada, em busca de soluções para a descarbonização da economia. Neste âmbito, foram destacadas duas iniciativas: a plataforma digital BxC, de soluções de baixo carbono, para permitir uma integração rápida e eficiente entre as empresas, as instituições e os especialistas da Coppe; e cursos de ensino a distância (EAD) sobre soluções de baixo carbono, que terão dois módulos iniciais com início já em agosto.

O diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, destacou a importância do apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, através de sua Fundação de Amparo à Pesquisa do (Faperj), para a criação do Centro Virtual de Soluções Tecnológicas. “Temos o prazer de anunciar o Centro, é um tema de grande interesse da sociedade, um tema global. A Coppe lidera uma ação que, certamente, transbordará suas fronteiras, para toda a UFRJ, para que a gente busque descarbonizar os vários segmentos industriais, visando à transição energética. São desafios enormes que precisamos superar em um intervalo de tempo curto”, avaliou professor Romildo.

“O Centro funcionará dando visibilidade às diversas competências que temos na Coppe. Teremos em nossa plataforma todos os nossos laboratórios. Temos cerca de 60 mil m² de infraestrutura laboratorial, e esse capital humano de mais de 300 professores e 700 pesquisadores, 300 pós-doutores, mais de dois mil mestres e doutores em formação, está à disposição para ajudar a solucionar a problemática da descarbonização”, completou.

A vice-diretora da Coppe, professora Suzana Kahn, à frente do projeto, destacou que a ideia vinha sendo pensada há tempo pela diretoria. “O mundo passa por muitas transformações, energética, digital, cultural, comportamental, e o fluxo de investimentos tem migrado e, com ele, o foco da pesquisa e desenvolvimento. Há tempos temos refletido como a academia pode servir melhor à sociedade e as empresas incorporarem a tecnologia que é desenvolvida aqui na universidade”, pontuou.

Os lançamentos foram feitos durante o debate “Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono: competências e visão de futuro”, com moderação da professora Suzana Kahn e participação do presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, do CEO da Petrogal Brasil, Daniel Elias, do diretor-presidente da Enauta, Décio Oddone, do diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, do diretor de Comunicação e Responsabilidade Social Corporativa da Engie Brasil, Gil Maranhão Neto, e do secretário executivo da ABESPetro, Telmo Ghiorzi. Todos os executivos presentes foram unânimes em destacar a importância de buscar soluções de baixo carbono como parte de uma agenda responsável de transição energética.

Antes do debate, foi feita uma apresentação dos 60 anos da Coppe, em que foi lançado um vídeo sobre a história da instituição. Deste momento, participaram a secretária de Ciência e Tecnologia da Prefeitura do Rio de Janeiro, Tatiana Roque, e o superintendente de Inovação e Sustentabilidade da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Mauricio Guedes. Este foi o segundo evento da série “Agenda Coppe e Sociedade”, que faz parte das comemorações dos 60 anos de atividades da instituição.

*Planeta Coppe Notícias trará, na sexta-feira, dia 16, matéria com o detalhamento do debate “Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono: competências e visão de futuro” e do projeto do Centro Virtual de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono.

Conselho Deliberativo delibera listas tríplices para diretoria da Coppe

Suzana e Marcello, da chapa 1, a mais votada

O presidente do Conselho Deliberativo da Coppe, professor Fernando Alves Rochinha, destacou a importância do processo. “Este é um momento importante para a nossa instituição pelos próximos quatro anos, e o Conselho aqui se expressa a partir do que ouviu”, comentou o professor Rochinha, em referência à pesquisa realizada entre os integrantes do corpo social da Coppe, entre os dias 5 e 7 de junho, quando se verificou a vitória da Chapa 1, formada pela professora Suzana Kahn, candidata a diretora, e o professor Marcello Campos, candidato a vice-diretor.

A Chapa 1 divulgou os nomes propostos para a próxima diretoria da Coppe ainda durante a campanha: a professora Marysilvia Costa, diretora de Tecnologia e Inovação; a professora Amanda Xavier, diretora de Planejamento, Administração e Desenvolvimento Institucional; o professor Tharcisio Fontainha, diretor adjunto de Planejamento, Administração e Desenvolvimento Institucional; o professor Thiago Aragão, diretor-adjunto de Empreendedorismo; o professor Jean-David Caprace, diretor Acadêmico; o professor Thiago Ritto, diretor-adjunto Acadêmico; o professor Glaydston Ribeiro, diretor executivo da Fundação Coppetec; o professor Antonio Figueiredo, diretor superintendente da Fundação Coppetec; Vanda Borges, diretora adjunta de Gestão de Pessoas; Cleide Lima, diretora adjunta de Extensão.

Boletim 5 – Coppe lança Centro Virtual de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono

O lançamento ocorrerá na quinta-feira, dia 15 de junho, durante o debate “Soluções de Baixo Carbono – competências e visão de futuro”. O evento será realizado no auditório do Centro de Tecnologia 2, na Cidade Universitária, entre 9h30 e 13h.

Saiba como anda a produção de pesquisa em Engenharia desenvolvida pela Coppe/UFRJ em prol da sociedade. O que está sendo feito pela Coppe e o que vem por aí, todas as sextas-feiras, às 10h, com reapresentação às 15h, na Radio UFRJ. Também disponível nas principais plataformas e aplicativos de streaming. Visite nosso site (http://coppe.ufrj.br/) e nos siga nas redes sociais.

Realização: Assessoria de Comunicação da Coppe/UFRJ
Coordenação e locução: Roberto Falcão e Bruno Franco
Produção jornalística: Carlos Ribeiro e Diogo Ferraz
Gravação e edição de áudio: Gabriel Savelli
Apoio e estúdio de gravação: Laboratório de Produção Multimídia (LPM) da Coppe/UFRJ

https://radio.ufrj.br/programas/boletim-planeta-coppe/54127096

Science – Credibilidade nas metas de neutralidade climática é tema de artigo de professora da Coppe

A professora Joana Portugal Pereira, da Coppe/UFRJ, é coautora do estudo Credibility gap in net‐zero targets leaves world on high‐risk climate track, publicado nesta quinta-feira, 8 de junho, na revista Science. O estudo coordenado por Joeri Rogelj, professor do Centre for Environmental Policy do Imperial College London, busca olhar mais para as políticas concretas do que para as promessas. Ao avaliar a transparência e a credibilidade das mesmas, o artigo conclui que mais de 90% das estratégias de neutralidade climática anunciadas no âmbito do Acordo de Paris estão longe de serem alcançadas.

De acordo com Joana, o artigo aborda a credibilidade e a transparência das promessas de neutralidade climática (LTS) para 2050 anunciadas pelos países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) e as implicações para a temperatura global até ao final do século.

“Em uma primeira etapa, desenvolvemos um ranking de transparência com base em três critérios para avaliar a credibilidade das medidas anunciadas para cada: (1) se a meta é juridicamente vinculativa, (2) se existe um plano nacional de política pública que apoia a implementação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e LTS, e (3) se as políticas de curto prazo de um país já colocam as emissões em uma tendência de queda. Em uma segunda etapa, esta avaliação foi usada para desenvolver projeções de emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) e níveis de temperatura média até o fim do século”, explica a professora.

A classificação foi, então, usada para o desenvolvimento de projeções de emissões de GEE e aumento de temperatura que são diferenciadas de acordo com o grau de confiança. Os autores apresentam então cinco cenários, do mais conservador ao mais otimista: a) políticas atuais, desconsiderando metas de longo prazo e NDCs; b) políticas atuais e metas de neutralidade de carbono mais confiáveis; c) políticas atuais e metas de neutralidade de carbono mais confiáveis e menos confiáveis; d) políticas atuais e todas as metas de neutralidade de carbono; e) políticas atuais e todas as NDCs e metas de neutralidade de carbono.

Conforme o artigo, o cenário mais pessimista produz as maiores emissões e aquecimento e maior incerteza, gerando emissão anual de 52 a 60 GtCO2e até 2030, levando a uma estimativa mediana de aquecimento de 2,6°C até 2100. Por seu turno, o cenário mais otimista produz emissões, aquecimento e incertezas muito menores, levando o aquecimento global a um pico de 1,7°C.

Os autores afirmam que “mesmo a recente onda de atualizações nas NDCs e metas net-zero (compromisso de longo prazo de zerar as emissões líquidas de carbono) deixa grande incerteza sobre o quanto o mundo irá de fato aquecer. Essa incerteza recai, em grande parte, nos questionamentos à credibilidade dessas metas. Análises mais cautelosas que se atém ao status atual das políticas nacionais sobre as emissões sugerem que a temperatura vá se elevar entre 2,5°C e 3°C em 2100 e continuará a se elevar depois. Por outro lado, análises sobre as NDCs e metas de longo prazo, independentemente da credibilidade das mesmas, sugerem que o aquecimento irá se estabilizar entre 1,5°C e 2°C e gradualmente reverte perto do fim do século. Os dois prognósticos não poderiam ser mais contrastantes”.

“Os nossos resultados mostram que a grande maioria das estrategias prometidas não são credíveis e, se considerarmos apenas as medidas com elevado grau de confiança, as nossas projeções mostram um aquecimento global na ordem dos 2,4°C que poderá chegar a 3,0°C, o que está bastante acima dos níveis considerados seguros pelo conhecimento científico atual”, reforça Joana Portugal Pereira.

Quando apenas metas de alta confiabilidade são incluídas (cenário B), o aquecimento global é estimado em 2,4º C em 2100. Mesmo os cenários C e D excederiam o estipulado no Acordo de Paris. A conclusão dos autores é que, considerando a atual credibilidade dos compromissos climáticos, a comunidade internacional está longe de entregar um futuro climático seguro.

Credibilidade gera clareza

Na avaliação dos pesquisadores, credibilidade cria clareza. “A questão principal é ‘podemos acreditar que os países atingirão suas metas? Projetar trajetórias de emissão décadas no futuro é um exercício naturalmente incerto. Entretanto, a incerteza pode ser evitada acessando a confiabilidade e qualidade de cada meta e ajustando as projeções de emissões de GEE e temperatura global’”.

O artigo traz a ressalva de que, embora isso sugira que o cumprimento do Acordo de Paris esteja ao alcance, o fato de que 90% das metas de neutralidade de carbono atingem um grau baixo ou muito baixo de confiabilidade confirma que, em realidade, políticas concretas e confiáveis ainda estão distantes.

“A mensagem principal do nosso estudo é chamar a atenção para a necessidade de aumentar a transparência, eficácia e robustez das promessas climáticas anunciadas em fóruns internacionais. Para melhorar a credibilidade das medidas, sugerimos que os países garantam que suas estratégias de neutralidade climática em 2050 sejam acompanhadas com planos setoriais de implementação domésticos detalhados e de curto prazo para garantir ações imediatas”.

De acordo com os autores do artigo, garantir que as metas de neutralidade climática sejam vinculativas da jurisprudência nacional, planejar a implementação destas leis e traduzir esse planejamento em políticas públicas que reduzam as emissões, já no curto prazo, são passos cruciais para garantir o cumprimento destas metas. “Metas legalmente estabelecidas promovem continuidade e compliance. Países como Reino Unido, Canadá, Austrália, Chile, Japão e Nigéria já o fizeram”, afirma os pesquisadores.

“A grande maioria dos países se concentra no Artigo 2 do Acordo de Paris sobre medidas de redução de emissões até ao fim do século, esquecendo-se que o Artigo 4 refere a necessidade de começar a reduzir emissões “o mais rapidamente possível”, critica a professora Joana Portugal Pereira.

Coppe lança Centro Virtual e promove debate “Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono”

A Coppe/UFRJ lança, no dia 15 de junho, o Centro Virtual de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono durante o debate “Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono: competências e visão de futuro”, com a presença de executivos de empresas de energia. O evento, das 9h30 às 14h, é aberto ao público e será realizado no auditório da instituição, no Centro de Tecnologia 2 (CT2) da UFRJ, na Rua Moniz Aragão, 360, bloco 1, Cidade Universitária, Ilha do Fundão. Para participar, inscreva-se através deste formulário: https://tinyurl.com/48j3wjsc

O evento terá moderação da vice-diretora da Coppe, professora Suzana Kahn, e já confirmaram presença na mesa de debate: o presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa; o CEO da Petrogal Brasil, Daniel Elias; o deputy chief geology engineer da CNOOC, Mi Lijun, que também é o gerente geral do Instituto CNOOC de Pesquisas; o diretor-presidente da Enauta, Décio Oddone; o CEO da NTS, Erick Portela Pettendorfer; o diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim; o diretor de Comunicação e Responsabilidade Social Corporativa da Engie Brasil, Gil Maranhão Neto; e o secretário executivo da ABESPetro, Thelmo Guiorzi.

A professora Suzana Kahn ressalta que a discussão trazida pelo evento é atual e condizente com a perspectiva da Coppe de buscar sempre antecipar soluções para o futuro. “É importante discutir soluções tecnológicas de baixo carbono, mas também é preciso unir esforços entre a pesquisa acadêmica e as necessidades das empresas e da sociedade. É com este espírito que organizamos este debate, em que será muito importante a participação das principais empresas do setor de energia, que estão empenhadas em trazer opções concretas para a transição energética”, comentou a mediadora do evento. O debate faz parte da série “Agenda Coppe e Sociedade”, que integra as comemorações dos 60 anos de atividades da instituição, cuja trajetória será lembrada em sua abertura, quando será ressaltado o papel da Coppe no ensino, na pesquisa e na inovação em Engenharia, em sintonia com as demandas da sociedade. O debate “Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono” terá transmissão ao vivo pelo canal da Coppe no YouTube.