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Coppe e IIASA promovem debate internacional sobre justiça climática e transição equitativa

No próximo dia 26 de junho, a Coppe/UFRJ, em parceria com o IIASA (International Institute for Applied Systems Analysis – Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados, da Áustria), coorganiza o evento internacional Advancing Justice Considerations in Climate Policy – Bridging National and Global Perspectives (Avanços nas considerações sobre justiça nas políticas climáticas – Conectando perspectivas nacionais e globais). A atividade será realizada como evento paralelo à Conferência de Mudanças do Clima da ONU, que ocorre em Bonn, Alemanha, de 16 a 26 de junho, em preparação para a COP 30, marcada para novembro, em Belém.
O encontro reunirá especialistas de destaque mundial para debater como integrar justiça climática nas estratégias nacionais e internacionais de adaptação e mitigação. Participam, entre outros, a professora Andréa Santos, do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe; o pesquisador Keywan Riahi (IIASA), autor-líder de relatórios do IPCC e um dos especialistas mais citados no mundo em energia e clima; Tejal Kanitkar (National Institute of Advanced Studies – Índia); Fatima Denton (United Nations University – Gana); e Puneet Kamboj (King Abdullah Petroleum Studies and Research Center – Arábia Saudita).
Segundo a professora Andréa, o evento será uma oportunidade fundamental para colocar as prioridades e desafios do Sul Global no centro das discussões sobre a transição energética e climática. “O Brasil tem um imenso potencial na bioeconomia e na biosocioeconomia para gerar riqueza com baixa emissão, criar empregos verdes e promover inclusão. Mas, para que essa transição seja justa, os países do Sul Global precisam de acesso a financiamento e tecnologias. Os países desenvolvidos, com maior responsabilidade histórica pelas emissões, devem cumprir seu papel nesse processo”, afirma.
A atividade ocorre no escopo do SBSTA (Subsidiary Body for Scientific and Technological Advice – Órgão Subsidiário de Aconselhamento Científico e Tecnológico) da UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Change – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima). Desde 2022, o Brasil participa da UNFCCC com o status de país observador, uma conquista viabilizada por iniciativa da própria professora Andréa Santos junto à secretaria da organização.
A presença da Coppe neste debate reforça a relevância da ciência brasileira nas negociações climáticas internacionais e o compromisso da instituição em contribuir com soluções justas e sustentáveis, alinhadas às necessidades dos países em desenvolvimento.Quer se aprofundar no tema? Acesse o relatório “Potência ambiental da biodiversidade: um caminho inovador para o Brasil”, produzido pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) e coordenado por Andréa Santos, Suzana Kahn (diretora da Coppe), Fábio Scarano (Instituto de Biologia/UFRJ) e Carlos Nobre (USP).
Sem o Azul, não existe o Verde

O Dia Mundial dos Oceanos, celebrado em 8 de junho, foi seguido pela 3ª Conferência das Nações Unidas para o Oceano (UNOC3), realizada entre 9 e 13 de junho, em Nice, na França. Copresidida por França e Costa Rica, a conferência buscou impulsionar ações urgentes para a conservação e o uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos. Apesar de críticas quanto à falta de avanços em temas como a suspensão da mineração em águas profundas e o combate à poluição plástica, a ONU destacou avanços
Para o professor Claudio Neves, do Programa de Engenharia Oceânica da Coppe/UFRJ, o oceano é essencial para o entendimento do ciclo hidrológico e da circulação atmosférica. “A molécula de água doce, que garante o crescimento das florestas e sustenta a vida nos continentes, já esteve no oceano. E esse entendimento, que integra oceano, atmosfera e hidrosfera, também tem uma dimensão econômica. É o que chamamos de Economia Azul – uma economia que se quer resiliente, inclusiva, sustentável e circular.”
Neves, no entanto, é cético quanto à ambição da conferência. “As metas internacionais não foram atingidas. Estamos longe — talvez nos afastando ainda mais — de alcançá-las. Se ignoramos até o clima, que sentimos diariamente, imagine os oceanos, que são os grandes reguladores climáticos”, alerta.
Segundo ele, a Economia Azul vai muito além das atividades marítimas. Inclui setores ligados ao oceano e às águas doces, como navegação, pesca, aquicultura, geração de energia, saneamento, turismo, transporte e até cabos submarinos. “Apesar disso, o Brasil e o Rio de Janeiro seguem atrasados em políticas públicas voltadas ao mar.”
O professor lembra que o Projeto de Lei 6969/2013, que cria a Política Nacional para a Conservação e Uso Sustentável do Bioma Marinho (PNCMar), levou mais de uma década para ser aprovado na Câmara e ainda aguarda votação no Senado. Já o Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro do Rio de Janeiro, o último entre os estados da federação, ainda está em elaboração. “A expectativa é que traga inovações e seja um marco para o desenvolvimento da Economia Azul nas próximas décadas.”
A conferência também reforçou a importância do Tratado de Alto-Mar, aprovado pela ONU em 2023, que visa proteger 30% dos oceanos até 2030. O tratado, que precisa ser ratificado por pelo menos 60 países até setembro de 2025, prevê a criação de Áreas Marinhas Protegidas em regiões além da jurisdição nacional. Hoje, apenas 8,4% da superfície oceânica está protegida. O Brasil assinou o acordo, mas ainda depende de ratificação pelo Senado.
Outros destaques da UNOC3:
- Lançamento da Missão Netuno, um grande programa de exploração científica dos oceanos;
- Criação do primeiro “Parlamento do Mar”, reunindo cerca de 100 parlamentares de diversos países e resultando na formação da ICOP – Coalizão Interparlamentar para a Proteção do Oceano;
- Anúncio de €8,7 bilhões em investimentos para os próximos cinco anos, com metade vinda de uma nova iniciativa: “Filantropos e Investidores pelo Oceano”;
- O Compromisso Financeiro #BackBlue para o Oceano já conta com instituições que somam mais de €3 trilhões em ativos sob gestão;
- Vinte bancos públicos de desenvolvimento, que juntos investem US$ 7,5 bilhões por ano na economia azul, criaram a Coalizão Oceânica da iniciativa Finance In Common;
- Acordo entre 96 países pela criação de um tratado global contra a poluição por plásticos, por meio da declaração “Nice Wake Up Call for an Ambitious Plastics Treaty”;
- Anúncio da primeira área marinha protegida transnacional em águas internacionais, fruto de parceria entre Costa Rica, Equador e Colômbia.
“Devemos tratar os oceanos como se nossas vidas dependessem deles”, lembra Sylvia Earle, referência mundial na oceanografia. Porque dependem.
Leia mais: A humanidade é indissoluvelmente dependente do oceano, como explica este artigo assinado por seis pesquisadores americanos, no The Conversation.
Plataforma Rede Refugia completa um ano integrando refugiados no Brasil

Neste mês em que se celebra o Dia Mundial dos Refugiados (20 de junho), a Plataforma Rede Refugia, vinculada ao Centro de Estudos e Práticas de Engenharia para Desastres (Ceped) da Coppe/UFRJ, completa um ano de lançamento.
Idealizada pelo doutorando Estevão Leite ainda no mestrado em Engenharia de Produção da Coppe, a plataforma foi concebida para fortalecer redes de apoio já existentes entre migrantes, funcionando como ferramenta digital para facilitar conexões, sem substituir o papel do Estado na garantia de direitos. Ao longo deste primeiro ano, a equipe esteve presente em debates nacionais sobre políticas migratórias, como a 2ª Conferência Nacional de Migração, Refúgio e Apatridia, realizada em 2024.
Com uma abordagem participativa, a Rede Refugia já impactou diretamente mais de 50 pessoas e apoiou mais de 20 projetos por meio de organizações parceiras que divulgam serviços e oportunidades diretamente no sistema. Segundo o coordenador do Ceped, professor Tharcisio Fontainha, isso reflete uma nova visão na área de desastres e ajuda humanitária, em que os próprios refugiados participam ativamente de sua integração. “A tecnologia é um instrumento para potencializar essas relações”, afirma.

Entre os beneficiados está a migrante Maria Gabriela, proprietária da microempresa Comida Chévere. Venezuelana da cidade de San Joaquin (Carabobo), ela foi uma das colaboradoras na idealização da plataforma, e diz que a partir da Rede Refugia, para a qual chegou a prestar serviço de buffet, sua vida melhorou. “A partir desse processo, recebemos contatos de outras pessoas interessadas em conhecer e contratar o nosso serviço. Além disso, a dinâmica da plataforma representa um espaço importante para promover conexões entre empreendedores, empresas e prestadores de serviços, o que cumpre com a função de nos orientar e apoiar de diferentes maneiras”, declara Maria Gabriela, que mora no Rio de Janeiro desde 2017.

O migrante e congolês Nsuka Dilusala Albert, que também participou com entusiasmo do processo inicial da Rede Refugia, diz que desde o começo acredita no potencial transformador da plataforma, na qual se cadastrou no momento em que foi lançada. Fundador da agência de marketing Visibiz Pro, Nsuka diz que passou a disponibilizar os serviços de sua empresa na plataforma, justamente por reconhecer o valor da proposta para a comunidade migrante e refugiada no Brasil. “Vejo que a plataforma já tem contribuído com o acesso de muitas pessoas a oportunidades reais, e acredito que esse impacto tende a crescer ainda mais nos próximos meses. É importante também compreender que o público migrante possui um padrão de uso de tecnologias um pouco distinto, o que torna essa jornada de evolução ainda mais necessária e potente. Fico muito feliz em poder colaborar com esse processo, que contribui para o fortalecimento e continuidade da Rede Refugia”, declara Nsuka que também reside no Rio de Janeiro.
Os resultados dessa iniciativa serão demonstrados pela equipe do Ceped durante o evento Rio Refugia, que acontece nos dias 21 e 22 de junho, das 10h às 18h, no Sesc Tijuca, com entrada gratuita. Além de demonstrações e cadastro de novos usuários — que receberão brindes da Rede Refugia— o evento reunirá diversas atividades multiculturais, como oficinas, música, dança e uma feira gastronômica com sabores típicos dos países de origem de pessoas refugiadas. A programação é promovida pelo Sesc-RJ, em parceria com Abraço Cultural, Feira Chega Junto e Pares Cáritas RJ. Projetos como esse reforçam o papel da Coppe como berço de soluções inovadoras e socialmente relevantes, que combinam excelência acadêmica e compromisso com os grandes desafios do nosso tempo.
Incubadora da Coppe promove Demoday Energia, evento dedicado à inovação no setor

A Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ, em parceria com o Porto Maravalley, promove dia 17 de julho, o evento “Demoday Energia”, que é um encontro dedicado à inovação no setor de energia, incluindo o de óleo & gás.
O evento reunirá startups da incubadora da Coppe e outras convidadas, que apresentarão soluções tecnológicas com potencial de impacto no mercado.
Será uma excelente oportunidade para conhecer projetos inovadores, fazer networking com empreendedores, especialistas do setor e investidores. Esperamos você para uma noite de conexões e inovação!
Data: 17 de julho de 2025
Horário: 17h30
Local: Porto Maravalley – Praça Mauá, Rio de Janeiro
Inscreva-se aqui:
https://lu.ma/kwdwoq9f
Coppe no Energy Summit 2025: protagonismo em inovação e transição energética

O Rio de Janeiro sediará, entre os dias 24 e 26 de junho, um dos mais importantes encontros globais sobre energia, sustentabilidade e inovação: o Energy Summit 2025, promovido pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Realizado na Cidade das Artes, o evento reunirá líderes mundiais do setor energético, pesquisadores, startups e grandes empresas para discutir os rumos da transição energética no cenário global.
A Coppe/UFRJ terá papel de destaque na programação do dia 26, levando sua reconhecida expertise em pesquisa, inovação tecnológica e desenvolvimento sustentável para os principais debates do evento. Participam da conferência a diretora da Coppe, professora Suzana Kahn, o diretor do Centro de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono, Alfredo Renault, o professor Márcio D’Agosto, do Programa de Engenharia de Transportes, e o professor-visitante, Milad Shadman, do Programa de Engenharia Oceânica.
Ainda no dia 26, o professor dos Programas de Engenharia de Transportes e de Engenharia de Produção, Lino Marujo, participará do evento “Electric Day” que, promovido anualmente pelo site Motor 1 Brasil (da Motorsport Network), é um dos principais fóruns sobre eletromobilidade na América latina. Esta é a primeira vez que o Electric Day é realizado no Rio de Janeiro e integra o Energy Summit.
Outro destaque que evidencia a relevância internacional da Coppe é a presença de Hudson Mendonça como CEO do Energy Summit. Doutor em Engenharia de Produção pela Coppe, Hudson lidera hoje um dos principais eventos mundiais sobre energia e inovação, demonstrando como a formação oferecida pela instituição prepara profissionais para protagonizar iniciativas de alcance global e alto impacto estratégico.
As contribuições da Coppe ocorrerão em cinco painéis estratégicos:
- 9h20 às 10h20 | Edison Stage – Breakthrough Technologies in Energy
Milad Shadman abordará tecnologias emergentes em energia, como eólica offshore, energia das ondas e conversão térmica oceânica (OTEC), que representam novas fronteiras para a diversificação da matriz energética. - 9h45 às 10h30 | Electric Days – Economia circular – o novo motor da sustentabilidade automotiva
Lino Marujo abordará sobre como o reaproveitamento de materiais, remanufatura, e reuso estão moldando um novo ciclo virtuoso na produção automotiva, com impactos diretos na redução de carbono, custos operacionais e geração de valor. - 11h00 às 11h40 | Nova Stage – Greening the Skies and Seas: Sustainable Fuels for Aviation and Shipping
Márcio D”Agosto abordará a descarbonização em transportes com foco em novos combustíveis com potenciais para serem usados no setor marítimo a na aviação. - 11h40 às 12h20 | Nova Stage – The O&G Industry Innovation Scenarios
Alfredo Renault discutirá as prioridades tecnológicas do setor de óleo e gás, com foco em soluções de baixo carbono e os desafios da transição em uma indústria historicamente intensiva em emissões. - 15h50 às 16h30 | Spark Stage – COP30 and the Energy Transition
Suzana Kahn tratará da transição energética como processo global, inclusivo e baseado em inovação, destacando a importância da diversidade de soluções diante da crescente demanda por energia, especialmente em países em desenvolvimento.
O Energy Summit contará com a presença de representantes de empresas como Equinor, Exxon, Nvidia, Petrobras, Repsol, Shell, Saudi Aramco, entre outras, além de instituições de ensino e pesquisa como a Coppe/UFRJ, USP, PUC, UFF, FGV, Senai e o próprio MIT.
Startups como o EloGroup e a Aquapower, ambas graduadas pela Incubadora de Empresas da Coppe, também terão presença confirmada, demonstrando o papel do ecossistema da Coppe na promoção do empreendedorismo tecnológico.
A participação da Coppe no Energy Summit reafirma o compromisso da instituição com a construção de soluções inovadoras para um futuro energético mais justo, seguro e sustentável.
👉 Confira a programação do evento e adquira o seu ingresso na plataforma Sympla.
Coppe participa da Conferência de Mudanças do Clima, em Bonn

Começou nesta segunda-feira, 16 de junho, em Bonn, na Alemanha, a Conferência de Mudanças do Clima, evento preparatório para a COP 30, que será realizada no Brasil, em novembro. Representando a Coppe/UFRJ, a professora Andréa Santos, do Programa de Engenharia de Transportes, participa de duas atividades centrais da programação.
Na quarta-feira, 18 de junho, Andréa será uma das painelistas do workshop do Diálogo de Sharm el-Sheikh, no painel “Transition planning for low GHG emission and climate resilient development pathways and financing just transition pathways in diverse contexts”. O debate abordará instrumentos financeiros e políticas de apoio à transição justa em setores de alta emissão, além de estratégias para mitigar impactos socioeconômicos e exemplos de boas práticas em diferentes regiões do mundo.
Na sexta-feira, 20, ela participará do evento “The Compass for Net Zero: Navigating Ambition, Justice and Development”, promovido pela organização Elevate. Na sessão “Advancing just and ambitious national commitments: evaluation of 2035 NDCs, good practices, and expectations for future submissions”, Andréa e outros especialistas irão analisar os compromissos nacionais (NDCs) para 2035, discutindo caminhos para alinhar ambição climática, desenvolvimento e justiça social.
Secretária-executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, a professora também destacará iniciativas das cidades para promover uma transição justa e resiliente, além de identificar desafios e oportunidades comuns enfrentados por contextos urbanos na mitigação das mudanças climáticas.
A conferência segue até 26 de junho.
Horários das participações da professora Andréa Santos (horário local de Bonn | horário de Brasília):
- Quarta-feira, 18/06 – Workshop do Diálogo de Sharm el-Sheikh: 10h15 às 11h | 5h15 às 6h (Brasília)
- Sexta-feira, 20/06 – Sessão “Advancing just and ambitious national commitments”: 11h às 13h | 6h às 8h (Brasília)
Coppe contribui para debate estratégico sobre o setor nuclear brasileiro

O professor Giovanni Laranjo de Stefani, vice-coordenador do Programa de Engenharia Nuclear da Coppe/UFRJ, participou no dia 11 de junho da audiência pública “Pequenos Reatores Modulares no Futuro do Setor Nuclear Brasileiro”, realizada na Câmara dos Deputados.
O encontro teve como objetivo discutir os desafios, oportunidades e a viabilidade dos Pequenos Reatores Modulares (SMRs) no contexto da matriz energética nacional e do avanço tecnológico do país.
“A presença da universidade nesses espaços é essencial para garantir que o conhecimento técnico-científico contribua para decisões estratégicas, especialmente em temas ligados à energia e à soberania nacional”, afirmou o professor Giovanni.
Além da Coppe, participaram representantes da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), da Marinha do Brasil, da Eletronuclear, da Amazul, da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan) e de outras instituições.
A presença da Coppe reforça o compromisso da universidade pública com a formulação de políticas de Estado voltadas ao desenvolvimento sustentável, à segurança energética e à soberania nacional.
Inovação e empreendedorismo com abordagem multidisciplinar: abertas as inscrições para o Módulo II da disciplina da Coppe

Entre os dias 15 e 27 de junho, alunos de pós-graduação da Coppe/UFRJ podem se inscrever no Módulo II da disciplina Inovação, Empreendedorismo e Transições Sustentáveis, oferecida pela professora Amanda Xavier, do Programa de Engenharia de Produção. As aulas acontecem às quintas-feiras, das 9h às 12h, e são abertas a todos os programas, sem a necessidade de ter cursado o módulo anterior.
A proposta da disciplina vai além da teoria. O foco está no desenvolvimento de competências empreendedoras aplicadas a diferentes áreas do conhecimento, promovendo uma formação que dialoga com os desafios contemporâneos e amplia as possibilidades de atuação profissional. Por meio de métodos ativos de aprendizagem, os alunos são convidados a assumir o protagonismo na construção do conhecimento, explorando soluções criativas e sustentáveis.
A integração entre diferentes áreas da engenharia — marca registrada da Coppe — é um dos pilares da disciplina. A abordagem multidisciplinar valoriza a diversidade de perspectivas e fomenta a colaboração entre os 13 programas de pós-graduação da instituição, fortalecendo o ecossistema de inovação da UFRJ.
“A disciplina é um espaço para exercitar o potencial criativo e sistêmico da engenharia, com foco na inovação, no empreendedorismo e nas transições sustentáveis”, explica a professora Amanda Xavier.
Para o professor Thiago Aragão, diretor adjunto de Tecnologia e Inovação da Coppe, a iniciativa representa uma importante estratégia institucional. “Queremos estimular o olhar empreendedor dos nossos alunos e mostrar como o conhecimento técnico pode se transformar em soluções de impacto, gerando valor para a sociedade”, destaca.
Os interessados em cursar este módulo, cujo código é CPP759, devem enviar um e-mail para a professora Amanda (amandaxavier@pep.ufrj.br), com cópia para Luiz Antonio Júnior (luiz.rhl@pep.ufrj.br). As aulas serão ministradas na sala 109 do bloco F, no Centro de Tecnologia da UFRJ – Avenida Horácio Macedo, 2030, Cidade Universitária.
Coppe avança no debate sobre eletrificação com o Projeto AcoplaRE

Nos dias 4 e 5 de junho, a Coppe/UFRJ sediou o 5º Workshop do Projeto AcoplaRE (Acoplamento de Setores e Economia Verde), uma iniciativa de grande impacto voltada à integração entre os setores de energia, transporte e indústria como estratégia para acelerar a descarbonização da economia brasileira.
Com foco em pesquisa, desenvolvimento e inovação em eletromobilidade urbana pública, o encontro reuniu especialistas de diversas instituições e marcou mais um passo na construção de soluções concretas para os desafios da transição energética nacional. A participação ativa da Coppe reforçou o papel da instituição como referência técnica e científica na elaboração de políticas públicas sustentáveis e inovadoras.
Durante o evento, a diretora da Coppe, professora Suzana Kahn, destacou a urgência de abordagens integradas: “O acoplamento de setores é fundamental neste momento em que buscamos acelerar a descarbonização no Brasil. Tradicionalmente, esse processo é tratado de forma isolada e estanque, mas é por meio da integração e da atuação conjunta entre os diferentes setores que conseguiremos, de fato, reduzir as emissões e impulsionar o desempenho da economia nacional.”
A Coppe contribuiu com a apresentação de projetos estratégicos nas áreas de mobilidade urbana, indústria e inovação tecnológica. A professora Andrea Santos, do Programa de Engenharia de Transportes (PET), também participou como integrante do Grupo de Trabalho do eixo de Pesquisa, que tem como missão formular recomendações de políticas públicas para a eletrificação dos transportes no país.
“Este projeto é fundamental para desenvolver políticas públicas que conectem energia e transporte, dois setores-chave para a descarbonização da economia brasileira”, afirmou Andrea Santos.
O que é o Projeto AcoplaRE?
O AcoplaRE é uma iniciativa da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, implementada pela GIZ (Agência Alemã de Cooperação Internacional) em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME). O projeto busca estruturar caminhos viáveis e sustentáveis para a transição energética do Brasil, reunindo governo, empresas, municípios e centros de pesquisa.
Dividido em três eixos – Mobilidade, Indústria e Pesquisa – o AcoplaRE já impacta cinco municípios brasileiros com assessoria técnica para descarbonização do transporte urbano, estuda alternativas para a eletrificação industrial com fontes renováveis e desenvolve propostas de políticas públicas com foco em equidade social e de gênero.
Com encontros técnicos desde 2024, o grupo de pesquisa segue ativo até junho de 2026, quando apresentará um conjunto robusto de recomendações com base em evidências e estudos interdisciplinares.
“A reunião na Coppe foi especial por trazer a perspectiva acadêmica e técnica de uma das principais instituições de pesquisa do país”, completou a professora Andrea.
Coppe apoia e participa do ENGIE Day 2025, evento dedicado à transição energética e à mobilização multissetorial

No dia 23 de junho, o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, sediará mais uma edição do ENGIE Day, promovido pela ENGIE – empresa referência em energia renovável, atuando nos segmentos de geração, comercialização e transmissão de energia elétrica, transporte de gás e soluções energéticas. O evento, gratuito, presencial e com transmissão ao vivo, consolida-se como um dos principais fóruns de debate sobre a transição energética no país.
A Coppe/UFRJ apoia institucionalmente a iniciativa e reforça, com sua participação, o compromisso com a promoção de espaços de diálogo que reúnem diferentes setores da sociedade em torno de temas estratégicos para o desenvolvimento sustentável. A presença da Coppe em eventos como o ENGIE Day reflete seu papel ativo na articulação entre ciência, tecnologia, inovação e políticas públicas, contribuindo para a construção de soluções integradas e inclusivas.
Entre os destaques da programação está a participação do professor aposentado da Coppe, Jerson Kelman, especialista em Recursos Hídricos, que integrará o primeiro painel do dia, às 9h15, dedicado ao tema “Indústria”. O debate contará também com Joísa Dutra, diretora do Centro de Regulação e Infraestrutura da FGV, sob moderação de Gustavo Labanca, Managing Director Power Networks da ENGIE Brasil.
A edição de 2025 manterá o compromisso com a sustentabilidade ao ser realizada como evento “carbono neutro”, com o apoio da empresa Descarbonize. Além da Coppe, apoiam a iniciativa as seguintes instituições: Firjan/Senai, ABDIB, Acende Brasil, Aberje, FGV Energia, Câmara de Comércio França-Brasil e Associação Comercial do Rio de Janeiro.
Para participar é preciso realizar inscrição no site do evento.
Por que Engenharia? Os caminhos da Robótica: submarina, terrestre e aérea

A Coppe/UFRJ promove, dia 3 de julho, a segunda edição do evento “Por que Engenharia?”, que terá como tema “Os caminhos da Robótica: submarina, terrestre e aérea”. O evento, que é gratuito, interativo e de extensão, será conduzido pelo professor do Programa de Engenharia Elétrica (PEE) da instituição, Alessandro Jacoud, que apresentará robôs desenvolvidos pelo Grupo de Simulação e Controle em Automação e Robótica (GSCAR) da Coppe.
Os robôs a serem apresentados são voltados para aplicações reais e inspiradoras: desde o monitoramento de oceanos e túneis subterrâneos até a inspeção remota de ambientes industriais e offshore.
Este é o segundo encontro que aproxima o público jovem do fascinante universo da engenharia, suas tecnologias e suas possibilidades. Se você é curioso, gosta de ciência e tecnologia e quer entender como a engenharia atua no dia a dia da sociedade, esse evento é para você.
Garanta sua vaga e venha se inspirar com a engenharia que muda o mundo!
As inscrições devem ser realizadas pelo Sympla.
Serviço:
Data: 03 de julho (quinta-feira)
Hora: 10h
Local: Auditório da Coppe – Centro de Tecnologia da UFRJ, na Avenida Horácio Macedo, 2030, Bloco G – sala 122, Cidade Universitária
Nanotecnologia na Tinta: Coppe desenvolve revestimento autolimpante ativado por luz solar

Imagine uma tinta que não apenas colore superfícies, mas também se limpa sozinha com a ajuda do sol — sem lavagens, sem manutenção constante. Pesquisadores da Coppe estão na vanguarda dessa inovação ao desenvolver uma nova geração de tinta autolimpante baseada em nanotecnologia avançada.
Diferente das formulações comerciais já existentes, que utilizam partículas convencionais de dióxido de titânio (TiO₂), a equipe da Coppe aposta em nanofios de TiO₂, estruturas alongadas e milhares de vezes mais finas que um fio de cabelo. Esses nanofios formam uma rede tridimensional altamente reativa dentro da tinta, aumentando significativamente a absorção de luz solar e, com isso, a eficiência do processo de autolimpeza.
“A nanotecnologia confere à tinta propriedades revolucionárias. Estamos falando de resistência aprimorada, maior durabilidade e funcionalidades como autolimpeza, ação antimicrobiana, termorregulação, magnetismo, autoreparo e efeitos ópticos”, explica Felipe Anchieta, doutorando do Programa de Engenharia da Nanotecnologia (PENt) da Coppe.
Como a tecnologia funciona
A inovação não está apenas na fórmula, mas no desempenho. Quando exposta à luz solar, a superfície pintada ativa os nanofios de TiO₂, que geram radicais livres — compostos altamente reativos que decompõem quimicamente a sujeira, fuligem e poluentes acumulados. Ao contrário das tintas autolimpantes convencionais, que apenas repelem impurezas, a tinta desenvolvida pela Coppe as elimina quimicamente, mantendo a superfície limpa por muito mais tempo.
Tudo isso sem comprometer a estética ou a aplicação: a tinta mantém cor, textura e modo de uso iguais aos de um produto comum — com a diferença de contar com uma tecnologia de ponta embutida.
Uma nova referência para a indústria
Apesar de exemplos notórios de uso de nanotecnologia em tintas — como a fachada da Igreja do Jubileu, em Roma — o diferencial da pesquisa da Coppe está no formato das partículas. Os nanofios captam mais luz, geram maior quantidade de radicais livres e reforçam a estrutura do revestimento, garantindo não apenas autolimpeza, mas também durabilidade superior.
Outro ponto inédito está no estudo da dosagem ideal desses nanofios, equilibrando funcionalidade e longevidade. A equipe está validando a tecnologia em condições reais, com testes de longa duração em diferentes ambientes e climas, além de desenvolver um processo viável para produção industrial em larga escala.
Se confirmados os resultados, essa nova tinta poderá representar um salto em sustentabilidade para o setor da construção civil — reduzindo custos com manutenção, economizando água e minimizando o uso de produtos químicos.
Com mais essa inovação, a Coppe reafirma seu papel como referência em pesquisa aplicada, mostrando como a nanotecnologia pode transformar materiais comuns em soluções inteligentes e sustentáveis para os desafios urbanos do futuro.
Realidade Estendida transforma arte, ciência e sociedade: laboratório da Coppe publica dossiê sobre o tema

Pesquisadores do Laboratório Tecnologias, Diálogos e Sítios (LTDS) da Coppe/UFRJ acabam de publicar um dossiê sobre Realidade Estendida (XR), reunindo estudos que mostram como essa tecnologia está redefinindo as fronteiras entre o físico e o digital em diversos campos da arte, ciência e sociedade.
Coordenado pelos doutorandos Ana Cunha e Eduardo Martino, do Programa de Engenharia de Produção da Coppe, o dossiê está disponível na edição especial do Caderno Virtual de Turismo (CVT), do próprio laboratório.
A XR — que integra Realidade Virtual (VR), Realidade Aumentada (AR) e Realidade Mista (MR) — vem transformando áreas como turismo, cultura, educação, entretenimento e patrimônio. O conjunto de artigos oferece um panorama das pesquisas e aplicações inovadoras em curso no Brasil e no mundo, abordando temas como novas narrativas no cinema de realidade virtual, o uso da fotogrametria para preservação cultural, e o impacto dessas tecnologias na música e na sensibilização social.
Um dos destaques é a entrevista com o artista Tadeu Jungle, pioneiro na experimentação de linguagens audiovisuais, que compartilha sua visão sobre o impacto e o futuro da Realidade Virtual, incluindo sua relação com a inteligência artificial e a educação.
Leia o relatório X: https://www.ivt.coppe.ufrj.br/caderno/article/view/2280/907
Coppe dá início aos estudos para implantação da Linha 3 do Metrô do Rio de Janeiro

A Coppe/UFRJ anunciou, nesta terça-feira, 3 de junho, o início dos estudos técnicos que darão suporte à implantação da Linha 3 do Metrô do Rio de Janeiro. A nova linha metroviária deverá conectar os municípios de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí e a capital fluminense, representando um importante avanço para a mobilidade urbana e a integração metropolitana.

Durante cerimônia realizada na Coppe, o professor do Programa de Engenharia de Transportes (PET) da Coppe, Rômulo Orrico, coordenador do projeto, apresentou os objetivos, a metodologia, o cronograma e os resultados esperados do estudo, batizado de PRISMA-RJ – Projeto de Integração, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Mobilidade no Rio de Janeiro. Estiveram presentes autoridades federais, estaduais e municipais, pesquisadores, especialistas do setor de transporte e demais atores estratégicos da mobilidade urbana no estado.
Com prazo de 30 meses para conclusão, o projeto busca oferecer uma base técnica robusta para decisões estratégicas sobre o traçado, a viabilidade econômica e os impactos sociais da futura linha. “Não existe ainda um traçado. A decisão do traçado depende do custo a ser analisado e da responsabilidade de quem irá tomar a decisão”, afirmou Orrico.
O trabalho envolverá benchmarking com projetos similares no Brasil e no exterior, coleta e estruturação de dados urbanos e de transporte, realização de audiências públicas e a concepção técnica da linha. Também está prevista a elaboração da minuta do edital e o acompanhamento do processo licitatório.
O estudo contará com a atuação de uma equipe multidisciplinar, reunindo especialistas de Engenharia de Produção, da Engenharia de Sistemas e Computação e do Instituto de Matemática da universidade. Essa diversidade de saberes permitirá uma abordagem ampla e integrada, contemplando desde a modelagem de dados e simulações até a análise de impactos sociais, econômicos e ambientais.
Segundo Orrico, a participação da sociedade será um dos pilares do PRISMA-RJ. “A participação aberta e total de todos é fundamental. Vamos procurar e seremos procurados. A população é fornecedora de dados. Queremos saber de que forma o projeto pode impulsionar os planos de desenvolvimento locais das cidades envolvidas. Todo tipo de participação que pudermos fazer, iremos fazer”, ressaltou.
Desenvolvimento e sustentabilidade
Mais do que atender à crescente demanda por transporte público de qualidade na Região Metropolitana do Rio, o projeto pretende articular diferentes modais de mobilidade e contribuir para a redução da dependência do transporte individual motorizado. Entre os impactos esperados estão a melhoria da qualidade de vida da população, a redução do consumo de combustíveis fósseis e a geração de empregos.
O estudo também deve impulsionar cadeias de conhecimento, inovação e cultura, por meio da atuação de laboratórios, universidades e consultorias técnicas, além de contribuir para a redução das desigualdades sociais, ampliando o acesso a serviços e oportunidades.

Para Suzana Kahn, diretora da Coppe, a iniciativa reafirma o papel estratégico da instituição na contribuição para a formulação de políticas públicas. “A Coppe desempenha um papel fundamental na construção de soluções tecnológicas para o desenvolvimento do Brasil. São inúmeras as políticas públicas que conseguimos estruturar a partir de estudos como este, abrangendo áreas essenciais como infraestrutura, meio ambiente, energia e mobilidade urbana”, destacou.
Segundo ela, o projeto representa uma nova etapa para o desenvolvimento da Região Metropolitana, com potencial de impactar positivamente a vida de mais de dois milhões de pessoas.
Tradição em inovação
O Programa de Engenharia de Transportes da Coppe tem um histórico consolidado de contribuições à mobilidade urbana brasileira. Entre os projetos de destaque estão o sistema de sincronização automática de semáforos implementado na cidade do Rio de Janeiro, nos anos 1990, a planta-piloto de hidrogênio verde inaugurada em 2023 e os estudos para implementação do metrô de Salvador, também liderados pelo professor Rômulo Orrico, que participou da elaboração dos termos de referência e do edital de licitação da capital baiana.