Boletim 4 – Ônibus de hidrogênio faz sucesso em Maricá

Protótipo desenvolvido pela Coppe foi apresentado no Congresso Brasileiro de Hidrogênio, em Maricá, em que se discutiu a transição energética, entre outros temas.

Saiba como anda a produção de pesquisa em Engenharia desenvolvida pela Coppe/UFRJ em prol da sociedade. O que está sendo feito pela Coppe e o que vem por aí, todas as sextas-feiras, às 10h, com reapresentação às 15h, na Radio UFRJ. Também disponível nas principais plataformas e aplicativos de streaming. Visite nosso site (http://coppe.ufrj.br/) e nos siga nas redes sociais.

Realização: Assessoria de Comunicação da Coppe/UFRJ
Coordenação e locução: Roberto Falcão e Bruno Franco
Produção jornalística: Carlos Ribeiro e Diogo Ferraz
Gravação e edição de áudio: Gabriel Savelli
Apoio e estúdio de gravação: Laboratório de Produção Multimídia (LPM) da Coppe/UFRJ

https://radio.ufrj.br/programas/boletim-planeta-coppe/54054785

Professor da UFMG defende reflexão sobre o impacto social da IA, em debate na Coppe

Professor Virgílio Almeida participou remotamente do debate

O professor Virgílio Almeida, coordenador do Centro de Inovação em Inteligência Artificial para Saúde, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), durante o debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade”, realizado na Coppe/UFRJ, refletiu sobre os desafios políticos e sociais para a IA em países em desenvolvimento. “Precisamos trazer um olhar social para essa discussão. A Coppe, como centro de excelência, deve buscar entender o impacto social desses avanços tecnológicos em um país com tanta desigualdade social e força de trabalho predominantemente pouco qualificada”, comentou o professor.

Na avaliação do professor, o avanço tecnológico chega às pessoas e tem impacto sobre a sociedade. Como exemplo, citou a utilização pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de um sistema de IA para agilizar a análise dos requerimentos pendentes. “A resposta padrão do órgão que julga recursos de aposentadoria passou a ser negativa para qualquer imprecisão na inserção de dados, resultando em 60% de recusa de recursos, atingindo sobretudo a população mais vulnerável. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), levaria 16 anos para zerar a fila de recursos ao INSS. Por isso, é essencial que algoritmos sejam validados de forma criteriosa, com seus resultados sendo submetidos à revisão humana pelo período necessário para se obter segurança de que não existem falhas detectáveis que possam trazer prejuízo a qualquer das partes”, citou.

Segundo Virgílio Almeida, o foco de suas pesquisas não é a Inteligência Artificial por si só, e sim os impactos que ela traz para a sociedade e como usá-la para entender esses impactos, e destacou o artigo Auditing Radicalization Pathways on YouTube, do qual foi um dos autores, e que foi considerado um dos 100 artigos mais influentes, de todas as áreas do conhecimento, em 2019.

“Nesse estudo foram pesquisados os canais de extrema-direita (alt-right) nos EUA e no centro (alt-lite).  Foram analisados 349 canais, 330 mil vídeos e 72 milhões de comentários. Mostrou como essas comunidades vão influenciando os jovens e os levando ao radicalismo, como vão se movendo do centro do espectro político em direção à extrema-direita. A ciência computacional pode ser um detector de problemas sociais, como discursos de ódio e discriminatórios”, explicou o professor do Departamento de Comunicação da UFMG.

“Os sistemas sociotécnicos são complexos, poderosos e se adaptam ao comportamento das pessoas. Ao olhar para trás, em seus 60 anos, é importante que a Coppe olhe para a frente também e reflita sobre os novos caminhos que a Ciência exige e considerar caminhos adicionais sem perder essa qualidade sólida da pesquisa científica, mas agregando um olhar social à discussão”, concluiu Virgílio.

Além do professor Virgílio Almeida, participaram como palestrantes do debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade” a professora Marley Vellasco, vice-reitora para Assuntos Acadêmicos – Ensino e Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); o professor Alvaro Coutinho, do Programa de Engenharia Civil da Coppe, o professor André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP-São Carlos); e o senior manager for Energy & High Education Research da NVIDIA, Fernando Otávio Wehrs Pereira. O debate, realizado em 25 de maio, teve moderação do professor Guilherme Horta Travassos, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da Coppe.

O detalhamento das palestras do debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade”, parte da série “Agenda Coppe e Sociedade”, está publicado de forma seriada no Planeta Coppe Notícias. 

O evento em sua íntegra também pode ser visto no canal da Coppe no YouTube, na playlist “Coppe 60 anos: série de debates Agenda Coppe e Sociedade”.

Clube da Escrita está com agendamento disponível para estudantes do CT

O Clube da Escrita do Centro de Tecnologia (CT) da UFRJ está com agendamento disponível para atendimento individual para pós-graduandos da Coppe/UFRJ e dos demais programas do CT. Os encontros têm duração de 50 minutos e podem ser realizados de forma remota ou presencial.

Criado em 2020, o projeto oferece instrumentos técnicos para a escrita acadêmica e promove debates e troca de experiências de escrita autoral, ajudando os estudantes a superarem dificuldades e ganharem segurança durante a produção textual.

Além dos atendimentos individuais, encontros em grupos serão realizados pela equipe do Laboratório de Letramentos Acadêmicos em Linguística Aplicada (Lab-la). O objetivo é que os participantes comentem os trabalhos uns dos outros, construindo uma dinâmica colaborativa das produções textuais acadêmicas. As atividades serão realizadas às segundas, às 16h, na Decania do CT. Os interessados deverão se inscrever em formulário que será divulgado em breve, pois o número de vagas será limitado a 15 participantes.

Para agendamento de atendimento individual, acesse o link https://calendly.com/clubedaescrita-atendimento1/50min para marcar com o Gabriel Martins e no https://calendly.com/clubedaescrita-atendimento2/50min para agendar com a Thais Sampaio.

O clube é uma iniciativa da Coordenação de Integração Acadêmica do CT, em parceria com a Associação de Pós-graduandos (APG/UFRJ), as representações discentes do CT e o Laboratório da Palavra da Faculdade de Letras da UFRJ.

Para mais informações sobre as novas atividades, consulte o site https://ct.ufrj.br/clube-da-escrita/.

Manager da NVIDIA mostra otimismo para o cenário nacional de Inteligência Artificial, em debate na Coppe

Em visita à Coppe/UFRJ, para o debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade”, o senior manager for Energy & High Education Research da NVIDIA, Fernando Otávio Wehrs Pereira, discorreu sobre os projetos da multinacional e mostrou otimismo em relação às perspectivas para Inteligência Artificial no país.

“A NVIDIA é uma usina de criação e Inteligência Artificial (IA). Nós absorvemos muito do que o mercado e a academia nos passam. É o que chamamos de open field operation (operação de campo aberto). Isso se traduz num espectro de software muito amplo: linguagem natural, saúde, fluidos dinâmicos, veículos autônomos, robótica, cidades inteligentes. Nossa atuação com o cliente se dá na modernização dos algoritmos, para que obtenham o máximo da nova versão da GPU (unidade de processamento de gráficos). Para que consumam menos servidores, menos espaço físico e menos energia”, informou Fernando.

Como foi dito pelo professor Alvaro Coutinho, da Coppe, na apresentação anterior no mesmo evento, dos 500 computadores mais poderosos do mundo, nove estão no Brasil, oito na Petrobras, focados na área de sísmica. “Olhando para a indústria em geral, outras operadoras investem no Brasil: Shell, Total, Exxon vai começar a investir em 2025, e têm obrigação de investir em pesquisa e desenvolvimento. Os investimentos dessas empresas estão sendo cada vez mais canalizados para renováveis, captura de carbono, hidrogênio verde. Percebendo a potência que o Brasil tem nesse setor, estão direcionando os recursos de pesquisa para essa área. Conectamos os seus pesquisadores com os pesquisadores das universidades. Nosso objetivo é conhecer muito nosso ecossistema universitário para fazer essa conexão”, explicou o manager da NVIDIA.

Segundo dados do Insper, citados por Fernando, em 2021, a China gastou 622 bilhões de dólares em IA, seguida pelos Estados Unidos, com 599 bilhões de dólares, e o Brasil foi o décimo, com 38 bilhões de dólares. “Não estamos mal posicionados, estamos logo atrás do Reino Unido. Eu sou bem otimista, pois no Brasil temos ótimas universidade, uma academia rica. Precisamos ter, de forma descentralizada, um centro de excelência em IA para ser um manancial no qual bebam todas as instituições de pesquisa. Talvez, seja esse o x da questão”, ponderou Fernando Otávio Pereira.

Além de Fernando, participaram como palestrantes do debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade” a professora Marley Vellasco, vice-reitora para Assuntos Acadêmicos – Ensino e Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); o professor André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP-São Carlos); professor Alvaro Coutinho, do Programa de Engenharia Civil da Coppe; e o professor Virgílio Almeida, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O debate teve moderação do professor Guilherme Horta Travassos, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da Coppe.

O detalhamento das palestras do debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade”, parte da série “Agenda Coppe e Sociedade”, está sendo publicado de forma seriada no Planeta Coppe Notícias. Na quinta-feira, dia 1º de junho, será a vez da palestra de professor Virgílio Almeida, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O evento em sua íntegra também pode ser visto no canal da Coppe no YouTube, na playlist “Coppe 60 anos: série de debates Agenda Coppe e Sociedade”.

Professor da Coppe ressalta a necessidade de investimentos em capacidade computacional, em debate sobre IA

O professor Alvaro Coutinho, do Programa de Engenharia Civil da Coppe/UFRJ, abordou os avanços de IA na Engenharia e a formação de redes transversais para responder a questões contemporâneas em sua participação no debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade”. “Há uma grande necessidade de investir em capacidade computacional. Prover o país e as universidades de uma rede computacional adequada é fundamental. Acabou de sair a lista dos 500 maiores computadores do mundo. O Brasil tem nove máquinas nesta relação. Mas, quase todas na Petrobras, precisamos de mais”, avaliou o professor Alvaro Coutinho.

“A número 1, um sistema Frontier instalado no Oak Ridge National Laboratory (EUA), faz 18 trilhões de operações matemáticas por segundo. É usada para fazer simulações computacionais e workload de machine learning (aprendizado de máquina). Nessa lista, tirando as oito máquinas da Petrobras, só temos uma em Campinas. Sem investimentos, faremos projetos bonitos, mas não teremos a capacidade de processamento necessária para fazermos a Inteligência Artificial de que o país necessita”, reforçou o professor.

“O que está acontecendo que está mudando terrivelmente a Engenharia? É uma mistura entre algoritmos, aprendizado de máquina, ciência e engenharia computacional, com poder transformador imenso, e fundamentada em modelos baseados na Física. O boom que estamos vendo está sendo empoderado pelo crescimento enorme da capacidade de processamento, e da interrelação dos algoritmos com a ciência computacional básica”, explicou.

O professor da Coppe recomendou a todos os presentes a leitura do relatório “Basic research needs for Scientific Machine Learning: core Technologies for Artificial Intelligence”, produzido pelo Departamento de Energia norte-americano. “Na França, o Institut National de Recherche en Informatique et en Automatique (Inria), também reconhece que o acoplamento entre redes neurais e modelos numéricos é um direcionamento estratégico para a pesquisa”, acrescentou.

“Que resposta estamos dando a essa mudança de paradigma?”, questionou professor Alvaro. “Reformulamos a Área Interdisciplinar de Engenharia e Ciência Computacional, da qual participam cinco programas acadêmicos da Coppe, e fazemos parte dentro do Hub.Rio de uma rede temática de IA para energias renováveis e mudanças climáticas, com apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do estado do Rio de Janeiro (Faperj)”.

“Simulações de clima são complexas e consomem muito tempo computacional. Então, se conseguirmos fazer esse blend de computação de alto desempenho (HPC), ciência de dados e IA, vamos conseguir extrair muito mais informação”, concluiu o coordenador do coordenador do Núcleo de Computação de Alto Desempenho (Nacad) da Coppe.

Além do professor Alvaro Coutinho, participaram como palestrantes do debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade” a professora Marley Vellasco, vice-reitora para Assuntos Acadêmicos – Ensino e Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); o professor André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP-São Carlos); o senior manager for Energy & High Education Research da NVIDIA, Fernando Otávio Wehrs Pereira; e o professor Virgílio Almeida, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O debate teve moderação do professor Guilherme Horta Travassos, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da Coppe.

O detalhamento das palestras do debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade”, parte da série “Agenda Coppe e Sociedade”, está sendo publicado de forma seriada no Planeta Coppe Notícias. Na quarta-feira, dia 31, será a vez da palestra de Fernando Otávio Wehrs Pereira, da NVIDIA.

O evento em sua íntegra também pode ser visto no canal da Coppe no YouTube, na playlist “Coppe 60 anos: série de debates Agenda Coppe e Sociedade”.

Abertas até o dia 7 de junho as inscrições para Professor Visitante no PPE

Estão abertas até o dia 7 de junho as inscrições para Professor Visitante no Programa de Planejamento Energético (PPE) da Coppe/UFRJ, em regime de dedicação exclusiva, por período de 12 meses, prorrogáveis por mais 12. Os candidatos deverão ter título de doutor em Planejamento Energético, ou áreas afins, e experiência em pesquisa sobre planejamento energético, comprovada por meio de publicação em revistas ou congressos nacionais e internacionais. As inscrições devem ser feitas na secretaria do PPE, na sala C-211, do Centro de Tecnologia, na Cidade Universitária, das 9h às 16h.


Os interessados devem apresentar proposta de trabalho escrita contendo: projeto de pesquisa em Tecnologia da Energia; proposta de disciplinas em assuntos relacionados a Fundamentos Físicos da Energia e Tecnologia da Energia, a serem oferecidas aos alunos de graduação e pós-graduação; proposta de produção científica e tecnológica relacionada ao projeto de pesquisa.


Não poderão ser contratados como Professor Visitante, em conformidade com resolução do Conselho de Ensino para Graduados (CEPG): professor ou servidor aposentado da UFRJ; servidores ativos da administração direta ou indireta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios; empregados ou servidores de empresas públicas ou sociedades de economia mista das três esferas de governo, bem como de suas subsidiárias ou controladas.


Confira o edital na página do Programa de Planejamento Energético.

Coppe recebe o lançamento do livro “O Brasil e o Mar no Século XXI”

A Coppe/UFRJ receberá na próxima quarta-feira, 1º de junho, o lançamento da terceira edição do livro “O Brasil e o Mar no Século XXI”. A obra será apresentada pelo almirante Júlio Moura Neto, coordenador-executivo do Centro de Excelência do Mar Brasileiro (Cembra), responsável pela edição. O professor Segen Estefen, do Programa de Engenharia Oceânica (PEnO) participou da atualização do capítulo IV – Energia dos Oceanos e do capítulo XV – Ciência e Tecnologia. O evento será realizado na sala C-208 do Centro de Tecnologia (CT), às 10h.


A palestra será seguida por um debate sobre as potencialidades do mar e a sua importância para o desenvolvimento do Brasil. Ao final serão sorteados cinco exemplares do livro.


Em 2017, a ONU proclamou a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, a ser implementada de 2021 a 2030, buscando cumprir os compromissos da Agenda 2030, com foco no Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS 14) e correlatos.

Em debate na Coppe, professor apresenta Vale do Genoma e outros projetos inovadores em IA

O professor André Carlos Ponce de León (USP-São Carlos), segundo palestrante do debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade”, realizado na Coppe/UFRJ, no dia 25 de maio, apresentou iniciativas do Centro de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial Recriando Ambientes (IARA), como o Vale do Genoma, que visa constituir um ecossistema de inovação em tecnologia genômica no Paraná, com apoio do governo estadual. O professor André também apresentou o projeto “Os primeiros mil dias”, em que um hub de universidades acompanhará os primeiros mil dias do desenvolvimento cognitivo de mil crianças. O debate foi o primeiro da série “Agenda Coppe e Sociedade”, em comemoração dos 60 anos da instituição.

Segundo André Carlos, a proposta do Centro é aproveitar a pesquisa básica das universidades, estimular a formação de startups e passar a tecnologia às empresas, atuando nos estágios de maturidade tecnológica que compõem o gap entre a bancada de laboratório e a produção industrial (TRLs 3 a 7). Com pesquisas e projetos em infraestrutura, agricultura, energia, desenvolvimento social, educação, saúde, esportes e turismo, o IARA reúne 40 Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) de 21 estados, 23 ICTs estrangeiras e dez empresas.

“Em Canãa dos Carajás (Pará), temos parceria com a prefeitura para aproximar o cidadão do poder público. No meio ambiente, com a identificação de entulho, lixo e água parada, com o monitoramento da qualidade do ar; na saúde, com o agendamento de consultas e de exame, recebimento de resultado, diagnóstico de autismo; na segurança, iluminação inteligente e monitoramento de suspeitos”.

No Paraná, o IARA tem um grande portfólio de projetos incentivados pelo governo estadual, concentrados no município de Guarapuava (PR). “O primeiro passo será a criação do Laboratório de Inovação em Saúde, cujo objetivo é predizer a probabilidade de as pessoas desenvolverem doenças e acompanhá-las durante cinco anos. Depois, com a ajuda de empresários locais, seria construído o Instituto para Pesquisa do Câncer de Guarapuava (IPEC) e, em momento posterior, estudaríamos doenças genéticas raras e complexas”, explicou o professor da USP-São Carlos.

Segundo André Ponce de Léon, serão usados dados clínicos e genômicos, para avaliar a diversidade genômica populacional, combinados com dados clínicos convencionais (condicionamento físico, dieta), e também com metagenômica, análise da microbiota intestinal humana; nutrigenômica, que busca a relação entre genoma humano, nutrição humana e saúde; oncogenômica, estudo de genes relacionados ao câncer.

Conforme antecipou professor André Carlos, também com apoio do governo estadual, será criado o Vale do Genoma, um ecossistema de inovação, que, pelo período de 15 anos, atuará em três etapas. Primeiro, coletando amostras genéticas de cinco mil pessoas adultas saudáveis do município e seu entorno, com idades entre 18 e 70 anos. Em seguida, estratificando dois mil indivíduos da amostra anterior em um grupo mais homogêneo geneticamente, e, na terceira etapa, sequenciando o genoma ou exoma de mil indivíduos da etapa anterior e consolidando uma base genética de referência para a região.

Outro projeto destacado foi “Os primeiros mil dias”, cujo objetivo é acompanhar o desenvolvimento cognitivo de mil crianças nos primeiros mil dias de vida. “Cerca de 20% das crianças de 3 anos têm baixo desenvolvimento da função executiva, que dita comportamento e habilidades que terão na vida adulta. Provavelmente, 80% dos adultos que precisarão de assistência social ou econômica são oriundos deste conjunto de indivíduos”, correlacionou o professor.

Além do professor André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho, participaram como palestrantes do debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade” a professora Marley Vellasco, vice-reitora para Assuntos Acadêmicos – Ensino e Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); o professor Alvaro Coutinho, do Programa de Engenharia Civil (PEC) da Coppe; o senior manager for Energy & High Education Research da NVIDIA, Fernando Otávio Wehrs Pereira; e o professor Virgílio Almeida, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O debate teve moderação do professor Guilherme Horta Travassos, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da Coppe.

O detalhamento das palestras do debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade”, parte da série “Agenda Coppe e Sociedade”, está sendo publicado de forma seriada no Planeta Coppe Notícias. Na terça-feira, dia 29, será a vez da palestra do professor Alvaro Coutinho, da Coppe.

O evento em sua íntegra também pode ser visto no canal da Coppe no YouTube, na playlist “Coppe 60 anos: série de debates Agenda Coppe e Sociedade”.

Professor da Coppe coordena em Maricá a 3ª edição do Congresso Nacional de Hidrogênio

A cidade de Maricá está sediando a 3ª edição do Congresso Brasileiro de Hidrogênio, entre os dias 29 e 31 de maio, na orla da Barra de Maricá, reunindo representantes de mais de 30 entidades brasileiras e internacionais, entre órgãos públicos, empresas e associações de diferentes países, como França, Espanha e Reino Unido. Com o tema “Transição energética, descarbonização e reindustrialização com o uso do hidrogênio”, o evento é organizado, em parceria com a prefeitura de Maricá, pela Associação Brasileira do Hidrogênio, presidida pelo professor da Coppe/UFRJ, Paulo Emílio Valadão de Miranda. A iniciativa reforça o pioneirismo da cidade na adoção de políticas para o desenvolvimento de diversas cadeias de valor para o hidrogênio, em especial a sua comercialização e uso. O congresso está ocorrendo na Avenida João Saldanha, s/nº, Barra de Maricá.

O protótipo do ônibus movido a hidrogênio, fruto de uma parceria entre a prefeitura de Maricá e a Coppe, estará em exibição no evento. O estudo da tecnologia faz parte dos planos do município para descarbonizar totalmente a frota de coletivos da cidade até 2038. O investimento total é de R$ 11,5 milhões em três veículos sustentáveis, que estão sendo desenvolvidos pelo Laboratório de Hidrogênio da Coppe, coordenado pelo professor Paulo Emílio, com diferentes combustíveis não poluentes: 100% elétrico, elétrico-etanol e híbrido elétrico-hidrogênio. Hoje, a cidade dispõe de uma frota com 115 ônibus com tarifa zero, operada pela Empresa Pública de Transporte (EPT) sem qualquer custo para a população.

“Maricá é uma cidade que pensa e olha para o futuro, sendo pioneira na adoção de iniciativas para uso do hidrogênio em larga escala. É uma alegria enorme receber, aqui no município, empresas e especialistas comprometidos com a implementação dessa energia limpa tão importante para o desenvolvimento sustentável. Tudo isso terá impacto positivo enorme na vida das pessoas, não só aqui da nossa cidade, mas do país inteiro”, destacou o prefeito Fabiano Horta.

Uma feira com produtos, tecnologia e equipamentos de ponta relacionados ao uso do hidrogênio ocorre simultaneamente ao congresso com exposição em estandes de mais de 30 empresas, além de diversos órgãos e instituições públicas e privadas. A feira, aberta à população, é uma oportunidade para ampliação do conhecimento em torno dos diversos tipos de usos do hidrogênio, além de ser um espaço para reuniões e trocas de informações com especialistas e com o público.

Maricá também tem um estande na feira para apresentar as ações que estão sendo realizadas pelo município para desenvolver a cadeia produtiva do hidrogênio, incluindo informações sobre os Vermelhinhos Sustentáveis e as legislações para fomento da energia limpa.

Hidrogênio, o combustível do futuro

A programação do 3º Congresso Brasileira de Hidrogênio teve seu início hoje, dia 29 de maio, sendo dedicado ao tema “Transição Energética”, com painéis que abordam as políticas de governo e o polo de hidrogênio de Maricá, além da abertura oficial com exposição das empresas presentes. Amanhã, dia 30, as conferências vão tratar sobre a “Descarbonização com hidrogênio”, com painéis sobre o setor elétrico, estratégias para redução de emissões, armazenamento e transporte de hidrogênio. No encerramento do congresso, no dia 31, especialistas se reúnem para debater a “Reindustrialização com hidrogênio”, com discussões sobre a regulação e as políticas indutivas à adoção da energia por meio desta fonte.

“Os temas mostram o grande potencial brasileiro para a produção e utilização do hidrogênio e como isso impacta na transição energética, na descarbonização e na reindustrialização do nosso país. Teremos acesso a pesquisas científicas e resultados tecnológicos e empresariais nesse momento de abertura de um novo mercado no país para a energia do hidrogênio”, afirmou o professor Paulo Emílio.

Entre os convidados, estão o secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia, Thiago Barral; o engenheiro Katsuhiko Hirose, conhecido mundialmente por desenvolver o primeiro veículo híbrido (Prius) para emissões e economia de combustível no mundo; o pesquisador Laurent Antoni, da Comissão Francesa de Energias Alternativas e Energia Atômica (CEA); a cientista Isabelle Moretti, que lidera uma equipe dedicada ao hidrogênio natural na Universidade de Pau, na França, e trabalha em estudos de caso em países como Brasil, Austrália, Namíbia e Islândia; entre outros cientistas, especialistas, pesquisadores e autoridades.

Também participam empresas e associações internacionais, como a Parceria Internacional para Hidrogênio e Células de Combustível na Economia (França), Iberdrola (Espanha) e BP (Reino Unido), além das empresas Toyota, Hytron, Prumo e White Martins. Entre órgãos públicos e universidades brasileiras, estarão representantes dos ministérios de Minas e Energia, Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação; governos do Ceará e de Pernambuco; universidades federais do Rio de Janeiro, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e de São Paulo.

Considerado o combustível do futuro, o hidrogênio verde, obtido a partir de fontes renováveis e sem emissão de carbono, como a eletrólise, pode ter diversos usos, que serão explicados e desenvolvidos durante o congresso. Entre eles, o uso em pilhas a combustível (móvel e/ou estacionária), na indústria química/petroquímica, siderúrgica, cimenteira, também pode ser adotado em veículos leves e pesados. Na agroindústria, pode ser utilizado na confecção de amônia, fertilizantes, produtos hidrogenados, entre outros.

Política Municipal de Hidrogênio

Pensando na economia pós-royalties do petróleo, Maricá criou a Política Municipal do Uso do Hidrogênio com o objetivo de desenvolver tecnologias e produtos a partir do “combustível do futuro”. Para isso, vai oferecer incentivos fiscais a empresas e indústrias que se instalarem na cidade utilizando energia limpa.

“Sediar o 3° Congresso Brasileiro de Hidrogênio reafirma o protagonismo que Maricá conquistou nesse seguimento. A cidade trabalha no desenvolvimento de ônibus não poluentes, movidos a hidrogênio; temos uma lei municipal de fomento ao uso do hidrogênio e um plano de descarbonização da frota a partir desses ônibus que a própria prefeitura desenvolve a tecnologia junto com a UFRJ. O município se coloca disposto a construir um novo ciclo de desenvolvimento verde e sustentável para o pós-petróleo”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Maricá, Igor Sardinha.

A política foi instituída pela lei 3.110, de 10 de março de 2022, com uma série de objetivos, entre eles aumentar a participação do hidrogênio na matriz energética do município, estimular o uso de em suas diversas aplicações, em especial, como fonte energética e para a produção de fertilizantes agrícolas, contribuir para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa para o enfrentamento das mudanças climáticas, entre outras.

Com Assessoria de Imprensa da prefeitura de Maricá

Programação

Segunda-feira, 29 de maio – Transição Energética
 

8h às 9h – Credenciamento
9h às 9h30 – Café de Boas-vindas
9h30 às 10h – Cerimônia de Abertura
10h às 10h30 – Políticas de Governo e Polo do Hidrogênio em Maricá
10h30 às 11h – Plenária de abertura
11h às 12h15 – Abertura oficial da Exposição Empresarial
12h15 às 14h – Almoço
14h às 14h30 – Plenária 1 – Energia do Hidrogênio
14h30 às 16h – Sessão 1 – Fontes para produção de hidrogênio renovável e de baixo carbono
16h às 16h45 – Café com pôsteres
16h45 às 17h15 – Plenária 2 – Transição Energética
17h15 às 18h15 – Sessão 2 – Polos de hidrogênio

Terça-feira, 30 de maio – Descarbonização com Hidrogênio
 

8h às 9h – Credenciamento e café
8h30 às 9h30 – Sessão B – Setor elétrico e o hidrogênio
9h30 às 10h – Políticas de Governo
10h às 10h30 – Plenária 3 – Hidrogênio: elemento chave para descarbonização da indústria
10h30 às 11h – Café com pôsteres
11h às 12h15 – Sessão 3 – Tecnologias para a produção de hidrogênio
12h15 às 14h – Almoço
14h às 14h30 – Plenária 4 – Combustíveis sintéticos com hidrogênio
14h30 às 15h30 – Sessão 4 – Armazenamento e transporte do hidrogênio e de CO2
15h30 às 16h – Plenária 5 – Análise de emissão de GEE na produção, condicionamento e transporte de hidrogênio
16h às 16h45 – Sessão 5 – Estratégias para redução de emissões: criação de demanda
16h45 às 17h45 – Café e pôsteres
17h45 às 18h30 – Reunião do Conselho de Hidrogênio

Quarta-feira, 31 de maio – Reindustrialização com Hidrogênio
 

8h às 9h – Credenciamento e café
8h30 às 9h30 – Sessão C – Power to you: Mulheres no mercado de hidrogênio
9h30 às 10h – Políticas de Governo
10h às 10h30 – Café com pôsteres
10h30 às 11h – Plenária 6 – Políticas indutivas à adoção da energia do hidrogênio
11h às 12h15 – Sessão 6 – Programa Nacional do Hidrogênio
12h15 às 14h – Almoço
14h às 14h30 – Plenária 7 – Hidrogênio e Sociedade
14h30 às 15h30 – Sessão 7 – Regulação e Certificação
15h30 às 16h15 – Sessão 8 – Inovação e Hidrogênio
16h15 às 17h45 – Plenária 8 – Hidrogênio Natural
17h45 às 18h15 – Sessão de Encerramento e Carta ao Brasil

Professor da Coppe é premiado com a Luikov Medal e torna-se o primeiro contemplado do Hemisfério Sul

O Professor Renato Machado Cotta, do Programa de Engenharia Mecânica da Coppe/UFRJ, foi agraciado com a Luikov Medal, a mais importante premiação internacional na área de Transferência de Calor e Massa. Cotta é o primeiro contemplado que atua no Hemisfério Sul e fora do conjunto de países considerados como desenvolvidos. A medalha é concedida, apenas a cada dois anos, pelo International Center for Heat and Mass Transfer (ICHMT), tendo sido atribuída pela primeira vez em 1979.

A premiação será entregue durante uma cerimônia específica que será realizada como parte da 17th International Heat Transfer Conference, de 14 a 18 de agosto. Trata-se do principal evento na área, que ocorre a cada quatro anos, e terá a edição de 2023 realizada em Cape Town, na África do Sul. Após receber a medalha, o professor da Coppe irá proferir uma palestra plenária sobre seus principais desenvolvimentos científicos que o levaram a conquistar esta importante distinção.

Os contemplados com a Medalha Luikov recebem esta premiação em função de suas notáveis contribuições para a ciência e arte da transferência de calor e massa, e de suas atividades de cooperação científica internacional. A denominação Luikov Medal é uma dedicação ao Professor Aleksey Vasilievich Luikov, ex-diretor do Institute of Heat and Mass Transfer, da antiga União Soviética, em Minsk, falecido em 1974, e considerado como o cientista mais proeminente em Ciências Térmicas do século XX.

As indicações para a medalha Luikov são feitas pelos membros do Conselho Científico do ICHMT, avaliadas pelo Honors & Awards Committee, e a eleição é então realizada pelo Comitê Executivo do Centro. Dos 21 grandes cientistas agraciados até o momento, nove atuam ou atuavam nos Estados Unidos, sete na Europa, três no Japão e dois na Rússia. Com isso, Renato Cotta, torna-se o primeiro agraciado, não só do Hemisfério Sul como também dos países que não são considerados como desenvolvidos.

Coppe realiza segundo debate da pesquisa para a nova diretoria

A Coppe/UFRJ realizou nesta segunda-feira, 29 de maio, o segundo debate da pesquisa para nova diretoria da instituição, para o quadriênio 2023-2027. A consulta à comunidade da Coppe será feita nos dias 5 e 6 de junho, de forma remota, usando o sistema Helios.

São os seguintes os postulantes aos cargos: pela Chapa 1, a professora Suzana Kahn, para diretora, e o professor Marcello Campos, para vice-diretor; e pela Chapa 2, o professor Theodoro Antoun Netto, para diretor, e o professor Marcelo Savi, para vice-diretor.

O presidente da Comissão Eleitoral, professor Rubens de Andrade Junior, conduziu o debate e ressaltou a facilidade de votação que terá o corpo social da Coppe. “Será possível votar de qualquer lugar do mundo, basta ter acesso à internet. Mas quem preferir ou precisar votar presencialmente terá à disposição um computador na Diretoria Acadêmica, e uma pessoa da Comissão estará presente para dar apoio, se necessário”, explicou o professor Rubens.

O debate foi transmitido pelo canal da Coppe no YouTube e o vídeo permanece disponível.

Confira os currículos dos candidatos, na Plataforma Lattes:

Chapa 1

Agrega Coppe

Professora Suzana Kahn (para diretora)

Professor Marcello Campos (para vice-diretor)

Chapa 2

Conectar Coppe

Professor Theodoro Antoun Netto (para diretor)

Professor Marcelo Savi (para vice-diretor)

Boletim 3 – Coppe abre agenda de debates em comemoração de 60 anos

Saiba como anda a produção de pesquisa em Engenharia desenvolvida pela Coppe/UFRJ em prol da sociedade. O que está sendo feito pela Coppe e o que vem por aí, todas as sextas-feiras, às 10h, com reapresentação às 15h, na Radio UFRJ. Também disponível nas principais plataformas e aplicativos de streaming. Visite nosso site (http://coppe.ufrj.br/) e nos siga nas redes sociais.

Realização: Assessoria de Comunicação da Coppe/UFRJ
Coordenação e locução: Roberto Falcão e Bruno Franco
Produção jornalística: Carlos Ribeiro e Diogo Ferraz
Gravação e edição de áudio: Gabriel Savelli
Apoio e estúdio de gravação: Laboratório de Produção Multimídia (LPM) da Coppe/UFRJ

https://radio.ufrj.br/programas/boletim-planeta-coppe/54007126

Coppe realiza segundo debate da pesquisa para a nova diretoria

A Coppe/UFRJ promove na próxima segunda-feira, 29 de maio, às 12h, o segundo e último debate da pesquisa para nova diretoria da instituição, para o quadriênio 2023-2027. Concorrem aos cargos: pela Chapa 1, a professora Suzana Kahn, para diretora, e o professor Marcello Campos, para vice-diretor; e pela Chapa 2, o professor Theodoro Antoun Netto, para diretor, e o professor Marcelo Savi, para vice-diretor. O debate será realizado no auditório I-241, no bloco I do Centro de Tecnologia, na Cidade Universitária.

Coppe recebe a Jornada de Escoamentos Multifásicos 2023

A Coppe/UFRJ receberá de 29 a 31 de maio a sétima edição da Jornada de Escoamentos Multifásicos (JEM 2023). O evento será realizado no Bloco 1 do Centro de Tecnologia 2. O comitê organizador conta com a participação dos professores Juliana Loureiro e Gustavo Rabello dos Anjos, do Programa de Engenharia Mecânica.

A Jornada é um evento bianual, organizado pela Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas (ABCM), combinando as características de escola e congresso.

O evento contará com diversas palestras, sessões técnicas e cursos livres e terá convidados estrangeiros: os professores Carlo Massimo Casciola, da Sapienza Universitá di Roma, e Panagiota Angeli, da University College London. Confira a programação completa e saiba mais no site da JEM 2023.

Em debate sobre IA na Coppe, professora Marley Vellasco defende transparência e ‘accountability’

A professora Marley Vellasco, vice-reitora para Assuntos Acadêmicos – Ensino e Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), abriu o debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade”, realizado na Coppe/UFRJ, na quinta-feira, 25 de maio, defendendo a necessidade de criar uma Inteligência Artificial que seja mais explicável, responsável e transparente: Explainable Artificial Intelligence (EAI). O debate foi o primeiro da série “Agenda Coppe e Sociedade”, promovido em comemoração dos 60 anos da instituição.

No entendimento da professora Marley Vellasco, a Inteligência Artificial deve ser reproduzível e ter a disponibilização e curadoria de dados e códigos. “IA deve ser transparente, seguindo a Lei Geral de Proteção aos Dados (LGPD); deve seguir práticas que evitem exposição de informação de interesse privado, respeitando a privacidade; e deve ter alguém accountability, alguém deve responder pelas consequências do uso da IA. Ao tornar a Inteligência Artificial mais explicável, auditável e transparente, podemos não apenas tornar nossos sistemas mais justos, mas também torná-los muito mais eficazes e úteis”.

A professora também apresentou o trabalho do Centro de Inteligência Artificial do Rio de Janeiro (CIA-Rio), criado a partir de um edital publicado pela Faperj, em 2020, e que conta com participação de 44 pesquisadores de seis universidades: PUC-Rio, onde é sediado, UFRJ, Universidade do estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Federal Fluminense (UFF), Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet) e Instituto Militar de Engenharia (IME). Ao todo, são 18 subprojetos.

“A ideia é congregar esses pesquisadores e criar um ecossistema voltado para Inteligência Artificial. O CIA começou com foco em óleo e gás, mas já tem desenvolvido atividades no setor da Saúde, inclusive em parceria com a Coppe, por intermédio do professor José Manoel de Seixas. Dentre essas atividades, há projetos em aprendizado de máquina aplicado ao diagnóstico post Covid-19; otimização de recursos para procedimentos cirúrgicos eletivos e diagnóstico de Doença de Alzheimer”, explicou a professora Marley.

Além da professora Marley Vellasco, participaram como palestrantes o professor André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP-São Carlos); o professor Alvaro Coutinho, do Programa de Engenharia Civil (PEC) da Coppe; o senior manager for Energy & High Education Research da NVIDIA, Fernando Otávio Wehrs Pereira; e o professor Virgílio Almeida, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O debate teve moderação do professor Guilherme Horta Travassos, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da Coppe.

A professora Marley Vellasco é doutora em Ciência da Computação, pela University College London (1992). Atualmente é vice-reitora para Assuntos Acadêmicos – Ensino e Pesquisa, da PUC-Rio, onde fundou, há mais de 30 anos, o Laboratório de Inteligência Computacional Aplicada e Robótica (LIRA). Este laboratório, junto com o Instituto Tecgraf de Desenvolvimento de Software Técnico Científico (Tecgraf/PUC-Rio), sedia o Centro de Inteligência Artificial do Rio de Janeiro (CIA-Rio), que, coordenado por Marley, reúne pesquisadores de seis instituições. A professora é também vice-presidente de Conferências da IEEE Computational Intelligence Society e editora associada de oito publicações internacionais.

O detalhamento das palestras do debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade”, parte da série “Agenda Coppe e Sociedade”, está sendo publicado de forma seriada no Planeta Coppe Notícias. Na segunda-feira, dia 29, será a vez da palestra do professor André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho, da USP-São Carlos.

O evento em sua íntegra também pode ser visto no canal da Coppe no YouTube, na playlist “Coppe 60 anos: série de debates Agenda Coppe e Sociedade”.

Coppe e Sociedade – Especialistas debatem os reflexos da Inteligência Artificial

A “Agenda Coppe e Sociedade” começou com o o debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade”, comandado pelo professor Guilherme Horta Travassos

A Coppe/UFRJ promoveu nesta quinta-feira, 25 de maio, o debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade”, primeiro evento da “Agenda Coppe e Sociedade”, que faz parte das comemorações dos 60 anos de atividades da instituição. O evento trouxe uma rica discussão sobre o estado da arte da tecnologia, políticas públicas para o setor, os benefícios e os riscos do avanço desta tecnologia, as questões éticas e as consequências sociais desta mudança de paradigma. O debate foi realizado no auditório da Coppe, no Centro de Tecnologia 2, e transmitido pelo canal da instituição no YouTube, onde permanecerá disponível na playlist Coppe 60 anos: série de debates Agenda Coppe e Sociedade.

O evento contou com a participação da professora Marley Vellasco, vice-reitora para Assuntos Acadêmicos – Ensino e Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e coordenadora do Centro de Inteligência Artificial do Rio de Janeiro (CIA-Rio); do professor Virgílio Almeida, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); do professor André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP-São Carlos); do professor Alvaro Coutinho, do Programa de Engenharia Civil (PEC) da Coppe; do senior manager for Energy & High Education Research da NVIDIA, Fernando Otávio Wehrs Pereira. A moderação foi conduzida pelo professor Guilherme Horta Travassos, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da Coppe.

Marley Vellasco (PUC-Rio)

A professora Marley Vellasco abriu o evento, falando sobre as atividades do CIA-Rio, criado a partir de um edital publicado pela Faperj, em 2020, e que conta com participação de 44 pesquisadores de seis universidades: PUC, UFRJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Federal Fluminense (UFF), Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet) e Instituto Militar de Engenharia (IME), trabalhando em 18 subprojetos.

“Há uma necessidade de criar modelos de Inteligência Artificial que não apenas sejam mais eficazes, mas que sejam responsáveis e auditáveis, respeitando normas como a Lei Geral de Proteção de Dados e preceitos éticos, como a não discriminação”, defendeu a professora Marley.

Fernando Pereira (Nvidia)

Fernando Pereira, responsável pelo desenvolvimento de negócios na indústria de Óleo & Gás da NVIDIA, destacou que as empresas de petróleo em atuação no país estão direcionando seus investimentos para áreas como captura de carbono e produção de hidrogênio verde. “Nós conectamos os pesquisadores dessas empresas com os pesquisadores das universidades. A NVIDIA não atua diretamente, por isso devemos conhecer muito bem o ecossistema de inovação das universidades”, destacou Fernando Pereira.

Alvaro Coutinho (PEC/Coppe)

O professor Alvaro Coutinho, coordenador do Núcleo de Computação de Alto Desempenho (Nacad) da Coppe, abordou os avanços de IA na Engenharia e a formação de redes transversais para responder a questões contemporâneas em sua participação. “Há uma grande necessidade de investir em capacidade computacional. Prover o país e as universidades de uma rede computacional adequada é fundamental. O Brasil tem nove máquinas na relação de principais equipamentos computacionais do mundo. Mas quase todas na Petrobras, precisamos de mais”, avaliou o professor Alvaro Coutinho.

O professor André Carlos Ponce de León (USP-São Carlos) apresentou iniciativas do Centro de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial Recriando Ambientes (IARA), como o Vale do Genoma, que visa constituir um ecossistema de inovação em tecnologia genômica no Paraná, com apoio do governo estadual, e o projeto “Os primeiros mil dias”, em que um hub de universidades acompanhará os primeiros mil dias do desenvolvimento cognitivo de mil crianças. “IA aproxima a população do poder público”, comentou o professor André Carlos, destacando também a importância do apoio do setor privado.

O professor Virgílio Almeida, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde coordena o Centro de Inovação em Inteligência Artificial para Saúde, participou remotamente do debate. O professor Virgílio falou sobre os desafios políticos e sociais para a Inteligência Artificial (IA). “Os sistemas sociotécnicos são complexos, poderosos e se adaptam ao comportamento das pessoas. Precisamos trazer um olhar social para essa discussão. A Coppe, como centro de excelência, deve buscar entender o impacto social desses avanços tecnológicos em um país com tanta desigualdade social e força de trabalho predominantemente pouco qualificada”, comentou o professor.

Avaliando o passado e refletindo sobre o futuro

“Neste momento em que comemoramos os 60 anos, é importante aproveitar nossa tradição acadêmica para debater o futuro e a busca de soluções tecnológicas em favor da sociedade”, avaliou o diretor da Coppe, professor Romildo Toledo

O professor Guilherme Horta Travassos, mediador do debate, elogiou os palestrantes convidados. “Estamos trazendo à Coppe um time de pesquisadores e especialistas que formam uma representação muito forte em termos de contribuição científica, formação, inovação tecnológica, e estão à frente de ações que têm alavancado sérios debates sobre inserção tecnológica e uso intensivo de software”, enalteceu o professor do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC).

O diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, abriu o evento e ressaltou a importância da “Agenda Coppe e Sociedade”. “Neste momento em que comemoramos os 60 anos, é importante aproveitar nossa tradição acadêmica para debater o futuro e a busca de soluções tecnológicas em favor da sociedade. Criamos uma agenda para discutir temas que entendemos serem importantes para a academia, para o setor industrial, para a sociedade. Começamos muito bem. Foi escolhido um grupo muito competente para discutir IA, este assunto tão importante”.

“O professor Virgílio fez uma oportuna observação sobre o papel que a Coppe poderá ter nos próximos 60 anos. Nós teremos um seminário dedicado a essa reflexão, avaliar o passado e pensar o futuro, o que se espera de uma instituição que nem a nossa para os próximos 60 anos. Será em outubro, e a data ainda será confirmada”, antecipou professor Romildo.

O detalhamento das palestras será publicado de forma seriada a partir de amanhã no Planeta Coppe Notícias.

Professor Segen Estefen é aprovado como professor Emérito da UFRJ

O professor Segen Farid Stefen, do Programa de Engenharia Oceânica da Coppe/UFRJ, foi aprovado, por aclamação, como Professor Emérito da UFRJ, pelo Conselho Universitário (Consuni). A concessão do título ocorreu durante reunião de hoje, dia 25 de maio.

O Consuni também aprovou, no dia 27 de abril, como Professor Emérito da UFRJ, o professor Paulo Alcântara Gomes, ex-diretor da Coppe, onde atuou como docente do Programa de engenharia Civil (1968-1998), e ex-reitor da UFRJ (1994-1998).

Segen ingressou na Coppe como professor assistente do Programa de Engenharia Oceânica, em 1976, e passou para adjunto em 1984. Professor Titular desde 2005, atuou como diretor Acadêmico da instituição de 1994 a 1998, quando foi eleito e tomou posse como diretor da Coppe, exercendo a função até 2002. Segen atuou também como diretor de Tecnologia e Inovação da instituição (2007-2013), período em que atuou junto com os professores Luiz Pinguelli Rosa, na época diretor da Coppe, e Aquilino Senra, vice, na implantação do Centro China-Brasil de Mudanças Climáticas e Tecnologias Inovadoras para Energia. Inaugurado em 2009, o Centro é fruto de uma parceria da Coppe com a Universidade de Tsinghua (sede do Centro).

Pesquisador 1A do CNPq, Segen é membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena), da qual foi diretor técnico, e da Academia Nacional de Engenharia. Foi premiado com a Medalha Mérito Tamandaré, concedida pela Marinha do Brasil, em 2006; com o Prêmio Sobena, em 2007, e com o Prêmio Coppe Lobo Carneiro Mérito Acadêmico, em 2018.

Saiba mais sobre a trajetória do professor Segen Estefen aqui mesmo no Planeta Coppe Notícias.

Vice-diretora da Coppe participa do VII Encontro Nacional de Economia Industrial e Inovação

A vice-diretora da Coppe/UFRJ, professora Suzana Kahn, participa nesta quinta-feira, 25 de maio, do VII Encontro Nacional de Economia Industrial e Inovação. Suzana participará da Sessão Plenária II, intitulada “A inovação e sua dimensão social”, juntamente com a economista Camila Gramkow, oficial de Assuntos Econômicos da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), com mediação da também economista Priscila Koeller, pesquisadora do Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A plenária será realizada de forma virtual, das 14h às 16h.

O tema central do VII ENEI é “Estratégias de Desenvolvimento: CT&I e os desafios sociais e ambientais”, e o evento é promovido pela Associação Brasileira de Economia Industrial e Inovação (Abein), em conjunto com a Faculdade de Ciências Econômicas (FCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Programa de Pós-Graduação em Economia e Desenvolvimento (PPGE&D) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a Escola de Gestão e Negócios (EGN) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).

A proposta busca trazer para o debate temas que contemplem os desafios com que se defrontam governos e sociedades para capacitar suas indústrias visando ao desenvolvimento econômico e à melhoria das condições de vida de suas populações, diante de tendências globais, tais como a emergência de novas tecnologias associadas à chamada IV Revolução Industrial ou ‘Indústria 4.0’ e seus impactos nas organizações produtivas e no emprego. Também estarão em pauta as mudanças climáticas, os limites de recursos renováveis, o envelhecimento populacional e as mudanças nas configurações da integração econômica internacional, dentre outras.

A Inscrição dos ouvintes pode ser realizadas através da plataforma Even3. Saiba mais no site da Associação Brasileira de Economia Industrial e Inovação.