Professora da Coppe participa do próximo videocast Rio Bravo sobre o impacto das mudanças climáticas

A professora Suzana Kahn, vice-diretora da Coppe/UFRJ, é uma das participantes da quarta edição da série “Brasil, 2023”, do Videocast Rio Bravo, que irá ao ar dia 29 de setembro no YouTube. No programa, Suzana fala sobre as oportunidades perdidas pelo governo brasileiro em relação às mudanças climáticas. A outra participante é a diretora de programas da Natural Intelligence (Nint), Tatiana Assali, que abordará de que forma as empresas e o mercado financeiro podem participar de forma mais efetiva em relação às ações necessárias para evitar o colapso climático.

A proposta da quarta edição do Brasil, 2023 é apresentar uma discussão elevada sobre o tema mudanças climática, que já não é mais preocupação exclusiva dos ambientalistas. No Brasil e no exterior, os chamados eventos extremos, como enchentes e alagamentos, parecem ser o novo normal, causando pânico na população mais fragilizada e temor junto aos governos e empresários.

O Videocast Rio Bravo entrou no ar em junho de 2022 e traz na sua primeira temporada temas decisivos para a agenda brasileira, muitos dos quais têm sido negligenciados na conversação pública. Com mediação do jornalista Fabio Cardoso, o objetivo da série Brasil, 2023 é abordar os temas sensíveis para o desenvolvimento do país como educação, segurança pública, saúde e gestão. A periodicidade do Videocast é mensal e, até o momento, já foram abordadas as perspectivas do Brasil pós-eleição; segurança pública; e educação.

Professor Bevilacqua recebe título de Doutor Honoris Causa da UERJ

O professor Luiz Bevilacqua, do Programa de Engenharia Civil da Coppe/UFRJ, receberá o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). A Cerimônia de concessão do título será realizada, dia 27 de setembro, às 14h30, na Capela Ecumênica da UERJ – Rua São Francisco Xavier, 524, Maracanã.

Professor Emérito da UFRJ, desde 2008, Luiz Bevilacqua é engenheiro civil formado pela UFRJ, em 1959, e doutor em Mecânica Teórica e Aplicada pela Universidade de Stanford, em1971. Fundador do Programa de Engenharia Civil da Coppe, Bevilacqua também fundou e coordenou o Programa de Engenharia Mecânica; foi reitor da PUC-Rio; fundou e presidiu a Associação Brasileira de Ciências Mecânicas; foi presidente do Comitê de Engenharia da Capes; secretário-geral do Ministério de Ciência e Tecnologia; diretor científico da Faperj; fundador do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC); diretor da Agência Espacial Brasileira; e fundador e reitor da Universidade Federal do ABC (UFABC).

Pesquisador Emérito do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Academia Europeia de Ciências e da Academia Internacional de Astronáutica, Luiz Bevilacqua nunca deixou de atuar nas áreas de educação e pesquisa, mesmo após ter se aposentado em 1998. Em 2003 assumiu a direção da Agência Espacial Brasileira, em 2006 tomou posse como reitor da UFABC, cargo no qual permaneceu até julho de 2008. Desde então, atua no Núcleo de Transferência de Tecnologia (NTT) do Programa de Engenharia Civil da Coppe.

Saiba mais sobre o professor Bevilacqua aqui mesmo no Planeta Coppe Notícias.

Continuidade do desmatamento fará Brasil ultrapassar em 137% a meta de emissões para 2030

Estudo conduzido por pesquisadores da Coppe/UFRJ e divulgado nesta quinta-feira, 15 de setembro, aponta que, se a política ambiental brasileira seguir seu curso atual, as emissões de gases de efeito estufa vão ultrapassar em 137% a meta assumida pelo país no Acordo de Paris e em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês), para 2030. Além disso, a continuidade do desmatamento poderá levar ao “ponto de não retorno”, em que a Amazônia seria conduzida a um processo irreversível de savanização.

Essas conclusões fazem parte do “Cenário Continuidade”, uma atualização dos estudos desenvolvidos por pesquisadores do Centro de Estudos Integrados Sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (Centro Clima), laboratório vinculado ao Programa de Planejamento Energético da Coppe, com a coordenação do professor Emilio La Rovere, no âmbito da iniciativa Clima & Desenvolvimento, idealizada pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), pelo Instituto Talanoa e pelo próprio Centro Clima.

Os pesquisadores trabalharam duas hipóteses de cenários de continuidade da atual política ambiental. No primeiro, o crescimento do desmatamento segue o ritmo do período 2018-2021 na Amazônia, no Cerrado e na Mata Atlântica, e se estabiliza em 2026. No segundo, o desmatamento nestes biomas continua crescendo no mesmo ritmo até 2030.

Em 2021, a iniciativa Clima e Desenvolvimento: Visões para o Brasil 2030 lançou um exercício coletivo de análise da conjuntura e de construção de futuros desejados para a descarbonização e para o desenvolvimento da economia brasileira nesta década. A iniciativa envolveu cerca de 300 especialistas e lideranças de empresas, governos subnacionais, investidores, parlamentares, organizações comunitárias e associações privadas.

Uma das principais mensagens do relatório publicado em 2021 é que sim, é possível descarbonizar a economia e obter crescimento do PIB. No entanto, apontam os pesquisadores, “entre 2012 e 2018 se observou uma estabilização das taxas anuais de desmatamento, cessando a sua queda pronunciada registrada desde 2005. Com uma pequena redução das remoções propiciadas pela restauração vegetal, e pelo aumento das emissões da agricultura, da pecuária e do uso de combustíveis fósseis, o total das emissões nacionais de GEE cresceu cerca de 20% de 2013 a 2018. Esse crescimento se acelerou fortemente a partir de 2019, devido principalmente à retomada de altas taxas de desmatamento anuais na Amazônia e em outros biomas do país”.

De acordo com o estudo, a taxa anual de desmatamento na Amazônia passou de 754 mil hectares em 2018 para 1,3 milhões de hectares em 2021, com uma elevação média de 183 mil ha/ano.

Essa tendência levou a Iniciativa Clima e Desenvolvimento a elaborar um novo Cenário, finalizado em setembro de 2022, nomeado Continuidade, que no setor Mudança de Uso da Terra (LULUCF, sigla em inglês) considera duas hipóteses de taxas de desmatamento e, portanto, foi divido em Continuidade 1 e 2. Os Cenários de Mitigação Adicional (CMA1 e CMA2), elaborados em 2021 foram mantidos e recomendam a radical redução do desmatamento e aumento de sumidouros de carbono, e também a precificação do carbono, com a criação de um mercado de cotas comercializáveis de emissões para o setor industrial; e o estabelecimento de uma taxa de carbono sobre as emissões do uso de combustíveis fósseis nos demais setores da economia, crescendo anualmente até atingir 9,5 US$/tCO2e (dólares por tonelada de equivalente de carbono) em 2025 e 19 US$/tCO2e em 2030.

Alerta contra a savanização da Amazônia

De acordo com o estudo, para cumprir os acordos internacionais e atingir as metas voluntariamente assumidas pelo país, é decisivo conter a elevação e reduzir as taxas anuais de desmatamento, principalmente na Amazônia. Os autores ressaltam ainda os outros benefícios que a Amazônia presta à sociedade brasileira, como a manutenção do clima na região e o transporte de umidade para outras regiões brasileiras uma contribuição fundamental para a disponibilidade de recursos hídricos e a produtividade agrícola do país.

“Na verdade, o desmatamento acumulado é uma ameaça cada vez mais concreta à integridade do próprio bioma amazônico. A comunidade científica vem alertando repetidamente para o perigo de se chegar a um nível entre 20 e 25% de desmatamento do bioma: a partir desse ponto, as mudanças decorrentes no clima na região poderiam deflagrar um processo de sua ‘savanização’, sem retorno. Estima-se que a área desmatada até hoje já tenha atingido 17% da cobertura original da floresta amazônica”, explicam os autores, que enfatizam que a continuidade da devastação colocará em risco a integridade da Floresta Amazônica já em 2030.

A continuidade da devastação observada nos últimos quatros anos levaria a Floresta Amazônica a um desmatamento acumulado de quase 20 milhões de hectares no período 2022-2030, elevando as emissões brasileiras dos gases de efeito estufa, aponta a pesquisa.

Professor Richard Stephan e Fernando Peregrino tomam posse como conselheiros do Clube de Engenharia

O professor do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe/UFRJ, Richard Stephan, o diretor-executivo da Fundação Coppetec, Fernando Peregrino, e a diretora da Escola Politécnica (Poli/UFRJ), professora Cláudia Morgado, tomaram posse nesta segunda-feira, 12 de setembro, como conselheiros do Clube de Engenharia.

A posse dos novos conselheiros foi realizada durante a Assembleia Geral Solene, na sede do Clube de Engenharia, no Edifício Edison Passos, no Centro do Rio de Janeiro. Os três exercerão a função até 2025.

Maurício Guedes fala sobre inovação no Coppe-I

O Coppe-I abriu o seu ciclo de palestras “Inovação em Pauta”, no dia 1º de setembro, com o diretor de Tecnologia da Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Maurício Guedes. Diante de alunos de graduação e pós-graduação, não apenas da Engenharia como de outras áreas do conhecimento, Guedes discorreu sobre sua trajetória no fomento à inovação e sobre os projetos da Faperj no apoio ao empreendedorismo no estado.

O ex-coordenador da Incubadora de Empresas da Coppe iniciou sua conversa com os pesquisadores pontuando que o Brasil tem a 14º maior produção científica do mundo, mas apresenta uma baixa capacidade de inovação tecnológica. “A gente não aprendeu como transformar conhecimento em emprego e renda. Temos esse e isso não significa atrelar a universidade às demandas das empresas, não significa inibir a pesquisa básica. Isso é fundamental no ser humano, como a arte e a cultura. Comunidade científica faz pesquisa para desenvolver conhecimento, atender demandas da curiosidade humana, faz parte e tem que ser assim”.

Segundo Guedes, o Brasil tem um estoque ainda baixo de doutores, cerca de 800 para cada milhão de habitantes. “Os países desenvolvidos têm 3500, 4000… Israel tem sete mil doutores por milhão de habitantes. Temos estoque baixo e estamos crescendo vagarosamente, a duras penas. Nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 65% dos pesquisadores trabalham em empresas. Na Coreia do Sul, 80%. No Brasil, 70% trabalham em universidades. É uma distorção”.

Na avaliação do ex-diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, a universidade precisa fazer um “mea culpa”, porque não forma alunos para ter uma mentalidade diferente, os forma para serem acadêmicos. “Ele entra no doutorado pensando em publicar artigos. Se a gente de alguma forma não abrir esse caminho, vamos continuar formando alunos para que publiquem artigos”.

A diretora-adjunta de Empreendedorismo da Coppe, professora Marysilvia Costa, destacou que a universidade reúne competências e recursos para propor soluções para os mais diversos problemas. “Falta conectar as pessoas para propor soluções inovadoras, catalisar esse processo, juntar alunos, professores, técnicos. Pensamos, por isso, no formato deste evento para compartilhar experiências, fazer brainstorm, e precisamos de pessoas com experiência e conhecimento nesse mundo da inovação”.

“De que maneira estimulamos os alunos desde a graduação? Acho que temos que mexer na grade curricular, e estimular interação com outras áreas do conhecimento”, questionou a diretora de Tecnologia e Inovação da Coppe, professora Angela Uller. “Alguns cursos já tem disciplinas de empreendedorismo ou gestão. Poderíamos oferecer disciplinas eletivas pois não demandaria grandes mudanças curriculares”, refletiu professora Marysilvia.

Na avaliação do diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, essa discussão deve estar associada a um projeto de desenvolvimento do país. “Cerca de 30% dos profissionais com doutorado estão desempregados. É uma questão preocupante e quando se pensa em um país para o futuro, precisa-se chamar atenção para isso. Qual a expectativa por exemplo da cidade do Rio de Janeiro de geração de empregos de alto valor agregado para esses mestres e doutores que estamos formando? Onde eles vão trabalhar, que polos de inovação, social, cultural, tecnológica, vão existir?”.

“Uma ideia é criar esses ambientes de inovação. Temos visto isso no mundo todo e a atratividade que algumas áreas têm para negócios que não requerem investimento inicial muito elevado. A gente precisa fazer um ambiente de empreendedorismo que possa desaguar em empresas ou se associar às empresas já existentes”, refletiu professor Romildo.

Novo alento para o Fatec

Durante a palestra, Maurício Guedes elogiou a recém aprovada Lei 9809/2022, que institui o Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado do Rio de Janeiro. “Uma das novidades dessa lei é que ela vai fazer o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Fatec) funcionar. Em seu artigo 63, a lei obriga a Faperj a executar pelo menos 30% do seu orçamento, por meio do Fatec. O que dá mais de 200 milhões de reais”, celebrou o diretor de Tecnologia da Fundação.

Guedes destacou programas da Faperj, como o Startup Rio, “uma espécie de incubadora, aceleradora de empresas para o mundo digital”, que, “em breve, chegará a 20 localidades, incluindo a Rocinha”, e o programa Doutor Empreendedor, “que é uma bolsa de pós-doutorado durante dois anos para doutor que desista de concurso público e abra uma empresa. Tem que criar um CNPJ em seis meses, aplicado em ambiente que incentive inovação e apoie startups; o qual pode ser uma incubadora, aceleradora, e recebe também 50 mil reais para investir na sua empresa”.

O ex-diretor do Parque Tecnológico da UFRJ ponderou que abrir uma empresa é uma possibilidade para os pesquisadores, embora não seja a única. “Existe um certo modismo até com startups, há risco de dar errado e custa dinheiro também, então sonhem, mas sejam realistas. Outro caminho é que as empresas contratem. Temos um programa chamado Pesquisador na empresa. A Faperj paga durante um ano uma bolsa. A empresa participa do edital com um projeto de P,D&I, e pode complementar o valor da bolsa e inclusive contratar o pesquisador no decorrer do projeto, que não perde a bolsa. É um programa com características especiais”, explicou Maurício Guedes.

Dez programas da Coppe obtêm conceito de excelência na Avaliação Capes

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou, nesta segunda-feira, 12 de setembro, o resultado da sua Avaliação Quadrienal (2017-2020) dos programas de pós-graduação do Brasil. Dez dos treze cursos de mestrado e doutorado da Coppe/UFRJ foram avaliados com conceitos de excelência internacional (6 e 7), atribuídos a cursos com desempenho equivalente aos dos mais importantes centros de ensino e pesquisa do mundo.

Foram avaliados com grau 7 os programas de Engenharia Civil (PEC); Engenharia Química (PEQ); e Engenharia de Sistemas e Computação (PESC). Receberam nota 6 os programas de Engenharia Biomédica (PEB); Engenharia Elétrica (PEE); Engenharia Mecânica (PEM); Engenharia Metalúrgica e de Materiais (PEMM); Engenharia Nuclear (PEN), Engenharia de Transportes (PET) e o Programa de Planejamento Energético (PPE).

Receberam conceito 5 os programas de Engenharia de Produção (PEP) e Engenharia Oceânica (PEnO). Foi avaliado com conceito 4 o programa de Engenharia de Nanotecnologia (PENt).

Segundo o diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, o resultado é fruto da dedicação do corpo social da instituição. “ Temos dez programas com nível de excelência porque o corpo social é comprometido com a qualidade, sem dúvida”.

A diretora acadêmica da Coppe, professora Lavínia Borges, destacou o trabalho realizado pelos programas de Engenharia Oceânica e de Produção, que progrediram na Avaliação Quadrienal, subindo para o conceito 5, e de Engenharia de Transportes e Engenharia Civil que subiram, respectivamente, para os conceitos 6 e 7. “Foi uma ação consistente destes programas. Resultou de um planejamento de mais de quatro anos, não foi à toa que os programas progrediram. Todos montaram comissões, fizeram trabalhos dedicados a esta recuperação, e foram trabalhos muito bons”, reconheceu.

“Programas com avaliação 6 e 7 recebem recursos do Programa de Excelência Acadêmica (Proex), com um número maior de bolsas e mais agilidade para execução das verbas recebidas. Programas com conceitos 4 e 5, por sua vez, são incluídos no Proap (Programa de Apoio à Pós-Graduação). Alguns editais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) só permitem que concorram programas avaliados com estes níveis”, explicou professora Lavínia. “É quase impossível subir dois níveis em uma avaliação, mas eu tenho convicção que, na próxima, o PEnO já terá grau 6”, previu.

Conforme explica o professor Romildo, a obtenção dos conceitos 6 e 7, são o reconhecimento da qualidade acadêmica destes programas, trazem maior atratividade aos seus cursos e também autonomia financeira e capacidade maior de gestão. “Cursos de excelência têm gestão financeira e administrativa mais ágil. Os recursos enviados pela Capes são administrados diretamente pelos coordenadores dos programas acadêmicos. Ao contrário do Proap, em que os recursos são repassados à universidade e precisam ser descentralizados, da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PR-2) para os centros e depois para os programas acadêmicos”.

Na avaliação dos professores Romildo e Lavínia, os impactos da pandemia serão mais sentidos na próxima Avaliação Capes, com os reflexos no número de inscrições (que afetou graduação e pós-graduação em todo o país e no mundo) e também nas defesas de dissertações e teses.

O resultado da Avaliação Quadrienal já tinha sido comunicado aos coordenadores de programas acadêmicos no dia 2 de setembro. No entanto, a divulgação para o público geral estava suspensa devido a uma ação civil pública, tendo sido liberada somente nesta segunda-feira, 12/9, após a homologação judicial do Termo de Autocomposição firmado entre a Capes e o Ministério Público Federal, resultando na revogação definitiva da decisão liminar que impedia a divulgação dos resultados da Avaliação.

Grupo de Apoio à Mulher promove palestra sobre aquecimento global

O Grupo de Apoio à Mulher da Coppe/UFRJ promove no dia 4 de outubro, a palestra “Está rolando um clima? Causas, efeitos e respostas para limitar o aquecimento global”, com a professora Joana Portugal Pereira, do Programa de Planejamento Energético. A palestra será realizada às 14h, no auditório da Coppe, na sala 122, bloco G, Centro de Tecnologia.

Sobre Joana Portugal

Joana Portugal Pereira é professora do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, no qual foi pesquisadora de pós-doutorado, de 2013 a 2016, atuando na área de inovação tecnológica de baixo carbono, com ênfase em bioenergia. Engenheira ambiental formada pelo Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa (2006) e doutora em Engenharia Ambiental pela Universidade de Tóquio (2011).

Integra as comissões científicas internacionais da Science Based Targets (SBT) Initiative e do Atlantic International Research Centre (AIR), além de atuar como revisora em 14 periódicos internacionais nas áreas de meio ambiente e energia.

Autora contribuinte e membra da equipa de coordenação técnica do Grupo de Trabalho III dos dois Relatórios Especais do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) sobre trajetórias de aquecimento global de 1.5C e interações entre clima e Terra, Joana é autora líder do Relatório do Grupo de Trabalho III sobre mitigação de gases de efeito estufa (GEE), que se encontra no sexto ciclo de avaliação.

Foi também pesquisadora visitante no Departamento de Política Ambiental do Imperial College London (Reino Unido), pesquisadora no Instituto de Estudos Avançados da Organização das Nações Unidas (2012-2013), no Instituto do Banco de Desenvolvimento Asiático (2010-12) e na Universidade de Tóquio (2008-2011), na área de avaliação de políticas de baixo carbono, estratégias de adaptação e mitigação de mudanças climáticas e avaliação de ciclo de vida, especificamente sob os sectores de energia e transportes.

MOBlizando: alunos da Coppe explicam técnicas e procedimentos para uma melhor mobilidade

Foto Agência Brasil – Rovena Rosa

Técnicas e procedimentos que podem tornar a mobilidade mais eficiente, sustentável, inteligente e inclusiva no estado do Rio de Janeiro estão sendo explicadas, de forma clara e resumida, por alunos do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ. As explicações ocorrem no podcast “MOBlizando”, na segunda temporada especial da editoria “delírios”, que é dividida em oito episódios, dos quais o quarto já se encontra disponível. Neste, a aluna de doutorado Isabella Martins aborda o tema “Futuro da análise de dados e o planejamento das cidades”. Para ouvir este e os outros episódios, incluindo os das demais editorias, basta acessar o canal do MOBlizando no Spotify.

Criado pela Rede Mob, o objetivo do podcast é explorar os diversos temas da mobilidade urbana, tais como: mobilização de dados, tecnologia aplicada à gestão pública e transportes no Rio de Janeiro. Além disso, também como finalidade debater a mobilidade urbana e as diversas tecnologias capazes de fomentar políticas públicas e inteligentes.

O MOBlizando teve seu início em abril do presente ano, e até o momento já foram produzidos um total de 19 episódios, um por semana, incluindo os das outras duas editoriais: Entrevistas e Por dentro do Mob. A proposta é promover a interação entre ativistas, gestores e profissionais capazes de discutir os temas do projeto MOB 4.0, que conta com financiamento da Faperj e apoio da Coppe e da UFRJ.

A Rede MOB, que tem professores e alunos da Coppe entre seus integrantes, é um grupo aberto e colaborativo de pesquisadores que em conjunto trabalham sobre o tema da mobilidade, dados e tecnologia. Os membros da Rede se definem como um Hub de Planejamento Inteligente da Mobilidade do Rio de Janeiro. Eles exploram a dimensão dos dados para o planejamento inteligente e tecnológico, a partir de novas formas de coleta de dados e novas maneiras de interagir com o espaço das cidades. O propósito é “transformar realidades a partir do planejamento inteligente da mobilidade urbana”. Para tanto, a Rede atua em diversas frentes, como ciclos de capacitação, hackatonas e publicação de conteúdos informativos, a exemplo de periódicos e do próprio Podcast.

Próximo Ciclo de Seminários PESC abordará a Computação Quântica a serviço da Química

O Ciclo de Seminários PESC do mês de setembro será realizado, no dia 14, às 11 horas, e contará com a palestra do professor Fábio dos Santos, da Escola de Química da UFRJ, que abordará o tema “How can a quantum computer help solve PDEs?”. Promovido pelo Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe/UFRJ, o evento será realizado na sala 324B do Bloco H, no Centro de Tecnologia, e transmitido pelo canal do Programa no YouTube.

A abordagem do professor é referente ao projeto de pesquisa com o qual foi contemplado em concorrido edital do Instituto Serrapilheira. Trata-se do uso de computação quântica e redes neurais para solucionar equações diferenciais parciais que representam sistemas físicos, a exemplo de reatores químicos. Fábio atua no Laboratório de Fluidodinâmica Computacional, da Escola de Química, onde desenvolve algoritmos paralelos que fazem uso de GPUs para modelos de aprendizado de máquina.

Saiba mais sobre o Ciclo de seminários no site do PESC.

Inscrições abertas para Mestrado e Doutorado em Engenharia Química da Coppe

Está aberto o processo seletivo para os cursos de Mestrado e Doutorado do Programa de Engenharia Química (PEQ) da Coppe/UFRJ, da turma 2022/3. O prazo para submissão da documentação via plataforma digital se encerra no dia 22 de setembro.

O PEQ disponibiliza 20 vagas para o mestrado e 20 vagas para o doutorado. Há nove bolsas garantidas para os primeiros colocados no processo seletivo para o mestrado e dez para o doutorado.

Saiba mais e confira os respectivos editais no site do Programa de Engenharia Química.

Coppe/UFRJ e Uerj organizam workshop internacional em sistemas a estrutura variável

De 11 a 14 de setembro, será realizado o 16th International Workshop on Variable Structure Systems and Sliding Mode Control (VSS 2022). O evento, coordenado pelo professor Liu Hsu, do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe/UFRJ, e pelos professores Tiago Roux (Uerj) e Leonid Fridman (Universidad Autónoma de Mexico), será realizado no hotel Pestana Rio Atlântica, em Copacabana. É o primeiro da série de workshops, iniciada em Sarajevo (1990), a ser realizado na América do Sul.

Sistemas a Estrutura Variável (VSS, na sigla em inglês) são a base de uma técnica de controle e automação, aplicável a diferentes áreas de engenharia como sistemas de geração elétrica, eletrônica de potência, sistemas aeroespaciais e aeronáutica, robótica, dentre outras.

Na segunda-feira, de 8h30 às 9h30, professor Liu Hsu proferirá a palestra Transformations and Combinations of Adaptive and Sliding Mode Control. Das 14h40 às 15h, os professores Alessandro Jacoud e Fernando Lizarralde e o doutorando Wenderson Gustavo Serrantola (todos do PEE) apresentarão o estudo From the Modified Smooth Sliding Control to the Super-Twisting Algorithm: UAV Trajectory Tracking Experimental Results.

Na terça-feira, das 10h20 às 10h40, o professor Liu Hsu e o professor José Paulo Cunha (Uerj) apresentarão o trabalho Chattering Is a Persistent Problem in Classical and Modern Sliding Mode Control. Na sequência (10h40 às 11h), professor Hsu se juntará ao professor Tiago Roux e ao pesquisador Victor Hugo Pereira Rodrigues (doutor em Engenharia Elétrica pela Coppe) para a apresentação do estudo Binary Model Reference Adaptive Control under Disturbances. Às 16h50, o professor do PEE/Coppe, Eduardo Leão Nunes apresentará, com o doutorando, Jair de Azevedo Filho, o trabalho Adaptive Super-Twisting Algorithm Subject to Unbounded Disturbances without a Priori Bounds.

No último dia do evento (quarta-feira, 14), professor Liu Hsu apresentará, novamente com a companhia do colega Tiago Roux, e também com o professor Nerito Oliveira Aminde (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia), o estudo Multivariable Sliding Mode-Based Extremum Seeking Control Via Periodic Switching Function and Cyclic Search, das 10h20 às 10h40.

Confira a programação completa em http://www.lee.uerj.br/vss2022/.

Ciclo de Seminários PESC abordará o Prêmio ACM 2021 em Computação

Professor Pieter Abbeel conquistou o Prêmio ACM 2021 em Computação

O próximo Ciclo de Seminários PESC ocorrerá dia 31 de agosto, às 11 horas, e será dedicado ao Prêmio ACM 2021 em Computação, conquistado pelo professor Pieter Abbeel da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Considerado pioneiro em aprendizado de robôs, Abbeel foi contemplado por suas contribuições, incluindo pesquisas inovadoras que ajudaram a moldar a robótica contemporânea e continua a impulsionar o futuro desta área. Promovido pelo Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe/UFRJ, o evento será realizado na sala 324B do Bloco H, no Centro de Tecnologia, e transmitido pelo canal do Programa no YouTube.

Com a palestra intitulada “Robôs que aprendem e o prêmio da ACM para Pieter Abbeel”, caberá ao professor da PUC-Rio, Wouter Caarls, falar sobre a trajetória e as contribuições do especialista contemplado para a área de Computação, com ênfase em robótica. Um dos pioneirismos atribuídos a Abbeel está na técnica que desenvolveu para ensinar robôs a aprender com demonstrações humanas e por meio de tentativa e erro, ou seja, um aprendizado por reforço, que formaram a base para a próxima geração de robótica. 

Além de ser professor da Ciência da Computação e Engenharia Elétrica da Universidade da Califórnia, Abbeel também é presidente e cientista-chefe da Covariant, empresa de robótica com Inteligência Artificial da qual é cofundador. Ainda no início de sua carreira, Abbeel desenvolveu novas técnicas de aprendizado para melhorar significativamente a manipulação robótica. À medida que o campo amadureceu, os pesquisadores conseguiram programar robôs para perceber e manipular objetos rígidos, como blocos de madeira ou colheres. No entanto, a programação de robôs para manipular objetos deformáveis, como tecidos, provou ser difícil porque é imprevisível a forma como os materiais macios se movem quando tocados. Para solucionar este problema, Abbeel introduziu novos métodos para melhorar a percepção visual do robô, a partir de rastreamento baseado em física, controle e aprendizado por demonstração. Ao combinar esses novos métodos, o professor desenvolveu um robô capaz de dobrar roupas como toalhas e camisas. Trata-se de uma melhoria em relação à tecnologia existente que foi considerada um marco importante na época.

Abbeel realizou várias outras pesquisas pioneiras que resultaram em contribuições para o avanço da robótica, incluindo uma que permitiu o primeiro aprendizado de locomoção de robôs 3D. De acordo com o presidente da ACM, Gabriele Kotsis, “Pieter Abbeel é um líder reconhecido entre uma nova geração de pesquisadores que estão aproveitando as mais recentes técnicas de aprendizado de máquina para revolucionar esse campo. Abbeel fez contribuições de pesquisa avançadas, enquanto também compartilhava generosamente seu conhecimento para construir uma comunidade de colegas trabalhando para levar os robôs a um novo e empolgante nível de habilidade. Seu trabalho exemplifica a intenção do Prêmio ACM em Computação de reconhecer trabalhos excepcionais com ‘profundidade, impacto e amplas implicações’”.

Saiba mais sobre a premiação e a trajetória de Pieter Abbeel no site da ACM, e sobre o Ciclo de seminários do site do PESC.

Pesquisadores de Oxford visitam laboratórios da Coppe

A Coppe/UFRJ receberá no dia 25 de agosto a delegação de pesquisadores da Universidade de Oxford, Reino Unido, formada pelos professores Arjune Sen, Sloan Mahone e Timohty Denison. A recepção integra uma intensa agenda de atividades que a equipe está realizando ao longo dessa semana na UFRJ, fazendo apresentações do estudo AGENDA – The Oxford Martin Programme on Global Epilepsy.

Além da divulgação do programa internacional, o objetivo é conhecer o local em que as pesquisas serão desenvolvidas, estabelecer vínculos entre os grupos de pesquisa e explorar as possibilidades de troca de conhecimento, experiências e articulações entre as instituições.

O programa é fruto de uma parceria da Universidade de Oxford com a UFRJ que reúne engenheiros, médicos e programadores de computação do Brasil, Índia, Quênia, África do Sul e Zimbábue, cujo objetivo é desenvolver soluções globais para o diagnóstico e tratamento das epilepsias nos países de média e baixa rendas.

No Brasil o projeto é coordenado pela pesquisadora do Laboratório de Lógica Fuzzy (LabFuzzy) da Coppe/UFRJ e professora do Programa de Epilepsias do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ, Maria Emilia Cosenza.

“Estamos desenvolvendo um protótipo de equipamento de eletroencefalograma portátil e aplicativos etnograficamente fundamentados para reduzir a lacuna do diagnóstico de epilepsia no Rio de Janeiro”, explica a professora Maria Emilia.

A equipe será recebida pelos professores da Coppe/UFRJ, Carlos Cosenza, Fabiano Thompson e Diogo Tschoeke, que apresentarão os laboratórios nos quais atuam, respectivamente, LabFuzzy e Laboratório de Microbiologia.

“A Lógica Fuzzy permite representar um modelo de diagnóstico médico mais preciso em epilepsia, por meio de eletroencefalogramas e ressonância magnética. A modelagem mede graus de intensidades das crises, considerando inter-relações de matrizes, sinais, sintomas, frequência e conhecimento médico”, explica o coordenador do LabFuzzy, Carlos Cosenza.

A visita à Coppe será seguida de uma apresentação da equipe britânica, às 11h, no auditório do Instituto de Saúde Coletiva da UFRJ (IESC), orientada para os pesquisadores da Rede Capes Epidemias. Também será realizada uma apresentação dos coordenadores do consórcio de pesquisa da UFRJ liderados pelos professores Cosenza, da Coppe, Antônio José Leal Costa, do IESC, e João Paulo Machado Torres, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF).

Projeto para nova geração de pilha a combustível será apresentado na Coppe

Nesta quinta-feira, dia 25 de agosto, a Coppe/UFRJ sediará, a partir das 9h30, um workshop para apresentar o projeto “Solid oxide fuel cell with biofuel as on electric flexible provider in a distrubuted grid” (FlexPower). Voltado para o desenvolvimento conjunto de pilha a combustível de óxido sólido para geração distribuída de eletricidade com etanol, o projeto será executado pelas equipes do Laboratório de Hidrogênio da Coppe, do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP, e do centro de pesquisa italiano CNR – Institute of Advanced Technologies “Nicola Giordano” (ITAE). O evento será realizado no auditório da Coppe, no bloco G, sala 122, Centro de Tecnologia, na Cidade Universitária, e transmitido pelo YouTube.

Durante o evento, o projeto será apresentado pelo professor Paulo Emílio Valadão de Miranda, coordenador do Laboratório de Hidrogênio, do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Coppe; pelo Dr. Massimiliano Lo Faro, da CNR-ITAE; e pelo Professor Edson Ticianelli, do IQSC/USP.

Com apoio da Faperj, o projeto tem como objetivo desenvolver uma nova geração de pilha para a utilização direta de biocombustíveis com a finalidade de reduzir a complexidade do equilíbrio da planta e produzir energia elétrica e calor com alta eficiência global.

UFRJ inaugura exposição sobre o MagLev-Cobra

Foi inaugurada na última quinta-feira, 18 de agosto, no térreo do Edifício Jorge Machado Moreira (JMM, prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – FAU/UFRJ), a exposição MagLev-Cobra: Mobilidade Sustentável. A mostra traz os projetos vencedores de um concurso de ideias no qual estudantes de graduação e pós-graduação, de diferentes unidades acadêmicas, elaboraram projetos de estações e trajetos para a implantação do MagLev-Cobra, trem de levitação magnética desenvolvido na Coppe/UFRJ, na Cidade Universitária.

O concurso foi promovido pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), pela Coppe, e pela Escola Politécnica (Poli), com apoio financeiro do Parque Tecnológico da UFRJ. A mostra permanecerá aberta ao público, no mesmo local, até o dia 13 de setembro, sempre das 9 às 15h.

Participaram da abertura da exposição, além dos vencedores do concurso, os professores Carlos Frederico Leão Rocha (vice-reitor da UFRJ); Walter Suemitsu (decano do Centro de Tecnologia); Romildo Toledo (diretor da Coppe); Guilherme Lassance (diretor da FAU); Maria Alice Ferruccio e Fernando Castro Pinto (dos diretores-adjuntos de Carreira e Empreendedorismo e Tecnologia de Inovação da Escola Politécnica); Richard Stephan, do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe (responsável pelo desenvolvimento do MagLev e organizador do concurso); Patricia Lassance, da FAU (coordenadora e organizadora do concurso); e o ex-secretário estadual de Transportes e membros da comissão julgadora do concurso Delmo Pinho. Também estiveram presentes representantes das três equipes premiadas: “Caminhos Sustentáveis”; “PÓLUs” e “Integração e Sustentabilidade”.

Três equipes foram contempladas, tendo como objeto de trabalho projetos de conexão entre o Parque Tecnológico e o Centro de Tecnologia da UFRJ, passando próximo ao Edifício JMM via MagLev-Cobra. Os projetos deveriam associar campos disciplinares distintos, assim como pesquisas ou tecnologias já desenvolvidas na UFRJ.

Matheus Tinoco, aluno do PEC, foi o coordenador da equipe vencedora

Na opinião de Matheus Tinoco, aluno de doutorado em Engenharia Civil, da Coppe, e coordenador da equipe “Caminhos Sustentáveis”, primeiro lugar no concurso, a interdisciplinaridade foi o ponto alto do processo. “Nós da Engenharia queríamos fazer tudo muito simples, muito reto, e os colegas da FAU deram esse toque de criatividade que gerou as estruturas mais curvas e com arquitetura muito mais contemporânea”.

“Um dos critérios era utilizar tecnologias estudadas ou desenvolvidas aqui na UFRJ, então contamos com materiais e tecnologias, a estrutura da via elevada seria de polímero reforçado por fibra de vidro, material compósito muito mais leve e durável que o aço. O concreto das dos pilares e cobertura das estações foi pensado em ser o mais sustentável possível, então contaria com resíduos agroindustriais”, explicou Matheus.

Na opinião do anfitrião da exposição e diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, a escolha da rota (Parque Tecnológico – FAU) para o concurso de ideias tem grande significado. “O posicionamento desse edifício (Jorge Machado Moreira), nomeado em homenagem ao arquiteto que projetou a Cidade Universitária, é estratégico. Além disso, arquitetura e urbanismo são campos de competência de articulação interdisciplinar”, afirmou o professor Guilherme Lassance.

Reinauguração em 2023

Professor Romildo defendeu que o campus seja um local de demonstração tecnológica

O diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, destacou que a tecnologia de levitação magnética desenvolvida no projeto Maglev-Cobra pode ter um impacto enorme no país, beneficiando diversos setores industriais. “Precisamos de escala, precisamos trazer recursos para fortalecer a lógica da Cidade Universitária sustentável e local de demonstração tecnológica.  Precisamos motivar os formuladores de políticas públicas para absorverem tecnologias como essa, mas também motivar a indústria brasileira. Nunca esteve tão baixa a participação do setor industrial no PIB e nós temos capacidade, temos recursos humanos para desenvolver a indústria nacional”, acrescentou o professor Romildo.

“A universidade tem que ser capaz de transformar projetos em inovações efetivas”, afirmou o vice-reitor

O vice-reitor da UFRJ, professor Carlos Frederico Leão, relembrou que a universidade já discutia e planejava a integração do campus, via MagLev, desde a elaboração do Plano Diretor em 2009, e ponderou que a responsabilidade por esta implementação não pode ser deixada somente ao coordenador do projeto. “É muito ruim jogar isso nas costas do Richard. Quem tem que fazer isso é a universidade. É fundamental mudarmos essa perspectiva. A universidade tem que ser capaz de transformar projetos em inovações efetivas, interagindo com a indústria, com os agentes governamentais, com a cidade”, avaliou o professor.

Na avaliação do ex-secretário estadual de Transportes do Rio de Janeiro, Delmo Pinho, a universidade é um lugar onde há reflexão sobre os problemas da sociedade e tempo para planejarem soluções. “Quando eu estava na secretaria de Transportes, eu sou engenheiro e gosto de planejar, e isso, infelizmente, não casa com a política. É uma das razões pelas quais o Brasil apesar do seu potencial não consegue se desenvolver. Nós desenvolvemos um projeto conceitual parametrizado para a ligação sobre trilhos entre o Estácio e o Galeão. De implantação muito barata, dois a três bilhões de reais, atenderia muito bem à Ilha do Fundão e também à Vila do João”, relatou Delmo.

Segundo o professor Richard Stephan, a Faperj está apoiando a retomada do projeto com três milhões de reais. “Este apoio da Faperj, e também da Finep, está permitindo tirar o Maglev-Cobra do CTI. Temos também a parceria da Aeromóvel e da Seahorse. Assim, em 15 de outubro de 2023, no Dia do Professor, inauguraremos na linha CT1-CT2 um veículo com características industriais, não para operar apenas às terças-feiras, mas todos os dias. Vamos ligar o século passado (CT1) ao século presente (CT2), de forma emblemática essa linha fará essa ponte diariamente”, antecipou.

Professora da Coppe participa do congresso The Smarter e South America

A professora do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, Andrea Santos, participará, dia 24 de agosto, às 16 horas, da feira e congresso The Smarter e South America. Andréa será um dos palestrantes do evento paralelo “Brasil-Alemanha: Soluções inovadoras para sistemas de armazenamento de energia e hidrogênio Verde (H2V)”, promovido pela GIZ, a partir das 13 horas. O referido evento será realizado na Sala de reuniões 1 do Expo Center Norte (SP), onde o The Smarter e South America será realizado, de 23 a 25 de agosto; e será transmitido pelo canal da GIZ Brasil no YouTube.

O evento possui capacidade limitada e a entrada será por ordem de chegada. Para participar da feira é necessário fazer o cadastro no site do evento. O ingresso aos três dias é gratuito até o dia 22 de agosto.

A palestra da professora da Coppe será durante a sessão “Pesquisa de ponta e inovação em transformação de energia solar em Hidrogênio”, no qual será abordado um estudo que faz parte do Projeto Parceria Energética, da GIZ. O objetivo é apresentar como as pesquisas acadêmicas em Hidrogênio têm avançado no Brasil, considerando, principalmente, as atividades desenvolvidas no âmbito da parceira em H2 entre o Brasil e a Alemanha. Além de Andréa, participarão deste painel a professora Lucilene Rodrigues, da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e a doutoranda Aline Kirsten, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Confira a programação.

O The Smarter e South America é organizado pela Solar Promotion International GmbH e pela Freiburg Management and Marketing International GmbH, em parceria com a Aranda Eventos & Congressos. Confira a programação completa.

Vice-diretora da Coppe debate transição energética em evento da Shell

A vice-diretora da Coppe/UFRJ, professora Suzana Khan, participará, dia 25 de agosto, às 9h30, do painel “Transição energética e um futuro de baixo carbono” que integra a 5ª edição do Shell Talks. O evento será realizado no Armazém 5 do Píer Mauá, no Centro do Rio, e transmitido pelo site da Shell e pelos canais sociais dos jornais O Globo e Valor Econômico – LinkedIn, Facebook e YouTube. Os interessados em participar de forma presencial devem fazer a inscrição no próprio site da Shell.

O objetivo do Shell Talks, que ocorre de 23 a 25 de agosto, é discutir as agendas importantes para a indústria de Energia no Brasil, e nesta edição serão abordados, em cinco painéis, temas como ESG, transição e segurança energética, diversidade e tecnologia para mobilidade. Além da professora da Coppe, participarão do painel sobre transição energética, a gerente sênior de Relações Corporativas e Assuntos Regulatórios da Shell Brasil, Monique Gonçalves, como apresentadora; e a CEO da Carbonext, Janaina Dallan. A moderação será da jornalista Rosana Jatobá.