Estudo da Coppe recomenda aumento de disponibilidade de transportes e socorro financeiro às empresas do setor

Pesquisadores da Coppe/UFRJ realizaram um estudo e encaminharam à Secretaria de Estado de Transportes do Rio de Janeiro (Setrans), com o intuito de contribuir para redução do contágio e da letalidade da Covid-19, tendo em vista a perspectiva de retomada das atividades econômicas. Entre as recomendações, está a necessidade de incentivos aos deslocamentos a pé ou por bicicleta bem como o aumento da frota de ônibus e barcas em circulação e redução dos intervalos de trens e metrô. Para garantir a sustentabilidade do efeito destas ações, o estudo também avalia que poderá ser necessário uma compensação financeira aos operadores de transportes, suportada por uma reestruturação financeira de todo o sistema de mobilidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, já que tais medidas implicam custos que não serão normalmente cobertos pelas receitas tarifárias.

O estudo, realizado sob a coordenação dos professores Rômulo Orrico e Matheus Oliveira, do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, teve como premissa a garantia da saúde e segurança física dos cidadãos e trabalhadores, aprimorando as ações de distanciamento social e higienização dos ambientes, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de outras instituições da área. Para tanto, os pesquisadores mostraram que é necessário uma adequação no ambiente físico dos principais veículos de média e alta capacidade, bem como a valorização da mobilidade ativa como uma alternativa eficiente, segura e resiliente para estes momentos. Eles entendem que tais medidas também sejam permanentes. Fazem parte da equipe, os pesquisadores Bruno Coelho, Gabriela Binatti, Ígor Maranhão, João Melo, José Paiva Neto, Júlia Fagundes, Mariana Carneiro, Priscila Carvalho, Ycaro Batalha e Dario Almeida.

O professor Romulo Orrico diz que é fato concreto que os veículos de transporte público estão entre os locais de maior potencial de transmissão da Covid-19. Por isso, considera fundamental que haja uma articulação governamental, de forma que secretários de transporte do estado do Rio e das prefeituras tenham como orientar os dirigentes dos operadores de transportes. Para ser uma ideia, a estimava é que, diariamente, mais de 1,4 milhão de pessoas se desloquem entre municípios, por ônibus e vans. Só no pico da manhã, de 7 às 8 horas, 543 mil passageiros são transportados por ônibus intermunicipais. Além disso, a totalidade das viagens em metrô e a maioria das viagens em trem são internas à cidade do Rio de Janeiro. Por isso, o professor da Coppe defende ações rápidas de forma integrada, como ocorreu em países como Alemanha, França e Coreia do Sul, que dependem de forte articulação horizontal, entre as diversas secretarias, e vertical, entre os municípios e o estado.

Como parte do estudo, os pesquisadores analisaram várias medidas adotadas no mundo para enfrentar esse problema, a partir boas práticas na mobilidade e de proteção. Eles verificaram que entre as mais utilizadas nas principais cidades estão a implementação de ciclovias e ciclofaixas emergenciais, melhoria dos cruzamentos em eixos mais movimentados, incluindo automação de sinais para pedestres – que antes eram por acionamento manual–, redução de áreas na via destinada a veículos, com o intuito de aumentar áreas para pedestres, e também a suspensão de tarifas no transporte público para todos ou para alguns segmentos específicos da sociedade.

Medidas de segurança para passageiros e funcionários do setor de transportes

Entre as medidas de proteção propostas no estudo estão a obrigatoriedade do uso de máscaras nos transportes e dentro dos terminais, isolamento do motorista dentro dos ônibus e medição de temperatura de todos os funcionários das empresas de transporte. Para garantir o uso de máscaras, os pesquisadores consideram a fiscalização como uma medida importante e que deve estar presentes nas plataformas de trens, metrô e BRTs, para assegurar que todos os usuários cumpram a regra. Já nos ônibus, sugerem criar instrumentos que confiram ao motorista autoridade para proibir o ingresso e permanência de pessoas sem máscaras no transporte, sendo respaldado pelos agentes de segurança quando necessário.

“Em diversas cidades do mundo, como Salvador, Vancouver (Canadá) e Skåne (Suécia), o distanciamento do motorista de ônibus também é garantido com barreira física em material plástico, isolando o assento do motorista, bem como com a proibição de uso de assentos próximos ao motorista, também isolados com fita e cartazes. Outra ação importante, para controlar a propagação do coronavírus, é a testagem e isolamento dos infectados. Como há dificuldade de realização de testes, a União Internacional de Transporte Público (UITP) propõe que se realize, ao menos, a aferição da temperatura dos funcionários que trabalham em contato com a população”, explica Romulo Orrico.

Os pesquisadores da Coppe alertam que é necessário que se tenha álcool em gel disponibilizado para todos, higienização e medidas de distanciamento no interior dos veículos e nas plataformas. De acordo com eles, é preciso sinalização dentro dos veículos, com demarcações alternadas e em diagonal, determinando os assentos a serem deixados vagos, conforme recomendações da UITP. Nos metrôs e trens, o correto é que tenha marcações no chão para passageiros em pé, respeitando a distância mínima de um metro. “Já nos ônibus, barcas e BRTs, jamais a permanência de pessoas em pé, e os pontos e plataformas de embarques também devem contar com sinalizações de distanciamento demarcadas no chão, mantendo distância mínima de um metro entre os usuários. Tais medidas foram implementadas em diversas cidades, a exemplo de Miami e Londres” diz Romulo Orrico.

Compensação financeira aos operadores de transportes pode ser necessário

Com relação a sustentabilidade financeira do sistema, a nota técnica do estudo constata a expressiva redução da demanda por transportes públicos, desde o dia 16 de março, quando escolas, espaços públicos, atividades de lazer, entre outros, foram fechados ou tiveram sua utilização não recomendada. A partir da constatação desta perda, os pesquisadores da Coppe avaliam que o setor levará um longo tempo para ter condições de restabelecimento, principalmente em função da queda de renda e emprego da população e, também, pela necessidade de respeitar espaços adequados entre os usuários de forma a evitar um forte e persistente surto dentro do sistema de transportes.

“Mesmo que as restrições à circulação fossem, imprudentemente, suspensas, a severa crise econômica decorrente da pandemia afetará de tal maneira a renda e os empregos da população, que muitos terão pouco orçamento para se permitir o nível de mobilidade do período pré-pandemia. A esses, somam-se aqueles que, por prudência, continuarão evitando deslocar-se, numa tentativa de evitar a propagação da infecção para si e para os outros. Por isso, a nota propõe algumas formas de compensação financeira aos operadores de transportes, que pode ser por etapas”, explica o professor Matheus Oliveira.

Dentre as propostas de apoio financeiro, a de imediato, para ser tomada dentro de 30 dias, está a implantação de instrumentos para suporte à liquidez, incluindo injeções de dinheiro por meio de subsídios condicionados à comprovação de real desequilíbrio, bem como de compromissos de garantia e melhoria dos serviços oferecidos. Também no período inicial, os pesquisadores da Coppe sugerem fornecer linhas de crédito de rápido desembolso, oferecendo empréstimos garantidos e com juros mais baixos para atender às necessidades de capital de giro no curto prazo.

Confira a nota técnica dos pesquisadores do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe: https://bit.ly/COPPE-MOB-COVID

Covid-19: Coppe/UFRJ firma parceria com empresas para produção de testes diagnóstico em grande escala

A Coppe/UFRJ firmou parceria com Bio-Manguinhos/Fiocruz e com a empresa FK Biotecnologia-Imunobiotech para a produção de testes sorológicos para diagnóstico da Covid-19. Os testes estão sendo desenvolvidos, com o apoio da unidade Embrapii-Coppe e do Sebrae, a partir da proteína S (spike) presente na superfície do novo coronavírus. A proteína S está sendo produzida desde fevereiro de 2020 em células geneticamente modificadas no Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares (Lecc) da Coppe, coordenado pela professora Leda Castilho.

De acordo com a professora do Programa de Engenharia Química da Coppe, a produção de testes confiáveis no Brasil permitirá ampliar significativamente a testagem da população brasileira, que hoje em dia é muito baixa. “Os testes que detectam anticorpos do tipo IgG, os quais podem estar relacionados à imunidade, são muito importantes para compreender a disseminação da doença, subsidiar modelos epidemiológicos, auxiliar no desenvolvimento de vacinas, assim como permitir que decisões de políticas públicas sejam cientificamente embasadas”, esclarece.

“Os testes sorológicos, mais baratos e simples que o PCR, não detectam o vírus na fase aguda da doença, mas sim os anticorpos gerados pelo organismo algumas semanas após o contágio com o vírus, como parte da resposta imunológica do organismo. Por isso, eles se aplicam mesmo aos cerca de 80% dos indivíduos infectados que não apresentam sintomas, mas que podem ter contribuído para transmitir o vírus”, explica a coordenadora do projeto.

Segundo Leda Castilho, os testes sorológicos podem ser produzidos no Brasil por várias empresas e em grande escala, desde que haja disponibilidade de uma proteína do vírus para atuar como o “coração” do teste. Conforme explica a professora, a proteína S é uma das proteínas responsáveis pela estrutura tridimensional do novo coronavírus, o SARS-CoV-2. “Ela é responsável pela ligação do vírus às células humanas, permitindo a entrada e multiplicação do vírus. A proteína S é um alvo prioritário do sistema imunológico, sendo portanto a proteína mais promissora para o desenvolvimento de ensaios de diagnóstico sorológico”.

Em conjunto com o professor André Vale, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF/UFRJ), foi desenvolvido um teste sorológico do tipo “ELISA” usando a proteína S produzida na Coppe. Quando o plasma de indivíduos convalescentes foi avaliado, o resultado do teste “ELISA” apresentou correlação direta com a capacidade de neutralizar o novo coronavírus, medida no Instituto de Biologia da UFRJ, em trabalho coordenado pelos professores Amílcar Tanuri e Orlando Ferreira.

Amostras da proteína S produzida no Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares já foram entregues às empresas parceiras, as quais estão produzindo testes do tipo “ELISA” (FK Biotecnologia-Imunobiotech) e do tipo teste rápido (Bio-Manguinhos). Dada a urgência por testes confiáveis para diagnóstico da Covid-19, a parceria apoiada pela Embrapii e pelo Sebrae visa a otimização e o escalonamento do processo de produção e purificação da proteína, para que a tecnologia possa ser implementada em maior escala.

“O escalonamento inicial do processo até escala de biorreator de 50 litros ocorrerá na Coppe, já possibilitando a obtenção de proteína S em quantidade suficiente para produção de dezenas de milhares de testes por semana”, antecipa a professora Leda Castilho.

De acordo com o vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico de Bio-Manguinhos, Sotiris Missailidis, “o Instituto participa com apoio técnico para o escalonamento da produção da proteína S e com o desenvolvimento de um teste rápido para detecção de anticorpos. É uma parceria de inovação aberta; um exemplo de colaboração nacional, de instituições públicas e privadas, para dar resposta às necessidades do País, garantir a independência tecnológica e fortalecer o combate à atual crise da Covid-19. O objetivo final é a produção do teste rápido em larga escala, para atender às demandas do Ministério de Saúde”.

Na avaliação do CEO da FK Biotecnologia-Imunobiotech e professor licenciado da PUC-RS, Fernando Kreutz, o novo teste baseado na proteína S representa uma inovação que pode mudar o paradigma de enfrentamento à pandemia. “O desenvolvimento deste teste é um exemplo de parceria público-privada que dá certo e que transforma ciência em riqueza social”, reforça Kreutz.

Outras parcerias para a produção da proteína S

Outras empresas brasileiras, laboratórios governamentais e pesquisadores de diversas instituições brasileiras também já receberam a proteína S da Coppe com diversas finalidades além da produção de testes diagnóstico. Segundo a professora Leda Castilho, o Instituto Vital Brazil (IVB) recebeu a proteína para a imunização de cavalos para produção de soro anti-coronavírus, e o Hemorio a recebeu para monitorar a quantidade de anticorpos anti-coronavírus em voluntários convalescentes, com objetivo de tratar pacientes graves de Covid-19 mediante transfusão de plasma.

Antes de firmar a parceria apoiada pela Embrapii e pelo Sebrae, o projeto liderado por Leda Castilho recebeu em maio apoio do Senai Cetiqt (RJ), do Senai Nacional, e da empresa CTG para o desenvolvimento inicial da produção da proteína S em pequena escala, em uma ação que envolvia também a utilização da proteína S produzida pela Coppe por Bio-Manguinhos e pela empresa AdvaGen Biotech.

Especialistas defendem valorização do SUS, das universidades e da indústria nacional

O professor Antônio Carlos Campos de Carvalho criticou a reabertura de shopping centers

A Coppe/UFRJ realizou no último domingo, 14 de junho, o sexto debate do fórum virtual: O Brasil após a pandemia. A defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), a importância de um complexo industrial articulado com a demanda garantida pelo SUS e a valorização das universidades e instituições públicas de pesquisa foram alguns dos consensos explicitados pelo professor Carlos Grabois Gadelha, da Fiocruz; pelo professor Antônio Carlos Campos de Carvalho, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF/UFRJ); e pelo professor Roberto Medronho, da Faculdade de Medicina e do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, ambos da UFRJ.

O debate contou com a mediação do professor Luiz Pinguelli Rosa, da Coppe, e foi transmitido na página da Coppe no Facebook. O vídeo está disponível na página da instituição no YouTube. O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) participaria do Fórum. Mas, o ex-ministro estava em uma fazenda no interior do Mato Grosso do Sul, sem um bom acesso à internet. Mandetta chegou a gravar um vídeo, mas por dificuldades técnicas o mesmo não pôde ser exibido durante o evento. O vídeo pode ser conferido aqui.

Segundo o professor Roberto Medronho, a taxa de letalidade da Covid-19, para casos notificados (segundo o professor, algo entre 1/10 e 1/12 dos casos são notificados) está em 5,5% no Brasil. No mundo, 5,6%. “Estamos perto. Mas, o Brasil são vários Brasis. Em alguns lugares já chegamos ao pico e estamos em decréscimo, em outros o contágio está em expansão. A experiência internacional recomenda que a reabertura gradual da economia seja feita quando a taxa de contágio estiver em r=1, ou seja cada infectado sintomático contamine outra pessoa. A nossa taxa de contágio está em 1,7. Chegamos a estar com a taxa em 5. Com o isolamento, a taxa caiu muito, mas não o suficiente para abertura do mercado”.

O professor Antônio Carlos Campos de Carvalho concordou que antes que a taxa fique abaixo de r=1 não se deve cogitar o retorno das atividades, “muito menos shoppings”. “O CDC (Centro de Controle de Doenças e Prevenção, sigla em inglês) mostra que o risco de transmissão em superfícies e atividades ao ar livre é baixo, mas é muito alto em escritórios, templos e shopping centers”.

Para o professor do Instituto de Biofísica, a pandemia mostrou o quanto a Medicina pode ser imprecisa. “Dados recentes americanos apenas 2% dos jovens até 17 anos tiveram necessidade de atendimento médico por causa da Covid.  Sabemos que acima de 60 são grupos de risco, doenças cardiovasculares e metabólicas também, mas vemos jovens saudáveis indo a óbito e centenários se recuperando. A Medicina que praticamos ainda é pouco individualizada, é uma Medicina da imprecisão. Das dez drogas farmacológicas ou biológicas que mais rendem dinheiro a indústria, o melhor desempenho é que um paciente seja beneficiado a cada 4, e o pior 1 a cada 22. “Esses índices são incompatíveis com qualquer outra atividade industrial. Imagine a Embraer produzir quatro aviões e apenas um capaz de voar?, criticou.

Defesa do SUS

“O SUS é um dos sistemas de saúde mais solidários do mundo”, enalteceu o professor Roberto Medronho

Na avaliação de Roberto Medronho, é importante que a pandemia e o seu enfrentamento façam com que a mídia e a classe política mudem sua visão acerca do Sistema Único de Saúde. “O SUS a despeito do subfinanciamento crônico, continua vivo.  É um dos sistemas mais solidários do mundo. Atende gratuitamente 220 milhões de brasileiros de qualquer classe social. Nos EUA, a grande desgraça que ocorreu foi não ter um SUS. Morreu muita gente pobre, preta, da periferia por não haver um sistema público, universal e gratuito. Aqui, houve problemas sobretudo por parte dos governantes. É fundamental que haja mais eficiência e controle, mas o desastre seria muito maior se não fosse o SUS”, afirmou o professor da Faculdade de Medicina.

Para o Carlos Gadelha, a sociedade brasileira deveria ver o SUS como um patrimônio. “É o sistema mais universal e generoso do mundo, no seu alcance, embora conte com o menor financiamento dentre os sistemas universais de saúde”, afirmou o professor da Fiocruz, que enfatizou que nos locais onde a atenção básica de saúde foi implementada de maneira mais robusta, as respostas à pandemia foram mais eficazes.

“A concepção do sistema pactuado entre os níveis federados foi uma conquista da Saúde. Isso foi discutido e organizado com muita centralidade de instituições como a Fiocruz, a UFRJ, a Unicamp. Vemos na Coppe e na USP, avanços no desenvolvimento de ventiladores pulmonares, na bioengenharia. Na Fiocruz, novos testes e medicamentos. É importante mostrarmos para que a sociedade veja que Coppe e Fiocruz fazem bom uso dos recursos públicos”, defendeu Gadelha.

O professor Roberto Medronho, que já dirigiu a Faculdade de Medicina e o Instituo de estudos em Saúde Coletiva, destacou que o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho) tem dado um exemplo do que é fazer ciência e prestar assistência, e expressou seu orgulho pelas ações desenvolvidas na UFRJ. “Em fevereiro, a reitora (professora Denise Pires de Carvalho) me chamou para coordenar o Grupo de Trabalho Multidisciplinar para Enfrentamento da Covid-19 e foi um dos momentos mais bonitos da minha vida. Ver a potência da universidade para pensar e propor soluções. E saber que não é só a UFRJ, é também Fiocruz, Uerj, UFF, USP, Unicamp”.

A importância da indústria nacional

Na avaliação do professor Roberto Medronho, uma constatação imposta pela pandemia foi quão dependente o mundo se tornou da importação de produtos chineses, sejam reagentes, testes ou equipamentos de proteção individual. “O mundo inteiro entendeu a necessidade de um complexo industrial da saúde. Estavam todos dependentes da China, que pratica preços muito mais baixos que os demais. Quando precisaram, a produção doméstica não foi suficiente”.

O professor Carlos Gadelha corroborou a avaliação do colega. “Mais de 90% dos fármacos e máscaras N95 utilizados nessa pandemia são importados. Precisamos consolidar o tripé SUS-C&T-base de produção nacional. Articular esses três pilares é uma questão fundamental de soberania. Produzir no país não é feio, é necessário. Quem não sabe fazer não sabe nem comprar, como prova a vergonha que tem sido feita na aquisição de ventiladores. Essa pandemia coloca isso como uma reflexão necessária a uma agenda de desenvolvimento”.

Para Antônio Carlos de Carvalho, o país precisa ter política de Estado e ter política industrial. “No momento, não temos nenhuma das duas. É uma visão míope achar que despesa em Saúde, Educação e Tecnologia seja gasto, é investimento”, criticou. O professor do IBCCF lembrou que há poucas, porém meritórias, iniciativas particulares de investimentos nessas áreas. “Pessoas com muitos recursos criaram instituições como o Instituto Serrapilheira. Alguns grupos de saúde privada têm investido em C&T. Mas, infelizmente parece que o segmento terraplanista é majoritário entre o empresariado. Temos que buscar os mais progressistas para termos também financiamento privado”, lamentou Carvalho.

Testes, vacinas e o poder de compra do SUS

“Nosso instrumento mais poderoso para uma política industrial é termos o SUS. Quando a produção industrial dialoga com o SUS dá certo”, explicou professor Carlos Gadelha

Segundo Antônio Carlos Campos de Carvalho, é fundamental aumentar a testagem no país para planejar e implementar políticas públicas, incluindo a reabertura da economia. “Somos um dos países que menos testam e precisamos de testes confiáveis. Saída gradual, bem planejada e executada, depende de testagem ampla e bem-feita. Dado ruim gera modelo ruim e teste com 50% de falso positivo não serve”, destacou o professor.

Questionado quanto à necessidade de haver uma vacina para que a economia e a sociedade voltem ao normal, Carlos Gadelha enfatizou que a vacina deve ser produzida no país, mesmo que seja por empresa estrangeira. “A vacinação, de uma maneira geral, é um sucesso no país e tem parceria com empresas estrangeiras. É exemplar no mundo porque não está assentada em pés de barro. Temos Fiocruz e Butantã”, avaliou o professor da Fundação Oswaldo Cruz.

“É importante termos parcerias com as iniciativas mais promissoras. Garantindo compra, haverá oferta. Um Estado forte atrai empresas privadas fortes. Os Estados Unidos botaram mais 6 bilhões no sistema de ciência e tecnologia após a pandemia. Aqui, 87% do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) são contingenciados. Não há inovação sem horizonte de mercado. Nosso instrumento mais poderoso para uma política industrial é termos o SUS. Quando a produção industrial dialoga com o SUS dá certo”, explicou professor Gadelha.

Segundo Gadelha, quando o Sistema Único de Saúde foi criado em 1988, o déficit industrial do setor ficou evidente. “Antes bastava não importar nada. Com o Sistema, o déficit passou de quatro bilhões de reais para 20 bilhões. Um orçamento inteiro da Saúde gera lucro no exterior devido à nossa desindustrialização. Isso é inaceitável” contextualizou.

Para o professor da Fiocruz, o país precisa de nacionalismo, mas de um tipo muito diferente daquele defendido pelos seguidores do atual presidente. “Precisamos do nacionalismo do Milton Santos, quando propõe uma outra globalização, da solidariedade, e não este nacionalismo conservador, fascista. É amar o país e saber que sabemos fazer bem feito não só alimentos, mas vacinas e aviões. O nacionalismo de que falamos é de outra natureza. Da inclusão social, e de uma globalização da solidariedade e não essa globalização vergonhosa em que país rico rouba máscara de país pobre”.

Aplicativo lançado por Startup da Coppe começa a ser implantado por municípios no combate à Covid-19

A Lemobs, empresa residente da Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ, lançou o aplicativo App Minha Saúde, cujo objetivo é apoiar municípios e população, facilitando a avaliação de sintomas que possam sinalizar o diagnóstico da Covid-19. O aplicativo permite realizar uma “Autoavaliação Coronavírus”, que embora não substitua o diagnóstico clínico que deve ser feito, exclusivamente, por médico, pode indicar a necessidade de monitoramento diário de sintomas como temperatura, pressão, entre outros, gerando escores de risco e análises por parte das secretarias de Saúde.

O aplicativo despertou o interesse da Confederação Nacional de Municípios (CNM) que, por meio de um chamamento público, selecionou a solução e, desde o início de junho, está divulgando a ferramenta e sua importância aos 5.570 municípios brasileiros. A ferramenta é gratuita e resulta de uma parceria entre a Lemobs, a empresa ProntLife, o Laboratório do Futuro do Programa de Engenharia de Sistema e Computação (Pesc) da Coppe, o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e a Universidade Federal de Itajubá (Unifei).

A tecnologia começou a ser implantada no município de Teresópolis (RJ), onde o prefeito determinou que todas empresas para retomar suas atividades terão que ter seus funcionários utilizando o aplicativo como forma de protegê-los e também aos clientes. Uma vez identificada uma diferença no estado de saúde, que possa indicar ser um dos sintomas de covid-19, o funcionário e a empresa terão que acionar o serviço hospitalar, pelo próprio aplicativo, de forma a receber as orientações pertinentes.  Segundo André Assis, médico e CEO da ProntLife, os dados obtidos na Autoavaliação indicam se a pessoa faz parte do grupo de risco, se apresenta sintomas de alarme, se tem alergia a algum medicamento sintomático usado para aliviar sintomas, como dipirona, paracetamol e AS. “Dependendo do caso, seguindo diretrizes da OMS e das autoridades públicas de Saúde, o aplicativo vai alertar o usuário, sugerindo que procure o serviço de saúde mais próximo e fornecendo número de telefone e whatsapp de contato”.

Outro grande município que adotou o aplicativo foi Juazeiro do Norte (CE), onde foi lançado, dia 02 de junho, pelo secretário da saúde e prefeito local. No dia 14 do mesmo mês, a prefeitura emitiu um decreto instituindo que os empresários, comerciantes e prestadores de serviços devem monitorar seus colaboradores e funcionários utilizando o aplicativo Minha Saúde.

Até o momento, oito cidades mineiras também já utilizam o sistema, das quais Santa Rita do Sapucaí, Paraguaçu e Elói Mendes aderiram logo assim que a ferramenta foi disponibilizada, na primeira quinzena de maio. Na sequencia, a ferramenta foi implantada em Ouro Fino, Jacutinga, Monte Sião, Inconfidentes e Bueno Brandão. Nestes municípios, as informações cadastradas pelo usuário já podem ser acompanhadas pelas secretarias de saúde, por meio de um programa online, que não precisa ser instalado no computador.

De acordo com Sérgio Rodrigues, CEO da Lemobs, o programa foi estruturado de forma que os profissionais da secretaria possam organizar o conteúdo seguindo os protocolos de segurança da informação, como determina a Lei Gral de Proteção de Dados. “Como o aplicativo é georreferenciado, a secretaria municipal de Saúde poderá monitorar os sintomas do cidadão e saber onde ele se encontra, facilitando a identificação de focos da pandemia. Além disso, o usuário poderá, futuramente, consultar todos os dados registrados, além de manter um canal direto com os serviços de saúde”, explica Sérgio Rodrigues, que também é pesquisador do Laboratório do Futuro da Coppe.

Além de atender às necessidades dos municípios, a ferramenta pode ser configurada para que empresas e planos de saúde possam oferecer o serviço a seus associados, e também para que empresas prestem serviço de acompanhamento médico online aos seus funcionários. O pesquisador da Coppe ainda acrescenta que todos os interessados podem utilizar o aplicativo, mesmo que não haja conexão direta com uma secretária de saúde. Neste caso, uma pessoa que desconfie estar com um dos sintomas da covid-19 poderá consultar os dados do Ministério Saúde disponibilizados no aplicativo, junto com o número direto de contato para tirar dúvidas. Além disso, ele poderá acessar o mapa das unidades de saúde, que faz parte do aplicativo, que indicará a unidade mais próxima para ser atendido. Até o dia 15 de junho, foram registrados downloads de usuários em 15 estados, envolvendo 100 municípios, sendo 27 somente no Rio de Janeiro. Ao todo, o número de usuários do aplicativo já ultrapassa a 10 mil.

Saiba como baixar o aplicativo na página do App Minha Saúde

Em palestra virtual, professor Watanabe fala sobre ética na pesquisa e inovação

O combate ao plágio, a importância da confiança na sociedade e a necessidade de formar profissionais inovadores foram alguns dos temas destacados pelo professor da Copp/UFRJ, Edson Watanabe, na palestra “Ética na Pesquisa, Criatividade e Inovação”. Devido ao distanciamento social imprescindível ao enfrentamento da Covid-19, a tradicional palestra foi realizada remotamente e transmitida, ao vivo, na segunda-feira, 8 de junho, pela página da Coppe no Facebook.

Tendo grande experiência acumulada no tema de ética e integridade na pesquisa, desde 2007 quando assumiu a diretoria de Assuntos Acadêmicos da Coppe e começou a se deparar com violações de direito autoral, professor Watanabe explicou que, na maioria dos casos, “os plagiadores não têm consciência da ilegalidade e imoralidade que cometem. Há a percepção equivocada de que o que está na internet, o estudante pode copiar e colar”.

“A forma mais fácil de plagiar é simplesmente copiar e colar trechos da obra de outra pessoa. É a forma mais fácil de detectar também. Mas, copiar trocando pronomes, mudando tempo verbal ou substituindo palavras por sinônimos também é plágio, assim como reescrever textos de terceiros, que é mais difícil de detectar, mas também deve ser combatido”, explicou o professor do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe.

Watanabe alertou que embora o uso de material sem a devida referência seja percebido por muitos autores como um problema menor, a negligência pode acarretar graves consequências, especialmente causados pelos que não foram referenciados. “Em 2010, descobriram um plágio feito pelo ministro da Defesa alemão Karl-Theodor zu Guttenberg em sua tese de doutorado. Ele era cotado para ser o sucessor da chanceler Angela Merkel, mas após o episódio foi para o ostracismo”, relembra.

“Existe um grupo chamado Caçadores de Plágios, que avisa a instituição que conferiu diploma a uma tese com conteúdo plagiado e avisa o pesquisador que foi plagiado. Eles já nos avisaram que uma tese do Programa de Engenharia Civil tinha sido plagiada. É o mesmo grupo que atuou na Alemanha e também na Polônia”.

Professor Watanabe mencionou ainda um editorial publicado pela revista inglesa The Economist, em 2013, How Science goes wrong, o qual alertava que a Ciência estava se tornando menos confiável. Uma proporção crescente de artigos científicos não podia ser replicada, o que sugeriria que suas conclusões são inválidas.

Também em 2013, a revista Nature publicou uma reportagem Brazilian citation scheme ousted, que revelou que três publicações se articularam para elevar seus fatores de impacto.

“Despublicar um artigo, após constatar uso indevido de material alheio ou mesmo dados incorretos, não protege totalmente o acadêmico das consequências do plágio ou falta de integridade. Caso você publique 100 artigos e tenha um artigo despublicado, será lembrado por este. “Erros éticos são como tatuagem. Uma vez feitos, é muito difícil apagar””, enfatizou o professor, recomendando o Retraction Watch, site que publica retratações sobre artigos científicos.

Até o começo do mês de junho, havia 15 artigos relativos à Covid-19 retratados (despublicados) listados no Retraction Watch, incluindo o famoso estudo publicado na revista Lancet, que se tornou referência ao desaconselhar o uso da hidroxicloroquina no combate ao novo coronavírus.

A Lancet despublicou o artigo, no dia 4 de junho, após três de seus quatro autores se retratarem, devido à impossibilidade de realizar uma auditoria completa e independente dos dados que embasaram o estudo, e assim não poderem endossar a veracidade dos dados primários. “Eu sempre digo que é importante ter dados que sejam auditáveis. Muitas bancas e editoras podem duvidar dos resultados experimentais e querer auditar os resultados”, relembrou Watanabe.

Para evitar que seus alunos passem por problemas dessa natureza, a Coppe criou a Declaração de Não Violação de Direitos Autorais de Terceiros, que deve ser assinada por todos os mestres e doutores formados pela instituição. Professor Watanabe  recomendou aos alunos que leiam as Diretrizes de integridade científica e responsabilidade éticas da Coppe/UFRJ, presentes na página de Normas, resoluções e regulamentos no site da Coppe.

O professor recomendou também as diretrizes propostas pelo Council of Science Editors (CSE), publicadas em português no site da Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC): Diretrizes do CSE para promover integridade em publicações de periódicos científicos.

“Indisciplina” na inovação e neurobiologia da confiança

Após discorrer sobre ética e integridade na pesquisa, professor Watanabe falou sobre criatividade e inovação. Abordando os quatro conjuntos de conhecimentos, Watanabe afirmou que o conhecimento inovador está em descobrir “aquilo que não sei que não sei”. Segundo o professor, o aluno de doutorado deve ser “indisciplinado” no bom sentido, transitar entre os diferentes saberes e entender que a fronteira do conhecimento é interdisciplinar.

Ecoando as palavras do ex-presidente do CNPq, professor Mário Borges, de que “ciência transforma dinheiro em conhecimento, e inovação transforma conhecimento em dinheiro”, Watanabe explicou que uma inovação não basta ser uma boa ideia, um bom artigo ou mesmo uma patente, mas que deve ser algo “que funcione e o mercado aprove”.

O professor lembrou o economista austríaco Joseph Schumpeter, para o qual a inovação tecnológica seria a força motriz do desenvolvimento econômico, e explicou a escala TRL (Technology Readiness Level), criada pela Nasa para avaliar o amadurecimento tecnológico de produtos inovadores.

Watanabe citou o trem de levitação magnética Maglev-Cobra e o ônibus híbrido elétrico-hidrogênio, como tecnologias criadas na Coppe que já chegaram ao TRL 6, precisando cumprir mais algumas etapas para chegar ao TRL 9 quando a tecnologia está madura o suficiente para amplo uso na sociedade.

O ex-diretor da Coppe frisou  ainda que a confiança tem correlação com o desenvolvimento do país, de acordo com a conclusão no artigo Neurobiology of Trust , publicado pelo economista americano Paul Zak, professor da Claremont Graduate University e diretor do Centro de Estudos Neuroeconômicos.

Segundo a pesquisa de Paul Zak, em países muito desenvolvidos como Dinamarca, Noruega, Taiwan e Japão, as pessoas manifestavam muita confiança umas nas outras. O que é fundamental nos negócios, sobretudo em projetos longo prazo. Por sua vez, países em desenvolvimento como Argentina e Uganda apresentaram baixos níveis de confiança. “No Brasil, último da fila, só 2% das pessoas diziam confiar nos outros. Acho que isso pode ter até piorado após a Lava-Jato.  A consequência disso é que a falta de confiança leva a um país extremamente regulado, desconfiado e burocratizado, criticou o professor Watanabe.

Fórum Virtual da Coppe debate a crise na Saúde e o SUS

A Coppe/UFRJ promove no próximo domingo, 14 de junho, o sexto debate do fórum virtual: O Brasil após a pandemia. Com o tema “A crise na Saúde e o SUS”, esta edição terá a participação do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS); o professor Carlos Grabois Gadelha, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); o professor Antônio Carlos Campos de Carvalho, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF/UFRJ); e o professor Roberto Medronho, da Faculdade de Medicina e do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, ambos da UFRJ. O evento será transmitido ao vivo na página da Coppe no Facebook, a partir das 18h.

O encontro contará com a mediação do professor Luiz Pinguelli Rosa, da Coppe. O público poderá assistir e participar do debate, ao vivo, com perguntas que serão encaminhadas aos debatedores, no próprio link da transmissão.

Sobre os palestrantes

Médico ortopedista e ex-deputado federal por dois mandatos consecutivos (2011 a 2018), Luiz Henrique Mandetta foi ministro da Saúde, de janeiro de 2019 a abril de 2020. Mandetta foi ainda secretário municipal de Saúde de Campo Grande (MS), de 2005 a 2010, e presidente da Unimed Campo Grande, de 2001 a 2004.

Doutor em Economia pelo Instituto de Economia (IE/UFRJ), Carlos Grabois Gadelha é professor do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP) e coordenador do Grupo de pesquisa sobre desenvolvimento, complexo econômico industrial e inovação em saúde (GIS), da Fiocruz.

Doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz, Roberto Medronho é professor da Faculdade de Medicina e do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (Iesc), ambos da UFRJ. Medronho foi diretor das duas unidades. Atua na área de Saúde Pública, com ênfase em Epidemiologia e, atualmente, é diretor da Divisão de Pesquisa do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF).

Doutor em Ciências Biológicas (Biofísica) pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF/UFRJ), Antônio Carlos Campos de Carvalho é professor do IBCCF e Professor Visitante do Albert Einstein College of Medicine (EUA). Membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Carvalho já foi diretor de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (2013 a 2105) e atualmente coordena o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Medicina Regenerativa e a Rede Nacional de Terapia Celular (RNTC).

Convergência em prol da democracia marca o tom do 5º debate do Fórum Virtual da Coppe

Para Flávio Dino, a democracia está em risco e seria um erro relativizá-lo. “Outras gerações cometeram este erro e pagamos um preço caro”

A Coppe/UFRJ reuniu no último domingo, 7 de junho, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes; o governador do Maranhão, Flávio Dino; e do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz. Os três destacaram que não se deve minimizar as ameaças explícitas ao regime democrático e enfatizaram que o momento pede a união de todos que prezam a democracia, independentemente de suas ideologias ou preferências partidárias.

O debate, que teve como tema a “Necessidade de União Nacional pela Democracia”, foi transmitido ao vivo na página da Coppe no Facebook, e contou com a mediação do professor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa. O vídeo está disponível na página da instituição no YouTube

De acordo com o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), o fato de diferentes partidos, instituições e mesmo movimentos da sociedade civil buscarem articular uma frente ampla em defesa da democracia, isso deixa implícito que ela esteja sob ataque. “De fato, está e seria grave fazer vista grossa a isso. Outras gerações cometeram este erro e pagamos um preço caro. Até mesmo o Financial Times manifestou sua preocupação em editorial. Não podemos ter otimismo ingênuo, ingenuidade não serve a nada no momento”, alertou Dino.

O ministro Gilmar Mendes manifestou sua preocupação com a multiplicação dos ataques às instituições republicanas e aos valores democráticos. “Estas manifestações já ocorriam no entorno do presidente desde a campanha eleitoral. Atualmente, temos um acampamento em Brasília, liderado por uma senhora (Sara Winter) que diz ter armas e querer agredir em prol da ucranização do Brasil”.

“As vivandeiras dos quartéis perderam a informalidade. O artigo 142 da Constituição Federal regula a atividade das Forças Armadas, e leitores precipitados viram nele as bases para um autogolpe. Muitas dessas manifestações contaram com a presença do presidente Bolsonaro. Uma delas no Forte Apache, de seus acólitos. Eu já disse ao presidente que ele, como chefe de Estado, não deveria participar de manifestações antidemocráticas e ilegais”.

De acordo com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, as manifestações antidemocráticas, de tão recorrentes, tornaram-se espetáculos dominicais. “No mais recente, houve um desfile equestre, Bolsonaro cavalgou entre seus apoiadores, como se fosse o líder de hostes militaristas. Faço coro ao ministro Gilmar Mendes e acrescento que as vivandeiras estão hoje entronizadas no centro do Poder Executivo, inclusive a promover as teses do autogolpe”.

No entendimento de Santa Cruz, há um conjunto de ilegalidades (invasão de terras indígenas, grilagem, garimpo ilegal) que se aglutinam em torno de um homem “que é ignorante, mas não é burro nem incoerente”. “Bolsonaro nunca valorizou a democracia nem disse que governaria para todos. Ele governa para seus apoiadores radicalizados, e tem jogado as polícias militares contra os governadores. Eu aludo como antidemocrática a milicianização da política brasileira. O que é milicianizar as instituições? Afastá-las dos padrões da legalidade”, explicou o advogado.

O ministro Gilmar Mendes comentou a decisão do STF de reafirmar a competência concorrente de estados, municípios e União na adoção de medidas de proteção à saúde. Ou seja, que todos os entes federados têm deveres e responsabilidades para com a saúde da população. De acordo com o ministro, a decisão deixou claro que o SUS é um modelo tripartite. “Os serviços diretos são prestados pelos estados e municípios. Quando se colocou essa zona de conflito, o Supremo primou que a União tinha o que dizer, mas que deveria respeitar em termos de abertura e fechamento, aquilo que compete aos demais entes. Creio que isso causou desconforto ao presidente, que disse que o STF esvaziou sua caneta. Talvez tenha em mente alguma concepção de presidencialismo imperial, que não existe”, avaliou.

Para o ministro Gilmar Mendes, o Brasil vive um momento histórico “bastante peculiar”, no qual somam-se “desenvolvimento econômico medíocre – agravado pela pandemia que impôs a paralisação de atividades e o distanciamento social – à crise política que traz série de desinteligências entre os Poderes”.

Apesar da pressão imposta pela militância governista, o ministro mostra-se tranquilo quanto ao papel institucional da corte que representa. “Temos consciência de que estamos contribuindo bem o papel de guardiões da Constituições. Não creio que haja extravasamento e caso haja descontentamento com alguma decisão, é possível impetrar recurso”, afirmou o ministro do STF.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil frisou que a OAB não está na luta partidária, mas ”quem se omitir agora será conivente”. “Temos um ministro da Educação contra a Educação, uma ministra dos Direitos Humanos machista, o do Meio Ambiente é ecocida, o presidente da Fundação Palmares, racista. O filho do presidente diz que não é questão de se (confrontará a ordem democrática), mas de quando. Cabe a nós impedir esse quando”, reforçou Felipe Santa Cruz.

Frente Ampla pela democracia

“Temos que abrir o coração à generosidade e não disputar a liderança de um movimento que deve ser natural”, defende o presidente da OAB

O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, disse que tem participado de diversas iniciativas com fim de que seja constituída uma frente ampla capaz de contemplar a todos que defendam a democracia, mas fez um alerta. Como atrair para esta luta as classes C e D que vivem acossadas pela violência da polícia, do tráfico e da milícia? Temos que incluir mulheres e negros, abrir o coração à generosidade e não disputar a liderança de um movimento que tem que ser natural como um rio. Um movimento contra o fascismo e o governo da morte. Precisamos lutar para que tenhamos ao menos a consciência tranquila”, afirmou Santa Cruz.

Para o ministro Gilmar Mendes, o fundamental é focar nas convergências. “Nesse estado de desassossego, como dizia Fernando Pessoa, chamarmos todas as pessoas de boa fé para sobrevalorarmos a democracia. Ninguém quer desenvolvimento social ou econômico às expensas do ambiente democrático, que é um pressuposto que deve ser defendido.Temos também que dar atenção aos jovens e à formação democrática”.

Destacando a necessidade de uma Frente Ampla, suprapartidária, pluri-ideológica, baseada no bom senso, Flávio Dino defendeu que o PT não seja excluído, mas mostrou-se reticente quanto à inclusão do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro. “Uma Frente Ampla deve ser construída para além do mundo partidário e das lideranças postas. Mas, não creio que esta se dará excluindo o PT, pela representatividade que tem, as vitórias eleitorais que já teve, e pela maior bancada da Câmara. Às vezes sou cobrado ‘Flavio Dino se reuniu com quem?’. Ué, e não pode? Devemos sim nos reunir. A estrada de Damasco é larga, Saulo de Tarso passou por ela e se tornou Paulo. Talvez Moro passe por ela e se torne democrata. Mas estava há pouco na antessala do fascismo. Agora, tudo tem seu tempo debaixo do Céu, diz a Bíblia. Em 2022 pensa-se depois, mas creio que pior para a esquerda seja o isolamento”, refletiu o governador.

Flávio Dino enfatizou que é preciso fazer que a gramática e o dicionário da democracia prevaleçam, para evitar aventureiros. “Autocratas não gostam de instituições que contraponham seu poder. Bolsonaro comete crimes em série contra a Constituição Federal e as leis. Inclusive ao pacto federativo. Ele culpa os governadores pelo desemprego, quando a condução macroeconômica compete ao governo federal. Mas, precisamos resistir. O monstro do fascismo ainda não se agigantou, mas existe”.

União pela democracia e pela justiça social

“A crise dá a oportunidade de revisitar as mazelas sociais que vínhamos tolerando e pensarmos na criação de um Estado social mais justo”, defendeu Gilmar Mendes

Após discorrer sobre as ameaças, veladas e explícitas, à democracia, o ministro Gilmar Mendes chamou atenção para o título do Fórum Virtual da Coppe e para a necessidade de pensar o país par ao pós-pandemia. “Ela (pandemia) mostrou algumas falhas do sistema. Precisamos fortalecer o SUS. Havia apenas 70 leitos de UTI em Manaus. A crise revelou necessidade de fortalecer o sistema, mas graças a Deus temos o SUS, senão poderia ser pior”.

Outra questão levantada pelo ministro foi a dificuldade de localizar os titulares dos direitos de receber a renda básica emergencial. “Causou perplexidade, nossos cadastros se mostraram incapazes de localizar nossos ‘invisíveis”’. É altamente constrangedor para uma das maiores economias do mundo. Precisamos reconceber o sistema de proteção social. Chegamos a romantizar favelas e comunidades, e temos nelas péssimas condições sanitárias. Falta de água, e os piores índices de tuberculose, como alertou o ex-ministro Mandetta. Como dizer a essas pessoas para colocar os doentes em outros cômodos se não há? Isso precisa entrar em nossa agenda. Mais de 60 milhões de brasileiros não têm água encanada, metade da população não tem tratamento de esgoto”, criticou o jurista.

“Precisamos conceber consensos em prol da democracia, mas também em torno de uma democracia social. A crise dá a oportunidade de nos reencontrarmos com o Brasil profundo, revisitar as mazelas sociais que vínhamos tolerando e pensarmos na criação de um Estado social mais justo”, defendeu Gilmar Mendes.

Na avaliação de Flávio Dino, a principal proteção da democracia é justamente o auxílio emergencial, “pois ele permite a condição material da subsistência. Sem isso reina o desespero, que é um caldo de cultura inclusive para o fascismo. É interesse da sociedade que a renda básica seja mantida, quiçá para sempre”.

Dino chamou atenção para a necessidade de o país fomentar e valorizar um complexo industrial na área da Saúde. “A Coppe, que investiga esses temas com muita seriedade, sabe que estamos importando máscaras N95 e respiradores em ações desesperadas porque não há oferta adequada de insumos de saúde em nosso país. É uma questão de soberania nacional. As elites militares que tanto prezam o conceito, que zelem então pela soberania”, avaliou o governador do Maranhão, que também cobrou uma reforma tributária, capaz de redistribuir renda e atacar as desigualdades socioeconômicas.

Professor Watanabe profere palestra sobre ética, criatividade e inovação

O professor Edson Watanabe profere nesta segunda-feira, 8 de junho, às 10h, a sua tradicional palestra sobre ética, integridade na pesquisa e inovação. Este ano, a palestra “Ética na Pesquisa, Criatividade e Inovação” será realizada via Zoom e transmitida, ao vivo, na página da Coppe no Facebook.

A palestra será dividida em três blocos. O primeiro trata da ética na pesquisa com atenção especial para a ética na publicação tratando do problema da autoria, do plágio, do uso de material já publicado, dos direitos autorais (copyright), entre outros.

No segundo bloco, o ex-diretor da Coppe falará sobre os quatro conjuntos de conhecimentos. O terceiro bloco abordará a inovação tecnológica. “Muitos, erradamente, acham que basta ter uma boa ideia para ser considerado inovador. A inovação precisa de muito mais que boas ideias, uma patente ou mesmo uma tese. O inovador deve ter um mindset específico assim como o pesquisador e, em geral, são mindsets diferentes”, antecipa o professor Watanabe.

Professores da Coppe apresentam resultados preliminares de estudo sobre redução de emissão de CO² no transporte marítimo

Os professores da Coppe/UFRJ, Alexandre Szklo e Joana Portugal Pereira, apresentam nesta sexta-feira, 5 de junho, os resultados preliminares de um estudo encomendado ao laboratório Cenergia, da Coppe, pelo Instituto Clima e Sociedade (ICS) para avaliar o potencial de redução de emissões de gases de efeito estufa no setor marítimo internacional. O evento será realizado às 10h30 e a inscrição deve ser feita neste link.

De acordo com a professora Joana Portugal Pereira, serão apresentadas uma análise multicritério sobre quais as rotas tecnológicas mais competitivas (analisando a disponibilidade de matérias primas, maturidade tecnológica, custo, potencial de redução de gases de efeito estufa, entre outros critérios) e uma análise de ciclo de vida destas rotas tecnológicas.

A terceira etapa, com conclusão prevista para agosto, terá a projeção de cenários preditivos utilizando o modelo de avaliação integrada (IAM), Coffee (Computable integrated Framework For Energy and the Environment), primeiro IAM de uso global desenvolvido por instituição do hemisfério sul.

O webinar contará ainda com a participação da pesquisadora Yuanrong Zhou, do International Council on Clean Transportation e será mediado por Lavínia Hollanda, diretora-executiva da Escopo Energia.

Pesquisadores reforçam estimativa de pico da pandemia no início de junho no estado do Rio

Com base em novos dados gerados por modelo computacional desenvolvido na Coppe/UFRJ, em parceria com a Faculdade de Medicina, pesquisadores continuam recomendando lockdown no estado do Rio, caso não haja uma redução rápida na velocidade de transmissão. A terceira nota técnica, que acaba de sair, incorpora também informações referentes à mobilidade da população, obtidas por meio da movimentação dos aparelhos de celular, como forma de comprovar que o confinamento ainda é necessário. De acordo com os pesquisadores, o número de infectados no estado poderá chegar a 71 mil no pico da pandemia, que poderá ocorrer a partir do final da primeira quinzena de junho (12-17 de junho). O modelo foi configurado levando em conta que cada pessoa infectada pode transmitir o vírus para outras 2,02 pessoas, em média.

Coordenado pelos professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), membros do Grupo de Trabalho Multidisciplinar da UFRJ sobre a Coronavirus Disease 19 (COVID-19) Guilherme Horta Travassos, da Coppe, Roberto de Andrade Medronho, da Faculdade de Medicina, e Claudio Miceli de Farias, da Coppe e do Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais (NCE), o estudo inclui somente os casos de Covid-19 confirmados pela Secretaria de Estado de Saúde do estado do Rio de Janeiro.

Capaz de calcular diariamente as previsões com base na evolução dos dados notificados e disponíveis, desde o início da pandemia, a ferramenta prevê o número de pessoas que poderão ser infectadas pela Covid-19, bem como pode estimar o número de óbitos em decorrência da doença no Estado do Rio Janeiro, cuja população é de 17,2 milhões.

“O modelo estima que o número de casos de Covid-19 confirmados no período de pico deverá chegar a cerca de 71 mil casos notificados. De acordo com o modelo utilizado, caso se mantenha o cenário atual, no qual apenas cerca de 40% a 50% da população fluminense segue as orientações de confinamento, o número de óbitos pode chegar a 15,1 mil pessoas ao final da pandemia”, alerta Claudio Miceli, professor do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe e do NCE. 

Lockdown imediato para poupar vidas

Os professores defendem lockdown imediato como forma mais eficaz, no momento, para poupar vidas e também evitar o colapso no sistema de saúde. Para se ter uma ideia, a  modelagem indica que durante o pico serão necessários 800 ventiladores pulmonares novos funcionando, simultaneamente, sem contar os que já estarão em uso pelos pacientes que adoeceram antes.

O aparente relaxamento no confinamento, observado nas ruas, foi constatado pelo acompanhamento do deslocamento de aparelhos de telefone celular (sem identificação do proprietário), e como resultado o modelo mostra maior número de contágio no período de 16 a 19 dias após o aumento de circulação da população. De acordo com o indicador de mobilidade, o nível de isolamento social que se manteve em média acima de 50% no período de 14/03 a 02/05, começou a decrescer e chegou a 46,4% na semana de 17 a 23/05. Com base neste indicador de mobilidade, os pesquisadores acreditam que o nível de isolamento esteja abaixo de 50%, com o aumento de movimentação nas ruas, a partir de 17/05.

O professor Roberto Medronho, que lidera o Grupo de Trabalho Interdisciplinar para enfrentamento da Covid-19 da UFRJ, explica que as medidas de isolamento social adotadas têm contribuído para reduzir o número de casos, mas que não são suficientes para eliminar a necessidade do Estado do Rio precisar contar com milhares de leitos e inúmeros respiradores.

 “A adoção do lockdown é necessária, tendo em vista o comportamento da população até o momento, e a insuficiência de infraestrutura hospitalar do Rio de Janeiro. É a forma mais eficaz de frear a contaminação de pessoas. Os países que adotaram essa medida, como a França, já estão retornando suas atividades. O mesmo já poderia estar acontecendo no Rio de Janeiro, caso isso fosse feito”, lamenta Medronho, acrescentando que caso a vacina não chegue a tempo, enfrentaremos uma segunda onda de epidemia, cujo período ainda não é possível estimar.

Os resultados do modelo têm como base os dados epidemiológicos acumulados dos casos notificados de 20/02 a 16/05. A partir desse período, os pesquisadores calcularam a evolução da pandemia pela linha do tempo, e fizeram simulações utilizando as ocorrências da semana a partir de 17/05.

 Modelo calcula com rapidez a evolução da pandemia

Guilherme Travassos explica que o grande diferencial deste modelo está na realimentação rápida, na evolução temporal e na visualização de forma clara do estado da pandemia. Para isso, criaram um indicador inspirado em um velocímetro, batizado de “covidímetro”, que sinaliza o grau de risco de colapso no sistema de saúde. Em breve, o indicador e as previsões de novas infecções estarão disponíveis ao público no site de acompanhamento Coronavírus (https://dadoscovid19.cos.ufrj.br), no ar desde o início de abril, mostrando todos os casos notificados.

“Desenvolvemos um modelo estruturado para recalcular automaticamente e com confiabilidade o cenário futuro. Ele possibilita visualizar as consequências das atitudes tomadas há 15 dias da data de análise, o que o torna uma ferramenta importante para os gestores governamentais. Também conta com um “velocímetro” para que a população possa ver a evolução dos casos e das previsões, todos os dias, pela Internet. Mas é necessário registrar que o modelo é alimentado por dados organizados e fornecidos pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio, que podem sofrer variações por problemas de notificação, entre outras ocorrências que influenciam os resultados”, afirma Guilherme Travassos, professor do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe.

Coppe debate “Necessidade de União Nacional pela Democracia”

A Coppe/UFRJ promove no próximo domingo, 7 de junho, mais um debate do Fórum Virtual “O Brasil após a pandemia”. Com o tema “Necessidade de União Nacional pela Democracia”, o Fórum contará com a participação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes; do governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B-MA); e do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. O debate será transmitido ao vivo na página da Coppe no Facebook, a partir das 18h.

O encontro contará com a mediação do professor Luiz Pinguelli Rosa, da Coppe. O público poderá assistir e participar do debate, ao vivo, com perguntas que serão encaminhadas aos debatedores, no próprio link da transmissão.

Sobre os debatedores

Ministro do Supremo Tribunal Federal desde 2002, o juiz Gilmar Mendes exerceu diversos cargos na Administração Pública, tendo sido Procurador da República; Adjunto da Subsecretaria-Geral da Presidência da República, Consultor Jurídico da Secretaria-Geral da Presidência da República, Assessor Técnico na Relatoria da Revisão Constitucional na Câmara dos Deputados, Assessor Técnico no Ministério da Justiça, Subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil e Advogado-Geral da União. Presidiu o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em ocasiões distintas. É professor de Direito Constitucional da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília e criador do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).

Atual governador reeleito do Maranhão, Flávio Dino foi juiz federal e professor de Direito da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Dino foi ainda diretor da Escola de Direito de Brasília, do Instituto Brasiliense de Direito Público, e presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). secretário‐geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).  Federal entre 2006 e 2010, Flávio Dino ocupou ainda os cargos de secretário‐geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).

Presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com mandato até 2022, Felipe Santa Cruz presidiu a seção fluminense da OAB por dois mandatos consecutivos. Advogado trabalhista e filho de Fernando Santa Cruz, vítima da ditadura militar, Felipe Santa Cruz foi professor das universidades Cândido Mendes e Santa Úrsula.

Professor da Coppe conquista prêmio Destaques em Governança da Internet no Brasil

O professor Edmundo de Souza e Silva, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe/UFRJ, acaba de ser contemplado com o prêmio Destaques em Governança da Internet no Brasil. Em sua primeira edição, a premiação é uma iniciativa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br.), e será concedida anualmente para proporcionar o reconhecimento público de pessoas ou organizações que contribuem com o desenvolvimento da Internet no Brasil. Seja por meio de suas ações, ou realizações, ideias e soluções criativas e perenes que tenham significativo alcance e impacto comunitário.

O anúncio oficial dos 30 contemplados no ano de 2020 foi realizado, dia 29 de maio, durante evento virtual das comemorações dos 25 anos do CGI.br., transmitido via Youtube (www.youtube.com/user/NICbrvideos). Os premiados foram indicados por uma comissão formada e aprovada no pleno do CGI.br, composta por conselheiros dos setores representados. Na ocasião do evento comemorativo do Comitê, também foi lançado o site oficial do prêmio (www.premiodestaques.cgi.br), contendo informações e trajetória de cada um dos contemplados.

Clube EFC Rio promove edição 2020 do Fórum da Economia da Funcionalidade

O Clube EFC Rio, dirigido pelo professor da Coppe/UFRJ, Francisco Duarte, promove na próxima quinta-feira, 4 de junho, às 17h, o primeiro encontro (virtual) da edição 2020 do Fórum da Economia da Funcionalidade e da Cooperação. O Fórum terá como tema “Bem Viver Alimentar acessível a todos” e será realizado em parceria com o Instituto Atemis, de Belo Horizonte (MG).

O evento contará com a participação do professor Francisco Duarte, coordenador do Programa de Engenharia de Produção; do professor da Escola de Engenharia da UFMG e coordenador do Núcleo Alter-Nativas, Francisco Lima; de Bruno Grossman, fundador do Mercado Acolheita, mercado dedicado exclusivamente a pequenos produtores locais; e Vivian Tofanelli, pesquisadora do Núcleo Alter-Nativas (UFMG) e do Instituto Atemis, e organizadora da Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA) Ora-pro-nóbis

As inscrições, gratuitas, devem ser feitas no link RSVP no site do Clube EFC Rio. O evento será online e o link da transmissão será enviado aos inscritos.

O Fórum promoverá encontros, com este mesmo tema, nas demais quintas-feiras do mês de junho (dias 11, 18 e 25), sempre às 17h, com inscrições no site do Clube EFC Rio.  Para maiores esclarecimentos: clubeefcrio@gmail.com.

Sobre o Clube EFC Rio

O Clube EFC Rio é o primeiro do gênero no Brasil, criado com o objetivo de divulgar o conceito da Economia da Funcionalidade e da Cooperação, nos moldes dos clubes surgidos na França. “A proposta da EFC é reorganizar a cadeia produtiva, superando a lógica taylorista, de redução de custos e produção em massa. É buscar outra governança. Não se trata mais de entrar no mercado e vender bens, os consumidores querem serviços. Isso deve ter uma ancoragem territorial, com valores apropriados pela população local”, explica o professor Francisco Duarte.

Sobre o Fórum EFC

O Fórum da EFC é um evento aberto a todos os públicos, com o intuito de promover o debate em temas emergentes, relacionados ao desenvolvimento territorial sustentável para superar os limites do modelo industrial baseado na produção em massa. Seu objetivo principal é ampliar o debate sobre modelos de desenvolvimento econômico, difundindo conceitos e princípios da EFC e rompendo com paradigmas e estruturas consolidadas no modelo econômico adotado majoritariamente pelas empresas brasileiras.

O Clube EFC Rio divulga suas atividades e publica conteúdo sobre a Economia da Funcionalidade e da Cooperação, em suas páginas nas redes sociais: InstagramFacebook Twitter. Para mais informações, entrem no site do Clube: clubeefcrio.com

Professor Watanabe recebe condecoração japonesa A Ordem do Sol Nascente

O professor Edson Watanabe, do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe/UFRJ, recebeu do governo japonês a condecoração da Primavera 2020, a do 2º ano da Era Reiwa, na categoria Estrangeiro. Watanabe foi contemplado com o Grau de Condecoração “A Ordem do Sol Nascente, Raios de Ouro com Laço”. Ao todo, foram homenageadas onze pessoas que vivem no Brasil, dos quais apenas dois são japoneses, que contribuíram para o progresso do Japão.

A Ordem do Sol Nascente é a segunda condecoração mais prestigiosa do Japão, sendo concedida aos “homens honrados”. Watanabe recebeu o Kunshou (a condecoração em japonês), por indicação do Consulado Geral do Japão no Rio de Janeiro, em função do seu desemprenho na academia. “É um ótimo reconhecimento. Inclusive, meu pai recebeu um prêmio similar, em 2004”, diz.

Como professor da Coppe, concentrou esforços para o intercâmbio acadêmico entre o Brasil e o Japão, por muitos anos, no campo da ciência e tecnologia, publicando livros em colaboração com pesquisadores japoneses e contribuindo para o entendimento mútuo entre os dois países. Ainda, atuou como membro do comitê de seleção de bolsas de estudo do Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia (MEXT) do Japão, por mais de 30 anos, desempenhando papel importante na seleção de alunos de excelência e fornecendo suporte a estudantes estrangeiros, como os brasileiros, contribuindo significativamente para a promoção das relações de amizade entre o Brasil e o Japão. O professor calcula que tenha selecionado cerca de 150 alunos neste período, em torno de cinco ou seis por ano.

Pesquisadores recomendam lockdown no Estado do Rio com base em modelo desenvolvido na Coppe

Com base em dados gerados por modelo computacional desenvolvido na Coppe/UFRJ, pesquisadores recomendam lockdown no Estado do Rio, caso não haja uma redução rápida na velocidade de transmissão. De acordo com os pesquisadores, o número de infectados no estado poderá chegar a 40 mil no pico da pandemia, prevista para a primeira quinzena de junho. O modelo foi configurado levando em conta que cada pessoa infectada pode transmitir o vírus para outras 2,46 pessoas, em média.

Coordenado pelos professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), membros do Grupo de Trabalho Multidisciplinar da UFRJ sobre a Coronavirus Disease 19 (COVID-19),  Guilherme Horta Travassos, da Coppe, Roberto de Andrade Medronho, da Faculdade de Medicina, e Claudio Miceli de Farias, da Coppe e do Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais (NCE), o estudo inclui somente os casos de Covid-19 confirmados pela Secretaria de Estado de Saúde do estado do Rio de Janeiro.

Capaz de calcular diariamente as previsões com base na evolução dos dados notificados e disponíveis, desde o início da pandemia, a ferramenta prevê o número de pessoas que poderão ser infectadas pela Covid-19, bem como pode estimar o número de óbitos em decorrência da doença no Estado do Rio Janeiro, cuja população é de 17,2 milhões.

“O modelo estima que o número de casos de Covid-19 confirmados no período de pico deverá chegar a cerca de 40 mil casos notificados, levando em conta que apenas 9% dos casos são notificados. O número de óbitos poderá chegar a 30 mil pessoas ao final da pandemia de acordo com o modelo utilizado, caso se mantenha o cenário atual, na qual apenas cerca de 50% da população fluminense segue as orientações de confinamento”, alerta Claudio Miceli, professor do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe e do NCE. 

Lockdown imediato para poupar vidas

Os professores defendem lockdown imediato como forma mais eficaz, no momento, para poupar vidas e também evitar o colapso no sistema de saúde. Para se ter uma ideia, a  modelagem indica que durante o pico serão necessários 800 ventiladores pulmonares novos funcionando, simultaneamente, sem contar os que já estarão em uso pelos pacientes que adoeceram antes.

O professor Roberto Medronho, que lidera o Grupo de Trabalho Interdisciplinar para enfrentamento da Covid-19 da UFRJ, explica que as medidas de isolamento social adotadas têm contribuído para reduzir o número de casos, mas que não são suficientes para eliminar a necessidade do Estado do Rio precisar contar com milhares de leitos e inúmeros respiradores.

 “A adoção do lockdown é necessária, tendo em vista o comportamento da população até o momento, e a insuficiência de infraestrutura hospitalar do Rio de Janeiro. É a forma mais eficaz de frear a contaminação de pessoas. Os países que adotaram essa medida, como a França, já estão retornando suas atividades. O mesmo já poderia estar acontecendo no Rio de Janeiro, caso isso fosse feito”, lamenta Medronho, acrescentando que caso a vacina não chegue a tempo, enfrentaremos uma segunda onda de epidemia, cujo período ainda não é possível estimar.

Os resultados do modelo têm como base os dados epidemiológicos acumulados dos casos notificados de 20/02 a 02/05. A partir desse período, os pesquisadores calcularam a evolução da pandemia pela linha do tempo, utilizando o dia 03/05 como ponto de partida para as simulações. Data que os pesquisadores dizem que deve ser usada como referencial para interpretação dos resultados.

 Modelo calcula com rapidez a evolução da pandemia

Guilherme Travassos explica que o grande diferencial deste modelo está na realimentação rápida, na evolução temporal e na visualização de forma clara do estado da pandemia. Para isso, criaram um indicador inspirado em um velocímetro, batizado de “covidímetro”, que sinalizará o grau de risco de colapso no sistema de saúde. Em breve, o indicador e as previsões de novas infecções estarão disponíveis ao público no site de acompanhamento Coronavírus (https://dadoscovid19.cos.ufrj.br), no ar desde o início de abril, mostrando todos os casos notificados.

“Desenvolvemos um modelo estruturado para recalcular automaticamente e com confiabilidade o cenário futuro. Ele possibilita visualizar as consequências das atitudes tomadas há 15 dias da data de análise, o que o torna uma ferramenta importante para os gestores governamentais. Também conta com um “velocímetro” para que a população possa ver a evolução dos casos e das previsões, todos os dias, pela Internet. Mas é necessário registrar que o modelo é alimentado por dados organizados e fornecidos pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio, que podem sofrer variações por problemas de notificação, entre outras ocorrências que influenciam os resultados”, afirma Guilherme Travassos, professor do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe.

Pesquisadores da Coppe, da PUC e do IME criam manual para higienização de transporte de cargas

Devido à pandemia da Covid-19, a demanda no setor de transporte de carga para suprimentos médicos e domiciliares, alimentos, material de higiene e de limpeza tem aumentado. Para garantir que essa atividade seja segura para todos os envolvidos, tanto empresas como clientes, a Defesa Civil do Governo do Estado do Rio de Janeiro estabeleceu um conjunto de recomendações relativas à higienização para manuseio e transporte de carga, como uma das medidas de prevenção e controle do novo coronavírus. Tais recomendações deram origem ao manual “Medidas de Higienização para Transporte de Carga no Estado do Rio de Janeiro”, disponível no link http://covid19cientifico.ime.eb.br/medidas.pdf.

O manual foi desenvolvido pelo professor do Programa de Engenharia de Produção da Coppe/UFRJ, Tharcísio Cotta Fontainha, em parceria com a Professora Adriana Leiras, do Centro Técnico Científico da PUC (CTC/PUC-Rio), e com a  Major Renata Albergaria de Mello Bandeira, Professora dos Programas de Pós-graduação em Engenharia de Transportes e de Engenharia de Defesa do Instituto Militar de Engenharia (IME), onde também é membro do Subgrupo de Logística Humanitária.

Entre as orientações, o manual inclui cuidados com embalagem e manuseio da mercadoria, com o veículo, com a empresa responsável pela entrega, o entregador e o cliente final. As medidas explicam como deve ser a montagem de embalagens, manuseio de mercadoria, cuidados com os veículos, treinamento e monitoramento da saúde dos funcionários e a forma pela qual a mercadoria deve chegar no cliente, que também deve fazer uma nova higienização nos produtos e nas mãos. 

“Para evitar interrupções na cadeia de suprimentos e o desabastecimento de pontos de venda, é essencial garantir o transporte de mercadorias. No entanto, o transporte de mercadorias precisa ser feito de forma responsável para garantir a segurança de trabalhadores do setor de transporte e do cliente que recebe o produto”, reforça a Adriana Leiras, do Laboratório Humanitarian Assistance and Needs for Disasters (HANDS), do Departamento de Engenharia Industrial (DEI) da PUC-RIO, que é voltado para pesquisas em Logística Humanitária e Gestão de Operações em desastres, crises e emergências.

Jerson Kelman debate saneamento básico em webinar da FGV-SP

Felicidade (foto de Maurício A.C. Aghina, uma das fotos vencedoras do concurso “Viva a Ilha do Fundão”)

O professor da Coppe/UFRJ, Jerson Kelman, participa na próxima segunda-feira, 18/5, do primeiro debate da série de webinars “Saneamento básico por um olhar qualificado” promovida pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) e pela Sociedade Brasileira de Direito Público (SBDP). O evento será transmitido no canal da FGV no YouTube, das 8h30 às 10h.

O objetivo da série é debater o marco legal do saneamento básico e as iniciativas de atração de investimento privado para a melhoria das condições de prestação dos serviços, e o tema deste primeiro encontro será “Olhar do Legislativo: a importância e o processo de aprovação do novo marco legal”.

Além de Kelman, professor do Programa de Engenharia Civil da Coppe e ex-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o evento contará com o relator do novo marco legal do saneamento, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE); o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do BNDES, Joaquim Levy; e o secretário da Fazenda do estado de Alagoas, George Santoro.

As vagas são limitadas e as inscrições, gratuitas, devem ser feitas no site: https://direitosp.fgv.br/node/137661.

Consulta aos estudantes da Coppe/UFRJ sobre acesso ao ensino distribuído à distância

A Diretoria Acadêmica da Coppe/UFRJ está promovendo consulta aos alunos da instituição, cujo intuito adotar medidas possíveis para dar continuidade às atividades de ensino.  A Coppe solicita que seus alunos de mestrado e doutorado respondam a este questionário, com base no qual a instituição poderá avaliar as limitações e as vantagens do uso de ferramentas tecnológicas de comunicação para o acesso ao ensino nesses tempos de distanciamento físico.

O questionário é fundamental para a diretoria conhecer a opinião do corpo discente sobre o assunto e a disponibilidade de recursos tecnológicos de cada aluno, para aferir a viabilidade e avaliar soluções para o ensino emergencial com apoio tecnológico.

Os dados serão coletados até o dia 25 de maio. Participe, clicando neste link, e compartilhe com seus colegas de programa!

Título: Ensino Híbrido: Desafios e perspectivas nas engenharias e no ensino básico
Coordenador: MARCELLO LUIZ RODRIGUES DE CAMPOS
Contato do coordenadorcampos@smt.ufrj.br

Resumo: A pandemia da COVID-19 impôs uma transição drástica do modelo padrão de ensino, para aulas estritamente virtuais, e tem exigido um grande esforço para preparar e oferecer cursos aos alunos, seja no ensino universitário ou no ensino básico, pois poucos estavam preparados para lidar com as tecnologias de ensino online. Passados meses após o isolamento, não tem sido trivial a transição do presencial para o virtual, principalmente na manutenção da qualidade das disciplinas oferecidas neste novo formato. Uma lição foi aprendida neste processo: é necessário investir de forma permanente na implementação de tecnologias inovadoras/eficientes no melhoramento dos processos de ensino e aprendizagem. Neste sentido, este projeto visa a dar apoio à rede pública de ensino, seja no âmbito do ensino básico ou do ensino de engenharia em outras universidades, no Estado do Rio de Janeiro. O objetivo é o desenvolvimento de recursos e cursos em formato híbrido, incorporando técnicas de aprendizado ativo, sala de aula invertida, multimodalidade, etc.

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TítuloEscola Piloto em Engenharia Química Prof. Giulio Massarani
Coordenador: HENRIQUE POLTRONIERI PACHECO
Contato do coordenadorpacheco.h.pacheco@gmail.com e helen@peq.coppe.ufrj.br

Resumo: A Escola Piloto Presencial (EPP) em Engenharia Química surgiu em 1993, no PEQ/COPPE, e é uma ferramenta de atualização e de educação continuada, bastante útil para professores de ensino médio e de graduação, mas também muito procurada por estudantes e técnicos, além de empregados da indústria em geral. Nesta proposta da EPP desta edição serão oferecidos 10 módulos: TÉCNICAS AVANÇADAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS (DIVIDIDA EM 10 SUB-MÓDULOS) ensina técnicas de ponta para caracterização de diversos de tipos de materiais, discutindo o fundamento das técnicas e exemplificando com dados reais. Os módulos são: Módulo 1: Técnicas espectroscópicas (FTIR, DRIFTS, RAMAN e UV-Vis) Módulo 2: Ressonância magnética nuclear (RMN) Módulo 3: Difração de raios x (DRX) Módulo 4: Espectrômetro de Massas e Redução à Temperatura Programada (MS e TPR) Módulo 5: Cromatografia por permeação em gel (GPC) Módulo 6: Análises de tamanho de gotas e partículas Módulo 7: Técnicas cromatográficas gasosa e líquida – Uma visão de Troubleshooting Módulo 8: Elementos de caracterização de petróleo Módulo 9: Análises térmicas – TGA, DSC e DMA Módulo 10: Biotecnologia no Cotidiano.

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TítuloLaboratório de Informática e Sociedade – LabIS
Coordenador:  HENRIQUE LUIZ CUKIERMAN
Contato do coordenadorhcukier@cos.ufrj.br e lealsobral@cos.ufrj.br

Resumo: O LabIS veio se configurando ao longo de uma caminhada que remonta aos trabalhos e investigações da linha de pesquisa em Informática e Sociedade (IS) do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da COPPE/UFRJ. Uma linha de pesquisa há tempos em busca de um Brasil ainda por inventar, movida pelo desejo de compreender a realidade brasileira para colaborar com a construção de um país mais justo e equânime. Trabalhamos com a produção de software de acessibilidade (LibrasOffice), jogos educativos (Damática), bancos comunitários (Mumbuca e Preventório) e oferecemos cursos de programação para estudantes da rede pública do ensino médio.

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TítuloLetramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ
Coordenador: DENISE CUNHA DANTAS
Contato do coordenadorddantas@oceanica.ufrj.br

Resumo: O Letramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ é um projeto aberto a todo aquele que não é alfabetizado e aquele que não teve acesso ou não concluiu os estudos no Ensino Fundamental na idade escolar referente. Foi criado em 2005 pela Assessoria de Desenvolvimento Social da COPPE, a partir de uma pesquisa com os servidores e trabalhadores terceirizados que atuavam em atividades de limpeza e serviços gerais. A pesquisa foi ampliada para outras unidades e setores da Universidade. Hoje o Projeto tem como aluno servidores da UFRJ e terceirizados que, em sua maioria, trabalham no Centro de Tecnologia, e cidadãos moradores do entorno da Ilha do Fundão, principalmente da Vila Residencial e do Complexo da Maré. As aulas são ministradas no Centro de Tecnologia para as turmas de Letramento Básico, Intermediário e Avançado. E acontecem de segunda a sexta feira, de 15 às 16:30 horas.

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TítuloPolímeros para o setor de petróleo e gás – Aditivos
Coordenador: TAISSA ZANGEROLAMI LOPES RODRIGUES
Contato do coordenadortaissazl@yahoo.com.br e elucas@metalmat.ufrj.br

Resumo: A ação contempla aulas teóricas e demonstrativas e obtenção, caracterização e propriedades em solução dos polímeros, além de suas aplicações como aditivos na indústria do petróleo.

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TítuloPolímeros: aplicações e uso consciente
Coordenador: ARIANE DE JESUS SOUSA BATISTA
Contato do coordenadorariane.pent@gmail.com e ariane@pent.coppe.ufrj.br

Resumo: A reciclagem de plásticos é um tema importante, visto que mais de 60% de todo plástico produzido já virou resíduo e apenas 9% foi reciclado em todo mundo. No Brasil os dados são ainda mais alarmantes. O relatório apresentado pelo WWF recentemente afirma que o Brasil é o quarto maior produtor de resíduos plásticos do mundo e recicla menos de 2% desse montante. Contudo, políticas de reciclagem e educação ambiental ainda são precárias e pouco divulgadas, e a disseminação de informações que tornam os plásticos vilões fazem com que o banimento desses materiais seja cada vez mais desejável. No entanto, vale lembrar que os plásticos são polímeros de alto valor agregado, baixo custo de produção e muito versáteis, e quando reciclados podem ser reinseridos na cadeia produtiva, possibilitando a produção de novos materiais, além de alavancar o setor energético. Dessa forma esse projeto visa instruir e incentivar alunos de escolas públicas e privadas a serem multiplicadores dos conceitos de reciclagem em suas escolas, famílias e comunidade. Onde palestras e atividades lúdicas serão realizadas, de forma virtual, incentivando o descarte correto ou reutilização de resíduos plásticos, evitando que esses resíduos sejam descartados em lugares impróprios.

Site onde os trabalhos realizados pelo projeto de extensão são divulgados
Instagram do Grupo EngePol (PEQ/COPPE/UFRJ), onde todos os nossos trabalhos e laboratórios são divulgados, inclusive os do projeto de extensão

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TítuloPrograma de Incubação de Empreendimentos Populares – Inovação Social dos Processos de Incubação de EES
Coordenador: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contato do coordenador: amandaxavier86@gmail.com

Resumo: A ITCP/COPPE vem atuando, desde a sua criação, no apoio aos Empreendimentos Populares. Desenvolve ações que vão de encontro às necessidades das classes populares e dos setores informais, que historicamente ficam à margem das ações sociais desenvolvidas pelo Estado. Hoje novas técnicas e ferramentas são requeridas para enfrentar os novos desafios que se apresentam. Esta proposta visa investigar metodologias inovadoras de incubação, que propiciem o aperfeiçoamento das atividades dos empreendimentos incubados, dando continuidade às ações desenvolvidas pela ITCP/COPPE. A implantação das novas metodologias desenvolvidas permitirá melhorar a qualidade dos Empreendimentos Econômicos Solidários – E. Site da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares – ITCP/COPPE/UFRJ 

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TítuloEspaço COPPE Miguel de Simoni
Coordenador: CLAUDIA MARIA LIMA WERNER
Contato do coordenador: werner@cos.ufrj.br

Resumo: A atividade central deste projeto é a visitação guiada a exposição do Espaço COPPE, realizada predominantemente por estudantes do Ensino Médio da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Os grupos de estudantes realizam as visitas acompanhados por professores das escolas de origem. O ambiente dos espaços de divulgação científica e tecnológica, como o Espaço COPPE, pode proporcionar elementos-chave de fomento à motivação intrínseca do aprendizado – por exemplo: construção de significado pessoal, tarefas desafiadoras, colaboração e sentimentos positivos sobre os esforços realizados e, portanto, são potenciais indutores da formação de vínculos novos, por vezes mais intensos. Site do Espaço COPPE  

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TítuloSISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS – DEFESA
Coordenador: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contato do coordenadoreduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br e karina.andrade@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG) da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.

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TítuloSISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS GERAIS E UFRJ
Coordenador: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contato do coordenadoreduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG-TR) preconizada pela SEGES do Ministério de Economia). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.

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TítuloUBUNTU.lab – Programa de inovação aberta em cidades inteligentes para a redução da desigualdade racial no Rio de Janeiro

Coordenador: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contato do coordenadormatheusoli@hotmail.com

Resumo: O Projeto BRA/15/010 – Fortalecimento e Expansão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial é uma ação entre o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com o objetivo de descentralizar as políticas públicas de igualdade racial e fortalecer e expandir o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir). A Fundação COPPETEC foi uma das entidades selecionadas através do projeto U.lab para apresentar a prefeitura do Rio de Janeiro um laboratório de inovação governamental a ser replicado como política de promoção da igualdade racial no âmbito de implementação do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Município desenvolvido pelo Escritório de Planejamento da Secretaria Municipal da Casa Civil (EPL). No âmbito do Sinapir, o presente projeto tem o objetivo de entregar ao município do Rio de Janeiro, um programa de inovação governamental que coloca o jovem negro como protagonista da tecnologia capaz de promover o bem-estar no seu dia a dia.

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TítuloUnidade de Suporte à Inovação Social – USIS
Coordenador:  CARLA MARTINS CIPOLLA
Contato do coordenadorcarla.cipolla@ufrj.br

Resumo: A atividade apoia inovações sociais como chave para o desenvolvimento. O USIS/ UFRJ – Unidade de Suporte à Inovação Social – nasceu do projeto LASIN – Latin American Social Innovation Network -, financiado pela Comissão Europeia, com o propósito de implementar um modelo de envolvimento Universidade/comunidade, baseado na combinação de atividades curriculares e extra-curriculares, materiais e instrumentos de aprendizagem, treino prático, oficinas e mentorias para reforçar as ligações da universidade com o ambiente social mais amplo (Grupos comunitários, ONGs e/ou OSCIPS, Organizações governamentais, empresas e escolas) com metodologia própria desenvolvida por LASIN.

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Título“TÁ” LIGADO?! MINHA CÂMERA NA MÃO E UMA IDEIA NA CABEÇA – A LINGUAGEM AUDIOVISUAL COMO LIVRE EXPRESSÃO NA CONSTRUÇÃO DIALÉTICA NO ESPAÇO ENTRE A UNIVERSIDADE, A ESCOLA E A SOCIEDADE
Coordenador:  ANDREA MARIA DO NASCIMENTO SILVA
Contato do coordenadorandreanascimento@cos.ufrj.br

Resumo: Todos nós da comunidade acadêmica e escolar tivemos que nos adaptar à utilização de soluções tecnológicas para nos comunicar, socializar e nos relacionar durante o período de pandemia para reproduzir a rotina de uma sala de aula. Com isso, a linguagem audiovisual e o uso de dispositivos portáteis, como smartphones e tablets, que já era uma realidade muito presente em nossa vida, de repente, se tornou fundamental. Essa proximidade foi uma grande motivação que trouxe a memória da frase emblemática do cineasta Glauber Rocha – Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça – que inspirou o título deste projeto e que nos faz compreender que atualmente a nossa práxis gira em torno dessa máxima que representa nosso atual cenário social nos hábitos de registrar e compartilhar nossas imagens, nossos áudios, nossos vídeos, seja de forma direta ou indiretamente nas redes sociais. Portanto, este projeto visa atender a uma demanda técnica para auxiliar a produção de conteúdo de divulgação de pesquisas, trabalhos escolares, vídeo aulas, entre outros, de forma que o público participante do projeto conheça detalhes da composição audiovisual. Enfatizar o uso da linguagem audiovisual para acesso ao conhecimento e para a troca de saberes, uma comunicação dialética onde é importante não só transmitir o conhecimento gerado na universidade mas também possibilitar que a sociedade contribua com o seu olhar, seu fazer, sua crítica.

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TítuloApoio às Micro e Pequenas Empresas do estado do Rio de Janeiro para o desenvolvimento de trajetórias econômicas sustentáveis
Coordenador: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contato do coordenadoramandaxavier86@gmail.com

Resumo: As MPE compõe 92% das empresas do Estado do Rio de Janeiro (RJ) e são responsáveis por mais de 50% dos empregos formais (Brasil, 2020). No entanto, as MPE enfrentam enormes desafios, sobretudo pela amplitude da atual crise sanitária, econômica e social (CNI, 2021; SEBRAE, 2020), colocando em evidencia o modelo econômico dominante, centrado na produção em massa de bens materiais e de performance financeira (Fernandes et al., 2021; Lima & Dias, 2020). Nesse sentido, esse projeto se fundamenta na perspectiva da Economia da Funcionalidade e da Cooperação (EFC), que tem como proposta fornecer soluções integradas de bens e serviços a partir da cooperação entre diferentes atores territoriais, abandonando a noção de escalabilidade e desenvolvendo novos modelos de governança de empresas e territórios (Du Tertre et al., 2019). Essa abordagem interacionista permite um menor consumo de recursos naturais e a renovação do vínculo social, criando resiliência para as relações econômicas, tão fragilizadas diante do cenário atual (Xavier et al., 2021; Roman et al., 2020). Este projeto visa apoiar as Micro e Pequenas Empresas do estado do Rio de Janeiro no desenvolvimento de trajetórias econômicas sustentáveis, criando impacto direto na sociedade e na comunidade científica. Para tanto, visa a formação, acompanhamento e intervenção de dirigentes de empresas para transição de modelo econômico a partir do Modelo da Economia da Funcionalidade e da Cooperação.

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TítuloBoas Práticas de Acolhimento – Saberes, Convivências e Aprendizagens
Coordenador:  VANDA BORGES DE SOUZA
Contato do coordenadorvanda@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: Entende-se que o acolhimento poderá ampliar sua esfera de atuação, para além do campo psicossocial, podendo alcançar também o contexto socioeconômico, acadêmico, das relações laborais entre outros. Com o passar do tempo, a sobrevivência às situações de adoecimento, outros aspectos do acolhimento foram se apresentando. O acolhimento financeiro, o acolhimento acadêmico, o acolhimento dos conflitos e dificuldades de relacionamentos, o acolhimento laboral pela dificuldade de absorção e entendimento das novas formas de trabalho surgidas. A partir de então, se fez necessário repensar como dar conta de considerar todos esses tipos de acolhimentos. Neste sentido, este projeto pretende evidenciar a importância de compartilhar uma informação que oriente e facilite os indivíduos para o desempenho de ações de acolhimento nos diversos espaços de convivência. Por isso, saberes, convivências e aprendizagens fazem parte de uma via de mão dupla. Ou seja, cada parte tem o que a transmitir, conhecer e se aperfeiçoar com a outra.

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TítuloCapacitação de jovens para o mercado de TI em NF, uma abordagem através de aprendizado ativo: introdução à programação em Python
Coordenador:  EDMUNDO ALBUQUERQUE DE SOUZA E SILVA
Contato do coordenador: edmundo@land.ufrj.br

Resumo: Este curso é uma ação prevista no projeto de Extensão “Ensino Hibrido: Desafios e perspectivas nas engenharias e no ensino básico” já registrado no SIGA, pela COPPE. O projeto de extensão registrado no SIGA tem como um dos seus objetivos a criação de cursos em áreas chave para o desenvolvimento do Estado e de acordo com a experiência multidisciplinar da COPPE. Através de uma parceria com a Ong Ideas de Friburgo que proporcionou a infraestrutura necessária (espaço físico, computadores, pessoal local, etc.) foi criado um local para treinamento de jovens oriundos de escolas públicas do segundo grau. A ideia do curso surgiu durante a elaboração de disciplinas de programação para um curso avançado de técnicas de Inteligência Artificial com o formato hibrido baseado no Aprendizado Voltado a Projetos (PBL, projeto FAPERJ) de forma a que a experiência do projeto em PBL fosse aplicada a jovens alunos. O curso visa introduzir os jovens em linguagens modernas de computação, e fornecer o treinamento essencial para que o aluno da rede pública de ensino possa mais facilmente ingressar no mercado de trabalho local. Os alunos selecionados têm a oportunidade de aprender programação na prática, com base na linguagem Python, para melhor entender e tentar propor soluções a problemas reais e da cidade de Friburgo quando possível. O curso visa também fornecer incentivos para que os egressos possam continuar os estudos em tópicos adicionais de tecnologias da computação.

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TítuloDisseminação das aplicações da Engenharia Nuclear no âmbito da sustentabilidade ambiental
Coordenador:  INAYA CORREA BARBOSA LIMA
Contato do coordenador: inayacorrea@gmail.com

Resumo: Em sua Décima Edição, a Semana do Meio Ambiente da BR Marinas integra em sua agenda o Dia Mundial do Oceano, inserindo-se no contexto da Década do Oceano da ONU. Este evento conta com os apoios do Núcleo de Vida Marinha e do Centro de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e da Cidade do Rio de Janeiro e da Cátedra UNESCO para a Sustentabilidade do Oceano, trazendo para o público carioca a importância dos Oceanos na mitigação das Mudanças Climáticas, o debate sobre a biodiversidade e as potencialidades do Oceano, e a integração entre Ciência, Educação, Políticas Públicas e Sociedade Civil. Ademais, serão incorporadas pela primeira vez aplicações nucleares e atômicas de medidas para englobar a temática em tela com cujo acadêmico-cientifico. E, por fim, teremos uma ação de Sensibilização Ambiental será realizada através da promoção de um Mutirão de Limpeza com foco nos resíduos sólidos do entorno da Marina da Glória, incluindo o Lixo Marinho, com a participação de voluntários.

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TítuloDroneiros Vonluntários
Coordenador: THARCISYO COTTA FONTAINHA
Contato do coordenadortcottaf@gmail.com

Resumo: Em 2022, os desastres causaram mais de 30,704 mortes e com 185 milhões de pessoas afetadas, e prejuízos de 223.8 bilhões de dólares segundo o Centre for Research on the Epidemiology of Disasters (CRED). No Brasil, entre 2011 a 2022, especificamente no Rio de Janeiro, houve 591 ocorrências de desastres, resultando em 987 mortes e afetando 3,9 milhões de pessoas, e prejuízos econômicos superior a R$ 3,08 bilhões (Atlas digital de desastres no Brasil, 2023). Tais dados demonstram a importância e a complexidade das Operações Humanitárias e de Desastres (OHD), as quais envolvem o acesso as áreas afetadas, a coordenação de diversos stakeholders e falta de recursos. Assim surge o projeto Droneiros Voluntários, idealizado no âmbito do Programa de Engenharia de Produção da COPPE/CT/UFRJ de forma a auxiliar a escassez de recursos humanos e tecnológicos na resposta a desastres. O projeto conta com uma plataforma tecnológica que atua como um facilitador, unindo proprietários de drones, defesa civil e outras organizações no desenvolvimento de ações de mapeamento de áreas de risco e afetadas por desastres, promovendo uma colaboração entre stakeholders mais eficaz e eficiente no contexto de OHD. Nesse sentido, o projeto atua no engajamento e promoção da troca de conhecimento entre os diferentes atores tratados como público alvo, promovendo OHD eficazes e mais eficientes, com integração entre diferentes áreas de conhecimento científico e pesquisadores de diferentes níveis que atuam em OHD.

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TítuloINSILICONET – PROGRAMANDO O FUTURO
Coordenador:  ARGIMIRO RESENDE SECCHI
Contato do coordenador: arge@peq.coppe.ufrj.br

Resumo: A InSilicoNet é um espaço de colaboração onde diversos atores da sociedade são convidados a trazer seus problemas técnicos para construir, em conjunto com os membros acadêmicos, soluções tecnológicas inovadoras baseadas em ferramentas digitais. Está estruturado como uma rede de sete Universidades do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ, UERJ, PUC-Rio, UFF, UFRRJ e SENAI CETIQT) e profissionais de engenharia com experiência na área de engenharia de sistemas em processos (Process Systems Engineering, PSE). A InSilicoNet tem a missão de promover o desenvolvimento científico e tecnológico comprometidos não apenas com o desempenho econômico, mas com os impactos sociais e ambientais por meio de atividades de extensão integradas a iniciativas de pesquisa e ensino em PSE, contemplando: a) Fábrica de Aprendizagem, que desenvolve competências e habilidades de discentes de graduação e pós-graduação para o trabalho colaborativo empregando PSE na solução de problemas tecnológicos, sociais e ambientais tratáveis por ferramentas de engenharia digital; b) Oferta de cursos de extensão que promovam competência para o desenvolvimento de pesquisa, tecnologia e inovação; e c) Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento integrando discentes de graduação e pós-graduação sob orientação acadêmica e mentoria por indústrias, organizações e/ou governos.

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TítuloRede Refugia
Coordenador:  THARCISYO COTTA FONTAINHA
Contato do coordenadortcottaf@gmail.com

Resumo: O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) revela que em 2022 o mundo ultrapassou a marca de 100 milhões de pessoas em deslocamento forçado, motivados por inúmeras razões. No Brasil, desde 2011 foram realizadas 297.712 solicitações de reconhecimento da condição de refugiado. Devido a sua complexidade e alta quantidade de pessoas afetadas, a crise humanitária de refugiados precisa ser enfrentada pelos governos em comunhão com a sociedade civil e o setor privado, a fim de se garantir que as pessoas em deslocamento forçado tenham seus direitos humanos protegidos durante um processo de acolhimento efetivo e atento às suas necessidades. Assim, interessados em auxiliar no enfrentamento brasileiro à crise migratória, a Rede Refugia foi idealizada no âmbito do Programa de Engenharia de Produção da COPPE/CT/UFRJ. Trata-se de uma plataforma tecnológica colaborativa que objetiva facilitar o processo de acolhimento, proteção e integração de pessoas em deslocamento forçado que estão no Brasil. Dessa forma busca-se fortalecer os processos de colaboração mútua entre refugiados, solicitantes de refúgio, apátridas, poder público, entidades privadas, organizações humanitárias e outros stakeholders. Por meio de um processo de inovação social, a Rede Refugia busca fomentar um ambiente que favoreça a implementação de soluções inovadoras para os problemas vivenciados pelas pessoas em deslocamento forçado vivendo em solo brasileiro.

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Agendamento com a GRH

Setor da COPPE responsável pela orientação aos funcionários, no tocante a direitos e deveres em sua vida funcional, além de promover diversas ações que contribuem para capacitação profissional e bem-estar dos trabalhadores.
A Equipe é formada por profissionais da área de Administração, Recursos Humanos e Pedagogia, que estão prontos para atender a força de trabalho COPPE.

 

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Agendamento de Espaço

O serviço de Agendamento de Espaço é fornecido pelo Setor de Eventos Institucionais e Operação, e deve ser solicitado por meio do Sistema de Administração Predial, pelo Entrada Única.

Este serviço realiza o agendamento para uso dos seguintes espaços:

  • Auditório G-122
  • Auditório bloco M – anexo
  • Grêmio da Coppe
  • Tenda do auditório G-122

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Resíduos Químicos

O serviço de Retirada de Resíduo Químico é fornecido pela Gerência de Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Saúde, e deve ser solicitado por meio do Sistema de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, pelo Entrada Única.

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Segurança Patrimonial

O serviço de Segurança Patrimonial é fornecido pelo Grupo de Apoio de Segurança Patrimonial, e deve ser solicitado conforme as orientações abaixo:

  • Em caso de furto, roubo ou agressão, ligar para a sala de segurança da Coppe no ramal: 8457 ou 2560-8858.
  • Em caso de furto ou roubo de patrimônio, ligar para a Divisão de Segurança da UFRJ – DISEG: 3938-1900 e setor de segurança da Coppe, ramal: 8457 ou 2560-8858.

 

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Gestão Eletrônica de Documentos

O serviço de Gestão Eletrônica de Documentos é fornecido pela Gerência de Documentação, e deve ser solicitado em contato direto com o setor, de forma presencial, na sala I-125A.

Este serviço contempla a preservação e acesso dos documentos em meios físico e eletrônico da COPPE.

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Limpeza de Espaços

O serviço de Limpeza de Espaço é fornecido pelo Setor de Administração Predial e deve ser solicitado por meio do Sistema de Administração Predial, pelo Entrada Única.

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Projetos de Arquitetura

O serviço de Elaboração de Projeto de Arquitetura é fornecido pelo Grupo de Apoio de Arquitetura e Engenharia, e deve ser solicitado por meio de envio por e-mail do formulário de Solicitação de Projeto de Arquitetura.

Este serviço contempla a elaboração do projeto conforme a solicitação, e inclui: levantamento do local, estudo preliminar para ser aprovado pelo Prof. Responsável e desenvolvimento do projeto.

E-mail para solicitação: fernanda@adc.coppe.ufrj.br

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Sistemas da DPADI

O serviço de Manutenção e acesso a Sistemas Administrativos é fornecido pelo CISI, e deve ser solicitado por meio da gerência do próprio setor.
Este serviço está disponível para toda a Coppe.

Os Sistemas Administrativos da DPADI estão disponíveis por meio do Entrada Única.

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Infraestrutura e Redes

O serviço de Manutenção de Infraestrutura e Redes é fornecido pelo CISI, e deve ser solicitado por meio do sistema de Helpdesk do CISI, que possibilita uma maior agilidade e transparência no atendimento do suporte técnico. A ferramenta adotada para implantação deste sistema foi o software livre OcoMon.

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Manutenção Predial

O serviço de Manutenção Predial é fornecido pelo Setor de Infraestrutura, e deve ser solicitado por meio do Sistema de Manutenção, pelo Entrada Única.

Este sistema contempla a solicitação dos seguintes serviços: Conserto de ar central, conserto de ar de janela, conserto de ar tipo split, conserto de refrigerador, instalação de ar tipo split, serviço de elétrica, serviço de hidráulica, serviço de lustrador, serviço de pintura, serviço de serralheria, serviços de marcenaria, serviços de obras civis, serviços gerais, troca de disjuntor, troca de lâmpadas

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Patrimônio

O serviço de Incorporação / Baixa de Patrimônio é fornecido pelo Setor de Patrimônio, e deve ser solicitado conforme as orientações abaixo:

Como faço para fazer uma baixa?

Enviar uma carta ao Setor solicitando a baixa , descrevendo o bem, mencionando o nº da plaqueta COPPE e nº da UFRJ.

Como faço para fazer uma transferência?

Enviar uma carta ao Setor de Patrimônio solicitando a transferência do bem , com a descrição do mesmo e o nome do laboratório que ficará responsável.

Como faço para fazer uma doação?

Fazer uma carta ao Setor de Patrimônio solicitando a doação , enviando os documentos onde o Setor de Patrimônio fará a abertura de processo para dar encaminhamento ao Conselho de Curadores da UFRJ para autorização.

Como faço (alunos/doutorandos) para patrimoniar?

Enviar a nota fiscal junto com o formulário e o vínculo com a Instituição (TERMO DE CONCESSÃO E ACEITAÇÃO DE BOLSA ou TERMO DE OUTORGA ao Setor de Patrimônio .

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Agendamento de Transporte

O serviço de Agendamento de Transporte é fornecido pela Gerência de Logística Institucional e Operação.

Este serviço é atualmente administrado pela Divisão de Frota Oficial, sendo a Gerência de Logística Institucional e Operação responsável pela interface de agendamento do serviço para os usuários da Coppe.

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Almoxarifado

O serviço de Solicitação de Material ao Almoxarifado é fornecido pelo Setor de Almoxarifado, e deve ser solicitado por meio do Sistema de Movimentação de Material, pelo link Entrada Única

Clique aqui para agendar

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Descarte de Materiais

O serviço de Descarte de Materiais e Equipamentos pode ser fornecido por diversos setores, conforme a especificação do material a ser descartado.

 

Procedimentos

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Terapias no Acolhe COPPE

 

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Atividades de Saúde e Bem Estar

 

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Agendamento de Espaços do Grêmio

Para reserva de locação do salão de eventos da sede do Grêmio ou do campo de futebol para qualquer atividade a ser realizada no local, deve-se seguir os procedimentos adotados na página do grêmio.

 

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Action name: Hybrid Education: Challenges and perspectives in engineering and basic education
Coordinator: MARCELLO LUIZ RODRIGUES DE CAMPOS
Contact information: campos@smt.ufrj.br

About the action: The COVID-19 pandemic enforced a drastic transition from the traditional teaching model to strictly online classes, having required a great effort to prepare and offer courses to students ranging from primary to higher education, since only a few were prepared to deal with technologies for online teaching. Even months after social distancing started, the in-person to online transition was not a trivial process, especially when it came to maintaining the quality of the courses offered in this new modality. This process taught us one important lesson: it is necessary that we permanently invest in implementing innovative/efficient technologies for improved teaching and learning. As such, this project aims to support public education in the state of Rio de Janeiro, from basic education to higher Education in engineering at other universities. With a hybrid learning modality, our purpose is to develop resources and courses that incorporate active learning methods, flipped classrooms, multimodality, etc.

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Action name: Prof. Giulio Massarani Pilot School of Chemical Engineering
Coordinator: HENRIQUE POLTRONIERI PACHECO
Contact information: pacheco.h.pacheco@gmail.com and helen@peq.coppe.ufrj.br

About the action: The Pilot School for In-Person Education (EPP) in Chemical Engineering was created in 1993 by our Program of Chemical Engineering (PEQ/COPPE) as a tool for improvement and continuing education. It was very beneficial for high school and undergraduate teachers, but also very popular with students, technicians, and industry workers in general. This edition of EPP is called ADVANCED TECHNIQUES FOR MATERIALS CHARACTERIZATION and will comprise 10 modules. It consists in teaching cutting-edge methods for characterizing various types of materials, discussing the fundamentals of such techniques, and exemplifying them with real-world data. The modules are as follows: Module 1: Spectroscopy techniques (FTIR, DRIFTS, RAMAN, and UV-vis); Module 2: Nuclear magnetic resonance (NMR); Module 3: X-ray diffraction (XRD); Module 4: Mass spectrometry and temperature-programmed reduction (MS and TPR); Module 5: Gel permeation chromatography (GPC); Module 6: Droplet and particle size analysis; Module 7: Gas and liquid chromatography troubleshooting methods; Module 8: Aspects of petroleum characterization; Module 9: Thermal analysis - TGA, DSC, and DMA; Module 10: Biotechnology in everyday life.

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Action name: Laboratory for Informatics and Society – LabIS
Coordinator:  HENRIQUE LUIZ CUKIERMAN
Contact information: hcukier@cos.ufrj.br and lealsobral@cos.ufrj.br

About the action: LabIS stems from the long journey traversed by the work and research of Informatics and Society (IS), a line of research from our Systems Engineering and Computer Science Program (PESC). We are driven by the desire to better comprehend the many faces of our society, seeking to contribute towards more equality and fairness. We develop software for accessibility (LibrasOffice), educational games (Damática), community banks (Mumbuca and Preventório) and offer programming courses for public high school students.

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Action name: Literacy for Youth, Adults, and the Elderly of COPPE/UFRJ
Coordinator: DENISE CUNHA DANTAS
Contact information: ddantas@oceanica.ufrj.br

About the action: Literacy for Youth, Adults, and the Elderly is a project for all those who are not literate and those who did not have access to or did not complete primary and/or lower secondary school at the corresponding age. It was created in 2005 by COPPE's Department of Social Development, based on a survey of civil servants and outsourced workers involved in cleaning and general services. We extended our research to other units and sectors of our university. Today, our students are civil servants and outsourced workers at UFRJ, most of whom work at the Technology Center, and citizens who live near Ilha do Fundão, mainly in Vila Residencial and Complexo da Maré. Our classes are held at the Technology Center for the Basic, Intermediate, and Advanced Literacy classes, Monday to Friday, from 3 p.m. to 4:30 p.m.

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Action name: Polymers in Oil and Gas – Additives
Coordinator:  TAISSA ZANGEROLAMI LOPES RODRIGUES
Contact information: taissazl@yahoo.com.br and elucas@metalmat.ufrj.br

About the action: our action comprises theoretical and practical classes on obtaining, characterizing, and analyzing the properties of polymers in solution, as well as their applications as additives in the petroleum industry.

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Action name: Polymers: applications and awareness
Coordinator: ARIANE DE JESUS SOUSA BATISTA
Contact information: ariane.pent@gmail.com and ariane@pent.coppe.ufrj.br

About the action: Plastic recycling has become a very important matter, since over 60% of all plastic produced globally has already become waste but only 9% has been recycled. In Brazil, the situation is even more alarming. A recent WWF report states that Brazil is the fourth largest producer of plastic waste worldwide, with a recycling rate of less than 2%. Our policies for recycling and environmental education are still insufficient and poorly publicized. Furthermore, plastics have recently been made out to be villains, making it increasingly desirable that these materials are banned. However, it is worth remembering that plastics are polymers with high value-added, low production costs, and very versatile properties. When recycled, they can be reinserted into the production chain, which enables the production of new materials and boosts the energy industry. As such, our project aims to guide and encourage students from public and private schools to reproduce the concept of recycling in their schools, families, and communities. We hold online lectures and fun activities that stimulate the reuse and proper disposal of plastic waste, preventing it from being disposed of in inappropriate places.

For more information about our activities, click here to go to our website.
For more information on our work and laboratories, including those related to our outreach project, go to the Instagram page of the EngePol Group (PEQ/COPPE/UFRJ)

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Action name: A Program for Community Business Incubation – Social Innovation in EES (Solidarity Economy Business) Incubators
Coordinator: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contact information: amandaxavier86@gmail.com

About the action: Since its creation, the ITCP/COPPE (Technology Business Incubator for Community Cooperatives) has been working to support community-based enterprises, aiming at meeting the needs of the working class and informal workers, which have historically been marginalized and excluded from social actions developed by the government. The new challenges of today require new techniques and tools. As such, this is a proposal that researches innovative business incubation methodologies for the purpose of improving the activities of the incubated enterprises and providing continuity to the actions developed by ITCP/COPPE. Ultimately, implementing such new methodologies will improve the quality of Solidarity Economy Businesses.

 More information on the ITCP/COPPE/UFRJ website.

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Action name: Espaço COPPE Miguel de Simoni
Coordinator: CLAUDIA MARIA LIMA WERNER
Contact information: werner@cos.ufrj.br

About the action: We promote a guided tour of the Espaço COPPE exhibitions, primarily arranged for high school students from the Rio de Janeiro Metropolitan Area. The visiting groups of students are accompanied by teachers from their corresponding schools. Environments such as Espaço COPPE are driven by science and technology and provide key elements in fostering intrinsically motivated learning. For instance, building personal meaning, taking up challenging tasks, learning to collaborate, and recognizing the positive feelings that come from the efforts we made can potentially induce the formation of new, sometimes more intense bonds.

Espaço COPPE website.

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Action name: QUALITY MANAGEMENT SYSTEM (SQG) and MODELS FOR MANAGEMENT EXCELLENCE (MEG) FOR CIVIL SERVANTS
Coordinator: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contact information: eduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br and karina.andrade@adc.coppe.ufrj.br

About the action: Our course aims to develop, implement, maintain, continuously improve, and internally audit quality management systems as required by the NBR-ISO:9001 standards and to implement good practices in management according to the criteria defined in the Model for Management Excellence (MEG) of the Brazilian Foundation for Quality (FNQ). The course is related to the CONTINUING EDUCATION FOR CIVIL SERVANTS program

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Action name: QUALITY MANAGEMENT SYSTEM (SQG) and MODELS FOR MANAGEMENT EXCELLENCE (MEG) FOR CIVIL SERVANTS AT UFRJ AND OTHERWISE
Coordinator: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contact information: eduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br

About the action: Our course aims to develop, implement, maintain, continuously improve, and internally audit quality management systems as required by the NBR-ISO:9001 standards and to implement good practices in management according to the criteria defined in the Model for Management Excellence (MEG-TR) proposed by SEGES/Brazilian Ministry of Economy. The course is related to the CONTINUING EDUCATION FOR CIVIL SERVANTS program.

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Action name: UBUNTU.lab - Open innovation program in smart cities to reduce racial inequality in Rio de Janeiro
Coordinator: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contact information: matheusoli@hotmail.com

About the action: Project BRA/15/010 – Strengthening and Expanding the National System for Racial Equality is an effort from the Ministry of Women, Family, and Human Rights (MMFDH) and the United Nations Development Programme (UNDP) aimed at decentralizing public policies on racial equality and strengthening and expanding the National System for Racial Equality (Sinapir). The COPPETEC Foundation was one of the organizations selected through the U.Lab project to provide the Local Government of Rio de Janeiro with a government innovation laboratory. Its purpose is to be replicable as a policy to promote racial equality within the Local Sustainable Development Plan at the time of its implementation, as developed by the Office of Planning from the Municipal Chief of Staff's Secretariat (EPL). Within the framework of Sinapir, this project aims to provide the municipality of Rio de Janeiro with a government innovation program that puts black youth at the forefront of technology and is capable of promoting well-being in their daily lives.

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Action name: Support Unit for Social Innovation – USIS
Coordinator:  CARLA MARTINS CIPOLLA
Contact information: carla.cipolla@ufrj.br

About the action: Social innovation is a key aspect to development. The Support Unit for Social Innovation (USIS/UFRJ) is a result of the Latin American Social Innovation Network (LASIN), which is a project funded by the European Commission, aimed at implementing a university-community engagement model based on a combination of curricular and extra-curricular activities, learning materials and tools, practical training, workshops, and mentorship, with its own methodology developed by LASIN, to strengthen the connection of universities with a wider social environment (community groups, NGOs and/or OSCIPS (Civil Society Organizations of Public Interest),

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TítuloObservatório de Bancos Comunitários e Moedas Sociais Digitais UFRJ
Coordenador: LUIZ ARTHUR SILVA DE FARIA
Contato do coordenador: luizart@gmail.com

Resumo: O Observatório de Bancos Comunitários e Moedas Sociais Digitais UFRJ visa visibilizar, fortalecer e refletir sobre tais experiências, seja na promoção de espaços de debate e de ensino-aprendizagem, seja no desenvolvimento de tecnologias com os coletivos envolvidos. Inspira-se na (e em articula-se com a) rede formada por pesquisadores extensionistas iniciada em 2020, o Observatório de Bancos Comunitários e Moedas Sociais (OBM). Este reúne pesquisadores engajados em aliar seus conhecimentos acadêmicos com as atividades práticas de bancos comunitários e moedas sociais do Brasil, nas perspectivas da escuta dos coletivos envolvidos, do engajamento extensionista e da análise das práticas dos coletivos envolvidos. “Bancos Comunitários são serviços financeiros solidários, em rede, de natureza associativa e comunitária, voltados para a geração de trabalho e renda na perspectiva de reorganização das economias locais”. Reúnem práticas e princípios, como a concessão de microcrédito para produção e consumo locais, sempre que possível em moedas sociais (válidas em um território restrito e com paridade com o Real)(https://www.institutobancopalmas.org/o-que-e-um-banco-comunitario/). No Brasil, tais bancos tiveram como experiência pioneira o Banco Palmas (Fortaleza, 1998) e acumulam mais de 150 iniciativas. Com a digitalização de suas moedas sociais, inspiraram e articularam-se com políticas públicas de transferência de renda, notadamente no Estado do RJ.

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Título: MOB4.0 - Hub de planejamento inteligente da mobilidade do estado do Rio de Janeiro
Coordenador: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contato do coordenador: matheusoli@hotmail.com

Resumo: O acesso às tecnologias de comunicação e informação oferece uma gama diversa de instrumentos de coleta de dados capazes de acompanhar o posicionamento de pessoas e objetos no espaço e registrar o seus deslocamentos ao longo do tempo. Compondo este conjunto de instrumentos, destacam-se os dispositivos de IoT (Internet of Things, em inglês e, traduzido para o português, Internet das Coisas), aplicativos, registros de utilização de serviços inteligentes (e.g. cartões, terminais) como potenciais fontes de dados para o planejamento, gestão, operação e monitorização dos serviços de transportes. Nesse contexto, o presente curso tem o propósito de validar o potencial do estado da arte em termos de instrumentos inteligentes de coleta de dados no campo do planejamento da mobilidade urbana para a construção de um ecossistema de planejamento inteligente da mobilidade no Estado do Rio de Janeiro. Metodologicamente, programa de capacitação para a regulamentação, contratação e uso de ferramentas analíticas e bases de dados sobre o mesmo tema se realiza através do desenvolvimento e validação de uma plataforma informacional voltada para o planejamento da mobilidade de forma inteligente, inclusiva e sustentável com foco nos municípios do Estado do Rio de Janeiro e um programa de capacitação para a regulamentação, contratação e uso de ferramentas analíticas e bases de dados sobre o mesmo tema.

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TítuloEAD Baixo Carbono: Energias Renováveis no Oceano
Coordenador: SUZANA KAHN RIBEIRO
Contato do coordenador: skr@pet.coppe.ufrj.br

Resumo: Estamos aumentando o volume de carbono na atmosfera, o que representa um risco para a sociedade, e isso irá gerar um impacto mundial muito grande. No curso de Baixo Carbono, oferecido pela COPPE/UFRJ, vamos apresentar formas de reduzir esse impacto através das soluções de baixo carbono, mostrar a importância e necessidade de se ter tecnologias de baixo carbono.

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TítuloEAD Baixo Carbono: Mudanças Climáticas
Coordenador: SUZANA KAHN RIBEIRO
Contato do coordenador: skr@pet.coppe.ufrj.br

Resumo: Estamos aumentando o volume de carbono na atmosfera, o que representa um risco para a sociedade, e isso irá gerar um impacto mundial muito grande. No curso de Baixo Carbono, oferecido pela COPPE/UFRJ, vamos apresentar formas de reduzir esse impacto através das soluções de baixo carbono, mostrar a importância e necessidade de se ter tecnologias de baixo carbono.

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Action name: “Y’KNOW”?! my camera in my hand and an idea in my head – audiovisual language as free expression in the dialectic construction within the space between university, school and society
Coordinator:  ANDREA MARIA DO NASCIMENTO SILVA
Contact information: andreanascimento@cos.ufrj.br

About the action: All of us from the academic and school community had to adapt ourselves to the use of technological solutions in order to communicate, socialize and engage with each other during the pandemic while aiming towards reproducing a classroom routine. As a result, audiovisual language and the use of portable devices such as smartphones and tablets, which were already a very present reality in our lives, suddenly became fundamental. This proximity was a great motivation that brought to memory the emblematic quote from filmmaker Glauber Rocha – A camera in hand and an idea in my head – which inspired the name of this project and makes us comprehend that our current practice revolves around this idea which represents our current social scenario in the habits of registering and sharing our images, voice messages, our videos, whether directly or indirectly on social media. Therefore, this project aims to meet a technical demand to assist in the production of content regarding the dissemination of research, school work, video lessons, among others, in a way that the audience participating in the project is familiar with the details of audiovisual composition. Emphasizing the use of audiovisual language as a vehicle for learning and sharing knowledge, a dialectical communication where it is important not only to transmit the knowledge generated at universities but also enable society to contribute with its gaze, its action and its criticism.

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Action name: Support for Micro and Small Companies in the state of Rio de Janeiro for the development of sustainable economic trajectories
Coordinator: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contact information: amandaxavier86@gmail.com

About the action: SMEs make up 92% of companies in the State of Rio de Janeiro (RJ) and are responsible for over 50% of formal employment (Brazil, 2020). However, as SMEs face huge challenges, especially due to the extent of the current health, economic and social crisis (CNI, 2021; SEBRAE, 2020), highlighting the dominant economic model, centered around the mass production of material assets and financial statement (Fernandes et al., 2021; Lima & Dias, 2020). In this sense, this project is based on the perspective of the Economy of Functionality and Cooperation (EFC), which aims to provide integrated solutions for assets and services through the cooperation between different territorial actors, abandoning the notion of stability and developing new governance models for companies and territories (Du Tertre et al., 2019). This interactionist approach allows for less consumption of natural resources and a renewal of social bonds, creating resilience for economic relations, which have been so fragile due to the current scenario (Xavier et al., 2021; Roman et al., 2020). This project aims to support Micro and Small companies in the state of Rio de Janeiro in developing sustainable economic trajectories, creating a direct impact on society and the scientific community. To this end, it aims to train, monitor and intervene with business leaders for the transition of their economic model based on the Economy of the Functionality and Cooperation Model.

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Action name: Best Practices on Emotional Care – Knowledge, Coexistence and Learning
Coordinator:  VANDA BORGES DE SOUZA
Contact information: vanda@adc.coppe.ufrj.br

About the action: It is understood that when providing care, one can expand the scope of its action beyond the psychosocial field, therefore also reaching the socioeconomic, academic and employment relations context, among others. Over time, other aspects of the care being provided started to emerge, as a way to survive situations of illness, such as financial care, academic care, care regarding relationship conflicts and challenges, as well as regarding labor due to the difficulty in absorbing and comprehending the new emerging work forms. From then on, it has been necessary to rethink a way to encompass all of these different types of care. In this sense, this project intends to highlight the importance of sharing information that directs and helps individuals in performing actions of care in several mutual commonspaces. Therefore, knowledge, coexistence and learning are a part of two-way street, meaning that each part has something to transmit, learn and improve with the other.

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Action name: Training youngsters for the IT market in Nova Friburgo, an approach through active learning: introduction to Python programming
Coordinator:  EDMUNDO ALBUQUERQUE DE SOUZA E SILVA
Contact information: edmundo@land.ufrj.br

About the action: This course is an action provided for in the Outreach Project: “Hybrid Education: Challenges and perspectives in engineering and basic education”, which is already registered in SIGA, by COPPE. The outreach project registered in SIGA has as one of its goals to create courses in key areas for the development of the State and in accordance with COPPE’s multidisciplinary experience. Through a partnership with the Ideias de Friburgo NGO, which provided the necessary infrastructure (physical space, computers, local staff, etc), a space for training youngsters with a public high school background was created. The idea for the course emerged during the development of programming classes for an advanced course in Artificial Intelligence techniques with a hybrid format based on Project-Based Learning (PBL, FAPERJ project) so that the experience of the PBL project was applied to young students. The course aims to introduce the youngsters to modern computer languages as well as provide essential training in order to enable the public school student to enter the local job market more easily. Selected students have the opportunity to learn programming in practice, based on the Python language, to better understand and try to propose solutions to real problems in the city of Friburgo when possible. The course also aims to provide incentive so that egressed students can continue their studies in additional topics of computer technology.

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Action name: The Dissemination of Nuclear Engineering Applications in the field of environmental sustainability
Coordinator:  INAYA CORREA BARBOSA LIMA
Contact information: inayacorrea@gmail.com

About the action: In its Tenth Edition, BR Marinas’ Environment Week integrates World Ocean Day in its agenda, inserting it within the context of the UN's Ocean Decade. This event is supported by Núcleo de Vida Marinha, Environmental Education Center of Rio de Janeiro's State Environment Department and UNESCO Chair for Ocean Sustainability, bringing awareness to the people of Rio about the importance of the Oceans in mitigating Climate Change, the debate on biodiversity and Ocean potentials, and the integration between Science, Education, Public Policies and Civil Society. Furthermore, nuclear and atomic applications shall be incorporated for the first time as measures to encompass the academic-scientific theme in question. Lastly, we shall hold an Environmental Awareness action which shall be carried out through the promotion of a major Clean-Up Campaign focusing on solid waste in the surroundings of Marina da Glória, including Marine Litter, with the participation of volunteers.

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Action name: Volunteer Drone Pilots
Coordinator: THARCISYO COTTA FONTAINHA
Contact information: tcottaf@gmail.com

About the action: In 2022, disasters caused over 30,704 deaths, affected 185 million people, and induced economic losses of 223.8 billion dollars according to the Centre for Research on the Epidemiology of Disasters (CRED). In Brazil, between 2011 and 2022, specifically in  Rio de Janeiro, there have been 591 disaster occurrences, resulting in 987 deaths, affecting around 3,9 million people and inducing economic losses of over R$3,08 billion (Digital atlas of disasters in Brazil, 2023). Such data demonstrates the importance and complexity of Humanitarian and Disasters Operations (OHD), which involve access to affected areas, coordination of several stakeholders and lack of resources. Thus, the Volunteer Drone Pilots project was created, idealized within the scope of the COPPE/CT/UFRJ Industrial Engineering Program in order to help with the shortage of human and technological resources in disaster response. The project has a technological platform that acts as a facilitator, uniting drone owners, civil defense and other organizations in the development of actions to map areas at risk and affected by disasters, promoting more effective and efficient collaboration between stakeholders in the context of OHD. In this sense, the project works to engage and promote knowledge exchange among the different actors treated as target audience, promoting effective and more efficient OHD, with the integration of different scientific knowledge areas and researchers of different levels who act in OHD.

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Action name: INSILICONET – PROGRAMMING THE FUTURE
Coordinator:  ARGIMIRO RESENDE SECCHI
Contact information: arge@peq.coppe.ufrj.br

About the action: InSilicoNet is a collaboration space where diverse actors from society are invited to bring their technical problems to build, together with academic members, innovative technological solutions based on digital tools. It is structured  as a network of seven Universities of the State of Rio de Janeiro (UFRJ, UERJ, PUC-Rio, UFF, UFRRJ and SENAI CETIQT) and engineering professionals with experience in the area of process systems engineering (PSE). InSilicoNet have a mission to promote the scientific and technological development committed not only to the economic performance, but also to the social and environmental impacts through outreach activities integrated to research and teaching initiatives in PSE, contemplating: a) Learning Factory, which develops skills and abilities of undergraduate and graduate students for collaborative work employing PSE to solve technological, social and environmental problems treatable by digital engineering tools; b) Offering outreach courses that promote competence for developing research, technology and innovation; c) Research and Development Projects integrating undergraduate and graduate students under academic supervision and mentoring by industries, organizations and/or governments.

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Action name: Rede Refugia
Coordinator:  THARCISYO COTTA FONTAINHA
Contact information: tcottaf@gmail.com

About the action: The United Nations High Commissioner for Refugees (UNHCR) reveals that in 2022 the world surpassed the mark of 100 million people in forced displacement, motivated by numerous reasons. In Brazil, since 2011 297.712 requests for the recognition of refugee status have been made. Due to its complexity and high amount of people affected, the humanitarian refugee crisis has to be addressed by governments in partnership with civil society and the private sector, in order to ensure that people in forced displacement have their human rights protected during an effective reception process that is attentive to their needs. Thus, those interested in helping Brazil face its migration crisis, Rede Refugia was created within the scope of the Industrial Engineering Program at COPPE/CT/UFRJ. It is a collaborative technological platform that aims to facilitate the process of reception, protection and integration of these people in forced displacement who are in Brazil. In this way, we seek to strengthen the mutual collaboration processes among refugees, asylum seekers, stateless people, public authorities, private entities, humanitarian organizations and other stakeholders. Through a social innovation process, Rede Refugia aims to foster an environment that favors the implementation of innovative solutions to the problems experienced by people in forced displacement living in Brazilian territory.

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