Pesquisadores do Cern recebem mensagem de pesar pelo falecimento do professor Zieli

Os pesquisadores que participam da colaboração científica internacional no Atlas, o maior experimento de detecção de partículas do Cern, o principal laboratório de física de partículas do mundo, receberam nesta segunda-feira, 31 de outubro, uma mensagem comunicando o falecimento do professor da Coppe/UFRJ, Zieli Dutra Filho, ocorrido na semana passada, e expressando pesar.

Em 1987, Zieli foi um dos pioneiros da parceria estabelecida entre a Coppe e a Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (Cern), junto com os professores Luiz Calôba, Antonio Carneiro de Mesquita Filho (ambos do Programa de Engenharia Elétrica), Ana Regina Rocha e Jano Moreira (ambos do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação). O professor do Programa de Engenharia Nuclear da Coppe liderou as pesquisas visando a construção de um calorímetro hadrônico para o detector de partículas Atlas.

Confira, abaixo, na íntegra, o comunicado assinado pelo coordenador da Colaboração Atlas, Andreas Hoecker, pelo porta-voz da colaboração que opera e desenvolve o calorimetro hadronico (Tilecal), Oleg Solovyanov e pelo professor José Manoel de Seixas, do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe e coordenador da equipe brasileira no Atlas.

It is with enormous sadness that we communicate the passing of Professor Zieli Dutra Thomé Filho on 24th of October.

Zieli obtained his PhD in Physics in 1974 and became full professor at the Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ) in 1985, working in the fields of particle physics, reactor physics, nuclear physics as well as perturbative methods. He initiated UFRJ’s collaboration with CERN in 1987 and first participations in the DELPHI experiment at LEP and the SPACAL project (Scintillating Fibre Calorimetry at the LHC). As vice-director of Brazil’s leading engineering graduate institute COPPE, Zieli conducted the association with the ATLAS collaboration from the beginning, together with UFRJ’s physics institute, resulting in the formation of the ATLAS Brazil Cluster, which now comprises four universities in three Brazilian states. Zieli became the first UFRJ-ATLAS group leader and signed the 1992 ATLAS Letter of Intent (as Z.D. Thomé). He initiated the first UFRJ contributions to the Tile Calorimeter, the analog trigger tower adders, which were produced by the Brazilian industry.

Between 2003 and 2005 Zieli was President of Eletronuclear, the Brazilian company responsible for generating nuclear energy. He was furthermore active in numerous other research and development projects, always promoting innovation and motivating people to seek solutions to challenging problems. He was an exceptional leader of multidisciplinary teams.

We are going to miss his energy at work and his friendship, and remember the inspiring moments we shared together.

Os pesquisadores que participam da colaboração científica internacional no Atlas, o maior experimento de detecção de partículas do Cern, o principal laboratório de física de partículas do mundo, receberam nesta segunda-feira, 31 de outubro, uma mensagem comunicando o falecimento do professor da Coppe/UFRJ, Zieli Dutra Filho, ocorrido na semana passada, e expressando pesar.

Em 1987, Zieli foi um dos pioneiros da parceria estabelecida entre a Coppe e a Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (Cern), junto com os professores Luiz Calôba, Antonio Carneiro de Mesquita Filho (ambos do Programa de Engenharia Elétrica), Ana Regina Rocha e Jano Moreira (ambos do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação). O professor do Programa de Engenharia Nuclear da Coppe liderou as pesquisas visando a construção de um calorímetro hadrônico para o detector de partículas Atlas.

Confira, abaixo, na íntegra, o comunicado assinado pelo coordenador da Colaboração Atlas, Andreas Hoecker, pelo porta-voz da colaboração que opera e desenvolve o calorimetro hadronico (Tilecal), Oleg Solovyanov e pelo professor José Manoel de Seixas, do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe e coordenador da equipe brasileira no Atlas.

It is with enormous sadness that we communicate the passing of Professor Zieli Dutra Thomé Filho on 24th of October.

Zieli obtained his PhD in Physics in 1974 and became full professor at the Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ) in 1985, working in the fields of particle physics, reactor physics, nuclear physics as well as perturbative methods. He initiated UFRJ’s collaboration with CERN in 1987 and first participations in the DELPHI experiment at LEP and the SPACAL project (Scintillating Fibre Calorimetry at the LHC). As vice-director of Brazil’s leading engineering graduate institute COPPE, Zieli conducted the association with the ATLAS collaboration from the beginning, together with UFRJ’s physics institute, resulting in the formation of the ATLAS Brazil Cluster, which now comprises four universities in three Brazilian states. Zieli became the first UFRJ-ATLAS group leader and signed the 1992 ATLAS Letter of Intent (as Z.D. Thomé). He initiated the first UFRJ contributions to the Tile Calorimeter, the analog trigger tower adders, which were produced by the Brazilian industry.

Between 2003 and 2005 Zieli was President of Eletronuclear, the Brazilian company responsible for generating nuclear energy. He was furthermore active in numerous other research and development projects, always promoting innovation and motivating people to seek solutions to challenging problems. He was an exceptional leader of multidisciplinary teams. 

We are going to miss his energy at work and his friendship, and remember the inspiring moments we shared together. 

José Manoel Seixas (for the ATLAS UFRJ Group)
Oleg Solovyanov (for the ATLAS Tile Calorimeter Project)
Andreas Hoecker (for the ATLAS Collaboration

Relatório do Pnuma sugere que o aquecimento global possa chegar a 2,8º no final do século

À medida que os impactos climáticos se intensificam, o mundo continua fracassando em atingir as metas do Acordo de Paris, com nenhum caminho confiável para restringir em 1,5º C o aquecimento global até ao final do século (acima dos níveis pré-industriais). É o que conclui o Relatório de Lacuna de Emissões de 2022, produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente (Pnuma), e publicado nesta quinta-feira, 27 de outubro. A professora Joana Portugal Pereira, do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, é uma das autoras do capítulo 4 (“The emissions gap”) do relatório The Closing Window – Climate crisis calls for rapid transformation of societies.

O relatório indica que a manutenção das políticas climáticas atualmente em curso sugere que o aquecimento global chegará a 2,8º C. A implementação de todas as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) com o acréscimo de compromissos de neutralidade de carbono (equiparar as emissões e a captura de gases de efeito estufa) assumidas pelos países aponta para um aquecimento global de 1,8º C. Contudo, este cenário não é considerado plausível, devido à discrepância entre as emissões atuais, as metas de curto prazo das NDCs e as metas de longo prazo de neutralidade de carbono.

Somente uma transformação urgente e sistêmica poderiam evitar a aceleração de um desastre climático. O relatório busca compreender como propiciar esta transformação pela ação na geração de eletricidade, na indústria, no transporte, na construção civil, na produção de alimentos e nos sistemas financeiros.

Apesar do chamado ao fortalecimento das NDCs para 2030, os autores consideram que o progresso feito desde a COP 26, realizada em Glasgow (Escócia), em 2021, tem sido “lamentavelmente inadequado”. As NDCs submetidas desde então reduziriam as emissões globais em apenas 0,5 gigatoneladas de equivalentes de carbono (GtCO2e), comparativamente com as propostas apresentadas o ano passado.

O relatório aponta que os países do G20 apenas começaram a implementar esforços para cumprir suas novas metas e a expectativa é que, como um conjunto, o G20 não consiga cumprir as suas promessas para 2030, caso não reforcem suas ações. Essa falta de progressos deixa o mundo a caminho de um aquecimento de 2,8C, muito acima do proposto pelo Acordo de Paris.

Segundo os autores, para cumprirem o Acordo de Paris, os países signatários precisam reduzir os GEE em níveis sem precedente nos próximos oito anos e as emissões devem seguir em queda rápida e constante após 2030 para não exaurir o orçamento de carbono disponível para manter o aquecimento global no limite até o final do século.

Mesmo que a transformação não seja concretizada plenamente, cada fração de grau centígrado importa, e vários benefícios climáticos e sociais podem ser obtidos no processo, como acesso universal à energia, ar mais limpo e mais empregos “verdes”.

O relatório aponta que a transformação global para uma economia de baixo carbono vai requerer investimentos da ordem de 4 a 6 trilhões de dólares por ano. Os autores indicam que este é um percentual relativamente pequeno (1,5 a 2%) do total de ativos financeiros, porém significativo (20 a 28%) em termos de recursos anuais adicionais necessários. Proporcionar tamanho financiamento implicaria na transformação do sistema financeiro internacional, suas estruturas e processos, mobilizando governos, bancos centrais, bancos comerciais, investidores institucionais e demais agentes financeiros.

Professor Zieli Dutra morre aos 79 anos

Faleceu na segunda-feira, 24 de outubro, aos 79 anos, o professor Zieli Dutra Thomé Filho. Foi um dos criadores do Programa de Engenharia Nuclear da Coppe/UFRJ, (em 1968) e vice-diretor da instituição, entre 1986 e 1990.

Mestre em Engenharia Nuclear pela Coppe (1970) e Doutor em Física pela PUC-Rio (1974), Zieli tornou-se Professor Titular da UFRJ, em 1985, e Livre Docente da mesma universidade em 1989, atuando em Física de partículas, Física de reatores, Métodos perturbativos e Física nuclear. Foi um dos responsáveis pela criação do curso de pós-graduação do Instituto de Física da UFRJ. Atuou como professor e pesquisador na Coppe durante 30 anos.

Ao término do seu doutorado, participou na formação de pessoal para todo o setor nuclear brasileiro num projeto acadêmico entre a Coppe e a Nuclebrás, denominado Projeto Urânio. Coordenou um projeto de Interface Homem-Máquina, gerando um Sistema de Supervisão de Parâmetros de Segurança para a Usina Angra 1. Foi nomeado para integrar uma comissão designada pelo reitor da UFRJ, Nelson Maculan, em março de 1991, para elaborar a política de radioproteção para ser adotada pela universidade.

Foi um dos responsáveis pela criação da Rede Nacional de Pesquisa (RNP), em 1992, hoje Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, para formação de redes de internet para a comunidade acadêmica brasileira. Em 2017, foi um dos agraciados com o diploma “Construtores da Internet no Brasil”, junto com os colegas, professores da Coppe Edmundo de Souza e Silva, Luis Felipe Magalhães de Moraes, ambos do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação, e o diretor-executivo da Fundação Coppetec, Fernando Peregrino. Na ocasião, Fernando Peregrino era presidente e Zieli Dutra diretor científico (cargo que ocupou entre 1990 e 1993) da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado do Rio de Janeiro (Faperj), e deram apoio e condições para a criação e funcionamento da Rede Rio, que desde então tem como coordenador técnico o professor Luis Felipe.

Em 1988, foi um dos pioneiros da parceria estabelecida entre a Coppe e a Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (Cern), junto com os professores Luiz Calôba, Antonio Carneiro de Mesquita Filho (ambos do Programa de Engenharia Elétrica), Ana Regina Rocha e Jano Moreira (ambos do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação). Liderou as pesquisas visando a construção de um calorímetro hadrônico para o detector de partículas Atlas.

Foi Presidente da Eletronuclear (2003-2005) e atuou como vice-presidente do International Nuclear Safety Group (INSAG), vinculado à Agencia Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU em 2005. Em 2012, foi agraciado com a Medalha Carneiro Felippe, pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).

Coppe-I será um dos expositores da Feira de Inovação Biotecnológica

Coppe-I será um dos expositores da quarta edição da Feira de Inovação Biotecnológica (FIB), promovida pelo Instituto de Microbiologia Paulo de Góes (IMPG/UFRJ) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), nesta quarta-feira, 26 de outubro. O Ecossistema de Inovação da Coppe estará presente em um dos stands, expondo a missão de promover a interação e impulsionamento de soluções tecnológicas de diferentes setores, ativando e fortalecendo um ambiente de empreendedorismo e inovação.

A 4ªFIB será realizada na Inovateca, no Parque Tecnológico da UFRJ, das 9h às 17h. A programação inclui palestras de renomados profissionais da área de inovação e visitas aos estandes na feira para conhecer as ações inovadoras do setor de biotecnologia.

Além dos expositores, o evento contará com palestrantes conta com o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Aurelio Krieger; do CEO e fundador da BioElements Jose Ignacio e do diretor de Tecnologia da Faperj, Mauricio Guedes. As palestras poderão ser acompanhadas de forma virtual, pelo canal do Parque no YouTube.

Saiba mais no site do evento.

Como sobreviver a um doutorado é tema de painel organizado por professor da Coppe

Na quarta-feira, dia 26 de outubro, às 12 horas, o Networking Channel promoverá o painel “How to Survive a Ph.D.: Fears and Issues. A Perspective from Students” (Como sobreviver a um doutorado: medos e questões-chave. Um olhar do ponto de vista dos alunos). Organizado pelo professor Edmundo Souza, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe/UFRJ, o painel tem como objetivo ajudar alunos de pós-graduação a entender e lidar com problemas que acontecem com uma grande parte deles em todo o mundo. Para participar, basta fazer a inscrição por meio do link https://bit.ly/3gEWmgd.

Edmundo diz que, apesar do foco ser para alunos de doutorado, com certeza vários problemas e receios são idênticos aos dos alunos de mestrado. O painel terá um formato de bate-papo informal com alunos de diferentes continentes.

Terapias Integrativas no ambiente acadêmico é tema de seminário do Acolhe Coppe

O Acolhe Coppe promove, na próxima segunda-feira, dia 24 de outubro, às 12h30, o seminário Terapias Integrativas: o que são e como podem contribuir com o universo acadêmico. Trata-se de um conjunto de terapias que visam a prevenção e a promoção da saúde física, emocional e mental, abrangendo a totalidade e integralidade do ser humano, sendo complementares às tradicionais. Apesar de algumas destas práticas já estarem incorporadas aos tratamentos de diversas doenças e condições clínicas no Sistema Único de Saúde (SUS), muitos ainda não sabem como funcionam, e esclarecer as dúvidas e mostrar os benefícios dessas terapias, principalmente para o ambiente universitário, é o principal objetivo do evento. O seminário será realizado no auditório da Coppe/UFRJ, na sala 122 do bloco G, no Centro de Tecnologia, Cidade Universitária; e também transmitido ao vivo pelo canal da instituição no YouTube.

O evento contará com a participação da terapeuta integrativa do Acolhe Coppe, Marcia Oliveira; da coordenadora técnica do Núcleo Psicossocial do Acolhe Coppe, psicóloga Josiane Barros; da terapeuta integrativa, enfermeira paliativista Mara Nogueira; da especialista em Medicina Paliativa, médica Hananda Poggio; do mestre em Reiki, teólogo e escritor Ricardo Di Napoli; e da consteladora Familiar, psicóloga Fernanda Martinelli.

Funcionária técnica-administrativa da Coppe, Marcia Oliveira explica que quando uma pessoa está com desequilíbrio energético, com sua energia vital em baixa, o corpo “reclama” de várias formas. É nesse momento que as terapias integrativas podem entrar com sua contribuição. Nos atendimentos presenciais no espaço do Acolhe Coppe são oferecidas, a cada sessão, as técnicas de Reflexologia Podal, Cromoterapia, Reiki, Auriculoterapia e outras que se façam necessárias, proporcionando benefícios como o equilíbrio do organismo, autoconhecimento, relaxamento, auxílio no tratamento de dores, alívio de ansiedade, depressão, melhora no sono, entre outros.

De acordo com Marcia, o trabalho de Reflexologia Podal e Aurículoterapia é realizado por meio de estimulação de pontos energéticos dos pés e do pavilhão auricular, e tais pontos causam reflexos em diferentes partes do corpo humano. Trata-se de técnicas com eficácia comprovada para prevenir o stress, relaxar o corpo e identificar problemas no funcionamento do organismo.

A Cromoterapia utiliza ondas emitidas pelas cores, e atua melhorando o equilíbrio entre o corpo e a mente, gerando sensação de bem-estar. Cada cor tem sua função terapêutica e nível de vibração compatível com nosso corpo. Já o Reiki, como explica Marcia, é uma técnica onde é utilizada a energia vital através das mãos, a fim de restaurar o equilíbrio físico da pessoa, regularizar suas funções vitais e equilibrar o campo mental e emocional. Tudo isso, ativando e equilibrando seus chakras, que são os centros de força, os meridianos de cada ser.

Marcia conta que trabalha com terapia integrativa há cinco anos, já tendo realizado e concluído 35 diferentes cursos de formação em Terapias Holísticas, incluindo um mestrado em Reiki. O seu trabalho voluntário na Coppe teve início em 2019, e durante a pandemia o mesmo foi integrado ao Acolhe Coppe. A funcionária diz que no total está atendendo a 227 pessoas neste momento, sendo 17 na Coppe, entre alunos, técnico-administrativos e professores.

Inscrições para mestrado e doutorado em Engenharia de Transportes da Coppe

O Programa de Engenharia de Transportes (PET) da Coppe/UFRJ estará com inscrições abertas entre 6 de dezembro de 2022 e 20 de janeiro de 2023 para seus cursos de mestrado e doutorado. Suas linhas de pesquisa se concentram nas seguintes áreas: Cidades e Mobilidade, Gestão e Operação de Transportes, Logística e Tecnologia e Sustentabilidade em Transportes. O edital do processo seletivo e o link para inscrição estão disponíveis no site do Programa

Conceito 6 na avaliação da Capes, concedido a cursos com ótimo desempenho nas áreas de ensino e pesquisa, o Programa de Engenharia de Transportes foi criado oficialmente em 1979. Em virtude da acentuada integração com órgãos governamentais, empresas e organizações da sociedade civil, forma recursos humanos capazes de responder a variadas demandas da movimentação de pessoas e cargas.

Conheça o Programa de Engenharia de Transportes da Coppe no canal da instituição no Youtube.

Inscrições abertas para o mestrado e doutorado em Engenharia de Produção

Estão abertas, até o dia 21 de novembro, as inscrições para os cursos de mestrado e doutorado do Programa de Engenharia de Produção (PEP) da Coppe/UFRJ. O PEP oferece, para o ano letivo de 2023, 42 vagas para o mestrado e 30 para o doutorado, e os candidatos poderão escolher entre duas áreas de concentração: Gestão e Inovação (GI) e Engenharia de Decisão e Gestão (EDG).

No primeiro período, serão 28 vagas para o mestrado (18 na área de GI e 10 em EDG) e 20 para o doutorado (12 em GI e oito em EDG). No terceiro período, são 14 vagas para mestrado (seis para GI e oito para EDG) e 10 para doutorado (quatro para GI e seis para EDG). Serão reservadas 20% das vagas para candidatos autodeclarados negros (pretos e pardos) e indígenas em cada uma das áreas de concentração do PEP e períodos letivos.

Pioneiro no Brasil, o Programa, criado em 1967, atua promovendo o diálogo entre as ciências exatas e da natureza, as ciências sociais e da saúde. Atua em temas abrangentes, dedicando-se a projetos e gerência de sistemas que envolvem pessoas, materiais, equipamentos e ambiente, para aplicação na indústria, na agricultura, no setor de serviços, na administração pública e nas iniciativas sociais.

O edital e o link para inscrição no processo seletivo estão disponíveis no site do Programa de Engenharia de Produção.

Inscrições para mestrado e doutorado em Engenharia Civil da Coppe

As inscrições para os cursos de mestrado e doutorado do Programa de Engenharia Civil da Coppe/UFRJ estarão abertas a partir de 24 de outubro e poderão ser realizadas até 20 de novembro do presente ano. As linhas de pesquisa do Programa se concentram nas seguintes áreas: Estruturas e Materiais, Geotecnia, Mecânica Computacional, Petróleo e Gás, Recursos Hídricos e Meio Ambiente, e Sistemas Computacionais.

O edital do processo seletivo e o link para inscrição estão disponíveis no site do Programa: https://bit.ly/3T7Mmdk

Conceito 7 na avaliação da Capes, concedido a cursos com ótimo desempenho nas áreas de ensino e pesquisa, o Programa de Engenharia Civil, criado em 1967, é reconhecido pela liderança nacional no ensino e na pesquisa. Mantém intenso intercâmbio com instituições nacionais e internacionais. Entre suas realizações, destaca-se o papel pioneiro na formação de recursos humanos e no desenvolvimento de tecnologia nacional para projetar estruturas de produção de petróleo e gás, assim como para as áreas de geotecnia e recursos hídricos, com contribuições importantes, por exemplo, no estudo da movimentação de solos, na contenção de encostas, no controle de enchentes e alagamentos e gestão de bacias hidrográficas.

Conheça o Programa de Engenharia Civil da Coppe no canal da instituição no Youtube.

Sistema novo de bicicletas compartilhadas é lançado na Cidade Universitária

O novo sistema de bicicletas compartilhadas na Cidade Universitária foi lançado oficialmente pela Coppe/UFRJ ontem, dia 5 de outubro, e com motivos para comemorar. Inaugurado nesta última segunda-feira, foram cerca de 1 mil viagens apenas nos dois primeiros dias de funcionamento. Destas, 638 ocorreram no segundo, com cada uma das 70 bicicletas sendo utilizada 10 vezes, em média.

A iniciativa faz parte do projeto “Ampliando o alcance da mobilidade ativa no laboratório vivo da Cidade Universitária da UFRJ”, que tem como coordenadores os professores do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, Marcio D’Agosto e Suzana Kahn, também coordenadora do Fundo Verde/UFRJ; e o professor do Programa de Engenharia de Produção da Coppe, Lino Marujo; e conta com a participação de quatro pesquisadores, financiamento da Faperj e apoio da Prefeitura Universitária e do Fundo Verde. As bicicletas e o software de gerenciamento do sistema são fornecidos pela empresa Serttel – Soluções em Mobilidade e Segurança Urbana.

Presentes ao evento, os professores da Coppe, Glaydston, Marcio D’Agosto e Luan, comemoram o sucesso inicial

A solenidade de inauguração foi realizada no Horto da Prefeitura Universitária e contou com a participação dos professores Marcio D’Agosto e Lino Marujo; do diretor de Planejamento, Administração, e Desenvolvimento Institucional da Coppe, professor Ericksson Almendra; do diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, professor Vicente Ferreira; do coordenador do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, professor Glaydston Ribeiro; do Chefe da Engenharia de Tráfego da Prefeitura Universitária, Eduardo Cezar; e do pesquisador do Fundo Verde, Bruno Allevato; dentre outros, incluindo professores de outras unidades da UFRJ que passarão a contribuir para o projeto.

Durante a solenidade, Marcio D’Agosto, coordenador geral do projeto, destacou que o número de adesão de usuários está bem alto e surpreendente, superando as expectativas da equipe. Este resultado inicial é favorável para se alcançar o objetivo desenvolver um “laboratório vivo” que forneça mobilidade ativa para o corpo social da Cidade Universitária. De acordo com o professor, a iniciativa também visa monitorar informações consideradas relevantes para atender ao conceito de cidade inteligente, por meio do uso deste sistema dockless de compartilhamento de bicicletas, que dispensa estações.

O novo sistema está estruturado para atender a todos que tenham uma matrícula na UFRJ – alunos, técnico-administrativos, pesquisadores e professores – e aos moradores da Vila Residencial. Os usuários podem se deslocar gratuitamente pedalando até a região do campus onde desejam parar, ou bem próximo a seus destinos, sem a necessidade de deixar o veículo em pontos específicos, como as estações. Durante o período máximo de 1 hora por viagem, eles podem usufruir deste veículo ambientalmente sustentável, iniciando e concluindo o deslocamento em uma das 25 regiões da Ilha do Fundão, denominadas manchas e selecionadas de forma criteriosa, por estimativa de demanda.

Para utilizar o serviço, basta baixar no smartphone o aplicativo “Integra UFRJ” e realizar o cadastro, ou mesmo atualizá-lo, no caso de quem já utilizava o serviço anterior, implantado pelo Fundo Verde. O aplicativo pode ser baixado pelo Play Store, ou pelo App Store; e as dúvidas tiradas pelo instagram.com/integraufrj

Ericksson parabeniza a equipe por implantar um projeto com muitos desafios

O diretor de Planejamento, Administração, e Desenvolvimento Institucional da Coppe, professor Ericksson Almendra, parabenizou a equipe pela iniciativa, ressaltando saber que é não é fácil, e sim um desafio implantar e administrar projetos como este. Uma missão que todos envolvidos estão conseguindo cumprir. Os benefícios do sistema foram mencionados pelo professor Glaydston, que disse ser muito bom ver o “campus pulsando”, e comentou sobre a tradição do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe e a importância de se implantar projetos como esse que. De acordo com o professor, além de contribuir para os estudos de mestrado e doutorado, a iniciativa promove a integração e principalmente a conexão entre os pontos internos da Cidade Universitária.

As bicicletas reduzem a lotação dos ônibus internos da UFRJ, diz Eduardo

De acordo com Eduardo Cezar, da Prefeitura Universitária, as bicicletas têm contribuído para reduzir o elevado número de pessoas que se deslocam pelo campus usando os ônibus internos a serviço da UFRJ, principalmente de muitos alunos que almoçam no Refeitório Universitário (o de frente para o CCS). A partir da movimentação dos usuários, será possível analisar os dados gerados e, assim, traçar cenários futuros, como destacou o professor Lino, da Coppe que, junto com seus alunos, fará a análise do ciclo de vida, não só das bicicletas, mas do sistema como um todo. 

Todos os deslocamentos serão monitorados pela equipe da Serttel que, pelo mapa do sistema de gerenciamento, terá acesso ao posicionamento de cada bicicleta, a partir do dispositivo nela instalado e que se comunica por GPS. Ao falar sobre o monitoramento, o gerente de Operações da Serttel, Renan Borsatto, fez uma breve abordagem sobre a segurança explicando que as bicicletas possuem reforço estrutural e dispositivos por elas espalhados, incluindo o de alarme. Este poderá ser disparado automaticamente quando, por exemplo, o veículo sair da área permitida para a circulação.

Este novo sistema de bicicletas compartilhadas chega para ampliar os benefícios do anterior, cuja experiência foi aprovada pela comunidade da UFRJ. Ele funcionava com 60 bicicletas e foi utilizado de setembro de 2017 ao início de 2020, quando teve início a pandemia da Covid-19. Implantado pelo Fundo Verde, atingiu uma média de 3 mil cadastros de alunos por ano e mais de 83 mil viagens realizadas. De acordo com o pesquisador do Fundo Verde, Bruno Allevato, no período de pico, a demanda chegou a superar a oferta. Por isso, em algumas vezes, não havia bicicletas disponíveis nas estações. Bruno, que também integra a equipe do atual projeto, explica que todas as informações coletadas na primeira experiência foram muito importantes para subsidiar a implantação deste novo projeto.

Entre os novos benefícios aos usuários e também aos acadêmicos, está a medição da melhora na saúde. O projeto a passou a contar com a colaboração da professora da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) da UFRJ, Paula Cocate que, junto com seus alunos, pretende convidar os usuários para fazer análises. O objetivo é compor indicadores que demonstrem o estado da saúde e da qualidade de vida. Presente ao evento, Paula disse que este projeto é muito importante por envolver uma mobilidade ativa, por contribuir para o aumento do movimento e consequentemente reduzir ou mesmo sair do sedentarismo.

Saiba mais sobre o novo sistema: Cidade Universitária volta a contar as bicicletas compartilhadas e gratuitas.

Professora da Coppe apresenta Ilha de Policogeração Sustentável na Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia

Nesta quarta-feira, 5 de outubro, a professora Carolina Naveira-Cotta, do Programa de Engenharia Mecânica da Coppe/UFRJ, apresentará o projeto da Ilha de Policogeração Sustentável, na Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (SOEA). A apresentação será feita das 15 às 16h, e será transmitida ao vivo.

O evento, promovido pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Crea-GO) e pela Mútua (Caixa de assistência dos profissionais do Crea), está sendo realizado no Centro de Convenções de Goiânia, de 4 a 6 de outubro, com o tema Tecnologia, Sustentabilidade e Responsabilidade Social para o Desenvolvimento Nacional.

Saiba mais sobre o projeto, coordenado pela professora Carolina e desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Nano e Microfluidica e Microssistemas (LabMEMS), no Planeta Coppe Notícias e saiba mais sobre o evento no site da SOEA.

Potencial e aplicações de blockchain serão abordados no Ciclo de Seminários PESC de outubro

“Blockchain: introdução, aplicações e potencial” é o tema da palestra de Gladstone Arantes Jr, líder de Pesquisa Aplicada do BNDES, a ser realizada no Ciclo de Seminários PESC do mês de outubro, no dia 05, às 11 horas. Durante o evento, o especialista abordará o contexto que fez surgir o bitcoin e outras criptomoedas, e como a tecnologia de blockchains pode ser usada para construir contratos inteligentes e outras aplicações, inclusive fora do mercado financeiro. Promovido pelo Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe/UFRJ, o evento será realizado na sala 324B do Bloco H, no Centro de Tecnologia, e transmitido pelo canal do Programa no YouTube.

Além de mostrar um pouco sobre a criação do bitcoin e resumir seu funcionamento, Gladstone abordará, de forma mais generalizada, o conceito da desta moeda digita, de forma a incluir os smart contracts, e apresentar classes de aplicações (DeFi, NFT, DAOs, identidades descentralizadas, Web3 e DeSoc). Também irá discutir sobre o potencial futuro, principalmente no longo prazo, e a necessidade de identificar os valores que a tecnologia traz, isolando-os de outros que ela pode ou não trazer, o que depende de inúmeras variáveis econômicas, sociais e até geopolíticas.

Mestre e doutor pelo Pesc/Coppe, Gladstone tem se destacado por sua grande atuação com novas tecnologias, principalmente nos últimos anos, quando liderou o projeto de criação do token próprio do BNDES, onde atualmente coordena as iniciativas que envolvem Blockchain. Com mais de 30 anos de experiência na área de Tecnologia da Informação (TI), Gladstone Arantes Jr é professor visitante do IBMEC-RJ e da FGV-SP, onde ministra cursos de pós-graduação com foco em blockchain. Foi apontado pela publicação Cointelegraph entre os mais influentes na comunidade de blockchain do país.

Coppe e Defensoria Pública do Estado do Rio assinam convênio para otimizar prestação de assistência jurídica

A Coppe/UFRJ e a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro assinam nesta segunda-feira, dia 3 de outubro, às 15 horas, um convênio para a realização do projeto de Integração, Desenvolvimento e Sustentação em sistemas de apoio à prestação de serviços de assistência jurídica. Denominado Sistema Verde, trata-se de um facilitador de assistência judiciária para os defensores públicos do estado do Rio. O objetivo é otimizar o trabalho destes profissionais, possibilitando que prestem um melhor atendimento aos cidadãos fluminenses. A cerimônia de assinatura será realizada no gabinete do Defensor Público do Estado do Rio de Janeiro, na Avenida Marechal Câmara, 314, Castelo, Centro, RJ.

O convênio, intermediado e gerenciado pela Fundação Coppetec, será assinado pelo defensor público geral do Estado, Rodrigo Baptista Pacheco, pela reitora da UFRJ, professora Denise Pires, pelo diretor superintendente da Coppetec, professor Antonio MacDowell de Figueiredo, e pelo diretor executivo da Coppetec, Fernando Peregrino.

O sistema será desenvolvido e mantido por pesquisadores do Centro de Apoio a Políticas do Governo (CAPGov) da Coppe, sob a coordenação do Professor Jano Moreira de Souza, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da Instituição. O professor explica que a finalidade é executar serviços continuados de integração, desenvolvimento e sustentação de sistemas, com o uso de Inteligência Artificial (IA).

“A execução deste projeto envolverá a realização de atividades de pesquisas e desenvolvimento, possibilitando, assim, a transferência do conhecimento  e da tecnologia para a Defensoria Pública do Estado. Além disso, as atividades apoiarão o ensino e a pesquisa na UFRJ na geração de conhecimento de interesse futuro ou imediato e sua disseminação por meio de publicação em periódicos e  participação em eventos nacionais e internacionais, de docentes, discentes e demais membros da equipe”, explica Jano.

Estudos da Coppe são premiados na Rio Oil and Gas Conference

Refinaria Abreu e Lima (crédito: Luciana Ourique)

Dois trabalhos desenvolvidos por pesquisadores da Coppe/UFRJ foram premiados na 20ª edição da Rio Oil and Gas Conference. O evento foi promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e realizado de 26 a 29 de setembro, em formato híbrido, online e presencial no Boulevard Olímpico, no Rio de Janeiro.

O estudo “Opções tecnológicas para operação da refinaria Abreu e Lima em um cenário de Brasil CO2 neutro em 2050” foi contemplado com o prêmio Plínio Catanhede, na categoria transição energética. O trabalho teve como autores a aluna de doutorado, Aline Teixeira de Carvalho, e os professores Alexandre Szklo, Pedro Rochedo e Roberto Schaeffer, todos do Programa de Planejamento Energético (PPE) da Coppe.

Além disso, foi agraciado com Menção Honrosa, na categoria Midstream Downstream, o estudo “Avaliação técnico-econômica do potencial de coprocessamento de biomassa no parque de refino nacional”, que teve como autores a aluna de mestrado, Letícia Gonçalves Lorentz, o pesquisador Bruno Scola Lopes da Cunha, e o professor Pedro Rochedo, do PPE.

Os dois estudos foram conduzidos no Cenergia, laboratório vinculado ao PPE.

Estudo mostra que hidrogênio pode tornar mais eficiente a produção de biocombustíveis

A produção de biocombustíveis pode ser aumentada em mais de 40% sem a necessidade de cultivar um único metro quadrado a mais de terra. Esta é a principal conclusão de um novo estudo internacional que analisou a produção destes combustíveis renováveis, a partir da cana-de-açúcar no Brasil. De acordo com os autores, entre eles o pesquisador da Coppe/UFRJ, Gabriel Malta Castro, o CO2 que é liberado durante a produção de etanol pode ser convertido em metanol, a partir do uso de hidrogênio produzido no mesmo processo. Trata-se de uma alternativa promissora para momentos como os atuais de escassez de energia.

Ao ser produzido, o etanol gera um grande excedente de CO2 durante sua fermentação, e ao combinar este CO2 com hidrogênio obtido a partir da energia solar ou eólica, é possível produzir um outro combustível sintético, o metanol, conforme explicação do professor Luis Ramirez Camargo, da Universidade de Utrecht e principal autor do estudo. De acordo com Ramirez, o metanol é usado hoje em dia, principalmente, na indústria química, mas no futuro poderá ser usado também nos motores dos navios, por exemplo.

Doutorando do Programa de Planejamento Energético (PPE) da Coppe, Gabriel Castro participou do estudo enquanto atuava como pesquisador visitante da Universidade de Recursos Naturais e Ciências da Vida (Boku), em Viena, como parte de seu doutorado sanduíche. Ele diz que esta produção conjunta de etanol e hidrogênio tem potencial para acabar com uma significativa e muito conhecida desvantagem dos biocombustíveis no Brasil que é referente ao uso da terra. “Por um lado, há uma competição direta com a produção de alimentos e rações por terras cultiváveis usadas de forma tradicional por pequenas propriedades familiares. Por outro lado, a monocultura em larga escala como a dos canaviais traz uma série de perigos ambientais como o desmatamento e a perda de biodiversidade”, explica o aluno da Coppe, que em Boku realizou sua pesquisa no Instituto para o Desenvolvimento Econômico Sustentável, sob orientação do professor Johannes Schmidt, também autor deste estudo.

 “A nossa análise mostra que o uso da bioenergia clássica em combinação com tecnologias modernas de hidrogênio tem um grande potencial para economizar terra. Desta forma, a biodiversidade e o uso tradicional da terra podem ser preservados e a competição com a produção de alimentos, reduzida. No entanto, isso exige políticas que ativamente protejam e promovam usos alternativos da terra. Caso contrário, os combustíveis sintéticos também podem ter consequências negativas”, afirma Johannes.

No entanto, esta tecnologia também tem um preço, de acordo com Gabriel Castro, que em seu doutorado na Coppe é orientado pelo professor Amaro Pereira, do PPE. Para que seja implantada é necessário construir grandes usinas de energia renovável, eletrolisadores e instalações de armazenamento de CO2 e hidrogênio no Brasil. Evitar 1 tonelada de CO2 com este método custava cerca de € 200, em junho de 2021, o que representava mais que o dobro do preço de atacado das emissões de CO2 na Europa. Mas, como explica Gabriel, os aumentos recentes do preço dos combustíveis fósseis fizeram com que o do metanol também subisse significativamente e, nas condições atuais, o preço de atacado europeu das emissões de CO2 seria suficiente para financiar esta tecnologia proposta. ”Supondo que o custo das células solares e eletrolíticas continue caindo, os custos desta produção combinada de etanol e hidrogênio também poderiam cair 40% ao longo da próxima década”, estima Gabriel que atuou com modelagens para diferentes cenários.

O estudo deu origem ao artigo “Pathway to a land-neutral expansion of Brazilian renewable fuel production” que, assinado por oito autores, foi publicado na Nature Communications recentemente, no mês de junho.

Integração Acadêmica da Decania do CT promove série de debates sobre o exercício da docência no Ensino Superior

A Coordenação de Integração Acadêmica da Decania do Centro de Tecnologia (CT) da UFRJ organizará, em homenagem ao Dia do Professor, o Outubro Docente, evento que vai ocorrer durante todo o mês de outubro abordando temas como acessibilidade, assédio moral, saúde mental, entre outros. Serão encontros semanais realizados no auditório da Coppe e abertos ao público, com tradução simultânea em Libras e transmissão ao vivo pelo canal do Centro de Tecnologia, no YouTube. O auditório da Coppe fica na sala 122, do bloco G, no CT.

A abertura da série, dia 6 de outubro, às 14 horas, contará com a participação do Decano do CT, professor Walter Suemitsu. Com o tema “Docência no Ensino Superior – dilemas contemporâneos”, o primeiro debate terá a presença do professor do Programa de Engenharia Química da Coppe e ex-diretor do Parque Tecnológico, José Carlos Pinto; da professora do Programa de Engenharia Metalúrgica de Materiais da Coppe e da Escola Politécnica, Gabriela Ribeiro Pereira; e do aluno de doutorado do Programa de Engenharia Química da Coppe, Daniel Tinoco.

Para Rita Cavaliere, engenheira e técnica-administrativa da Coordenação, a expectativa é de que a mesa proporcione um debate sobre aspectos da vida docente da contemporaneidade, relativas ao próprio fazer da profissão. “Nós esperamos uma rica discussão sobre os desafios em relação às avaliações, à exigência de produtividade e aos desafios pedagógicos enfrentados em sala de aula”, diz Rita.

Segundo Iris Guardatti, técnica em Assuntos Educacionais, o Outubro Docente é parte de uma série de ações desenvolvidas pela Coordenação para integrar as cinco unidades do CT e a comunidade interna. “O que procuramos é desenvolver projetos, programas e ações institucionais que tenham fortemente um viés integrador, que envolvam estudantes de graduação, pós-graduação, pesquisadores, docentes, e técnicos”, explica.

O Outubro Docente surgiu da necessidade de se colocar em pauta as questões e os desafios contemporâneos da vida docente, especialmente após o período da pandemia. Embora o evento tenha sido pensado para os docentes do CT, as atividades estarão abertas para professores de toda a universidade, estudantes de pós-graduação e os demais interessados nos temas.

Confira a programação:

Dia 06 de outubro – 14 horas

Docência no Ensino Superior – Dilemas Contemporâneos

Convidados: José Carlos Pinto (PEQ/Coppe), Daniel Tinoco (PEQ/Coppe), Gabriela Pereira (Metalmat/Coppe) e Walter Suemitsu (CT/UFRJ)

Dia 13 de outubro – 14 horas

Acessibilidade, Inclusão e Docência: com quem eu falo?

Convidados: Jeane Alves (FE/UFRJ), Leonardo R. Coelho (IMPG/UFRJ), Nuccia de Cicco (IBqM/UFRJ), Rose Lane Gadelha (FL/UFRJ) e Marta Tapias (Escola Politécnica/UFRJ)

Dia 14 de outubro – 10 horas

Saúde Mental na Academia

Convidadas: Fátima Erthal (IBCFF/UFRJ), Nathália Kimura (PR-7/UFRJ) e Walter Suemitsu (CT/UFRJ)

Dia 20 de outubro – 14 horas

Assédio Moral: o que precisamos saber

Convidados: Josiane Barros (Acolhe/Coppe), Marisa Palácios (Nubea/UFRJ), Ana Luísa Palmisciano (CNASP), Vanda Borges (Coppe) e Andréa Salgado (EQ/UFRJ)

Dia 27 de outubro – 14 horas

Escrita Acadêmica e docência: a experiência do Prof. Alexandre Torres

Convidado: Alexandre Torres (IQ/UFRJ)

Cidade Universitária volta a contar com as bicicletas compartilhadas e gratuitas

As bicicletas compartilhadas estão de volta à Cidade Universitária e com novidades para um melhor aproveitamento. A partir do dia 03 de outubro, quando será inaugurado um novo sistema, coordenado pela Coppe/UFRJ, os usuários poderão se deslocar gratuitamente pedalando até a região do campus onde desejam parar, ou bem próximo a seus destinos, sem a necessidade de deixar o veículo em pontos específicos, como as estações. A solenidade do lançamento oficial será dia 05 de outubro, às 10 horas, no Auditório do Horto, na Prefeitura Universitária.

A iniciativa faz parte do projeto “Ampliando o alcance da mobilidade ativa no laboratório vivo da Cidade Universitária da UFRJ”, que tem como coordenadores os professores do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, Marcio D’Agosto e Suzana Kahn, também coordenadora do Fundo Verde/UFRJ; e o professor do Programa de Engenharia de Produção da Coppe, Lino Marujo; e conta com a participação de quatro pesquisadores, financiamento da Faperj e apoio da Prefeitura Universitária e do Fundo Verde. As bicicletas e o software de gerenciamento do sistema são fornecidos pela empresa Serttel – Soluções em Mobilidade e Segurança Urbana.

O novo sistema iniciará com 70 bicicletas e está estruturado para atender a todos que tenham uma matrícula na UFRJ – alunos, técnico-administrativos, pesquisadores e professores – e aos moradores da Vila Residencial. Durante o período máximo de 1 hora por viagem, eles poderão usufruir deste veículo ambientalmente sustentável, iniciando e concluindo o deslocamento em uma das 25 regiões da Ilha do Fundão, denominadas manchas e selecionadas de forma criteriosa, por estimativa de demanda. Para utilizar o serviço, basta baixar no smartphone o aplicativo “Integra UFRJ” e realizar o cadastro, ou mesmo atualizá-lo, no caso de quem já utilizava o serviço anterior implantado pelo Fundo Verde. O aplicativo pode ser baixado pelo Play Store, ou pelo App Store.

Para saber os locais onde há bicicletas disponíveis, bastará consultar o aplicativo. Uma vez diante da bike, como explica a pesquisadora da Coppe, Mariana Marques, o usuário deverá utilizar o próprio smartphone para desbloqueá-la, acionando um dispositivo nela instalado, e, a partir daí, sair pedalando pelas ciclovias, recentemente restauradas para o projeto. Ao terminar o deslocamento, sempre em local pertencente a uma das manchas, o usuário estacionará e travará a bicicleta de forma manual e usará o celular para encerrar a viagem e, assim, bloquear a bicicleta automaticamente.

Mariana, aluna de mestrado do Programa de Engenharia de Produção da Coppe, alerta que é importante o usuário não esquecer de encerrar a viagem pelo aplicativo. Caso contrário, o sistema de gerenciamento considerará que ele ainda está usando o veículo e, quando o tempo de uso ultrapassar 60 minutos, o usuário será suspenso por 72 horas. Tal suspensão é a multa padrão aplicada a todos que ultrapassarem 1 hora de uso. A pesquisadora da Coppe também aconselha que o usuário bloqueie o veículo sempre que se distanciar da bicicleta ao fazer paradas, de forma que a mesma não seja utilizada por outra pessoa.

Todos os deslocamentos serão monitorados pela equipe da Serttel que, pelo mapa do sistema de gerenciamento, terá acesso ao posicionamento de cada bicicleta, a partir do dispositivo nela instalado e que se comunica por GPS. A atualização será a cada 30 segundos, o que auxiliará nas tomadas de decisão dos técnicos da empresa. Seja para transportar as bicicletas de uma mancha para outra quando for identificado que, por muito tempo, há quantidade excessiva na primeira e carência na segunda. Ou mesmo para fazer manutenção de uma bicicleta que tenha alguma avaria detectada, o que poderá ser realizada no local em que ela estiver parada.

O professor Márcio D’Agosto, coordenador geral do projeto, diz que o objetivo é desenvolver um “laboratório vivo” que forneça mobilidade ativa para o corpo social da Cidade Universitária. De acordo com Márcio, a iniciativa também visa monitorar informações consideradas relevantes para atender ao conceito de cidade inteligente, por meio do uso deste sistema dockless de compartilhamento de bicicletas, que dispensa estações. “As informações serão adquiridas por meio da participação dos usuários que percorrerão o campus usando as bicicletas fornecidas. O aplicativo instalado em seus celulares será utilizado tanto para destravar e bloquear os veículos, como para nutrir nossos pesquisadores de dados que servirão para a construção de ações concernentes à área de mobilidade sustentável”, explica Márcio.

Sistema anterior terá seus benefícios ampliados

Este novo sistema de bicicletas compartilhadas chega para ampliar os benefícios do anterior, cuja experiência foi aprovada pela comunidade da UFRJ. Ele funcionava com 60 bicicletas, oito estações e 6 km de ciclovia, e foi utilizado na Cidade Universitária de setembro de 2017 ao início de 2020, quando teve início o isolamento social, em função da pandemia da Covid-19. Implantado pelo Fundo Verde, coordenado pela professora Suzana Kahn, atingiu uma média de 3 mil cadastros de alunos por ano e mais de 83 mil viagens realizadas, com pico de 5 mil em um único mês. Para se ter uma ideia da aceitação, em junho de 2018 já era contabilizado uma média de 130 viagens diárias.

De acordo com o pesquisador do Fundo Verde, Bruno Allevato, no período de pico, hora do almoço e final da tarde, a demanda foi tanta que chegou a superar a oferta de veículos. Por isso, em algumas vezes, não havia bicicletas disponíveis nas estações. Segundo dados da Serttel, cerca de 20% das viagens diárias ocorriam entre as 10h e 12h. Bruno, que também integra a equipe do atual projeto, explica que todas as informações coletadas na primeira experiência foram muito importantes para subsidiar a implantação deste novo projeto.

Agora, a intenção dos pesquisadores é que, a partir de casos práticos, a experiência da implantação do sistema de compartilhamento de bicicletas dockless na Cidade Universitária, que se transforma em verdadeiro Laboratório Vivo (living lab), sirva de modelo para as cidades brasileiras. De acordo com a professora da Coppe, Suzana Kahn, os resultados obtidos poderão possibilitar seu escalamento para ambientes maiores e mais complexos do que o campus universitário, servindo de base para utilização das soluções desenvolvidas em locais mais amplos, como as cidades metropolitanas.

Suzana, que também é vice-diretora da Coppe, diz que esta iniciativa pode gerar identificação de oportunidades e de necessidades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) para o planejamento urbano sustentável. “O uso das bicicletas para mobilidade traz muitos aspectos favoráveis, como preservação do solo e vegetação local, e menor degradação e redução de manutenção da infraestrutura da rede viária. Além disso, pode propiciar um ganho de tempo considerável para os ciclistas nas curtas e médias distâncias e melhora na saúde e bem-estar deles. Por estas questões, achamos importante que haja uma rápida inserção destas soluções na sociedade” explica Suzana, que coordenou o capítulo de Transportes do mais recente relatório do IPCC, divulgado em abril deste ano.

O projeto avaliará também os benefícios da eliminação de estações

A partir da implantação deste sistema, duas questões consideradas importantes serão analisadas pela equipe de pesquisadores, que também inclui a aluna de mestrado, Fernanda Maio e o aluno de doutorado, Victor Hugo de Abreu, ambos do Programa de Engenharia de Transportes, e o aluno de graduação da Escola Politécnica, Gabriel Lima. A primeira questão é se o usuário de carro particular migrará para o transporte coletivo, a exemplo de ônibus, para se deslocar à Cidade Universitária, já que as bicicletas serão mais uma opção para que cheguem ao destino final dentro do campus e também facilitará o deslocamento interno.

Já a segunda é a performance diante do sistema tradicional que utiliza docas (estações). Nesta questão será levado em conta aspectos como os custos de infraestrutura, veículo, operação e manutenção; e o nível de serviço oferecido, envolvendo a disponibilidade das bicicletas, acessibilidade, flexibilidade e segurança. Para avaliar a performance deste sistema em relação ao tradicional os pesquisadores estimarão a redução de consumo de energia e as emissões evitadas de CO2 e de alguns poluentes atmosféricos. Nos estudos ainda levarão em conta a utilidade das bicicletas na potencialização de mobilidade, além do impacto social.

Coppe e Marinha firmam parceria para curso de Aperfeiçoamento Avançado

O contra-almirante da Marinha, Ricardo, entre os professores da Coppe Marysilvia, Lavínia, Robson, Antonio e Luiz

A Coppe/UFRJ irá disponibilizar um grupo de docentes para atuar em três cursos de Aperfeiçoamento Avançado que fazem parte da carreira dos oficiais da Marinha do Brasil. Por meio de um convênio firmado, dia 22 de setembro, com o Centro de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA), o grupo interdisciplinar de professores irá ministrar um total de 1.701 horas de aulas, com início em março de 2023.

O objetivo é apresentar aos oficiais conceitos tecnológicos relacionados às áreas afins dos seguintes cursos de Aperfeiçoamento Avançado: o de “Sistema de Controle e Eletricidade para Navios” (562 h.), de “Propulsão Naval” (639 h.) e de “Guerra Acústica” (500 h.).  Os docentes, em sua maioria, são dos Programas de Engenharia Elétrica, de Engenharia Oceânica, e de Engenharia Biomédica da Coppe. A iniciativa também conta com a colaboração de professores de outras unidades da UFRJ, como a Escola Politécnica e o Instituto de Física.

O convênio (Termo de execução descentralizada para cooperação técnica e acadêmica) foi assinado pela Diretora Acadêmica da Coppe, professora Lavínia Borges, e pelo contra-almirante da Marinha, Ricardo Fernandes Gomes, comandante do CIAA. Também estiveram presentes à cerimônia, realizada no próprio CIAA, a diretora adjunta de empreendedorismo da Coppe, professora Marysilvia Ferreira da Costa, e os professores da instituição, Robson Dias, do Programa de Engenharia Elétrica, Antonio Mauricio, do Programa de Engenharia Biomédica, e Luiz Vaz Pinto, do Programa de Engenharia Oceânica.