Nassif critica a desestabilização de governos progressistas e defende regulação da mídia

A Coppe/UFRJ recebeu na sexta-feira, 23 de junho, o jornalista Luis Nassif, na terceira edição do Ciclo Brasil e suas perspectivas. Nassif indicou que o combate à corrupção tem sido usado pelos Estados Unidos para desestabilizar governos progressistas e clamou por uma nova política de conciliação social, que avance na regulação da mídia e do mercado financeiro.

Na opinião do diretor-superintendente da Agência Dinheiro Vivo e colunista do portal GGN, com as redes sociais, a multiplicação das fontes de informação e a facilidade de acesso às mesmas, tornou-se possível acompanhar, em tempo real, o que antes pareceria ser apenas uma teoria conspiratória.

Nos anos 1990, foram erigidos mecanismos de cooperação internacional, em torno do combate ao crime organizado. Conforme explicou Nassif, após os atentados de 11 de setembro de 2001, esses mecanismos se fortaleceram e foram voltados ao combate ao terrorismo. A ideia era que só com cooperação internacional seria possível enfrentar crimes transnacionais.

“Quem conduz o jogo da cooperação internacional é quem está mais aparelhado tecnologicamente”, explicou. No caso, o condutor, de acordo com o jornalista, seriam os Estados Unidos, que passaram a cruzar as informações, captadas por suas agências de inteligência, para desestabilizar governos social-democratas.

Os “golpes” engendrados sob influência dos Estados Unidos dependem de três atores, segundo Nassif: um juiz cúmplice, movimentos sociais financiados por ONGs americanas, e uma empresa hegemônica de mídia.

Segundo Nassif, com a operação Banestado, o juiz Sergio Moro e procuradores passaram a ter contato informal direto com a Secretaria de Estado norte-americano. “Essa semana, o coletivo Jornalistas Livres revelou que Moro autorizou atuação controlada no território brasileiro, sem sequer comunicar ao Ministério Público. O que antes era um indício, agora se torna um fato concreto. Isso mostra a forma de atuar de um magistrado que a partir de um pequeno episódio, envolvendo posto de gasolina, daí o nome Lava Jato, conseguiu derrubar uma presidente da República”, afirma o jornalista.

Corrupção revelada, outra escondida

Em seguida, Luis Nassif comentou uma reportagem, publicada em seu blog na véspera da palestra, que expõe a sincronia entre a denúncia de corrupção envolvendo a CBF e a Rede Globo, e o início de uma série de reportagens da emissora, motivadas pela delação de Joesley Batista, dono da empresa JBS, envolvendo o presidente da República, Michel Temer.

A delação de Joesley foi divulgada pelo jornal O Globo no dia 17 de maio. Uma semana depois, é preso o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, acusado do desvio de recursos de patrocínios em jogos da seleção brasileira. “O escândalo envolvendo a CBF e a rede Globo foi abafado pela superexposição do escândalo JBS”, avaliou Nassif.

“A cronologia da prisão de Rosell é a cronologia da Globo mergulhando na derrubada de Temer. Ninguém cai de cabeça em uma denúncia, para derrubar o presidente que ela mesma colocou. Por que, da noite pro dia, ela (Globo) resolve derrubar o Temer? Não que ele não mereça. Mas, a denúncia chega às 17h e o Jornal Nacional, mesmo improvisado, dedica 1h a isso”, questionou.

“Mãos Limpas foi um poço de legalidade perto da Lava Jato”

Antes da palestra, Nassif embarcou no Maglev-Cobra e conheceu a nova sala de controle do veículo de levitação magnética da Coppe/UFRJ. O jornalista visitou ainda o LabOceano.

Antes da palestra, Nassif embarcou no Maglev-Cobra e conheceu a nova sala de controle do veículo de levitação magnética da Coppe/UFRJ. O jornalista visitou ainda o LabOceano.

Na avaliação de Luis Nassif, a vulnerabilidade institucional, que dentre outros fatores é causada pela contaminação feita pelo financiamento das campanhas eleitorais, sempre foi aproveitada pelo que há de pior na política nacional. “Esse grupo do Michel Temer, Eliseu Padilha, Moreira Franco, Geddel Vieira Lima (todos do PMDB). Quando FHC se fragiliza em 99, eles assumem uma parcela de poder e passa a chantagear todos os governos quando se enfraquecem. Com o afastamento da Dilma, sai alguém que tinha visão de país e entra esse grupo em seu lugar. Ela perde o rumo a partir de determinado momento, mas havia um projeto de país complexo e que estava caminhando”, afirmou.

Nassif retomou, então, o argumento de que é o interesse geopolítico americano a fragilização de governos e empresas os quais percebe como competidores no cenário internacional. “Os Estados Unidos passam a usar o combate à corrupção como peça central para impedir o desenvolvimento dos demais países e vão cozinhando uma a uma as lideranças social-democratas. Liquidaram politicamente José Sócrates (ex-primeiro-ministro) em Portugal, sem levantar uma prova contra ele”.

Para o jornalista, é evidente que as empreiteiras têm histórico de corrupção, pois, segundo ele, em todos os países, o desenvolvimento é marcado pela cumplicidade entre as empresas nacionais e quem ocupa o poder. “Estou citando a corrupção política como um dado de desenvolvimento. A Siemens quando se espalhou pelo Terceiro Mundo, o fez por suborno. Não estou defendendo a prática, mas é uma realidade dos países quando passam a conquistar mercados externos”, ponderou.

Em um paralelo entre a operação Lava-Jato e a operação Mãos Limpas, realizada na Itália, a partir de 1992, e que lhe serve como referência, Nassif relembrou que a “caça às bruxas” promovida na ocasião levou à desagregação de setores da economia italiana e do esfacelamento do establishment político daquele país.

“Em 2005, o juiz Sérgio Moro publicou um estudo sobre a Mãos Limpas, e tudo que ele fez na Lava Jato, e tudo que ele fez na Lava Jato estava lá. Articulação com a imprensa, vazamentos seletivos, conquista da opinião pública. Mas, a Mãos Limpas foi um poço de legalidade perto do que foi feito aqui na Lava Jato”.

Segundo Nassif, a mídia se vale de características do “cidadão médio”, como o medo do imprevisível, da instabilidade social e política, e usa a escandalização como parte da estratégia. “Lembrem que a imprensa gastou uma semana falando da tapioca que o ministro Orlando Silva comprou com o cartão corporativo. Todo adversário meu tem que ser demonizado. Isso independe da linha política, a mídia escolhe os inimigos – pode ser José Dirceu, Jader Barbalho, Fernando Collor e Paulo Maluf – e os torna super poderosos”, analisou.

O papel da mídia e a defesa da sua regulação

No caso de Dilma Rousseff e do PT, a imprensa, segundo Nassif, teria apelado ao anticomunismo. “Não há nada mais antibolivariano do que a Dilma, mas não adiantou. O monstro foi criado e prevalece a opinião de quem tem mais poder de fogo. A política de conciliação levou ao golpe. Foi o golpe mais fácil da história. Dilma tinha uma ótima visão no começo do governo, é uma mulher fantástica, mas achou que como não era culpada, a Lava-Jato tiraria todos os bandidos e a deixaria em paz”, lamentou Nassif.

Da mesma forma que desconstrói a imagem de adversários, a imprensa, na opinião do jornalista, trabalha positivamente a imagem de algumas personalidades públicas, como Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Ayres Britto (ministros e ex-ministros do STF), ou dos senadores José Serra e Álvaro Dias. “Veja o caso do Temer, qualquer batatada que dizia, era ‘nossa, como se expressa bem, usa mesóclise’”, ironizou o jornalista.

“Quando o país não é institucionalmente maduro, basta pegar um juiz cúmplice, o maior grupo de mídia, cria o discurso da corrupção, um grupo de burocratas (Ministério Público) que perdeu completamente a noção de sua função pública. Com isso consegue-se derrubar um presidente”, criticou Nassif, que ressaltou ter sido, em sua opinião, o primeiro golpe parlamentar no Brasil o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello.

Pensando em 2018, Nassif disse acreditar que o país, apesar dos pesares, tem boas perspectivas, pois há diagnósticos e propostas para todas as áreas. Elogiou a visão política de dois presidenciáveis: Lula e Ciro Gomes, mas fez ressalvas. “Ciro tem uma visão muito grande, mas é estourado. Dá uma entrevista brilhante e no meio dela diz que receberia o Moro à bala, e estraga tudo”.

“O Lula sabe como falar para a alma do povo. Identifica os pontos centrais de desenvolvimento. Ele tem visão integrada, tem um discurso completo. É como se fosse o Mike Tyson, só é abatido à bala. No caso, alguma decisão judicial. A Lava Jato comprometeu o Lula como ativo de conciliação nacional”, analisou o jornalista.

Para que o Brasil descortine melhores perspectivas de desenvolvimento, Nassif defendeu que seja feito um projeto de regulação da mídia, diminuindo a concentração do setor (“a Globo tem um poder tão avassalador que é uma ameaça à nacionalidade”), e que o governo não se curve ao que chamou de “falsa ciência de política fiscal e monetária” do mercado financeiro. “O que se gasta com juros poderia cobrir o país com obras de infraestrutura”, enfatizou.

Nassif criticou ainda o “liberalismo de boutique”, que, em sua opinião, tem como melhor representante o ministro do STF, Luis Roberto Barroso, o qual apoiaria mudanças sociais, mas com recorte de classe. “Massificação de políticas sociais? Não, tem que ter responsabilidade fiscal, teto de gastos”, ironizou. Mas o jornalista mantém o otimismo pelo que viu nas recentes mobilizações de alunos do ensino médio. “A reconstrução será profunda, mas a energia que vem da rapaziada e a visão objetiva de Brasil me impressionam. É uma geração como nunca vi nesses movimentos estudantis”.

Sobre o Ciclo

Promovido pela Coppe/UFRJ, o Ciclo é aberto ao público e tem como objetivo promover debates com personalidades, intelectuais, jornalistas e líderes sociais sobre a crise do país e maneiras de superá-la. Nas edições anteriores, os convidados foram Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda (no governo Itamar) e da Integração Nacional (no governo Lula), e Luiz Carlos Bresser-Pereira, ex-ministro da Fazenda (governo Sarney), da Administração Federal e Reforma do Estado e da Ciência e Tecnologia (ambos no governo Fernando Henrique).

Aluna da Coppe é uma das vencedoras do Desafio Mobilidade Itaú-Cebrap 2017

Juliana, à esq., com os quatro vencedores – foto gentilmente cedida pelo Cebrap

A aluna de doutorado do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, Juliana DeCastro, é uma das cinco vencedoras da edição 2017 do Desafio Mobilidade Itaú-Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). Juliana concorreu com estudantes de todo o país, cujo desafio era apresentar uma proposta inédita para mobilidade urbana que incluísse a bicicleta. Os vencedores receberão 10 mil reais, cada um, e terão suas propostas publicadas, em formato de artigo, em um livro financiado pelo Itaú e Cebrap que será lançado em 2018.

No dia 12 de junho, a aluna da Coppe embarcou para São Paulo, onde durante três semanas participa com os outros vencedores de atividades promovidas pelo programa. São cursos e oficinas de formação em metodologia de pesquisa, grupos de discussão e encontros de orientação com pesquisadores do Cebrap. O objetivo do programa, lançado pela primeira vez este ano, é fomentar a produção de conhecimento sobre mobilidade no Brasil, inserindo a bicicleta.

“É estimulante participar de um trabalho que poderá contribuir para a inovação do sistema de bicicleta compartilhada. E mais ainda pelo fato de que os resultados serão públicos e poderão alcançar toda a sociedade”, comemora Juliana.

“Notamos que havia pessoas interessadas em desenvolver trabalhos no tema, em diferentes lugares, e achamos que valia a pena tentar reunir algumas dessas boas ideias em uma publicação”, explicou Carlos Eduardo Torres Freire, diretor adjunto científico do Cebrap e coordenador do projeto.

Amante do ciclismo não mede esforços nas pesquisas de campo

Carioca, nascida no Meier, Juliana, 34 anos, é uma confessa amante do ciclismo. “O uso da bicicleta faz parte da minha memória afetiva. Aprendi com o meu pai a andar de bicicleta sem rodinhas aos quatro anos de idade, em Itacuruçá”, disse com orgulho Juliana, que venceu o desafio com um tema no qual ela vem trabalhando em sua tese de doutorado, sob a orientação do professor Ronaldo Balassiano.

“A pesquisa de Juliana e o Desafio contribuem para mostrar a importância do transporte por bicicleta e sua integração com outros sistemas de transporte público. A gente precisa começar a diversificar a nossa forma de se movimentar pela cidade e a promover o respeito aos ciclistas por parte dos motoristas. Quanto mais viagens de bicicletas forem realizadas, menor será o impacto no trânsito e mais qualidade de vida teremos”, ressaltou Balassiano.

A aluna da Coppe vem estudando opções para melhorar a mobilidade urbana, de forma sustentável, sob a perspectiva do crescimento da demanda. Em sua pesquisa, a aluna da Coppe utiliza uma abordagem metodológica exploratória, cujo objetivo é interrelacionar padrões de viagem, perfis de usuários e uso do solo. “O objetivo é investigar o uso e o desempenho dos sistemas de bicicletas compartilhadas no Rio de Janeiro, como o Bike Rio”, explica.

Aplicada, Juliana não mede esforços para realizar suas pesquisas de campo. A mais recente foi no último mês de maio, com três colegas que integram a equipe do Núcleo de Planejamento Estratégico de Transportes e Turismo (Planett) do Programa de Engenharia Transportes da Coppe. Os alunos resolveram cruzar a Baía de Guanabara para avaliar o novo bicicletário inaugurado em março deste ano, na Praça Araribóia, ao lado da estação das Barcas. E para isso, é claro, todos usaram a bicicleta como transporte. Juliana saiu do Méier, foi ao encontro de Luiz Saldanha, no Grajaú, e ambos encontraram Lorena Freitas (que havia saído de Copacabana), em frente à estação das barcas, na Praça XV. Após atravessar a Baía, pararam no Centro de Niterói, onde avaliaram a estrutura do bicicletário e conversaram com a coordenadora do programa Niterói de Bicicleta, Isabela Ledo. Em seguida, fizeram um test drive no túnel, recém-inaugurado, Charitas-Cafubá, que liga Icaraí a Piratininga. Juliana elogiou as duas iniciativas, mas ressaltou que para dar uma opinião mais categórica é necessário acompanhar o dia a dia e ouvir os usuários.

Juliana com os amigos, em pesquisa de campo, em Niterói

Pesquisadores da Coppe apresentam soluções para o transporte de cargas em megacidades

Pesquisadores do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ e de outras instituições apresentarão na próxima terça-feira, 27 de junho, soluções para vencer os principais desafios enfrentados pela logística e pelo transporte de cargas em megacidades. As propostas serão apresentadas durante o IV Workshop Logística em Megacidades, que será realizado, das 9h00 às 16h30, no auditório da BR Distribuidora, na rua Correia Vasques, 250, cidade Nova, Rio de Janeiro.

Sob a coordenação do professor da Coppe, Márcio D’Agosto, o evento tem como objetivo apresentar e debater tendências para coletas e distribuição de cargas. Também serão exibidos casos de sucesso em sustentabilidade na logística urbana.

Confira abaixo a programação:

09:00 – Credenciamento (welcome coffee)

09:30 –  Apresentação de abertura – Representante da BR Distribuidora

09:45 –  Logística em megacidades: em busca da sustentabilidade – Márcio D´Agosto – LTC/PET/COPPE/UFRJ

PAINEL 1 – Casos de sucesso em sustentabilidade na logística urbana

10:00 –  BR Distribuidora e IME – Distribuição noturna de combustíveis na cidade do Rio de Janeiro – Diego Marques

10:20 –  CISLOG/USP – Impactos econômicos e operacionais de um programa de entregas noturnas – Claudio Barbieri

10:40 –  LALT/UNICAMP – A logística como instrumento para a nova agenda urbana do habitat III da ONU – Orlando Fontes Lima Jr.

11:00 –  UFC/DET – Coleta e monitoramento das emissões de poluentes atmosféricos provenientes do transporte urbano de carga: estudo de caso em Fortaleza/CE – Bruno Bertoncini

11:20 –  Netz – Os benefícios do uso de telemetria como ferramenta de apoio à gestão do desempenho de frotas – Paulo Gentil

11:40 –  LTC/PET/COPPE/UFRJ – Logística em megacidades: em busca de sustentabilidade “o que fizemos” – Márcio D’Agosto

12:00 – Debate: Desafios e Soluções

12:30 – Almoço

PAINEL 2 – Tendências futuras para sustentabilidade na logística urbana

14:00 –  BR Distribuidora – Gestão de risco no transporte – André Alessandro

14:20 RGLOG – A logística urbana sustentável no segmento automotivo – Ricardo Melchiori

14:40 –  BYD – Veículos comerciais leves 100% elétricos: resultados práticos no Brasil – Carlos Roma

15:00 –  BR Distribuidora – Programa de transporte ecoeficiente – Paulo da Luz

15:20 –  LTC/PET/COPPE/UFRJ – Tendências futuras em last mile – Cintia Machado

15:40 – Debate: Desafios e Soluções

16:15 – LTC/PET/COPPE/UFRJ – Programa de Logística Verde Brasil (PLVB) – Márcio D´Agosto

16:30 – Encerramento

Coppe promove Rio Fuzzy Logic 2017

Pesquisadores de vários países estarão reunidos no Rio de Janeiro, de 26 a 30 de junho, para participar do Rio Fuzzy Logic 2017. Promovido pelo Laboratório de Lógica Fuzzy da Coppe/UFRJ, o evento está sendo coordenado pelos professores Carlos Cosenza e Francisco Dória. O “Conference Day” será realizado dia 26, das 8h às 19h, no auditório da Coppe, que fica na Rua Moniz de Aragão, 360, Centro de Tecnologia (CT 2), Cidade Universitária.

O evento contará com a participação de Timothy Jack Ross, professor da Universidade do Novo México (EUA) e editor-chefe fundador do International Journal of Intelligent and Fuzzy Systems; Gregory Chaitin, professor honorário da Universidade de Buenos Aires, e Felix Camino, chefe do Grupo de Automação da École Nationale de l’Aviation Civile (França).

Os dias 27, 28, 29 e 30 serão dedicados à realização de workshops sobre “Tomada de Decisão” e “Limites Computacionais”. Os workshops incluem debates, trabalhos interativos e aulas com especialistas.

Aberto ao público, o Rio Fuzzy Logic 2017 conta com o apoio da Klam, empresa spin off da Coppe, e do Parque Tecnológico da UFRJ.

Confira a programação completa em: http://riofuzzy2017.klam.com.br/programacao.php

Primeira visita virtual ao Atlas aberta ao público desperta curiosidade

A Coppe/UFRJ recebeu um bom público em seu auditório, na última quinta-feira, 22 de junho, para a primeira visita virtual, aberta ao público, ao Atlas, experimento de detecção de partículas instalado no Cern, o maior laboratório de física do mundo. Concebido com a contribuição da Coppe, o Atlas desempenhou papel fundamental na descoberta do bóson de Higgs – a chamada “partícula de Deus”.

A visita começou com uma breve palestra, proferida pelo professor José Manoel Seixas, do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe, e que coordena, juntamente com o professor Fernando Marroquim (Instituto de Física da UFRJ), a equipe brasileira no Atlas. Em seguida, teve início uma videoconferência, com o pesquisador Denis Damásio, formado pela Coppe, no Atlas Visitor Center. O evento atraiu pessoas de diversas unidades da UFRJ e mesmo de outras instituições, como Furnas. Parte do público chegou cedo ao evento, sendo recepcionada no Espaço Coppe Miguel de Simoni, em seu nicho “A recriação do começo dos tempos”.

A parceria entre a Coppe e o Cern começou oficialmente em 1988, mas a sua origem está na viagem feita no ano anterior pelos professores da Coppe, Zieli Dutra, Luiz Calôba, Jano Moreira, e pelo professor Fernando Marroquim (IF/UFRJ). A partir daí quatro alunos de doutorado seguiram para o Cern, dois dos quais integram o quadro de docentes da instituição:José Manoel Seixas, Cláudia Werner, diretora de Assuntos Acadêmicos da Coppe e professora do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC).

À exemplo da corrida tecnológica aeroespacial, as pesquisas desenvolvidas no Cern, embora tenham seu foco na física básica, resultaram em várias conquistas tecnológicas de uso no dia a dia. A mais famosa dessas contribuições é o protocolo www, que se tornou o padrão para a navegação na internet. A primeira página web do mundo foi desenvolvida no Cern. Além disso, há várias outras aplicações de tecnologias inicialmente concebidas para uso no laboratório: telas touch screen; diagnóstico por imagens de doenças como o câncer de mama (permitindo constatar calcificações de 1 mm) e esquizofrenia; radioterapia, biotecnologia; computação de alto desempenho; criogenia; ímãs supercondutores; dentre outros.

De acordo com Seixas, o Atlas possui quatro partes: tracking chamber (câmara de rastreamento); eletromagnetic calorimeter (calorímetro eletromagnético), hadron calorimeter (calorímetro hadrônico) e muon chamber (câmara de múons). O conjunto de detectores busca eventos físicos de interesse em meio aos 60 terabytes de informação que o Large Hadron Collider (LHC) é capaz de gerar, no Atlas, a cada segundo. “A maior parte é descartada no Atlas pelo processo de filtragem online, que tem participação da Coppe, tanto para a detecção de elétrons, como para a de múons, os principais canais físicos de interesse no LHC”, ponderou o professor.

A maior parte é descartada no Atlas pelo processo de filtragem online, que, hoje, tem participação decisiva da Coppe, tanto para a detecção de elétrons, como para a de múons, os principais canais físicos de interesse no LHC.

Despertando a curiosidade dos futuros colegas

O trabalho feito pelo Atlas e demais conjuntos de detectores  instalados ao longo dos 27 km do LHC permitiu ao Cern, anunciar ao mundo, em 2012, a descoberta do bóson de Higgs, conhecida popularmente como “partícula de Deus”. “Quase cinquenta anos depois de ser previsto pelo físico inglês Peter Higgs,  graças a essas colisões, juntamos estatística suficiente para comprovar a existência do bóson de Higgs, essa partícula que explica a existência de massas diferentes para as demais partículas e, portanto, permite a existência da vida, como a concebemos”, explicou Seixas.

No momento, o LHC gera entre 20 a 25 eventos por cada colisão, pela passagem dos feixes de prótons. Segundo Denis Damazio, são 2.317 pacotes de prótons (isolados a partir de átomos de hidrogênio) de cada lado que colidem a cada passagem de feixe pelo acelerador. Cada colisão gera 13 tera eletron-volts (13 trilhões de elétrons-volt, a unidade de medida utilizada em aceleradores de partículas).

O plano dos pesquisadores é aumentar o número de eventos por colisão para 200, até 2024. “A gente aumenta a estatística de observação de eventos muito raros. O upgrade do Atlas vai aumentar o ‘palheiro’ no qual teremos que procurar essas ‘agulhas’ de 10-21 m”, relatou Seixas.

Ailton Souza, funcionário do IPPN

A apresentação de Denis Damazio despertou a curiosidade do público presente. Houve espectador fazendo perguntas técnicas acerca da obtenção dos prótons e da aceleração dos mesmos, ao passo que alguns estudantes quiseram saber como deveriam se qualificar para futuramente serem colegas de trabalho de Denis, no laboratório europeu.

Ailton Souza, funcionário do Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais Walter Mors (IPPN-UFRJ), foi o primeiro a participar das visitas virtuais ao Atlas a ter coragem e curiosidade de perguntar acerca das tensões entre religiosidade e ciência, quando pesquisadores buscam a origem da matéria e a origem da vida. Denis foi hábil em esquivar da polêmica: “trabalham no Cern pessoas das mais variadas origens e das mais variadas crenças. A ciência permite que em um mesmo laboratório trabalhem juntos judeus e muçulmanos, ateus e cristãos, e cheguem juntos a respostas sobre a constituição do universo”, ponderou o pesquisador.

Professores e alunos da Coppe são premiados pelo IBP e Comitê da Rio Oil & Gas

Os alunos que realizam o estudo entre os professores Paulo Couto e Virgílio Ferreira Filho

Estudo realizado por professores e alunos da Coppe/UFRJ recebeu Menção Honrosa do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Bicombustíveis (IBP) e do Comitê Técnico da Rio Oil & Gas Conference 2016. O estudo foi contemplado por meio do artigo “Análise de incertezas em escoamentos multifásicos”, que foi apresentado durante a conferência e considerado como de alto padrão técnico, contribuindo para estimular o intercâmbio  tecnológico e o aprimoramento da indústria de petróleo, gás e biocombustíveis. A premiação foi concedida em maio deste ano.

São autores do artigo os professores Virgílio José Martins Ferreira Filho, do Programa de Engenharia de Produção, e Paulo Couto, do Programa de Engenharia Civil; a pesquisadora de Pós-doutorado Juliana Souza Baioco, do Programa de Engenharia Civil; os alunos de mestrado Danielle de Oliveira Monteiro, do Programa de Engenharia de Produção e Ronnymaxwell Silva Gomes de Santana, do Programa de Engenharia Civil; e os ex-alunos e atuais funcionários da Petrobras Alex Furtado Teixeira, que concluiu mestrado no Programa de Engenharia Química, e Bruno Ferreira, que concluiu doutorado no Programa de Engenharia de Produção.

O trabalho desenvolvido no Laboratório de Sistemas Avançados de Gestão da Produção da Coppe está em faze de conclusão e também conta com a participação das alunas Alba Lucia Granja Saavedra, Gabriela Souza Chaves e Maria Clara Machado Almeida Duque. O artigo premiado também concorrerá ao Prêmio Plínio Cantanhede, na próxima edição da Rio Oil & Gas, em setembro de 2018, no Rio de Janeiro.

Coppe e Ilumina promovem seminário sobre desafios do setor elétrico

O Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ e o Instituto Ilumina promovem, dia 5 de julho, das 8h30 às 18h, o seminário Novos Desafios do Setor Elétrico Brasileiro. O evento reunirá especialistas para discutir a crise pela qual passa o setor nos últimos anos, abordando temas como a instabilidade do modelo regulatório e a insegurança jurídica que afasta os investimentos. O seminário será realizado no Windsor Florida Hotel, na rua Ferreira Viana, 81, Catete, Rio de Janeiro, próximo à estação de metrô. As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas pelo email seminario.renovaveis@ppe.ufrj.br até o dia 03 de julho.  O participante deverá informar: nome completo, formação, telefone de contato e empresa ou instituição a que está vinculado.

O papel das estatais do setor elétrico, que foram afetadas por mudanças na legislação, está entre os principais tópicos do evento. O professor de Planejamento Energético da Coppe, Amaro Pereira, dá como exemplo a medida provisória 579 (de 2012) sobre a renovação das concessões do setor elétrico, que depois se transformou na Lei 12.783 (em 2013) e tinha, entre outras razões, o objetivo reduzir em 20% o preço da energia. De acordo com professor a redução, da forma como foi imposta, trouxe grandes prejuízos às estatais, e, como consequência, mais danos ao consumidor, já que meses depois as tarifas voltaram a crescer, superando a redução prevista na medida.

Amaro, um dos coordenadores do evento, explica que o motivo da falha na renovação das concessões foi não diagnosticar corretamente as razões pelas quais as tarifas estavam tão altas, o que fez a MP 579 se revelar totalmente equivocada. Inclusive, o preço da energia é outro tópico que será discutido no evento. Os especialistas avaliarão as causas que levaram as tarifas serem tão altas no Brasil, passando a ser consideradas como as mais caras do mundo.

A geração distribuída e a implantação de smart grid estão entre os grandes desafios do setor e exigirão que as concessionárias se preparem adequadamente. O professor da Coppe diz que as empresas terão que investir nas novas tecnologias e ao mesmo tempo ficarem atentas ao comportamento do consumidor, já que os usuários de energia também poderão se transformar em produtores, os chamados prosumidores. Amaro diz que uma grande questão é até quanto investir na expansão do Sistema Interligado, considerando o crescimento da geração distribuída.

8h30 – 9hCredenciamento
9h – 10hAbertura
Luiz Laércio Simões Machado – Instituto Ilumina
Fernando Rochinha – Diretor de Tecnologia e Inovação, da Coppe/UFRJ
Moderador: Renato Queiroz – Pesquisador do Instituto de Economia da UFRJ
10h – 10h50A Crise do Estado Brasileiro
Professor Luiz Carlos Delorme Prado – Instituto de Economia da UFRJ
11h– 11h30 Intervalo para o café
11h30 – 12h20A Crise do Setor Elétrico Brasileiro
Ronaldo Bicalho – Instituto Ilumina
12h30 – 14hIntervalo para o almoço
14h30 – 15h20 Um Diagnóstico do Setor Elétrico na Última Década
Roberto D’Araújo – Instituto Ilumina
Moderador: Amaro Pereira – Professor do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ
15h30 – 16h30 Intervalo para o café
16h30 – 17h20 Novos Desafios do Setor Elétrico Brasileiro
Leontina Pinto – Diretora executiva do Engenho Consultoria
17h20 – 18hDebates e Encerramento

Coppe desenvolve tecnologia para comunicação entre veículos automotivos

O aluno da Coppe, João Batista Neto, mostra uma unidade de acostamento que pode ser instalado em lugares como porta de escolas e hospitais

Tecnologias que farão parte do carro do futuro, incluindo os autônomos, já começam a ser projetadas de forma que possam ser implantadas também em automóveis comuns. De acordo com os especialistas, em breve um dos desafios será garantir a segurança na mobilidade em vias sobre as quais estarão circulando, simultaneamente, veículos autônomos, semiautônomos e comuns. No intuito de responder a esse desafio, pesquisadores do Grupo de Teleinformática e Automação (GTA) da Coppe/UFRJ estão desenvolvendo o Sistema de Posicionamento Cooperativo de Precisão (SPCP), cujo objetivo é promover a comunicação entre veículos.

O sistema, que poderá ser instalado em qualquer veículo, tem inúmeras funções como, por exemplo, alertar ao motorista em relação a riscos iminentes, sugerindo medidas a serem tomadas, a exemplo de reduzir a velocidade para evitar um acidente. Dependendo das características do automóvel, o próprio sistema acionará a frenagem e, em seguida, assumirá o controle do acelerador, só devolvendo o comando ao condutor quando a situação estiver normalizada.

Estruturado pelo aluno de doutorado da Coppe, João Batista Pinto Neto, sob a orientação do professor Luís Henrique Costa, do Programa de Engenharia Elétrica (PEE), o SPCP promove, por meio de redes sem fio, a comunicação entre veículos, incluindo dados sobre a infraestrutura ao longo das vias, de forma a manter o motorista informado sobre a necessidade de redução de velocidade e risco de colisão, em um raio de 1 km. O pacote também antecipa informações sobre “fechamento” de sinais (semáforos), curvas acentuadas, ultrapassagens perigosas, entre outros. As informações são atualizadas a cada décimo de segundo.

Sistema brasileiro é uma boa alternativa para carros populares

O professor da Coppe, Luís Henrique, à esquerda, diz que o sistema é uma boa alternativa para os carros mais populares

Por determinação do Departamento de Transportes americano, a partir de 2020, nos EUA, todos os carros terão que sair das montadoras com equipamento para comunicação veicular. Tais equipamentos terão que operar com um mesmo padrão de mensagem que informe localização geográfica, velocidade, altitude e aceleração.

Antecipando a aplicação de novas regras, que em algum momento também terão que ser implementadas no Brasil, o sistema da Coppe foi desenvolvido prevendo o futuro com carros conectados e levando em conta as diferenças de modelos das montadoras automotivas.

O professor Luis Henrique, que coordena o Programa de Engenharia Elétrica da Coppe, diz que o SPCP é uma boa alternativa para os carros mais populares, principalmente quando tiverem a companhia dos veículos autônomos nas ruas. Segundo o professor da Coppe, para monitorar seu posicionamento e distanciamento, o carro autônomo possui ferramentas avançadas com uso de ultrassom, feixe de laser e sensores, que geram informações precisas.

“Como a maioria da população brasileira não terá, inicialmente, condições financeiras de adquirir um veículo como esse, o nosso Sistema de Posicionamento Cooperativo de Precisão torna-se uma opção bem atrativa. Ele poderá ser instalado em qualquer veículo, gerando informações similares e, caso o veículo autônomo também utilize o sistema, haverá maior redução de risco de acidentes até mesmo para ele, uma vez que todos terão a mesma comunicação, a mesma linguagem” afirma o professor da Coppe.

Parte da unidade de bordo que ficará instalada dentro do capô do veículo

O equipamento a ser instalado nos carros é denominado unidade de bordo. Ele analisa as circunstâncias na pista de forma que as informações cheguem filtradas no visor da tela, disparando o alerta quando houver risco real de acidente. O monitoramento é feito em relação aos veículos que estão na mesma direção, seja na mesma pista ou na faixa ao lado, e também nos que transitam nas faixas de sentido contrário. “O sistema alertará o motorista sobre riscos que estejam ao seu redor ou daqueles que ele mesmo possa gerar. Ao ameaçar uma ultrapassagem, por exemplo, o alerta poderá disparar caso tenha possibilidade de colisão com um carro que trafegue na faixa ao lado, independente do sentido”, explica João Batista.

Saiba mais sobre o sistema brasileiro

De acordo com o aluno da Coppe, o sistema foi configurado de forma que o proprietário possa alterar alguns itens do veículo como, por exemplo, suas dimensões que podem ser as originais de fábrica ou alteradas como, por exemplo, ao engatar um reboque para transporte de outro veículo ou uma lancha. Estas alterações das dimensões interferem nos cálculos do sistema para situações de manobra e também nas informações geradas para os outros carros.

“O sistema está apto a fornecer outras informações como condições do tempo, que pode afetar a visibilidade do motorista, pista molhada e até queda de barreiras. Para tanto, é necessário que tenha unidades de acostamentos instaladas ao longo das vias, com acesso à Internet para gerar essas informações” conclui o aluno da Coppe.

Embora utilize o GPS comercial autônomo, o sistema é original por acrescentar geometrias elíptica e esférica, o que dá precisão às informações, independente do risco de o veículo estar na mesma via ou em ruas transversais. “O GPS comercial autônomo comete erro típico de até 10 metros de posicionamento, que não atende a precisão requerida para segurança veicular. Com a introdução das ferramentas que desenvolvemos para o SPCP, a precisão do posicionamento foi aumentada, convergindo para os limites tolerados para aplicações de segurança veicular”, explica João Batista.

Para a transmissão de dados durante o teste, os pesquisadores fixaram uma antena sobre o teto do automóvel

Os equipamentos que farão parte da infraestrutura são denominados unidades de acostamento. Esses poderão ser acoplados a sinais de trânsito, possibilitando informar o motorista o instante que ele deve iniciar a frenagem para parar o veículo com segurança no cruzamento, caso o sinal esteja fechado. Essa informação é importante principalmente para veículos que estiverem atrás de ônibus e caminhões, que dificultam a visão. Outras unidades de acostamento poderão ser instaladas em curvas para evitar a saída da pista por velocidade excessiva, ou ainda para indicar ao motorista o quanto tem que reduzir, em frente a colégios, hospitais e outros lugares que requerem redução de velocidade.

Para evitar problemas na troca de informações, João diz que utiliza o mesmo padrão de comunicação de rede veicular que define a faixa de frequência, taxa de transmissão e tamanho das mensagens, usado no mundo, o IEEE802.11p. Uma grande vantagem da rede veicular é que ela não sofre interferências de outras redes sem fio, como a rede WI-FI, porque funciona em faixa de frequência exclusiva e, portanto, o tráfego de dados é dependente somente do número de veículos dentro de uma determinada área.

Coppe recebe o jornalista Luís Nassif no “Ciclo Brasil e suas Perspectivas”

O jornalista Luís Nassif será o palestrante da terceira edição do “Ciclo Brasil e suas perspectivas”, dia 23 de junho, às 14 horas.  Promovido pela Coppe/UFRJ, o Ciclo é aberto ao público e tem como objetivo promover debates com personalidades, intelectuais, jornalistas e líderes sociais sobre a crise do país e maneiras de superá-la. O evento será realizado no auditório da Coppe, Centro de Tecnologia 2, Cidade Universitária.

Sobre o palestrante

Mineiro de Poços de Caldas, Luís Nassif é fundador e diretor superintendente da Agência Dinheiro Vivo, que veicula na internet informações de economia e negócios, colunista do Jornal GGN e apresentador do programa Brasilianas.org, na TV Brasil. Vencedor do Prêmio Esso, em 1986, foi agraciado três vezes (2003, 2005 e 2008) com o prêmio de Melhor Jornalista de Economia da Imprensa Escrita pelo site Comunique-se.

Nassif já trabalhou na Folha de São Paulo, na revista Veja, no Jornal da Tarde e na TV Gazeta. É autor dos livros “O Plano Cruzado”, “O Menino de São Benedito”, “O Jornalismo dos anos 90”, “Os Cabeças de Planilhas” e “A Casa da Minha Infância”.

Visita virtual ao Atlas – pela primeira vez aberta ao público

A Coppe/UFRJ promove na próxima quinta-feira, dia 22 de junho, às 15 horas, uma visita virtual, em tempo real, ao Atlas, experimento de detecção de partículas instalado no Cern, o maior laboratório de física do mundo, cuja principal missão é investigar a origem do universo. Concebido e desenvolvido com a contribuição de pesquisadores brasileiros, entre eles pesquisadores da Coppe, o Atlas teve um importante papel na descoberta do bóson de Higgs – a chamada “partícula de Deus”.

Pela primeira vez aberta ao público em geral, a visita será realizada no auditório da Coppe, na Rua Moniz Aragão, 360, Bloco 1, Centro de Tecnologia 2 (CT2), Cidade Universitária.

No início da visita, o professor da Coppe, José Manoel Seixas, um dos coordenadores da equipe brasileira no Atlas, fará uma breve apresentação sobre o Atlas, os objetivos do Cern e a contribuição dos pesquisadores brasileiros no desenvolvimento do Atlas. Em seguida, os visitantes serão guiados pelo pesquisador brasileiro, Denis Damazio, ex-aluno da Coppe e funcionário do Instituto Brookhaven, lotado no Cern, localizado entre a França e a Suíça.

Em apenas uma tarde um novo mundo é apresentado ao público: o das partículas “quase invisíveis”, que ao que tudo indica, deram origem à matéria e, consequentemente, ao universo e ao homem. 

Quem chegar mais cedo poderá visitar, a partir das 14 horas, o nicho 8 da exposição “Exploradores do Conhecimento”, no Espaço Coppe Miguel de Simoni, que exibe o tema “A recriação do começo dos tempos”. Os visitantes poderão  simular um choque de prótons em um protótipo semelhante ao instalado no Cern e assistir a um vídeo sobre o Big Bang, produzido pela Nasa.  O Espaço Coppe fica  no Bloco I 2000, Centro de Tecnologia da UFRJ, Cidade Universitária.

Viagem ao universo das partículas

Segundo o professor Seixas, a visita virtual promovida pela Coppe é uma complementação à formação pedagógica dos estudantes. “Os currículos do ensino médio ainda não foram atualizados de modo a contemplar a moderna física de partículas. E alguns currículos acadêmicos ainda não incorporaram o estudo das partículas subatômicas”, afirmou o professor.
Embora tenham como principal objetivo decifrar a origem do universo, as pesquisas realizadas no Cern têm resultado em importantes descobertas em diferentes áreas do conhecimento. Um exemplo é o protocolo www, que resultou na popularização da Internet.

As visitas são realizadas com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), por meio do edital Melhoria de Ensino.

Coppe e CERN: três décadas de parceria

A Coppe possui uma longa parceria com o Cern, iniciada em 1988. Seus pesquisadores colaboraram na concepção e desenvolvimento dos detectores que formam o Atlas, maior experimento de detecção de partículas em funcionamento no planeta. O Atlas serve ao LHC (Large Hadron Collider), o colisor de partículas que ocupa um túnel de 27 km de extensão, na fronteira entre a Suíça e a França. Foi graças ao uso combinado destes equipamentos de altíssima tecnologia que a equipe multidisciplinar e internacional que compõe o Cern conseguiu detectar e provar a existência do bóson de Higgs, considerada a partícula fundamental à existência da vida.

A Coppe também é responsável por 90% dos sistemas de engenharia de software que dão apoio à coordenação técnica do Atlas, rastreando os equipamentos que passam por manutenção, inclusive aqueles que estiveram expostos à radioatividade, e acessando as informações dos milhões de componentes do Atlas, otimizando o processo de trabalho e alocando recursos técnicos e humanos de maneira eficaz.

Estudo da Coppe revela aumento de emissões de CO² no estado do Rio de Janeiro

O estado do Rio de Janeiro emitiu 92,71 milhões de toneladas de CO² equivalente (CO²e)* em 2015, resultando em um aumento de 40% em relação a 2005, de acordo com estudos do Centro Clima da Coppe/UFRJ, em parceria com o governo estadual. Apresentado, dia 8 de junho, no Museu do Amanhã, o estudo consta do “Terceiro Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa – GEE do Estado do Rio de Janeiro e a Análise da Evolução das Emissões, no período 2005-2015”.

“É como se cada cidadão do estado emitisse 5,6 toneladas de gás carbônico por ano. Um aumento de 30% em relação ao cenário de 2005 (4,3 toneladas de CO²e por habitante). No mesmo período a economia fluminense cresceu 25,5%, ou seja, as emissões superaram o crescimento do PIB”, destacou o professor da Coppe, Emílio La Rovere, coordenador geral do inventário, o terceiro produzido pelos pesquisadores da Coppe/UFRJ, em parceria com a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA/RJ), a Superintendência de Mudanças Climáticas e o Instituto Estadual do Ambiente (INEA/RJ).

O inventário foi dividido em quatro grandes setores: Energia, Processos Industriais e Uso de Produtos (IPPU, na sigla em inglês); Agricultura, Florestas e Uso do Solo (Afolu); e Resíduos, seguindo a metodologia proposta pelo Painel Internacional de Mudanças Climáticas (IPCC). O amplo estudo – que incluiu atualização metodológica e ampliou os gases de efeito estufa contemplados, como hidrofluorcarbonos, perfluorcarbonos e hexafluoreto de enxofre – foi realizado em apenas oito meses, de outubro de 2016 a junho de 2017.

“As emissões totais cresceram tanto no período de 2005 a 2010 (13,6%), quanto de 2010 a 2015 (23,2%)”, lamentou Emílio La Rovere, professor do Programa de Planejamento Energético da Coppe. Segundo o professor, o aumento se deve principalmente ao setor energético. “Houve também aumento de 16,5% nas emissões, por habitante, no setor de esgoto, na contramão do esforço de reduzi-las em 2/3. Apesar disso, identificamos reduções significativas, sobretudo nos setores de Agricultura, Florestas e Outros Usos da Terra e de Resíduos”, explicou.

O professor da Coppe também chama atenção para a contribuição do setor florestal. “A ampliação das áreas de conservação ambiental e das atividades de reflorestamento (retirando carbono da atmosfera) foram fatores decisivos para reduzir o percentual de aumento de emissão de gases, totalizando em 40%, em dez anos. Sem esse fator o aumento na emissão seria de 54%”, destacou La Rovere.

Carolina Dubeux foi a coordenadora técnica do Inventário

Segundo La Rovere, a desagregação do resultado por região revelou que o impacto ambiental foi mais considerável nas regiões Norte- que concentra a geração de energia- e Metropolitana- que concentra a maior parcela da população e das atividades produtivas do estado -, além do Médio Paraíba, por conta da atividade industrial. “Mas existem aspectos conjunturais que devem ser levados em conta na análise, pois 2015 foi ano da crise hídrica, o que levou ao acionamento de usinas termelétricas, consequentemente aumentando as emissões do setor de energia”, ponderou La Rovere.

De acordo com a pesquisadora Carolina Dubeux, coordenadora técnica do inventário, a equipe do Centro Clima seguiu à risca a metodologia do IPCC, mas utilizou também a metodologia do Greenhouse Gas Protocol, que aconselha tratar em escopos diferentes emissões de naturezas distintas. “Separamos transportes para que o setor ficasse em evidência. Separamos as emissões dos processos industriais do consumo das indústrias, e também as emissões dos resíduos industriais, pois assim fica mais fácil para avaliarmos as responsabilidades setoriais do que utilizando apenas a classificação ortodoxa do IPCC”, relatou Carolina.

Reflorestamento e conservação reduziram 395 toneladas de CO²e

Entre 2010 e 2015, o reflorestamento e a conservação de áreas de preservação permitiram “sequestrar” 395 toneladas de CO² equivalente no estado do Rio de Janeiro. Segundo André Corrêa, secretário licenciado de Ambiente, o estado há cinco anos mantém “desmatamento zero”, aferido pela ONG SOS Mata Atlântica. No período, o governo acrescentou 28 mil hectares às áreas de conservação ambiental, criou o primeiro refúgio da vida silvestre do Vale do Paraíba, na divisa com São Paulo, e instituiu um projeto de monitoramento ambiental semanal via satélite, coordenado pela professora Carla Madureira, do Instituto de Geociências (Igeo/UFRJ).

“Um dos males da política brasileira é a descontinuidade da política pública. Nós procuramos dar seguimento ao bom trabalho que foi desenvolvido pelo Carlos Minc. Espero que o inventário possa ser um estímulo. Nós somos passageiros. Gostaria que (o inventário) fosse institucionalizado no planejamento e empoderado por esse corpo técnico maravilhoso do Inea. O Inea foi capaz em elevar em 55% a quantidade de fiscalizações e licenciamentos, mesmo em plena crise. Inea e Sea têm o melhor capital humano do governo estadual, e seu esforço fez superar as adversidades que o estado vem enfrentando”, afirmou o secretário.

A apresentação do Inventário contou com a presença do diretor da Coppe/UFRJ, professor Edson Watanabe; de Alfredo Sirkis, secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas; Olga Wehb, superintendente estadual de Mudanças Climáticas; Ricardo Piquet, diretor do Museu do Amanhã; Alfredo Tomalsquim, diretor de Conteúdo do Museu do Amanhã; e José Magela, diretor presidente da empresa Prumo Logística. Durante o evento, os pesquisadores do Centro Clima, William Wills , Mauro Meirelles, Michele Walter e Saulo Loureiro, fizeram breves apresentações dos quatro setores (Energia, IPPU, Afolu e Resíduos) nos quais se desdobram o inventário.

Emissões de gases tiveram crescimento superior ao PIB : 40% x 25,5%

“É para conhecermos o passado, anteciparmos tendências e planejarmos o futuro”, explicou o professor Emílio La Rovere

O compromisso assumido pelo Brasil no Acordo de Paris foi reduzir em 43%, até 2030, as emissões de GEE (em relação aos níveis de 2005). No caso do estado do Rio de Janeiro, as suas metas setoriais de mitigação foram definidas no Decreto 43.216/2011, que regulamenta a Política Estadual sobre a Mudança Global do Clima e Desenvolvimento Sustentável (Lei 3690/2010).

As metas estaduais de redução previstas até 2030 são: 65% de emissões no esgotamento sanitário; 65% no tratamento de resíduos sólidos; 30% no setor de transportes e também 30% no consumo energético do setor público (em relação aos níveis de emissões de 2005). Em resumo, a meta de mitigação requer que a intensidade de carbono do PIB (emissão de CO²e a cada real produzido pela economia) estadual em 2030 seja inferior a de 2005. No entanto, a intensidade elevou-se 11,5% no período analisado.

Em 2005 o estado emitia 66,22 milhões de toneladas de CO² equivalente (CO²e). Em 2010, passou a emitir 75,56 milhões de toneladas e, em 2015, 92,71, resultando em aumento de 40% (54%, caso seja descontado o reflorestamento muito efetivo neste período). O PIB cresceu 25,5% no período, ou seja, as emissões cresceram mais rapidamente do que a economia, na contramão dos objetivos da política ambiental fluminense.

Segundo o professor Emílio La Rovere, o inventário é um instrumento de planejamento, e não um fim em si mesmo. “É para conhecermos o passado, anteciparmos tendências e planejarmos o futuro, sabendo onde priorizar e focar nossa ação. Os números estão frescos ainda. Precisamos nos debruçar sobre eles, dar um zoom para partirmos para um plano de ação. Se os resultados forem mais lentos, eu não vejo problema em rever as metas. Meta não é algo escrito na pedra, a gente pode ajustar ao ritmo. O importante é não achar que, como um maná, o resultado cai do céu”, enfatizou .

La Rovere defendeu que o planejamento deve ser dinâmico. Por isso, ferramentas, como o inventário, devem ser constantemente atualizadas. “O processo é tão importante quanto o resultado. Além dos números gerados, a capacitação e a formação são importantes para que as entidades estaduais possam implementar propostas para a redução das emissões de gases causadores de efeito estufa”, concluiu o professor.

* unidade que congrega todos os gases causadores do efeito estufa

Bresser-Pereira critica esquerda e direita e defende resgate do desenvolvimentismo para um projeto de nação

O ex-ministro e professor emérito da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Luiz Carlos Bresser-Pereira, transformou a sua palestra na Coppe/UFRJ, nesta terça-feira, 6 de junho, em uma autêntica aula. Signatário do Manifesto Brasil Nação, Bresser destacou “cinco ações para que a economia volte a crescer e o Brasil possa, novamente, ter um projeto de nação: garantir a propriedade privada; investir em infraestrutura; investir em educação; garantir financiamento a juros baixos e deixar a taxa de câmbio no lugar certo”.

Bresser fez também uma retrospectiva histórica dos três governos nos últimos 20 anos. Foi parcimonioso nos elogios, mas não poupou críticas. “Na política cambial, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma foram irresponsáveis, todos os três. Na política fiscal Lula fez o dever de casa nos dois mandatos, FHC somente no segundo, e Dilma, em momento algum”, afirmou o ex-ministro.

Bresser-Pereira desembarca do Maglec-Cobra da Coppe, ao lado do professor Luiz Pinguelli Rosa

Crítico do populismo fiscal da esquerda e do populismo cambial da direita liberal, o ex-ministro afirmou ser um social-democrata e defender o socialismo, “no longo prazo”. Um dos expoentes do chamado Novo Desenvolvimentismo, o economista afirmou que os adeptos dessa linha de pensamento não são a favor de déficit público crônico “como alguns desenvolvimentistas populistas defendem”. “Nós somos keynesianos. O Estado deve agir de maneira contracíclica, aumentando o gasto público durante as crises e retraindo o gasto durante períodos de maior crescimento econômico”, ensinou.

Em sua opinião, a ex-presidente Dilma Rousseff foi “lamentavelmente irresponsável”, pois aumentou o gasto público e concedeu grandes desonerações fiscais, perdendo a possibilidade de agir contraciclicamente quando o país entrou em recessão. “Aí, em 2014, quando precisava gastar para estimular a economia, o governo já havia gasto. O mal da esquerda é querer fazer política social com irresponsabilidade fiscal”, lamentou.

O ex-ministro Bresser-Pereira chegou à Coppe duas horas antes da palestra e foi recebido pelos diretores da instituição: Edson Watanabe, Luiz Pinguelli Rosa, Fernando Peregrino e Fernando Sepúlveda. Em seguida, embarcou no Maglev-Cobra, o trem de Levitação Magnética desenvolvido por pesquisadores da Coppe, e visitou o LabOceano, laboratório que possui o tanque oceânico mais profundo do mundo.

“O projeto de integração entre empresa e universidade é muito antigo e extremamente importante e que todos os países autônomos desenvolvem. Este tipo de integração é fundamental. Uma pena é que os resultados em termos de desenvolvimento socioeconômico tem sido pequeno. Por quê? Porque as empresas investem pouco. É preciso que haja condições de gerais para acumulação de capital e investimento, as quais o Estado precisa garantir. Sobretudo que o câmbio seja competitivo, e ele não é desde os anos 1990”, analisou o professor.

Liberais são populistas cambiais

Se as críticas aos governos de esquerda foram numerosas, Bresser deixou clara uma rejeição ainda maior ao pensamento liberal. “Tudo o que mais creio na vida é que o liberalismo é incompatível com o desenvolvimento do Brasil. Os liberais são populistas cambiais: mantém juros altos e câmbio apreciado (moeda nacional valorizada frente ao dólar), até porque querem captar poupança externa – e isso é incompatível com o desenvolvimento econômico. Para um neoclássico – como parte do pensamento liberal é conhecida na ciência econômica-, pouco importa se você produz potato chips ou microchips. Para mim, industrialização é desenvolvimento, e vice-versa”, enfatizou Bresser.

Na opinião de Bresser, é falacioso associar o desenvolvimento das potências capitalistas ao receituário liberal. “O capitalismo nasceu desenvolvimentista. A Inglaterra não se desenvolveu graças a Adam Smith e sim graças ao mercantilismo, que era a ideologia desenvolvimentista da época. Só em 1834, a Inglaterra foi liberal. Os países que mais se desenvolveram nas últimas décadas, como Taiwan, Cingapura e Vietnã, se baseiam no modelo desenvolvimentista japonês”, afirmou.

“Eu me formei como economista estudando a obra de autores desenvolvimentistas como Raúl Prebisch e Celso Furtado. Eles desenvolveram a agenda da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), baseando-se em economistas clássicos, sobretudo Karl Marx, e também em John Maynard Keynes. Getúlio Vargas, em seu segundo governo, Juscelino Kubitschek e Delfim Neto puseram em prática as ideias desenvolvimentistas. Essas ideias fizeram com que o Brasil e outros países da América Latina conhecessem grande desenvolvimento”, defendeu Bresser-Pereira.

Segundo Bresser, os governos do PT fizeram três tentativas de política industrial. “O presidente Lula reuniu especialistas do setor no começo de seus dois mandatos. Dilma fez o mesmo em 2010. Mas ambas não deram certo porque faltou política macroeconômica. O PT inventou o capitalismo sem lucros. Queriam apoio do empresariado sem dar uma taxa de câmbio que garantisse retorno”.

O governo FHC, por outro lado, nem mesmo teria buscado uma política industrial autônoma, preferindo modernizar o parque industrial, atraindo companhias multinacionais. “Fernando Henrique Cardoso se tornou o principal intelectual de esquerda, marxista, dos anos 1970-80, devido ao seu livro sobre Dependência Associada. Mas só em 2003 eu percebi que a sua Teoria ‘da’ Dependência é, na verdade, uma teoria ‘de’ dependência. Perdemos a ideia de nação com ela”, criticou o ex-ministro.

Defesa do Estado de Bem-Estar Social

Tendo sido ministro por três vezes, duas durante o governo FHC – Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (1995-1998) e o Ministério da Ciência e Tecnologia (1999) – e uma durante o governo Sarney, ministro da Fazenda (1987) – Bresser-Pereira foi questionado pelo público acerca de seus projetos mais emblemáticos: o Programa de Reforma de Aparelho de Estado, desenvolvido durante o governo FHC, e o chamado Plano Bresser, uma das três tentativas do ex-presidente José Sarney de debelar, sem êxito, a alta inflação do final dos anos 1980.

O ex-ministro em visita ao tanque oceânico da Coppe, acompanhado pelo professor Paulo de Tarso, coordenador do LabOceano

Indagado se a reforma iniciada por ele, em 1995, teria semelhanças com o conjunto de reformas propostas pelo presidente Michel Temer, Bresser fez questão de frisar que aquela, ao contrário desta, não tinha um caráter “neoliberal”. Segundo o economista, a reforma do aparelho de Estado “nem estava no programa de governo do presidente Fernando Henrique. Ele só incluiu na agenda depois que consegui que os governadores apoiassem a proposta. O objetivo da reforma foi, desde o começo, legitimar o Estado de Bem-Estar Social no Brasil”.

Em seu entendimento, o mais importante para a distribuição de renda é que o Brasil tenha um Estado de Bem-Estar Social. “Ele precisa ser eficiente e prover serviços de maneira eficaz. O objetivo principal (da reforma) foi tornar eficiente a atuação do Estado nas áreas de Saúde, Educação, Previdência e Assistência Social. Não vejo nada de neoliberal nisso. O Banco Mundial foi, graças a Deus, contra a minha reforma”, enfatizou Bresser.

Em relação ao malogro do plano econômico, implementado em 1987 e que levou o seu sobrenome, Bresser ponderou que um grupo de economistas, dentre os quais ele próprio, desenvolveu a teoria da inflação inercial – que explicava como a indexação de preços prejudicava a adoção de medidas recessivas tradicionalmente empregadas no combate à carestia. A teoria, segundo Bresser, foi aplicada em vários planos, finalmente logrando êxito com o Plano Real. “No entanto, em 1987, o ajuste fiscal foi insuficiente. O presidente Sarney me avisou que não estava disposto a fazer nenhum ajuste a mais, motivo que me levou a pedir demissão”, explicou o economista.

Professora da Universidade de Virgínia critica influência de empresas de energia na formulação de políticas ambientais nos EUA

No momento em que a relação entre empresários e políticos no Brasil vem sendo alvo de ações judiciais e de debates na sociedade, a professora Vivian Thompson, da Universidade de Virgínia, falou em palestra na Coppe/UFRJ, dia 31 de maio, sobre a influência das empresas de carvão e de eletricidade na formulação de políticas ambientais, tornando público o poder das indústrias sobre os governantes nos EUA.  O evento foi promovido pelo Programa de Planejamento Energético da Coppe.

Professora de Ciências Ambientais e Políticas, Vivian foi membro do Conselho de Controle da Poluição Atmosférica do estado de Virgínia, de 2002 a 2010. Este ano a pesquisadora lançou o livro “Climate of Capitulation: an Insider’s Account of State Power in a Coal Nation” (*), tema de sua palestra na Coppe, no qual mostra os entraves para estabelecerem-se limites de poluição para a indústria de carvão.

Thompson criticou a tendência de políticos estaduais e funcionários públicos em favorecer as empresas locais de carvão e de energia. A professora analisou onze estados do Sul, como Texas, Kentucky e Virgínia, que utilizam carvão para a geração de energia e que demonstram grande vulnerabilidade ao clima de capitulação.

“Tanto democratas quanto republicanos se curvam ao lobby. Os padrões de financiamento de campanha no plano estadual revelam a grande predominância das empresas de energia. E a cultura política local tradicionalista, aliada à legislatura não profissionalizada, desprovida de poder analítico independente, leva à inércia, à manutenção de normas brandas com as indústrias poluidoras”, criticou Vivian.

Mas, segundo a pesquisadora, isso são tendências, não inevitabilidade. “É possível resistir ao clima de capitulação, sobretudo quando se conta com cidadãos dedicados a defender limites mais baixos de poluição”, acrescentou.

“Administração Trump está 30 anos defasada: maioria dos eleitores americanos apoia medidas de restrição à emissão de CO2”

“As pessoas não votaram no ar sujo, por isso a resistência ao Trump vai continuar, principalmente se ele decidir se posicionar contra o Acordo de Paris”, alertou a professora Vivian Thompson

No que tange à política ambiental, segundo Thompson, os políticos norte-americanos não representam seus eleitores, mas os interesses dos financiadores de seus partidos. Um dia antes do presidente Donald Trump, do Partido Republicano, ter anunciado a retirada dos EUA do Acordo de Paris, a pesquisadora afirmou em sua palestra na Coppe que a maioria do eleitorado republicano é favorável ou aceita reduzir as emissões de C02 e aumentar o uso de fontes renováveis. Em 2003, dois em cada três eleitores republicanos apoiavam medidas de restrição de emissão de CO2. Em 2016, 76% do total de eleitores, 60 % dos republicanos e 90% dos democratas. Este consenso incluía acordos internacionais, antes mesmo das negociações do Acordo de Paris: 85% dos democratas e 64% dos republicanos concordavam que era importante chegar a um acordo”, relatou Vivian.

A postura cética do atual governo americano em face ao aquecimento global, as mudanças climáticas e a necessidade de contê-las por meio de investimentos em fontes renováveis de energia, tem levado ao recrudescimento da oposição ao recém-eleito presidente Donald Trump. “Os cidadãos americanos já decidiram que devemos reduzir as emissões, investir em energia limpa e cumprir os acordos firmados com a comunidade internacional. É como se a administração Trump não lesse notícias, nem artigos, como se estivesse 30 anos defasada. A tendência de investimentos nos Estados Unidos é em energia renovável, e não em combustíveis fósseis. Em 2016, as pessoas não votaram no ar sujo, por isso a resistência ao Trump vai continuar, principalmente se ele decidir se posicionar contra o Acordo de Paris”, alertou a professora, antecipando, na véspera, as consequências ao anúncio feito pelo presidente norte-americano, dia 1º de julho, de retirar os EUA do referido acordo.

Paralisia política contra o retrocesso ambiental

Eleita para o Conselho de Controle da Poluição Atmosférica do estado de Virgínia, em 2002 (e reeleita em 2010), Vivian Thompson enfrentou, na prática, o antagonismo sistemático e organizado das empresas poluidoras ao trabalho em prol de normas ambientais mais rigorosas, dos congressistas estaduais, do Departamento de Qualidade Ambiental, e mesmo do governador Tim Kaine (2006-2010), que no ano passado foi candidato a vice-presidente dos Estados Unidos, em chapa encabeçada pela senadora Hillary Clinton.

Na cidade de Alexandria, a empresa Mirant Power Plant mantinha uma termelétrica a carvão, com chaminés baixas, devido ao tráfego aéreo do aeroporto de Washington. O Conselho avaliou os efeitos da fumaça emitida pela usina na qualidade do ar. O estudo concluiu que as emissões causavam violações alarmantes das normas nacionais estabelecidas pela Agência de Proteção Ambiental para material particulado, dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio.

Como o governo não tomou nenhuma medida concreta, o Conselho deixou o seu papel tradicionalmente passivo. “Entre nossos opositores estavam a empresa Mirant, legisladores estaduais, funcionários do Departamento de Qualidade Ambiental (DQA) e do governo democrata de Tim Kaine. Mas os cidadãos pressionaram a nosso favor e, por fim, o tribunal decidiu favoravelmente às normas estritas estabelecidas pelo Air Board, menos da metade das normas estabelecidas pelo DQA”, informou a professora.

De acordo com Vivian, o governador e os congressistas estaduais conseguiram, por meses, impedir a imposição de rigorosos limites de poluição à empresa Mirant e após a adoção dos mesmos, eles se articularam para diminuir os poderes do Conselho e transferir parte de suas atribuições ao Departamento de Qualidade Ambiental. Daí a professora ter intitulado um dos capítulos de seu livro como “Nenhuma boa ação fica impune”.

Cético em relação às mudanças climáticas e no afã de gerar empregos a qualquer custo, o governo de Donald Trump tem buscado reduzir as regulações ambientais.  É o caso até mesmo daqueles que deveriam zelar pelo meio-ambiente. Segundo Vivian, o administrador da Agência de Proteção Ambiental (EPA, em inglês), Scott Pruitt, tem buscado enfraquecer o Clean Power Plan, a política ambiental americana, que traz regulamentos para reduzir emissões de CO2, dióxido de enxofre e dióxido de nitrogênio.

“Mas, não vai ser fácil mudá-la, pois os tribunais confirmaram que o Clean Power Plan é nossa lei para as mudanças climáticas. Além de convencer o Congresso e enfrentar ações judiciais, Trump precisa nomear de 20 a 30 funcionários na EPA para mudar a política ambiental vigente, o que ele tem demorado a fazer. A paralisia política costuma ser ruim, mas nesse caso tem o efeito positivo de restringir as ações de Trump contra os acordos climáticos”, tranquilizou a professora.

(*) Climate of Capitulation: an Insider’s Account of State Power in a Coal Nation, publicado pela MIT Press este ano, já está à venda no site da Amazon, por US$ 28 em capa dura, ou US$16,50 em Kindle. O livro também pode ser alugado, por quatro meses, por US$12, no site da própria editora.

Alunos do Cefet participam de visita virtual ao Atlas: experimento que contribuiu para a descoberta da “partícula de Deus”

Compreender a origem do universo. Foi com esse espírito que mais de 40 alunos do Ensino Médio do Cefet de Nova Iguaçu ‘embarcaram’ na Coppe/UFRJ, dia 25 de maio, para participar de uma visita virtual ao Atlas, experimento instalado no maior laboratório de física de partículas do mundo: o Cern (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear). Acompanhados da professora de Física, Marta Máximo, os alunos do 2º ano do Ensino Médio dos cursos de Telecomunicações e de Automação Industrial, literalmente viajaram pelo universo das partículas invisíveis: quarks, léptons, bósons, múons…

“Embora há muito já se saiba da existência desses elementos, a física de partículas não faz parte do conteúdo curricular do ensino médio e até mesmo de cursos de graduação. Portanto, essa visita acaba contribuindo para complementar a formação pedagógica dos estudantes”, afirmou o professor José Manoel Seixas, do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe, um dos coordenadores da equipe brasileira no Atlas, o maior dentre os conjuntos de detectores de partículas que atuam no maior acelerador de partículas do mundo, o Large Hadron Collider (LHC), com 27 km de extensão.

O tema, instigante mesmo para leigos, desperta especial interesse nos jovens cujas vocações se inclinam para as ciências exatas. Como é o caso de Thalia Araújo, 15 anos, aluna do curso de Telecomunicações do Cefet. “Eu gosto muito de astronomia e física, e penso em fazer engenharia. A palestra foi muito importante para todos nós que estamos aqui”, afirmou a caçula da turma.

A aluna Natali Souza, de 16 anos, do curso de Automação Industrial, questionou o professor se haveria partículas ainda menores. Seixas explicou que em alguns estudos de física teórica, como a teoria das cordas, há a previsão de partículas ainda menores, na escala de 10⁻³⁴m. “Mas não há tecnologia disponível para comprovar estas teorias. Temos capacidade de resolução para visualizarmos até os quarks, dentro dos prótons. A física experimental busca comprovar o que a física teórica modelou. Levamos 50 anos para descobrirmos o bóson de Higgs”, acrescentou o professor da Coppe.

O começo da viagem

Os alunos foram recebidos no Espaço Coppe Miguel de Simoni pelo professor Seixas, da Coppe, e pela professora Márcia Begalli, do Instituto de Física da Uerj. A visita começa na exposição Exploradores do Conhecimento, no nicho “A recriação do começo dos tempos”, que conta a história da longa colaboração da Coppe com o Cern.

Seixas e Márcia fizeram uma breve apresentação sobre o Cern, laboratório europeu, que dispõe do maior acelerador de partículas do mundo, o LHC (Large Hadron Collider), na fronteira franco-suíça, e conjuntos de detectores de partículas, dentre os quais, o Atlas (com 22 metros de altura, 44 metros de comprimento e 7 mil toneladas, é o maior). A apresentação contou com os vídeos didáticos sobre aceleração de partículas, choque de prótons e o Big Bang, fenômeno aceito como a mais provável causa da origem do universo, disponibilizados neste nicho da exposição permanente do Espaço Coppe.

Em seguida, os alunos do Cefet foram conduzidos ao auditório da Coppe, onde conversaram, por videoconferência, com o pesquisador Denis Damazio, no Atlas Visitor Center. Doutor em Engenharia Elétrica formado pela Coppe, Damásio é pesquisador no Laboratório Nacional de Brookhaven (EUA) e está lotado no Cern, desde 2005.

O pesquisador mostrou diversas imagens das instalações do Atlas e explicou como se dá o processo de aceleração e colisão de partículas. Segundo Damazio, os feixes de partículas geram 40 milhões de colisões por segundo, mas a maior parte destas gera fenômenos físicos já conhecidos e que, portanto, não interessam aos pesquisadores. Composto por detectores de partículas, o Atlas teve um importante papel na descoberta do bóson de Higgs – a chamada “partícula de Deus”, uma das mais complexas pesquisas desenvolvidas até hoje para decifrar a origem do universo, que deu aos cientistas Peter Higgs e François Englert o Prêmio Nobel de Física, em 2013.

Os fenômenos potencialmente interessantes para os pesquisadores são separados por um processo de filtragem online. “É como se separássemos o trigo e o joio. A informação gerada por um ano de atividade do LHC é suficiente para formar uma pilha de CD´s de 20 km de altura”, comparou Seixas.

A Coppe também é responsável por 90% dos sistemas de engenharia de software que dão apoio à coordenação técnica do Atlas, rastreando os equipamentos que passam por manutenção, inclusive aqueles que estiveram expostos à radioatividade. Os sistemas também acessam as informações dos milhões de componentes do Atlas, otimizando o processo de trabalho e alocando recursos técnicos e humanos de maneira eficaz.

Complementação pedagógica

De acordo com o professor Seixas, essa visita virtual promovida pela Coppe complementa a formação pedagógica dos estudantes. “Os currículos do ensino médio ainda não foram atualizados de modo a contemplar a moderna física de partículas. Alguns currículos acadêmicos não incorporaram ainda o estudo das partículas subatômicas”, afirmou o professor.

O ensino tradicional de Física difunde que as menores partículas que formam o átomo são os prótons, os nêutrons e os elétrons. Porém somente estas últimas são indivisíveis. “Nêutrons e prótons não estão entre as partículas fundamentais da matéria, pois são formados por outras partículas subatômicas, como quarks e léptons”, explicou Seixas.

Alunos bem preparados

“O colégio lhes dá uma preparação que permite que eles venham aqui e façam perguntas pertinentes”, afirmou a professora Marta Máximo

Essa é a terceira vez que a professora de Física do Cefet, Marta Máximo, traz seus alunos para participar da visita virtual. O interesse pela física de partículas não é recente. Em 2010, a professora visitou o laboratório europeu por oito dias, após ter sido aprovada no projeto Escola de Física Cern, de iniciativa da Sociedade Brasileira de Física.

Com o conhecimento previamente adquirido, Marta preparou os seus alunos com uma palestra sobre física de partículas e as atividades do Cern. “Fazemos também atividades com jogos para que fique mais didático, não seja algo tão expositivo. Abordamos o tema em sala de aula antes da visita e na próxima aula repassaremos o que foi aprendido hoje, para que eles possam tirar dúvidas”, explicou.

“Como o currículo oferecido pelo Cefet mescla o conteúdo obrigatório do Ensino Médio com o conteúdo específico da formação técnica, os alunos têm contato com produção científica. O colégio lhes dá uma preparação que permite que eles venham aqui e façam perguntas pertinentes”, explicou a professora, orgulhosa da ótima impressão que seus alunos causaram com as perguntas inteligentes feitas ao professor José Manoel Seixas e ao pesquisador Denis Damazio.

Marta elogiou a iniciativa da Coppe de promover as visitas, garantindo transporte e lanche aos alunos, e guiando-os na exposição Exploradores do Conhecimento, com os monitores do Espaço Coppe, e realizando a videoconferência com o Atlas. “Acho ótimo, pois este tipo de conhecimento é muito específico e ter essa estrutura que a Coppe tem, com experimentos e simulações possibilita que os alunos visualizem assuntos que são abordados em sala de aula. Com certeza é uma complementação pedagógica importante, mesmo que o aluno não decida fazer engenharia. Eles vão ter uma visão de ciência, que uma pessoa com formação comum não teria. Além disso, a UFRJ é um local de interesse para os alunos seguirem os seus estudos”, enfatizou a professora.

Thaila e Hugo, alunos do Cefet

Na opinião do aluno Hugo Francellino, de 17 anos, a visita acrescenta muito ao conhecimento geral. “O ensino especializado nos passa o que a gente precisa para ser técnico. Essas visitas servem para tirar dúvidas que são comuns no dia a dia. A visita ao Atlas foi mais interessante ainda. A professora Marta fez uma palestra que já tinha aguçado a nossa curiosidade a respeito”, afirmou Hugo, que cursa Automação Industrial.

As próximas visitas serão realizadas nos dias 8, 22 e 29 de junho. No dia 22 de junho, a visita é aberta o público em geral. O roteiro começa, às 14 horas, no nicho 8 da exposição “Exploradores do Conhecimento”, instalada no Espaço Coppe Miguel de Simoni, que fica no Bloco I 2000, Centro de Tecnologia da UFRJ, Cidade Universitária. No dia 22, a visita será aberta à comunidade da UFRJ.

Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas divulga relatório sobre vulnerabilidade das cidades costeiras

O Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) divulgará, na próxima segunda-feira, dia 5 de junho, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, o relatório “Impacto, vulnerabilidade e adaptação das cidades costeiras brasileiras às mudanças climáticas”. É o segundo documento produzido pelo Painel contextualizando o impacto das mudanças climáticas nas cidades. O primeiro foi divulgado durante a COP 22 (Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas), no Marrocos, no ano passado.

De acordo com a presidente do Comitê Científico do Painel e professora da Coppe/UFRJ, Suzana Kahn Ribeiro, além de ampliar o conhecimento sobre os problemas, o relatório apresenta maneiras de minimizar os danos às cidades que serão afetadas: “A elevação do nível do mar e das temperaturas já é uma realidade e, no Brasil, a extensão desses impactos ainda é muito maior, já que grande parte das regiões está localizada nestas áreas. Não há como evitar os danos, mas sim, implantar soluções no sentido de que possamos nos adaptar a uma nova realidade”, afirma.

O evento tem como objetivo promover uma discussão com especialistas, pesquisadores, tomadores de decisão e a sociedade civil sobre as vulnerabilidades das cidades costeiras brasileiras diante dos eventos climáticos. No caso do Brasil, essas vulnerabilidades estão associadas a fragilidades sociais e econômicas, como a pobreza, transporte precário e falta de financiamento para implementar medidas de adaptação, em especial para melhoria da infraestrutura em cidades.

A professora da Coppe afirma que há evidências científicas suficientes para tomada de ações. Por isso, é necessário o debate entre os diversos setores da sociedade civil, estados, municípios, união e também formadores de opinião: “Temos o argumento do conhecimento, mas ele ainda não tem sido suficiente para tirar as pessoas da inércia. A ciência, somente, não é capaz de fazer tudo sozinha. É preciso pensar – e agir – sobre o que se pode fazer, por isso é preciso debater, o quanto antes sobre esses problemas”.

Confira a programação completa

Data: 05 de junho
Local: Museu do Amanhã – Rio de Janeiro – RJ

Cronograma

8:30 às 9:00- Credenciamento

9h às 9h30 -Café de Boas Vindas

10h – Abertura

Ricardo Piquet – Diretor Geral do Museu do Amanhã
Suzana Kahn – Presidente do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas
Andréa Santos- Secretária Executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas
Luiz Davidovich- Presidente da Academia Brasileira de Ciências
Everton Lucero- Secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental – Ministério do Meio Ambiente

10h às 11h30: Lançamento do Relatório Especial do PBMC: Impacto, vulnerabilidade e adaptação das cidades costeiras brasileiras às mudanças climáticas

Jose A. Marengo Cemaden – Coordenador Geral de Pesquisa e Desenvolvimento, Assessor Internacional
Fábio Scarano -UFRJ/ FBDS – Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável
Debatedora: Andréa Santos- Secretária Executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas

11h30 às 12h30: A percepção dos impactos das mudanças climáticas pela sociedade: a importância da informação

Luiz Alberto Oliveira – Curador do Museu do Amanhã
Ana Lúcia Azevedo -Jornalista – Jornal O Globo
Cláudio Ângelo -Coordenador de Comunicação – Observatório do Clima- Autor do Livro “A Espiral da Morte”
Daniela Chiaretti- Jornalista e correspondente ambiental – Valor Econômico
André Trigueiro- Jornalista – Rede Globo
Mediadora: Suzana Kahn-  Presidente do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas e professora da Coppe/UFRJ

12h30 às 13h00: Recomendações para tomadores de decisão

Carlos Nobre – Presidente do Conselho Diretor do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas
Israel Klabin- Presidente do Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável
Alfredo Sirkis – Secretário Executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas

Livro aborda técnicas estatísticas de modelos separados

O professor Basílio de Bragança, do Programa de Engenharia de Produção da Coppe e da Faculdade de Medicina da UFRJ, acaba de lançar o livro Model Choice in Nonnested Families. Lançada pela editora Springer, somente em inglês, a obra aborda o problema da escolha de modelo estatístico, dentre vários modelos separados, fazendo uma revisão de todos eles.

No livro, o autor testa e compara teorias alternativas e competitivas em famílias separadas de hipóteses. Segundo Basílio, as técnicas podem ser aplicadas em várias áreas do conhecimento.

Professor Titular da UFRJ, Basílio de Bragança é autor de 13 livros, de 144 artigos científicos publicados em períodos nacionais e internacionais e já orientou 81 dissertações de mestrado e teses de doutorado.

Programa de Engenharia Oceânica homenageia o professor Dmitri Rostovtsev

O Programa de Engenharia Oceânica (Peno) da Coppe/UFRJ iniciou as comemorações pelos seus 50 anos, dia 26 de maio, com uma homenagem ao professor russo Dmitri Rostovtsev, que a convite do fundador da Coppe, professor Alberto Luiz Coimbra, integrou o corpo docente da Coppe, entre 1969 e 1971, como professor visitante, e ajudou a estruturar o Programa. Na época Dmitri era professor da Universidade de Leningrado, hoje Saint Petersburg State Marine Technical University (SMTU).  A solenidade foi marcada pela assinatura de um memorando de entendimento entre a Coppe e a Universidade Estatal de São Petersburgo, da qual o professor Dmitri, já falecido, chegou a ser diretor.

Por meio de videoconferência, os professores Cláudio Baraúna, do Programa de Engenharia Oceânica, e Kirill Rozhdestvensky, da Saint Petersburg State Marine Technical University (SMTU), apresentaram as respectivas instituições e relembraram a trajetória do professor Dmitri em ambas. Formado pelo Instituto Naval de Leningrado, onde mais tarde ingressou como professor, no Departamento de Construção Naval, Dmitri Rostovtsev  chegou a diretor da Saint Petersburg State Marine Technical University. 

A cerimônia contou com a presença do diretor da Coppe, professor Edson Watanabe; a vice-diretora da Escola Politécnica (Poli/UFRJ), professora Elaine Garrido Vazquez; o coordenador do programa de Engenharia Oceânica da Coppe, professor Antônio Carlos Fernandes; o presidente da Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena), Luis de Mattos.

Lembranças compartilhadas

Professor Dmitri (primeiro à direita) em almoço de confraternização da Sobena, em 1970.

Dmitri deixou boas lembranças entre colegas russos e brasileiros, que durante a cerimônia as compartilharam com o público. Segundo o professor Kirill Rozhdestvensky, o homenageado foi um bom professor e também um bom gestor. Entendeu a importância da cooperação institucional e deixou um grande legado”, afirmou Kirill.

Na Coppe, Dmitri participou da banca que avaliou a primeira tese de doutorado defendida na instituição por Alcebíades Vasconcelos Filho, então aluno do Programa de Engenharia Civil, em fevereiro de 1970. No Peno, que na época se chamava Programa de Engenharia Naval e era coordenado pelo professor João Luiz Selasco, Dmitri orientou quatro teses de doutorado, duas delas defendidas por professores que mais tarde passaram a integrar o corpo docente do Programa: Cláudio Baraúna e Sérgio Sphaier.

“Professor Dmitri adaptou-se muito rapidamente ao Brasil, aprendeu a língua, a qual falava muito bem e era amável com os alunos. Ele nos mostrou a importância de compartilhar conhecimento e experiências. Era uma pessoa muito simples e humilde. Quando chegou à Coppe e lhe perguntaram o que precisava, respondeu ‘Tudo que preciso é de mesa, papel, caneta e se possível um pouco de silêncio'”, relembrou Baraúna.

Segundo Baraúna, a contribuição do professor russo ao Programa foi muito importante, sobretudo em duas áreas: Sistemas de Produção Submarina de Óleo e Gás e Estruturas Submarinas e Oceânicas. “Na época, havia pouca literatura especializada no país. Dmitri escreveu a mão quatro livros, com lecture notes. A partir de então, passamos a usar essas lecture notes, que foram muito importantes para as nossas aulas”, reconheceu.

“Vendo como a Coppe se desenvolveu, sobretudo na Engenharia Oceânica, ficamos muito impressionados com o sucesso do professor Rostovtsev e vimos como foi frutífero o seu período no país”, elogiou o professor Kirill Rozhdestvensky, que qualificou a assinatura do convênio entre as duas instituições como a realização de um sonho do professor Dmitri.

No final da videoconferência, professor Baraúna exibiu duas placas que selam a homenagem ao professor Dmitri. Uma delas será afixada no Programa de Engenharia Oceânica. A outra foi entregue ao cônsul da Rússia, no Rio de Janeiro, Mikhail Gruzdev, e será enviada ao SMTU.

Eleições diretas são a saída para a crise, diz Miro Teixeira

“A pacificação do Brasil só virá com eleições diretas”. Esta é a avaliação do deputado federal Miro Teixeira (Rede-RJ), autor da Proposta de Emenda Constitucional 227, que prevê eleições diretas no caso de vacância da Presidência da República. Ele foi um dos convidados da Adufrj e da Coppe/UFRJ para o debate “Diretas já ontem e hoje”, realizado, dia 26 de maio, no auditório da Coppe.

Para o deputado, o governo Temer não tem força política para derrotar a proposta das diretas, mas tem utilizado estratégias para adiar a tramitação, com a “conivência” do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A PEC está na Comissão de Constituição e Justiça. “Creio que teremos a aprovação assim que conseguirmos um quórum, sem que o presidente da Câmara use o artifício de convocar a ordem do dia (o que já ocorreu duas vezes)”, disse em referência ao regimento da Casa. Quando a sessão do plenário começa, as comissões são obrigadas a encerrar os trabalhos. A Proposta de Emenda à Constituição orienta que só sejam realizadas eleições indiretas se houver seis meses ou menos para o fim do mandato.

O deputado afirmou que não há relação entre a PEC e o governo Temer. “Basta olhar as datas. Em 2015 sugerimos – e foi aprovada – a alteração dos parágrafos 3º e 4º do Código Eleitoral, pela Lei 13.165. Na época, a presidente era Dilma Rousseff”, justifica. As mudanças no Código Eleitoral foram feitas para indicar que novas eleições diretas sejam realizadas para sucessão de governadores que sofressem impugnação de mandato. “Mas o procurador geral da República apresentou uma ação direta de inconstitucionalidade ao artigo 224. Por isso, apresentamos a PEC. Não tem nada a ver com o momento político atual”, argumentou.

A partir do momento em que Michel Temer assumiu a presidência da República, “começou uma enorme pressão contra as eleições diretas”, afirma o parlamentar. Para Miro, só será possível retomar a normalidade do país a partir de um novo pleito com participação popular. “Qual a representatividade, num cenário como este, de realização de eleições indiretas?”, questionou.

Miro rebateu o argumento de que é necessário preservar a Constituição e fazer a sucessão presidencial por voto indireto. “Nós já temos cem emendas à Constituição desde 1988. Existem em tramitação no Congresso mais 1.500 propostas de emendas. Que Constituição eles querem defender?”, completou.

Previdência

O parlamentar aproveitou o momento para se posicionar contrariamente à Reforma da Previdência. Para ele, emendas constitucionais não resolvem e nunca resolveram os gargalos da Previdência Social. Entre artigos, incisos e parágrafos, já foram modificados 192 dispositivos: 116 na Emenda Constitucional 20/1998; 55 na Emenda Constitucional 41/2003; e 21 na Emenda Constitucional 47/2005. Todos eles tratam do sistema de Previdência Social. “A atual PEC 287 altera mais 197 dispositivos da Constituição. O problema da Previdência é o que fazem com o dinheiro. Não existe déficit. O Brasil tem dinheiro”.

Diretas ontem

Os professores da Coppe Ericksson Almendra e Luiz Pinguelli Rosa também participaram do debate. Eles apresentaram a memória da Adufrj no processo de abertura política, na década de 1980. Almendra foi presidente da Adufrj entre 1981 e 1983. “Uma das primeiras reuniões em que os professores da UFRJ discutiram como se inserir nas reformas do país e da universidade aconteceu exatamente nesta sala (auditório G-122, onde ocorria o debate), em 1978”, relembrou.

Em 1979, a Adufrj foi criada já num contexto de ajudar a “organizar as grandes greves” que começavam a eclodir no país. “A Adufrj foi criada com o intuito de discutir os interesses dos professores, sim, mas, principalmente, de contribuir para um movimento muito mais amplo de luta pela redemocratização”, afirmou.

Pinguelli foi o primeiro presidente da Adufrj e depois foi presidente da Andes – na época, Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior. “Havia um entusiasmo gigantesco com as eleições diretas”, ele lembrou. “Fiquei muito decepcionado quando não houve a aprovação das diretas. Tanto que não apoiei Tancredo (Neves, candidato da oposição) nas eleições indiretas. Não por ser o Tancredo, mas porque achava que aquele tipo de eleição era muito ruim para o país”, argumentou.

Para ele, a situação atual é semelhante. “Diretas já, mesmo para um mandato-tampão, é a melhor solução para o momento atual. Precisamos interromper a rapidez com que estão sendo desmontadas as estruturas do Estado. É um momento muito delicado”, avaliou o diretor de Relações Institucionais da Coppe.

Tatiana Roque, atual presidente da Seção Sindical, mediou o debate e explicou a importância do tema. “Organizamos essa atividade para discutir a viabilidade de eleições diretas já. Acreditamos que essa seja a saída mais democrática para a superação da crise, num momento de completo esfacelamento do cenário político”.

Obs: A matéria acima é de autoria da jornalista Silvana Sá e foi gentilmente cedida pela Adufrj para o Planeta Coppe Notícias

Título: Ensino Híbrido: Desafios e perspectivas nas engenharias e no ensino básico
Coordenador: MARCELLO LUIZ RODRIGUES DE CAMPOS
Contato do coordenadorcampos@smt.ufrj.br

Resumo: A pandemia da COVID-19 impôs uma transição drástica do modelo padrão de ensino, para aulas estritamente virtuais, e tem exigido um grande esforço para preparar e oferecer cursos aos alunos, seja no ensino universitário ou no ensino básico, pois poucos estavam preparados para lidar com as tecnologias de ensino online. Passados meses após o isolamento, não tem sido trivial a transição do presencial para o virtual, principalmente na manutenção da qualidade das disciplinas oferecidas neste novo formato. Uma lição foi aprendida neste processo: é necessário investir de forma permanente na implementação de tecnologias inovadoras/eficientes no melhoramento dos processos de ensino e aprendizagem. Neste sentido, este projeto visa a dar apoio à rede pública de ensino, seja no âmbito do ensino básico ou do ensino de engenharia em outras universidades, no Estado do Rio de Janeiro. O objetivo é o desenvolvimento de recursos e cursos em formato híbrido, incorporando técnicas de aprendizado ativo, sala de aula invertida, multimodalidade, etc.

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TítuloEscola Piloto em Engenharia Química Prof. Giulio Massarani
Coordenador: HENRIQUE POLTRONIERI PACHECO
Contato do coordenadorpacheco.h.pacheco@gmail.com e helen@peq.coppe.ufrj.br

Resumo: A Escola Piloto Presencial (EPP) em Engenharia Química surgiu em 1993, no PEQ/COPPE, e é uma ferramenta de atualização e de educação continuada, bastante útil para professores de ensino médio e de graduação, mas também muito procurada por estudantes e técnicos, além de empregados da indústria em geral. Nesta proposta da EPP desta edição serão oferecidos 10 módulos: TÉCNICAS AVANÇADAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS (DIVIDIDA EM 10 SUB-MÓDULOS) ensina técnicas de ponta para caracterização de diversos de tipos de materiais, discutindo o fundamento das técnicas e exemplificando com dados reais. Os módulos são: Módulo 1: Técnicas espectroscópicas (FTIR, DRIFTS, RAMAN e UV-Vis) Módulo 2: Ressonância magnética nuclear (RMN) Módulo 3: Difração de raios x (DRX) Módulo 4: Espectrômetro de Massas e Redução à Temperatura Programada (MS e TPR) Módulo 5: Cromatografia por permeação em gel (GPC) Módulo 6: Análises de tamanho de gotas e partículas Módulo 7: Técnicas cromatográficas gasosa e líquida – Uma visão de Troubleshooting Módulo 8: Elementos de caracterização de petróleo Módulo 9: Análises térmicas – TGA, DSC e DMA Módulo 10: Biotecnologia no Cotidiano.

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TítuloLaboratório de Informática e Sociedade – LabIS
Coordenador:  HENRIQUE LUIZ CUKIERMAN
Contato do coordenadorhcukier@cos.ufrj.br e lealsobral@cos.ufrj.br

Resumo: O LabIS veio se configurando ao longo de uma caminhada que remonta aos trabalhos e investigações da linha de pesquisa em Informática e Sociedade (IS) do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da COPPE/UFRJ. Uma linha de pesquisa há tempos em busca de um Brasil ainda por inventar, movida pelo desejo de compreender a realidade brasileira para colaborar com a construção de um país mais justo e equânime. Trabalhamos com a produção de software de acessibilidade (LibrasOffice), jogos educativos (Damática), bancos comunitários (Mumbuca e Preventório) e oferecemos cursos de programação para estudantes da rede pública do ensino médio.

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TítuloLetramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ
Coordenador: DENISE CUNHA DANTAS
Contato do coordenadorddantas@oceanica.ufrj.br

Resumo: O Letramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ é um projeto aberto a todo aquele que não é alfabetizado e aquele que não teve acesso ou não concluiu os estudos no Ensino Fundamental na idade escolar referente. Foi criado em 2005 pela Assessoria de Desenvolvimento Social da COPPE, a partir de uma pesquisa com os servidores e trabalhadores terceirizados que atuavam em atividades de limpeza e serviços gerais. A pesquisa foi ampliada para outras unidades e setores da Universidade. Hoje o Projeto tem como aluno servidores da UFRJ e terceirizados que, em sua maioria, trabalham no Centro de Tecnologia, e cidadãos moradores do entorno da Ilha do Fundão, principalmente da Vila Residencial e do Complexo da Maré. As aulas são ministradas no Centro de Tecnologia para as turmas de Letramento Básico, Intermediário e Avançado. E acontecem de segunda a sexta feira, de 15 às 16:30 horas.

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TítuloPolímeros para o setor de petróleo e gás – Aditivos
Coordenador: TAISSA ZANGEROLAMI LOPES RODRIGUES
Contato do coordenadortaissazl@yahoo.com.br e elucas@metalmat.ufrj.br

Resumo: A ação contempla aulas teóricas e demonstrativas e obtenção, caracterização e propriedades em solução dos polímeros, além de suas aplicações como aditivos na indústria do petróleo.

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TítuloPolímeros: aplicações e uso consciente
Coordenador: ARIANE DE JESUS SOUSA BATISTA
Contato do coordenadorariane.pent@gmail.com e ariane@pent.coppe.ufrj.br

Resumo: A reciclagem de plásticos é um tema importante, visto que mais de 60% de todo plástico produzido já virou resíduo e apenas 9% foi reciclado em todo mundo. No Brasil os dados são ainda mais alarmantes. O relatório apresentado pelo WWF recentemente afirma que o Brasil é o quarto maior produtor de resíduos plásticos do mundo e recicla menos de 2% desse montante. Contudo, políticas de reciclagem e educação ambiental ainda são precárias e pouco divulgadas, e a disseminação de informações que tornam os plásticos vilões fazem com que o banimento desses materiais seja cada vez mais desejável. No entanto, vale lembrar que os plásticos são polímeros de alto valor agregado, baixo custo de produção e muito versáteis, e quando reciclados podem ser reinseridos na cadeia produtiva, possibilitando a produção de novos materiais, além de alavancar o setor energético. Dessa forma esse projeto visa instruir e incentivar alunos de escolas públicas e privadas a serem multiplicadores dos conceitos de reciclagem em suas escolas, famílias e comunidade. Onde palestras e atividades lúdicas serão realizadas, de forma virtual, incentivando o descarte correto ou reutilização de resíduos plásticos, evitando que esses resíduos sejam descartados em lugares impróprios.

Site onde os trabalhos realizados pelo projeto de extensão são divulgados
Instagram do Grupo EngePol (PEQ/COPPE/UFRJ), onde todos os nossos trabalhos e laboratórios são divulgados, inclusive os do projeto de extensão

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TítuloPrograma de Incubação de Empreendimentos Populares – Inovação Social dos Processos de Incubação de EES
Coordenador: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contato do coordenador: amandaxavier86@gmail.com

Resumo: A ITCP/COPPE vem atuando, desde a sua criação, no apoio aos Empreendimentos Populares. Desenvolve ações que vão de encontro às necessidades das classes populares e dos setores informais, que historicamente ficam à margem das ações sociais desenvolvidas pelo Estado. Hoje novas técnicas e ferramentas são requeridas para enfrentar os novos desafios que se apresentam. Esta proposta visa investigar metodologias inovadoras de incubação, que propiciem o aperfeiçoamento das atividades dos empreendimentos incubados, dando continuidade às ações desenvolvidas pela ITCP/COPPE. A implantação das novas metodologias desenvolvidas permitirá melhorar a qualidade dos Empreendimentos Econômicos Solidários – E. Site da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares – ITCP/COPPE/UFRJ 

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TítuloEspaço COPPE Miguel de Simoni
Coordenador: CLAUDIA MARIA LIMA WERNER
Contato do coordenador: werner@cos.ufrj.br

Resumo: A atividade central deste projeto é a visitação guiada a exposição do Espaço COPPE, realizada predominantemente por estudantes do Ensino Médio da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Os grupos de estudantes realizam as visitas acompanhados por professores das escolas de origem. O ambiente dos espaços de divulgação científica e tecnológica, como o Espaço COPPE, pode proporcionar elementos-chave de fomento à motivação intrínseca do aprendizado – por exemplo: construção de significado pessoal, tarefas desafiadoras, colaboração e sentimentos positivos sobre os esforços realizados e, portanto, são potenciais indutores da formação de vínculos novos, por vezes mais intensos. Site do Espaço COPPE  

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TítuloSISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS – DEFESA
Coordenador: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contato do coordenadoreduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br e karina.andrade@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG) da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.

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TítuloSISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS GERAIS E UFRJ
Coordenador: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contato do coordenadoreduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG-TR) preconizada pela SEGES do Ministério de Economia). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.

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TítuloUBUNTU.lab – Programa de inovação aberta em cidades inteligentes para a redução da desigualdade racial no Rio de Janeiro

Coordenador: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contato do coordenadormatheusoli@hotmail.com

Resumo: O Projeto BRA/15/010 – Fortalecimento e Expansão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial é uma ação entre o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com o objetivo de descentralizar as políticas públicas de igualdade racial e fortalecer e expandir o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir). A Fundação COPPETEC foi uma das entidades selecionadas através do projeto U.lab para apresentar a prefeitura do Rio de Janeiro um laboratório de inovação governamental a ser replicado como política de promoção da igualdade racial no âmbito de implementação do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Município desenvolvido pelo Escritório de Planejamento da Secretaria Municipal da Casa Civil (EPL). No âmbito do Sinapir, o presente projeto tem o objetivo de entregar ao município do Rio de Janeiro, um programa de inovação governamental que coloca o jovem negro como protagonista da tecnologia capaz de promover o bem-estar no seu dia a dia.

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TítuloUnidade de Suporte à Inovação Social – USIS
Coordenador:  CARLA MARTINS CIPOLLA
Contato do coordenadorcarla.cipolla@ufrj.br

Resumo: A atividade apoia inovações sociais como chave para o desenvolvimento. O USIS/ UFRJ – Unidade de Suporte à Inovação Social – nasceu do projeto LASIN – Latin American Social Innovation Network -, financiado pela Comissão Europeia, com o propósito de implementar um modelo de envolvimento Universidade/comunidade, baseado na combinação de atividades curriculares e extra-curriculares, materiais e instrumentos de aprendizagem, treino prático, oficinas e mentorias para reforçar as ligações da universidade com o ambiente social mais amplo (Grupos comunitários, ONGs e/ou OSCIPS, Organizações governamentais, empresas e escolas) com metodologia própria desenvolvida por LASIN.

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Título“TÁ” LIGADO?! MINHA CÂMERA NA MÃO E UMA IDEIA NA CABEÇA – A LINGUAGEM AUDIOVISUAL COMO LIVRE EXPRESSÃO NA CONSTRUÇÃO DIALÉTICA NO ESPAÇO ENTRE A UNIVERSIDADE, A ESCOLA E A SOCIEDADE
Coordenador:  ANDREA MARIA DO NASCIMENTO SILVA
Contato do coordenadorandreanascimento@cos.ufrj.br

Resumo: Todos nós da comunidade acadêmica e escolar tivemos que nos adaptar à utilização de soluções tecnológicas para nos comunicar, socializar e nos relacionar durante o período de pandemia para reproduzir a rotina de uma sala de aula. Com isso, a linguagem audiovisual e o uso de dispositivos portáteis, como smartphones e tablets, que já era uma realidade muito presente em nossa vida, de repente, se tornou fundamental. Essa proximidade foi uma grande motivação que trouxe a memória da frase emblemática do cineasta Glauber Rocha – Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça – que inspirou o título deste projeto e que nos faz compreender que atualmente a nossa práxis gira em torno dessa máxima que representa nosso atual cenário social nos hábitos de registrar e compartilhar nossas imagens, nossos áudios, nossos vídeos, seja de forma direta ou indiretamente nas redes sociais. Portanto, este projeto visa atender a uma demanda técnica para auxiliar a produção de conteúdo de divulgação de pesquisas, trabalhos escolares, vídeo aulas, entre outros, de forma que o público participante do projeto conheça detalhes da composição audiovisual. Enfatizar o uso da linguagem audiovisual para acesso ao conhecimento e para a troca de saberes, uma comunicação dialética onde é importante não só transmitir o conhecimento gerado na universidade mas também possibilitar que a sociedade contribua com o seu olhar, seu fazer, sua crítica.

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TítuloApoio às Micro e Pequenas Empresas do estado do Rio de Janeiro para o desenvolvimento de trajetórias econômicas sustentáveis
Coordenador: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contato do coordenadoramandaxavier86@gmail.com

Resumo: As MPE compõe 92% das empresas do Estado do Rio de Janeiro (RJ) e são responsáveis por mais de 50% dos empregos formais (Brasil, 2020). No entanto, as MPE enfrentam enormes desafios, sobretudo pela amplitude da atual crise sanitária, econômica e social (CNI, 2021; SEBRAE, 2020), colocando em evidencia o modelo econômico dominante, centrado na produção em massa de bens materiais e de performance financeira (Fernandes et al., 2021; Lima & Dias, 2020). Nesse sentido, esse projeto se fundamenta na perspectiva da Economia da Funcionalidade e da Cooperação (EFC), que tem como proposta fornecer soluções integradas de bens e serviços a partir da cooperação entre diferentes atores territoriais, abandonando a noção de escalabilidade e desenvolvendo novos modelos de governança de empresas e territórios (Du Tertre et al., 2019). Essa abordagem interacionista permite um menor consumo de recursos naturais e a renovação do vínculo social, criando resiliência para as relações econômicas, tão fragilizadas diante do cenário atual (Xavier et al., 2021; Roman et al., 2020). Este projeto visa apoiar as Micro e Pequenas Empresas do estado do Rio de Janeiro no desenvolvimento de trajetórias econômicas sustentáveis, criando impacto direto na sociedade e na comunidade científica. Para tanto, visa a formação, acompanhamento e intervenção de dirigentes de empresas para transição de modelo econômico a partir do Modelo da Economia da Funcionalidade e da Cooperação.

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TítuloBoas Práticas de Acolhimento – Saberes, Convivências e Aprendizagens
Coordenador:  VANDA BORGES DE SOUZA
Contato do coordenadorvanda@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: Entende-se que o acolhimento poderá ampliar sua esfera de atuação, para além do campo psicossocial, podendo alcançar também o contexto socioeconômico, acadêmico, das relações laborais entre outros. Com o passar do tempo, a sobrevivência às situações de adoecimento, outros aspectos do acolhimento foram se apresentando. O acolhimento financeiro, o acolhimento acadêmico, o acolhimento dos conflitos e dificuldades de relacionamentos, o acolhimento laboral pela dificuldade de absorção e entendimento das novas formas de trabalho surgidas. A partir de então, se fez necessário repensar como dar conta de considerar todos esses tipos de acolhimentos. Neste sentido, este projeto pretende evidenciar a importância de compartilhar uma informação que oriente e facilite os indivíduos para o desempenho de ações de acolhimento nos diversos espaços de convivência. Por isso, saberes, convivências e aprendizagens fazem parte de uma via de mão dupla. Ou seja, cada parte tem o que a transmitir, conhecer e se aperfeiçoar com a outra.

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TítuloCapacitação de jovens para o mercado de TI em NF, uma abordagem através de aprendizado ativo: introdução à programação em Python
Coordenador:  EDMUNDO ALBUQUERQUE DE SOUZA E SILVA
Contato do coordenador: edmundo@land.ufrj.br

Resumo: Este curso é uma ação prevista no projeto de Extensão “Ensino Hibrido: Desafios e perspectivas nas engenharias e no ensino básico” já registrado no SIGA, pela COPPE. O projeto de extensão registrado no SIGA tem como um dos seus objetivos a criação de cursos em áreas chave para o desenvolvimento do Estado e de acordo com a experiência multidisciplinar da COPPE. Através de uma parceria com a Ong Ideas de Friburgo que proporcionou a infraestrutura necessária (espaço físico, computadores, pessoal local, etc.) foi criado um local para treinamento de jovens oriundos de escolas públicas do segundo grau. A ideia do curso surgiu durante a elaboração de disciplinas de programação para um curso avançado de técnicas de Inteligência Artificial com o formato hibrido baseado no Aprendizado Voltado a Projetos (PBL, projeto FAPERJ) de forma a que a experiência do projeto em PBL fosse aplicada a jovens alunos. O curso visa introduzir os jovens em linguagens modernas de computação, e fornecer o treinamento essencial para que o aluno da rede pública de ensino possa mais facilmente ingressar no mercado de trabalho local. Os alunos selecionados têm a oportunidade de aprender programação na prática, com base na linguagem Python, para melhor entender e tentar propor soluções a problemas reais e da cidade de Friburgo quando possível. O curso visa também fornecer incentivos para que os egressos possam continuar os estudos em tópicos adicionais de tecnologias da computação.

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TítuloDisseminação das aplicações da Engenharia Nuclear no âmbito da sustentabilidade ambiental
Coordenador:  INAYA CORREA BARBOSA LIMA
Contato do coordenador: inayacorrea@gmail.com

Resumo: Em sua Décima Edição, a Semana do Meio Ambiente da BR Marinas integra em sua agenda o Dia Mundial do Oceano, inserindo-se no contexto da Década do Oceano da ONU. Este evento conta com os apoios do Núcleo de Vida Marinha e do Centro de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e da Cidade do Rio de Janeiro e da Cátedra UNESCO para a Sustentabilidade do Oceano, trazendo para o público carioca a importância dos Oceanos na mitigação das Mudanças Climáticas, o debate sobre a biodiversidade e as potencialidades do Oceano, e a integração entre Ciência, Educação, Políticas Públicas e Sociedade Civil. Ademais, serão incorporadas pela primeira vez aplicações nucleares e atômicas de medidas para englobar a temática em tela com cujo acadêmico-cientifico. E, por fim, teremos uma ação de Sensibilização Ambiental será realizada através da promoção de um Mutirão de Limpeza com foco nos resíduos sólidos do entorno da Marina da Glória, incluindo o Lixo Marinho, com a participação de voluntários.

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TítuloDroneiros Vonluntários
Coordenador: THARCISYO COTTA FONTAINHA
Contato do coordenadortcottaf@gmail.com

Resumo: Em 2022, os desastres causaram mais de 30,704 mortes e com 185 milhões de pessoas afetadas, e prejuízos de 223.8 bilhões de dólares segundo o Centre for Research on the Epidemiology of Disasters (CRED). No Brasil, entre 2011 a 2022, especificamente no Rio de Janeiro, houve 591 ocorrências de desastres, resultando em 987 mortes e afetando 3,9 milhões de pessoas, e prejuízos econômicos superior a R$ 3,08 bilhões (Atlas digital de desastres no Brasil, 2023). Tais dados demonstram a importância e a complexidade das Operações Humanitárias e de Desastres (OHD), as quais envolvem o acesso as áreas afetadas, a coordenação de diversos stakeholders e falta de recursos. Assim surge o projeto Droneiros Voluntários, idealizado no âmbito do Programa de Engenharia de Produção da COPPE/CT/UFRJ de forma a auxiliar a escassez de recursos humanos e tecnológicos na resposta a desastres. O projeto conta com uma plataforma tecnológica que atua como um facilitador, unindo proprietários de drones, defesa civil e outras organizações no desenvolvimento de ações de mapeamento de áreas de risco e afetadas por desastres, promovendo uma colaboração entre stakeholders mais eficaz e eficiente no contexto de OHD. Nesse sentido, o projeto atua no engajamento e promoção da troca de conhecimento entre os diferentes atores tratados como público alvo, promovendo OHD eficazes e mais eficientes, com integração entre diferentes áreas de conhecimento científico e pesquisadores de diferentes níveis que atuam em OHD.

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TítuloINSILICONET – PROGRAMANDO O FUTURO
Coordenador:  ARGIMIRO RESENDE SECCHI
Contato do coordenador: arge@peq.coppe.ufrj.br

Resumo: A InSilicoNet é um espaço de colaboração onde diversos atores da sociedade são convidados a trazer seus problemas técnicos para construir, em conjunto com os membros acadêmicos, soluções tecnológicas inovadoras baseadas em ferramentas digitais. Está estruturado como uma rede de sete Universidades do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ, UERJ, PUC-Rio, UFF, UFRRJ e SENAI CETIQT) e profissionais de engenharia com experiência na área de engenharia de sistemas em processos (Process Systems Engineering, PSE). A InSilicoNet tem a missão de promover o desenvolvimento científico e tecnológico comprometidos não apenas com o desempenho econômico, mas com os impactos sociais e ambientais por meio de atividades de extensão integradas a iniciativas de pesquisa e ensino em PSE, contemplando: a) Fábrica de Aprendizagem, que desenvolve competências e habilidades de discentes de graduação e pós-graduação para o trabalho colaborativo empregando PSE na solução de problemas tecnológicos, sociais e ambientais tratáveis por ferramentas de engenharia digital; b) Oferta de cursos de extensão que promovam competência para o desenvolvimento de pesquisa, tecnologia e inovação; e c) Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento integrando discentes de graduação e pós-graduação sob orientação acadêmica e mentoria por indústrias, organizações e/ou governos.

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TítuloRede Refugia
Coordenador:  THARCISYO COTTA FONTAINHA
Contato do coordenadortcottaf@gmail.com

Resumo: O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) revela que em 2022 o mundo ultrapassou a marca de 100 milhões de pessoas em deslocamento forçado, motivados por inúmeras razões. No Brasil, desde 2011 foram realizadas 297.712 solicitações de reconhecimento da condição de refugiado. Devido a sua complexidade e alta quantidade de pessoas afetadas, a crise humanitária de refugiados precisa ser enfrentada pelos governos em comunhão com a sociedade civil e o setor privado, a fim de se garantir que as pessoas em deslocamento forçado tenham seus direitos humanos protegidos durante um processo de acolhimento efetivo e atento às suas necessidades. Assim, interessados em auxiliar no enfrentamento brasileiro à crise migratória, a Rede Refugia foi idealizada no âmbito do Programa de Engenharia de Produção da COPPE/CT/UFRJ. Trata-se de uma plataforma tecnológica colaborativa que objetiva facilitar o processo de acolhimento, proteção e integração de pessoas em deslocamento forçado que estão no Brasil. Dessa forma busca-se fortalecer os processos de colaboração mútua entre refugiados, solicitantes de refúgio, apátridas, poder público, entidades privadas, organizações humanitárias e outros stakeholders. Por meio de um processo de inovação social, a Rede Refugia busca fomentar um ambiente que favoreça a implementação de soluções inovadoras para os problemas vivenciados pelas pessoas em deslocamento forçado vivendo em solo brasileiro.

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Agendamento com a GRH

Setor da COPPE responsável pela orientação aos funcionários, no tocante a direitos e deveres em sua vida funcional, além de promover diversas ações que contribuem para capacitação profissional e bem-estar dos trabalhadores.
A Equipe é formada por profissionais da área de Administração, Recursos Humanos e Pedagogia, que estão prontos para atender a força de trabalho COPPE.

 

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Agendamento de Espaço

O serviço de Agendamento de Espaço é fornecido pelo Setor de Eventos Institucionais e Operação, e deve ser solicitado por meio do Sistema de Administração Predial, pelo Entrada Única.

Este serviço realiza o agendamento para uso dos seguintes espaços:

  • Auditório G-122
  • Auditório bloco M – anexo
  • Grêmio da Coppe
  • Tenda do auditório G-122

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Enviar

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Resíduos Químicos

O serviço de Retirada de Resíduo Químico é fornecido pela Gerência de Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Saúde, e deve ser solicitado por meio do Sistema de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, pelo Entrada Única.

Clique aqui para agendar

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Segurança Patrimonial

O serviço de Segurança Patrimonial é fornecido pelo Grupo de Apoio de Segurança Patrimonial, e deve ser solicitado conforme as orientações abaixo:

  • Em caso de furto, roubo ou agressão, ligar para a sala de segurança da Coppe no ramal: 8457 ou 2560-8858.
  • Em caso de furto ou roubo de patrimônio, ligar para a Divisão de Segurança da UFRJ – DISEG: 3938-1900 e setor de segurança da Coppe, ramal: 8457 ou 2560-8858.

 

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Gestão Eletrônica de Documentos

O serviço de Gestão Eletrônica de Documentos é fornecido pela Gerência de Documentação, e deve ser solicitado em contato direto com o setor, de forma presencial, na sala I-125A.

Este serviço contempla a preservação e acesso dos documentos em meios físico e eletrônico da COPPE.

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Limpeza de Espaços

O serviço de Limpeza de Espaço é fornecido pelo Setor de Administração Predial e deve ser solicitado por meio do Sistema de Administração Predial, pelo Entrada Única.

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Projetos de Arquitetura

O serviço de Elaboração de Projeto de Arquitetura é fornecido pelo Grupo de Apoio de Arquitetura e Engenharia, e deve ser solicitado por meio de envio por e-mail do formulário de Solicitação de Projeto de Arquitetura.

Este serviço contempla a elaboração do projeto conforme a solicitação, e inclui: levantamento do local, estudo preliminar para ser aprovado pelo Prof. Responsável e desenvolvimento do projeto.

E-mail para solicitação: fernanda@adc.coppe.ufrj.br

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Sistemas da DPADI

O serviço de Manutenção e acesso a Sistemas Administrativos é fornecido pelo CISI, e deve ser solicitado por meio da gerência do próprio setor.
Este serviço está disponível para toda a Coppe.

Os Sistemas Administrativos da DPADI estão disponíveis por meio do Entrada Única.

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Infraestrutura e Redes

O serviço de Manutenção de Infraestrutura e Redes é fornecido pelo CISI, e deve ser solicitado por meio do sistema de Helpdesk do CISI, que possibilita uma maior agilidade e transparência no atendimento do suporte técnico. A ferramenta adotada para implantação deste sistema foi o software livre OcoMon.

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Manutenção Predial

O serviço de Manutenção Predial é fornecido pelo Setor de Infraestrutura, e deve ser solicitado por meio do Sistema de Manutenção, pelo Entrada Única.

Este sistema contempla a solicitação dos seguintes serviços: Conserto de ar central, conserto de ar de janela, conserto de ar tipo split, conserto de refrigerador, instalação de ar tipo split, serviço de elétrica, serviço de hidráulica, serviço de lustrador, serviço de pintura, serviço de serralheria, serviços de marcenaria, serviços de obras civis, serviços gerais, troca de disjuntor, troca de lâmpadas

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Patrimônio

O serviço de Incorporação / Baixa de Patrimônio é fornecido pelo Setor de Patrimônio, e deve ser solicitado conforme as orientações abaixo:

Como faço para fazer uma baixa?

Enviar uma carta ao Setor solicitando a baixa , descrevendo o bem, mencionando o nº da plaqueta COPPE e nº da UFRJ.

Como faço para fazer uma transferência?

Enviar uma carta ao Setor de Patrimônio solicitando a transferência do bem , com a descrição do mesmo e o nome do laboratório que ficará responsável.

Como faço para fazer uma doação?

Fazer uma carta ao Setor de Patrimônio solicitando a doação , enviando os documentos onde o Setor de Patrimônio fará a abertura de processo para dar encaminhamento ao Conselho de Curadores da UFRJ para autorização.

Como faço (alunos/doutorandos) para patrimoniar?

Enviar a nota fiscal junto com o formulário e o vínculo com a Instituição (TERMO DE CONCESSÃO E ACEITAÇÃO DE BOLSA ou TERMO DE OUTORGA ao Setor de Patrimônio .

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Agendamento de Transporte

O serviço de Agendamento de Transporte é fornecido pela Gerência de Logística Institucional e Operação.

Este serviço é atualmente administrado pela Divisão de Frota Oficial, sendo a Gerência de Logística Institucional e Operação responsável pela interface de agendamento do serviço para os usuários da Coppe.

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Almoxarifado

O serviço de Solicitação de Material ao Almoxarifado é fornecido pelo Setor de Almoxarifado, e deve ser solicitado por meio do Sistema de Movimentação de Material, pelo link Entrada Única

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Descarte de Materiais

O serviço de Descarte de Materiais e Equipamentos pode ser fornecido por diversos setores, conforme a especificação do material a ser descartado.

 

Procedimentos

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Terapias no Acolhe COPPE

 

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Atividades de Saúde e Bem Estar

 

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Agendamento de Espaços do Grêmio

Para reserva de locação do salão de eventos da sede do Grêmio ou do campo de futebol para qualquer atividade a ser realizada no local, deve-se seguir os procedimentos adotados na página do grêmio.

 

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Action name: Hybrid Education: Challenges and perspectives in engineering and basic education
Coordinator: MARCELLO LUIZ RODRIGUES DE CAMPOS
Contact information: campos@smt.ufrj.br

About the action: The COVID-19 pandemic enforced a drastic transition from the traditional teaching model to strictly online classes, having required a great effort to prepare and offer courses to students ranging from primary to higher education, since only a few were prepared to deal with technologies for online teaching. Even months after social distancing started, the in-person to online transition was not a trivial process, especially when it came to maintaining the quality of the courses offered in this new modality. This process taught us one important lesson: it is necessary that we permanently invest in implementing innovative/efficient technologies for improved teaching and learning. As such, this project aims to support public education in the state of Rio de Janeiro, from basic education to higher Education in engineering at other universities. With a hybrid learning modality, our purpose is to develop resources and courses that incorporate active learning methods, flipped classrooms, multimodality, etc.

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Action name: Prof. Giulio Massarani Pilot School of Chemical Engineering
Coordinator: HENRIQUE POLTRONIERI PACHECO
Contact information: pacheco.h.pacheco@gmail.com and helen@peq.coppe.ufrj.br

About the action: The Pilot School for In-Person Education (EPP) in Chemical Engineering was created in 1993 by our Program of Chemical Engineering (PEQ/COPPE) as a tool for improvement and continuing education. It was very beneficial for high school and undergraduate teachers, but also very popular with students, technicians, and industry workers in general. This edition of EPP is called ADVANCED TECHNIQUES FOR MATERIALS CHARACTERIZATION and will comprise 10 modules. It consists in teaching cutting-edge methods for characterizing various types of materials, discussing the fundamentals of such techniques, and exemplifying them with real-world data. The modules are as follows: Module 1: Spectroscopy techniques (FTIR, DRIFTS, RAMAN, and UV-vis); Module 2: Nuclear magnetic resonance (NMR); Module 3: X-ray diffraction (XRD); Module 4: Mass spectrometry and temperature-programmed reduction (MS and TPR); Module 5: Gel permeation chromatography (GPC); Module 6: Droplet and particle size analysis; Module 7: Gas and liquid chromatography troubleshooting methods; Module 8: Aspects of petroleum characterization; Module 9: Thermal analysis - TGA, DSC, and DMA; Module 10: Biotechnology in everyday life.

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Action name: Laboratory for Informatics and Society – LabIS
Coordinator:  HENRIQUE LUIZ CUKIERMAN
Contact information: hcukier@cos.ufrj.br and lealsobral@cos.ufrj.br

About the action: LabIS stems from the long journey traversed by the work and research of Informatics and Society (IS), a line of research from our Systems Engineering and Computer Science Program (PESC). We are driven by the desire to better comprehend the many faces of our society, seeking to contribute towards more equality and fairness. We develop software for accessibility (LibrasOffice), educational games (Damática), community banks (Mumbuca and Preventório) and offer programming courses for public high school students.

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Action name: Literacy for Youth, Adults, and the Elderly of COPPE/UFRJ
Coordinator: DENISE CUNHA DANTAS
Contact information: ddantas@oceanica.ufrj.br

About the action: Literacy for Youth, Adults, and the Elderly is a project for all those who are not literate and those who did not have access to or did not complete primary and/or lower secondary school at the corresponding age. It was created in 2005 by COPPE's Department of Social Development, based on a survey of civil servants and outsourced workers involved in cleaning and general services. We extended our research to other units and sectors of our university. Today, our students are civil servants and outsourced workers at UFRJ, most of whom work at the Technology Center, and citizens who live near Ilha do Fundão, mainly in Vila Residencial and Complexo da Maré. Our classes are held at the Technology Center for the Basic, Intermediate, and Advanced Literacy classes, Monday to Friday, from 3 p.m. to 4:30 p.m.

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Action name: Polymers in Oil and Gas – Additives
Coordinator:  TAISSA ZANGEROLAMI LOPES RODRIGUES
Contact information: taissazl@yahoo.com.br and elucas@metalmat.ufrj.br

About the action: our action comprises theoretical and practical classes on obtaining, characterizing, and analyzing the properties of polymers in solution, as well as their applications as additives in the petroleum industry.

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Action name: Polymers: applications and awareness
Coordinator: ARIANE DE JESUS SOUSA BATISTA
Contact information: ariane.pent@gmail.com and ariane@pent.coppe.ufrj.br

About the action: Plastic recycling has become a very important matter, since over 60% of all plastic produced globally has already become waste but only 9% has been recycled. In Brazil, the situation is even more alarming. A recent WWF report states that Brazil is the fourth largest producer of plastic waste worldwide, with a recycling rate of less than 2%. Our policies for recycling and environmental education are still insufficient and poorly publicized. Furthermore, plastics have recently been made out to be villains, making it increasingly desirable that these materials are banned. However, it is worth remembering that plastics are polymers with high value-added, low production costs, and very versatile properties. When recycled, they can be reinserted into the production chain, which enables the production of new materials and boosts the energy industry. As such, our project aims to guide and encourage students from public and private schools to reproduce the concept of recycling in their schools, families, and communities. We hold online lectures and fun activities that stimulate the reuse and proper disposal of plastic waste, preventing it from being disposed of in inappropriate places.

For more information about our activities, click here to go to our website.
For more information on our work and laboratories, including those related to our outreach project, go to the Instagram page of the EngePol Group (PEQ/COPPE/UFRJ)

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Action name: A Program for Community Business Incubation – Social Innovation in EES (Solidarity Economy Business) Incubators
Coordinator: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contact information: amandaxavier86@gmail.com

About the action: Since its creation, the ITCP/COPPE (Technology Business Incubator for Community Cooperatives) has been working to support community-based enterprises, aiming at meeting the needs of the working class and informal workers, which have historically been marginalized and excluded from social actions developed by the government. The new challenges of today require new techniques and tools. As such, this is a proposal that researches innovative business incubation methodologies for the purpose of improving the activities of the incubated enterprises and providing continuity to the actions developed by ITCP/COPPE. Ultimately, implementing such new methodologies will improve the quality of Solidarity Economy Businesses.

 More information on the ITCP/COPPE/UFRJ website.

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Action name: Espaço COPPE Miguel de Simoni
Coordinator: CLAUDIA MARIA LIMA WERNER
Contact information: werner@cos.ufrj.br

About the action: We promote a guided tour of the Espaço COPPE exhibitions, primarily arranged for high school students from the Rio de Janeiro Metropolitan Area. The visiting groups of students are accompanied by teachers from their corresponding schools. Environments such as Espaço COPPE are driven by science and technology and provide key elements in fostering intrinsically motivated learning. For instance, building personal meaning, taking up challenging tasks, learning to collaborate, and recognizing the positive feelings that come from the efforts we made can potentially induce the formation of new, sometimes more intense bonds.

Espaço COPPE website.

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Action name: QUALITY MANAGEMENT SYSTEM (SQG) and MODELS FOR MANAGEMENT EXCELLENCE (MEG) FOR CIVIL SERVANTS
Coordinator: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contact information: eduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br and karina.andrade@adc.coppe.ufrj.br

About the action: Our course aims to develop, implement, maintain, continuously improve, and internally audit quality management systems as required by the NBR-ISO:9001 standards and to implement good practices in management according to the criteria defined in the Model for Management Excellence (MEG) of the Brazilian Foundation for Quality (FNQ). The course is related to the CONTINUING EDUCATION FOR CIVIL SERVANTS program

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Action name: QUALITY MANAGEMENT SYSTEM (SQG) and MODELS FOR MANAGEMENT EXCELLENCE (MEG) FOR CIVIL SERVANTS AT UFRJ AND OTHERWISE
Coordinator: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contact information: eduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br

About the action: Our course aims to develop, implement, maintain, continuously improve, and internally audit quality management systems as required by the NBR-ISO:9001 standards and to implement good practices in management according to the criteria defined in the Model for Management Excellence (MEG-TR) proposed by SEGES/Brazilian Ministry of Economy. The course is related to the CONTINUING EDUCATION FOR CIVIL SERVANTS program.

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Action name: UBUNTU.lab - Open innovation program in smart cities to reduce racial inequality in Rio de Janeiro
Coordinator: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contact information: matheusoli@hotmail.com

About the action: Project BRA/15/010 – Strengthening and Expanding the National System for Racial Equality is an effort from the Ministry of Women, Family, and Human Rights (MMFDH) and the United Nations Development Programme (UNDP) aimed at decentralizing public policies on racial equality and strengthening and expanding the National System for Racial Equality (Sinapir). The COPPETEC Foundation was one of the organizations selected through the U.Lab project to provide the Local Government of Rio de Janeiro with a government innovation laboratory. Its purpose is to be replicable as a policy to promote racial equality within the Local Sustainable Development Plan at the time of its implementation, as developed by the Office of Planning from the Municipal Chief of Staff's Secretariat (EPL). Within the framework of Sinapir, this project aims to provide the municipality of Rio de Janeiro with a government innovation program that puts black youth at the forefront of technology and is capable of promoting well-being in their daily lives.

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Action name: Support Unit for Social Innovation – USIS
Coordinator:  CARLA MARTINS CIPOLLA
Contact information: carla.cipolla@ufrj.br

About the action: Social innovation is a key aspect to development. The Support Unit for Social Innovation (USIS/UFRJ) is a result of the Latin American Social Innovation Network (LASIN), which is a project funded by the European Commission, aimed at implementing a university-community engagement model based on a combination of curricular and extra-curricular activities, learning materials and tools, practical training, workshops, and mentorship, with its own methodology developed by LASIN, to strengthen the connection of universities with a wider social environment (community groups, NGOs and/or OSCIPS (Civil Society Organizations of Public Interest),

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TítuloObservatório de Bancos Comunitários e Moedas Sociais Digitais UFRJ
Coordenador: LUIZ ARTHUR SILVA DE FARIA
Contato do coordenador: luizart@gmail.com

Resumo: O Observatório de Bancos Comunitários e Moedas Sociais Digitais UFRJ visa visibilizar, fortalecer e refletir sobre tais experiências, seja na promoção de espaços de debate e de ensino-aprendizagem, seja no desenvolvimento de tecnologias com os coletivos envolvidos. Inspira-se na (e em articula-se com a) rede formada por pesquisadores extensionistas iniciada em 2020, o Observatório de Bancos Comunitários e Moedas Sociais (OBM). Este reúne pesquisadores engajados em aliar seus conhecimentos acadêmicos com as atividades práticas de bancos comunitários e moedas sociais do Brasil, nas perspectivas da escuta dos coletivos envolvidos, do engajamento extensionista e da análise das práticas dos coletivos envolvidos. “Bancos Comunitários são serviços financeiros solidários, em rede, de natureza associativa e comunitária, voltados para a geração de trabalho e renda na perspectiva de reorganização das economias locais”. Reúnem práticas e princípios, como a concessão de microcrédito para produção e consumo locais, sempre que possível em moedas sociais (válidas em um território restrito e com paridade com o Real)(https://www.institutobancopalmas.org/o-que-e-um-banco-comunitario/). No Brasil, tais bancos tiveram como experiência pioneira o Banco Palmas (Fortaleza, 1998) e acumulam mais de 150 iniciativas. Com a digitalização de suas moedas sociais, inspiraram e articularam-se com políticas públicas de transferência de renda, notadamente no Estado do RJ.

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Título: MOB4.0 - Hub de planejamento inteligente da mobilidade do estado do Rio de Janeiro
Coordenador: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contato do coordenador: matheusoli@hotmail.com

Resumo: O acesso às tecnologias de comunicação e informação oferece uma gama diversa de instrumentos de coleta de dados capazes de acompanhar o posicionamento de pessoas e objetos no espaço e registrar o seus deslocamentos ao longo do tempo. Compondo este conjunto de instrumentos, destacam-se os dispositivos de IoT (Internet of Things, em inglês e, traduzido para o português, Internet das Coisas), aplicativos, registros de utilização de serviços inteligentes (e.g. cartões, terminais) como potenciais fontes de dados para o planejamento, gestão, operação e monitorização dos serviços de transportes. Nesse contexto, o presente curso tem o propósito de validar o potencial do estado da arte em termos de instrumentos inteligentes de coleta de dados no campo do planejamento da mobilidade urbana para a construção de um ecossistema de planejamento inteligente da mobilidade no Estado do Rio de Janeiro. Metodologicamente, programa de capacitação para a regulamentação, contratação e uso de ferramentas analíticas e bases de dados sobre o mesmo tema se realiza através do desenvolvimento e validação de uma plataforma informacional voltada para o planejamento da mobilidade de forma inteligente, inclusiva e sustentável com foco nos municípios do Estado do Rio de Janeiro e um programa de capacitação para a regulamentação, contratação e uso de ferramentas analíticas e bases de dados sobre o mesmo tema.

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TítuloEAD Baixo Carbono: Energias Renováveis no Oceano
Coordenador: SUZANA KAHN RIBEIRO
Contato do coordenador: skr@pet.coppe.ufrj.br

Resumo: Estamos aumentando o volume de carbono na atmosfera, o que representa um risco para a sociedade, e isso irá gerar um impacto mundial muito grande. No curso de Baixo Carbono, oferecido pela COPPE/UFRJ, vamos apresentar formas de reduzir esse impacto através das soluções de baixo carbono, mostrar a importância e necessidade de se ter tecnologias de baixo carbono.

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TítuloEAD Baixo Carbono: Mudanças Climáticas
Coordenador: SUZANA KAHN RIBEIRO
Contato do coordenador: skr@pet.coppe.ufrj.br

Resumo: Estamos aumentando o volume de carbono na atmosfera, o que representa um risco para a sociedade, e isso irá gerar um impacto mundial muito grande. No curso de Baixo Carbono, oferecido pela COPPE/UFRJ, vamos apresentar formas de reduzir esse impacto através das soluções de baixo carbono, mostrar a importância e necessidade de se ter tecnologias de baixo carbono.

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Action name: “Y’KNOW”?! my camera in my hand and an idea in my head – audiovisual language as free expression in the dialectic construction within the space between university, school and society
Coordinator:  ANDREA MARIA DO NASCIMENTO SILVA
Contact information: andreanascimento@cos.ufrj.br

About the action: All of us from the academic and school community had to adapt ourselves to the use of technological solutions in order to communicate, socialize and engage with each other during the pandemic while aiming towards reproducing a classroom routine. As a result, audiovisual language and the use of portable devices such as smartphones and tablets, which were already a very present reality in our lives, suddenly became fundamental. This proximity was a great motivation that brought to memory the emblematic quote from filmmaker Glauber Rocha – A camera in hand and an idea in my head – which inspired the name of this project and makes us comprehend that our current practice revolves around this idea which represents our current social scenario in the habits of registering and sharing our images, voice messages, our videos, whether directly or indirectly on social media. Therefore, this project aims to meet a technical demand to assist in the production of content regarding the dissemination of research, school work, video lessons, among others, in a way that the audience participating in the project is familiar with the details of audiovisual composition. Emphasizing the use of audiovisual language as a vehicle for learning and sharing knowledge, a dialectical communication where it is important not only to transmit the knowledge generated at universities but also enable society to contribute with its gaze, its action and its criticism.

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Action name: Support for Micro and Small Companies in the state of Rio de Janeiro for the development of sustainable economic trajectories
Coordinator: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contact information: amandaxavier86@gmail.com

About the action: SMEs make up 92% of companies in the State of Rio de Janeiro (RJ) and are responsible for over 50% of formal employment (Brazil, 2020). However, as SMEs face huge challenges, especially due to the extent of the current health, economic and social crisis (CNI, 2021; SEBRAE, 2020), highlighting the dominant economic model, centered around the mass production of material assets and financial statement (Fernandes et al., 2021; Lima & Dias, 2020). In this sense, this project is based on the perspective of the Economy of Functionality and Cooperation (EFC), which aims to provide integrated solutions for assets and services through the cooperation between different territorial actors, abandoning the notion of stability and developing new governance models for companies and territories (Du Tertre et al., 2019). This interactionist approach allows for less consumption of natural resources and a renewal of social bonds, creating resilience for economic relations, which have been so fragile due to the current scenario (Xavier et al., 2021; Roman et al., 2020). This project aims to support Micro and Small companies in the state of Rio de Janeiro in developing sustainable economic trajectories, creating a direct impact on society and the scientific community. To this end, it aims to train, monitor and intervene with business leaders for the transition of their economic model based on the Economy of the Functionality and Cooperation Model.

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Action name: Best Practices on Emotional Care – Knowledge, Coexistence and Learning
Coordinator:  VANDA BORGES DE SOUZA
Contact information: vanda@adc.coppe.ufrj.br

About the action: It is understood that when providing care, one can expand the scope of its action beyond the psychosocial field, therefore also reaching the socioeconomic, academic and employment relations context, among others. Over time, other aspects of the care being provided started to emerge, as a way to survive situations of illness, such as financial care, academic care, care regarding relationship conflicts and challenges, as well as regarding labor due to the difficulty in absorbing and comprehending the new emerging work forms. From then on, it has been necessary to rethink a way to encompass all of these different types of care. In this sense, this project intends to highlight the importance of sharing information that directs and helps individuals in performing actions of care in several mutual commonspaces. Therefore, knowledge, coexistence and learning are a part of two-way street, meaning that each part has something to transmit, learn and improve with the other.

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Action name: Training youngsters for the IT market in Nova Friburgo, an approach through active learning: introduction to Python programming
Coordinator:  EDMUNDO ALBUQUERQUE DE SOUZA E SILVA
Contact information: edmundo@land.ufrj.br

About the action: This course is an action provided for in the Outreach Project: “Hybrid Education: Challenges and perspectives in engineering and basic education”, which is already registered in SIGA, by COPPE. The outreach project registered in SIGA has as one of its goals to create courses in key areas for the development of the State and in accordance with COPPE’s multidisciplinary experience. Through a partnership with the Ideias de Friburgo NGO, which provided the necessary infrastructure (physical space, computers, local staff, etc), a space for training youngsters with a public high school background was created. The idea for the course emerged during the development of programming classes for an advanced course in Artificial Intelligence techniques with a hybrid format based on Project-Based Learning (PBL, FAPERJ project) so that the experience of the PBL project was applied to young students. The course aims to introduce the youngsters to modern computer languages as well as provide essential training in order to enable the public school student to enter the local job market more easily. Selected students have the opportunity to learn programming in practice, based on the Python language, to better understand and try to propose solutions to real problems in the city of Friburgo when possible. The course also aims to provide incentive so that egressed students can continue their studies in additional topics of computer technology.

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Action name: The Dissemination of Nuclear Engineering Applications in the field of environmental sustainability
Coordinator:  INAYA CORREA BARBOSA LIMA
Contact information: inayacorrea@gmail.com

About the action: In its Tenth Edition, BR Marinas’ Environment Week integrates World Ocean Day in its agenda, inserting it within the context of the UN's Ocean Decade. This event is supported by Núcleo de Vida Marinha, Environmental Education Center of Rio de Janeiro's State Environment Department and UNESCO Chair for Ocean Sustainability, bringing awareness to the people of Rio about the importance of the Oceans in mitigating Climate Change, the debate on biodiversity and Ocean potentials, and the integration between Science, Education, Public Policies and Civil Society. Furthermore, nuclear and atomic applications shall be incorporated for the first time as measures to encompass the academic-scientific theme in question. Lastly, we shall hold an Environmental Awareness action which shall be carried out through the promotion of a major Clean-Up Campaign focusing on solid waste in the surroundings of Marina da Glória, including Marine Litter, with the participation of volunteers.

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Action name: Volunteer Drone Pilots
Coordinator: THARCISYO COTTA FONTAINHA
Contact information: tcottaf@gmail.com

About the action: In 2022, disasters caused over 30,704 deaths, affected 185 million people, and induced economic losses of 223.8 billion dollars according to the Centre for Research on the Epidemiology of Disasters (CRED). In Brazil, between 2011 and 2022, specifically in  Rio de Janeiro, there have been 591 disaster occurrences, resulting in 987 deaths, affecting around 3,9 million people and inducing economic losses of over R$3,08 billion (Digital atlas of disasters in Brazil, 2023). Such data demonstrates the importance and complexity of Humanitarian and Disasters Operations (OHD), which involve access to affected areas, coordination of several stakeholders and lack of resources. Thus, the Volunteer Drone Pilots project was created, idealized within the scope of the COPPE/CT/UFRJ Industrial Engineering Program in order to help with the shortage of human and technological resources in disaster response. The project has a technological platform that acts as a facilitator, uniting drone owners, civil defense and other organizations in the development of actions to map areas at risk and affected by disasters, promoting more effective and efficient collaboration between stakeholders in the context of OHD. In this sense, the project works to engage and promote knowledge exchange among the different actors treated as target audience, promoting effective and more efficient OHD, with the integration of different scientific knowledge areas and researchers of different levels who act in OHD.

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Action name: INSILICONET – PROGRAMMING THE FUTURE
Coordinator:  ARGIMIRO RESENDE SECCHI
Contact information: arge@peq.coppe.ufrj.br

About the action: InSilicoNet is a collaboration space where diverse actors from society are invited to bring their technical problems to build, together with academic members, innovative technological solutions based on digital tools. It is structured  as a network of seven Universities of the State of Rio de Janeiro (UFRJ, UERJ, PUC-Rio, UFF, UFRRJ and SENAI CETIQT) and engineering professionals with experience in the area of process systems engineering (PSE). InSilicoNet have a mission to promote the scientific and technological development committed not only to the economic performance, but also to the social and environmental impacts through outreach activities integrated to research and teaching initiatives in PSE, contemplating: a) Learning Factory, which develops skills and abilities of undergraduate and graduate students for collaborative work employing PSE to solve technological, social and environmental problems treatable by digital engineering tools; b) Offering outreach courses that promote competence for developing research, technology and innovation; c) Research and Development Projects integrating undergraduate and graduate students under academic supervision and mentoring by industries, organizations and/or governments.

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Action name: Rede Refugia
Coordinator:  THARCISYO COTTA FONTAINHA
Contact information: tcottaf@gmail.com

About the action: The United Nations High Commissioner for Refugees (UNHCR) reveals that in 2022 the world surpassed the mark of 100 million people in forced displacement, motivated by numerous reasons. In Brazil, since 2011 297.712 requests for the recognition of refugee status have been made. Due to its complexity and high amount of people affected, the humanitarian refugee crisis has to be addressed by governments in partnership with civil society and the private sector, in order to ensure that people in forced displacement have their human rights protected during an effective reception process that is attentive to their needs. Thus, those interested in helping Brazil face its migration crisis, Rede Refugia was created within the scope of the Industrial Engineering Program at COPPE/CT/UFRJ. It is a collaborative technological platform that aims to facilitate the process of reception, protection and integration of these people in forced displacement who are in Brazil. In this way, we seek to strengthen the mutual collaboration processes among refugees, asylum seekers, stateless people, public authorities, private entities, humanitarian organizations and other stakeholders. Through a social innovation process, Rede Refugia aims to foster an environment that favors the implementation of innovative solutions to the problems experienced by people in forced displacement living in Brazilian territory.

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Action name: UFRJ Observatory of Community Bank and Digital Local Currency
Coordinator: LUIZ ARTHUR SILVA DE FARIA
Contact information: luizart@gmail.com

About the action: The UFRJ Observatory of Community Bank and Digital Local Currency aims to make such experiences visible as well as strengthen and reflect on them, whether by promoting spaces for debate and teaching-learning or by developing technologies with the involved groups. It is inspired by (and works in tandem with) the network formed by science outreach researchers which began in 2020, the Observatory of Community Bank and Local Currency (OBM). This network brings together researchers engaged in allying their academic knowledge with the practical activities of community banks and social currency in Brazil, from the perspective of listening to the involved groups, engaging in outreach work and analysing the practices of the groups involved. “Community Banks are solidarity-based financial services, in a network, of an associative and communitary nature, aimed at generating work and income with a perspective of reorganizing local economies”. They bring together practices and principles, such as a microcredit granting for local production and consumption, whenever possible, in social currencies (valid in a restricted territory and at par with the Real)(https://www.institutobancopalmas.org/o-que-e-um-banco-comunitario/). In Brazil, such banks had Banco Palmas (Fortaleza, 1998) as their pioneering experience and accumulated more than 150 initiatives. With the digitalization of their social currencies, they inspired and worked in tandem with public policies for income transfer, notably in the State of RJ.

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Action name: MOB4.0 – Hub of smart planning of the mobility of the state of Rio de Janeiro
Coordinator: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contact information: matheusoli@hotmail.com

About the action: Access to information and communication technologies offers a diverse range of data collection instruments capable of tracking the positioning of people and objects in space and recording their movements over time. Composing this set of instruments, IoT (Internet of Things) devices, applications and records of the use of smart services (e.g. cards, terminals) stand out as potential sources of data for the planning, management, operation, and monitoring of transportation services. In this context, the present course aims to validate the potential of the state of art in terms of intelligent data collection tools within the field of urban mobility planning for the construction of an ecosystem of intelligent mobility planning in the State of Rio de Janeiro. Methodologically, the training program for the regulation, hiring and use of analytical tools and databases on the same topic is carried out through the development and validation of an information platform aimed at planning mobility in an intelligent, inclusive and sustainable way, focusing on the municipalities of the State of Rio de Janeiro.

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Action name: EAD Low Carbon: Offshore renewable energy
Coordinator: SUZANA KAHN RIBEIRO
Contact information: skr@pet.coppe.ufrj.br

About the action: We are increasing the volume of carbon in the atmosphere, which poses a risk to society and will generate a major global impact. In the Low Carbon course, offered by COPPE/UFRJ, we will present ways to reduce this impact through low carbon solutions, showing the importance and need for low carbon technologies.

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Action name: EAD Low Carbon: Climate Change
Coordinator: SUZANA KAHN RIBEIRO
Contact information: skr@pet.coppe.ufrj.br

About the action: We are increasing the volume of carbon in the atmosphere, which poses a risk to society and will generate a major global impact. In the Low Carbon course, offered by COPPE/UFRJ, we will present ways to reduce this impact through low carbon solutions, showing the importance and need for low carbon technologies.

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