Magnífica Reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, professora Denise Pires de Carvalho
Vice-Reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, professor Carlos Frederico Leão Rocha;
Decano do Centro de Tecnologia, professor Walter Issamu Suemitsu;
Diretor da Coppe/UFRJ, professor Edson Watanabe;
Professora Suzana Kahn Ribeiro, que hoje assume o cargo de Vice-Diretora da Coppe/UFRJ.
Professor Emérito da UFRJ e ex-diretor da Coppe, Luiz Bevilacqua
Professor Emérito da UFRJ e ex-diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa
Professor Emérito da UFRJ e ex-diretor da Coppe, Nelson Maculan
Professor Emérito da UFRJ e ex-diretor da Coppe, Paulo Alcântara Gomes
Ex-diretor da Coppe, professor Segen Estefen
Ex-diretor da Coppe, professor Aquilino Senra Martinez
Pró-reitores, decanos, diretores de unidades da UFRJ; Diretores da Coppe; Coordenadores e vice-coordenadores de programas da Coppe; professores, alunos, técnicos –administrativos; representantes de institutos de pesquisa, de órgãos de fomento, de empresas parceiras, colegas e amigos.
Chego ao dia da minha posse como Diretor Geral da COPPE com grande senso de honra, responsabilidade e humildade.
Durante a minha carreira de mais de 36 anos como educador e pesquisador, eu sou muito grato pelos muitos ensinamentos que recebi dos meus alunos, técnico-administrativos, professores e lideranças da COPPE e dessa grande Universidade Pública e Gratuita que é a Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Estou muito feliz de estar aqui cercado pelo Reitora e Vice-Reitor da nossa Universidade (Profs. Denise Pires e Carlos Frederico Leão Rocha), pelo Decano do Centro de Tecnologia, pelos Diretores de Unidades do CT, pelos novos Diretores da COPPE (Suzana Khan, Angela Uller, Lavinia Borges, Vanda Borges, Ericksson Almendra, Fernando Peregrino, Marcello Campos e David Castelo Branco), pelos membros do Conselho Deliberativo e pelos Coordenadores dos Programas de Pós-Graduação da COPPE, por dirigentes, professores, corpo técnico-administrativo, alunos e amigos do NUMATS, da COPPE e da UFRJ, bem como por vários membros da minha família.
Eu agradeço ao Corpo Social e ao Conselho Deliberativo da COPPE pela indicação do meu nome e da Profa. Suzana Kahn para liderar a nossa instituição pelos próximos quatro anos e a nossa Magnífica Reitora, Profa. Denise Pires, pela confiança e confirmação dessa indicação.
Eu agradeço também a minha esposa, Ana Paula Toledo, e aos meus filhos Eduardo e Felipe Toledo. Tenho subtraído, de forma crescente, tempo do nosso convívio familiar em função das diversas atividades e atribuições acadêmicas que tenho exercido nos últimos anos, mas nunca me faltou, nessa jornada, incentivo e apoio incondicional, cumplicidade, carinho e muito amor.
Eu gostaria ainda de pedir licença para dizer “Bom dia, mãe!” e agradecer a minha mãe Ivone Ribeiro Toledo, que se encontra hoje na minha cidade natal, Taperoá, na Paraíba, e que está aqui representada pelas minhas irmãs Fátima e Socorro Toledo. Ela e o meu pai, In Memoriam, Romildo Toledo, cuja educação formal se limitou ao segundo grau, foram incentivadores entusiastas da educação dos seus oito filhos e não pouparam esforços para me apoiar quando eu, o sétimo deles, decidi deixar Campina Grande e o convívio familiar fazer mestrado em Engenharia Civil no Rio de Janeiro no ano de 1984.
Toda minha formação escolar até a graduação foi realizada em escola pública. E aqui faço questão de citar seus nomes: escolas municipais Félix Daltro, Minervino Cavalcanti e Normal, da pequena cidade de Taperoá, onde nasci e vivi até os 14 anos de idade, quando concluí o ensino fundamental. Escola Estadual da Prata, em Campina Grande, conhecida como Gigantão, onde cursei o ensino médio e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em Campina Grande, onde cursei Engenharia Civil.
Embora filho da terra que sou, para onde volto sempre que posso, não resisti ao chamado do Rio de Janeiro. Durante a realização da minha Iniciação Científica na Universidade Federal da Paraíba, o professor João Queiroz, meu orientador na pesquisa, perguntou se eu tinha interesse em me candidatar ao mestrado em Geotecnia na PUC-Rio. Fiquei motivado, embora também assustado com a possibilidade da mudança. Mas aceitei o desafio e candidatei-me. Devo confessar que desafios sempre fizeram parte da minha vida e que nunca me faltou coragem e determinação para enfrentá-los!
Fui selecionado com uma bolsa da Capes e mudei para o Rio de Janeiro. Vivi durante o mestrado na PUC-Rio um período de muita intensidade acadêmica. Era preciso muito esforço do grupo de nordestinos da Paraíba, Pernambuco, Ceará e Bahia, meus queridos amigos Maurício Canuto, Fernando Saboya, Fernando Marinho, Márcio Muniz e Edson Costa, para acompanhar as disciplinas ministradas, já que era notório o desnível de formação regional. Mas nossa dedicação, companheirismo e espírito “festeiro” – sim, fizemos muita “balbúrdia” nesse período – permitiu que suportássemos, até que com muita alegria, esse período intenso de estudos e de crescimento pessoal e profissional. Foi uma ruptura em nossas vidas e isso nos marcou para sempre, definindo nossos caminhos futuros. Com orgulho digo que a maioria desse grupo seguiu carreira acadêmica e hoje são professores destacados em instituições como USP, UNB e UENF ou atuam em empresas de economia mista como Furnas ou em órgãos do Governo.
O passo seguinte foi o doutorado e, mais uma vez, contei com o apoio do estado brasileiro, pois realizei meus estudos na condição de Professor da UFPB, instituição na qual trabalhei entre 1987 e 1998, com o apoio da Capes e do British Council num programa sanduíche PUC/Rio-Imperial College/Londres.
Quero registrar minha gratidão ao Estado e principalmente à sociedade brasileira por essa oportunidade: estudar em instituições públicas que oferecem um ensino de qualidade, para todos, sem distinção. Precisamos defender e lutar pela manutenção e aperfeiçoamento desse modelo: precisamos de Educação Pública, Gratuita e de Qualidade para todos! Acredito que essa política pública é fundamental, pois permite a criação de oportunidades mais justas para a nossa sociedade; permite, por exemplo, a redução das desigualdades, a mobilidade social e a realização de sonhos que a muitos podem parecer, a princípio, impossíveis de serem atingidos. De que outra forma um jovem estudante oriundo de uma pequena cidade, no semi-árido do Nordeste, teria condições de realizar o sonho de uma carreira acadêmica que incluiu ainda a realização de um programa de pós-doutorado na Alemanha e missões de trabalho de longa duração (2-3meses) em países como Espanha, Portugal, Itália e Suíça sem o apoio do Estado? Acredito que muitos que estão aqui hoje tiveram uma experiência similar. Recebemos anualmente, na COPPE e na UFRJ, centenas de jovens de diferentes perfis sociais e partes do país, e também da América Latina, em busca de oportunidades para as suas vidas que só uma formação acadêmica sólida e a vivência em um ambiente plural, diverso, multicultural, com diferentes visões de sociedade, podem garantir. Seguiremos nos próximos quatro anos lutando pela defesa e aperfeiçoamento da Universidade Pública, Gratuita, de Qualidade e Inclusiva! Precisamos resistir!
Quando ingressei na COPPE como docente, em 1999, no Programa de Engenharia Civil, a instituição vivia um período de efervescência acadêmica e de modernização, sob a liderança do então diretor, professor Luiz Pinguelli Rosa, uma referência para todos nós. O Projeto do Complexo I-2000 resultou na reorganização de uma área de 20.000m2 de laboratórios da COPPE e de outras Unidades acadêmicas do CT e foi a base para a modernização dos mesmos. Hoje dispomos, apenas na COPPE, de cerca de 60.000m2 de laboratórios extremamente bem equipados e especializados. Na área de óleo e gás, por exemplo, posso afirmar que temos um dos mais amplos e completo conjunto de laboratórios instalados numa instituição acadêmica no mundo.
Essa infraestrutura tem permitido o desenvolvimento de projetos de pesquisas avançada, que tanto são realizadas em nossos laboratórios quanto em parceria com laboratórios de diferentes unidades do CT e de outros centros da UFRJ. A cooperação entre nossas Unidades e Centros precisa e deve ser incrementada e aperfeiçoada. Trabalharemos com muito empenho para isso!
Uma formação multidisciplinar, de qualidade, é fundamental para que possamos formar profissionais capazes de enfrentar e resolver os atuais desafios impostos pela sociedade moderna. Devemos, portanto, dar a devida atenção a qualidade do ensino, a atualidade das disciplinas que ministramos e ao uso de ferramentas como plataformas digitais para atingirmos esse objetivo. Nosso programa de extensão universitária, uma das funções sociais da Universidade, deve estar integrado à formação dos nossos alunos. Devemos cuidar ainda do bem-estar e saúde mental do nosso Corpo Social. Novos programas para isso serão estabelecidos e os existentes serão apoiados e fortalecidos.
Ressalto ainda a importância de uma maior integração com as outras instituições de ensino e pesquisa do estado do Rio de Janeiro, do país e do mundo, no intuito de ampliar a nossa internacionalização.
Formamos na Coppe cerca de 600 mestres e doutores por ano. Realizamos centenas de projetos de P&D&I com a indústria. Além da área de óleo e gás, já mencionada, atuamos em inúmeras áreas do conhecimento: energias renováveis, mudanças climáticas, tecnologias verdes, engenharia da saúde e do bem-estar social, transformação digital, tecnologia da informação, cidades inteligentes, segurança cibernética, nanotecnologia, infraestrutura e logística, dentre outras. Promovemos pesquisas e buscamos soluções para temas globais e também locais, focados no desenvolvimento do País e no interesse da sociedade brasileira.
Vivemos, no entanto, tempos difíceis. Este ano, o Governo Federal contingenciou mais de R$ 33 bilhões do orçamento da União. Em valores absolutos, o maior bloqueio de verbas discricionárias foi na Educação: cerca de R$ 6,2 bilhões. Na Ciência, Tecnologia e Inovação o contingenciamento foi cerca de R$ 1,9 bilhões. No MCTIC esse contingenciamento representa cerca de 42% do seu orçamento inicial de R$ 5 bilhões que já é menos da metade do orçamento que foi gasto há dez anos.
A Finep também sofre com forte contingenciamento e o CNPq terá problemas para pagar as bolsas de mestrado e doutorado do mês de setembro, se nada for feito para impedir isso. É importante ressaltar ainda que os valores das bolsas atualmente pagas, R$ 1,5 mil para mestrado e R$ 2,2 mil para doutorado, se desvalorizaram em relação ao custo de vida, fazendo com que os pesquisadores de mestrado e doutorado tenham que buscar alternativas para possibilitar quitar as suas contas pessoais.
É justamente nesse contexto de grave escassez de recursos que as universidades públicas, principais centros de pesquisa e produção científica do país, foram recentemente surpreendidas com o Programa Future-se. O programa foi apresentado sem qualquer discussão prévia com a comunidade acadêmica e, em particular, com os Reitores das Universidades. Além disso, o prazo para sua discussão estabelecido na consulta pública lançada pelo MEC foi extremamente curto (até meados do mês de agosto).
Muitas dúvidas surgem numa análise inicial. Uma das mais preocupantes diz respeito a questão constitucional da autonomia universitária, um pilar da Universidade, também de grande importância para a nossa comunidade. Outra questão importante diz respeito ao papel das Organizações Sociais no programa proposto. Teriam elas o papel de substituir a autonomia concedida pelo artigo 207 da nossa Constituição Federal por meio de prioridades definidas externamente?
Estranhamos ainda a ausência das nossas fundações de apoio no programa, já que as mesmas têm prestado relevantes serviços às nossas instituições universitárias e de pesquisa, já que atendem cerca de 130 entidades e gerenciam mais de 5 bilhões de reais por ano de projetos de P&D&I.
Aliás, o modelo Universidade-Fundações de apoio, que no nosso caso chamamos de sistema COPPE-COPPETEC, é responsável pelo sucesso de nossa Instituição. Baseada em três pilares – excelência acadêmica, dedicação exclusiva de professores e alunos e aproximação com a sociedade –, a pós-graduação criada pelo nosso fundador, Prof. Luis Alberto Galvão Coimbra, a quem presto nesse momento as minhas homenagens, inspirou e serviu de modelo para outros cursos de pós-graduação criados posteriormente no Brasil e mudou os rumos do sistema universitário no país.
Os incessantes cortes ameaçam projetos importantes para a C&T&I do país e isso é só a ponta do iceberg com o qual o país poderá colidir se mantiver o rumo atual. É, portanto, imperioso mudar esse rumo! Já está mais do que na hora do Governo entender que os investimentos em C&T&I são essenciais para o desenvolvimento industrial e social do país.
Em três décadas o Brasil passou por um dos maiores processos de desindustrialização do mundo. Esse setor, que chegou a representar 21% do nosso PIB, hoje não passa de 12%. Nos anos 80, o parque industrial brasileiro correspondia a 4,11% da indústria mundial. A China, na época, tinha uma participação de 1,65%. Nos anos 90, a China superou o Brasil e em 2015 já respondia por 1/5 de toda a produção industrial do planeta, de acordo com estudo realizado pelo Brookings Institution.
Praticamente no mesmo período, o Brasil retrocedeu. Em 2014, 50% das exportações brasileiras já estavam restritas a cinco produtos: ferro, soja, açúcar, petróleo e carnes. Como ressaltou o economista sul-coreano Ha Joon Chang em recente entrevista ao El País, “os países dependentes de commodities não conseguem controlar o seu destino”.
Precisamos reverter esse quadro urgentemente. Não queremos copiar o modelo chinês. Mas é importante olhar no entorno. Estar atento aos casos bem sucedidos, as decisões e ações tomadas por países que conseguiram mudar o rumo dos seus rios em direção ao desenvolvimento. Países que conseguiram agregar complexidade aos produtos que exportam para disputar, em pé de igualdade em um mercado global altamente competitivo, e reverter o jogo, conquistando melhorias e qualidade de vida para a sua sociedade.
A China colheu frutos de uma política pública bem concebida e bem implementada: investimentos intensivos em Educação, em Ciência, Tecnologia e Inovação, políticas industriais com metas definidas, cobrança de metas por parte de empresas financiadas pelo governo.
Precisamos contar com o apoio da sociedade brasileira para mudar o rumo do nosso rio. Mostrar à sociedade as competências e forças que já possui, nas quais ela investiu nessas últimas décadas, e que são seus principais aliados para essa virada: as universidades públicas e todo o sistema de Ensino, Ciência e Tecnologia que foi construído com muito esforço em nosso País.
Vamos derreter mitos que vêm sendo divulgados para endossar teses inverídicas em prol de intenções nada republicanas.
Nos países desenvolvidos, a maior parte do dinheiro que financia a Ciência e a pesquisa na universidade não é privado, é público. Inclusive nas universidades que cobram mensalidades. Nos EUA, 60%, de acordo com dados da National Science Foundation (NSF), e na Europa 77%, segundo estatísticas da União Europeia. No Canadá, 55% a 60% e na China, 40% a 45%.
No Brasil, 81% dos cursos de pós-graduação estão na rede pública e 19% na rede privada. Das 50 instituições brasileiras que mais produziram trabalhos científicos nos últimos cinco anos, 43 são universidades públicas. Das top 10 da lista, todas são públicas. Para nosso orgulho, uma delas é a nossa universidade: a UFRJ.
Aproveitamos esse momento para colocar a Coppe à disposição do País. Está no DNA da Coppe. Gostamos de desafios! Aprendemos com o nosso fundador, professor Coimbra, que sonhou e criou uma instituição de ensino e pesquisa disposta a contribuir com soluções para problemas da sociedade brasileira e para o desenvolvimento do País.
Foi assim, em 1977, quando a Petrobras e a Coppe assinaram o primeiro grande convênio de cooperação celebrado entre a empresa e uma universidade, dando início a uma parceria duradoura que ajudou a mudar a face da indústria brasileira de petróleo. E tem sido assim em muitos setores.
Hoje, temos novos desafios. A Engenharia é cada vez mais demandada, por praticamente todas as áreas do conhecimento e setores da economia para prestar sua contribuição, seja por meio de inovações tecnológicas, de soluções que possam servir à medicina, à redução de impactos ambientais, à mobilidade urbana, dentre muitas outras.
Temos maturidade científica! Nas últimas décadas a produção científica brasileira cresceu de forma expressiva e hoje ocupamos a 13ª posição no ranking dos países que mais publicam. Temos agora que transformar conhecimento em riqueza e em inclusão. Precisamos promover na COPPE e na UFRJ um ecossistema de inovação que permita a criação de número crescente de empresas de base tecnológica (Spin off universitárias) com a participação dos pesquisadores de alta qualificação aqui formados e que resultem na valorização do conhecimento científico e tecnológico da nossa Instituição.
Sim, vivemos tempos difíceis e para superá-los não podemos ter medo. Como tão bem o definiu o escritor e poeta moçambicano Mia Couto em seu texto Murar o Medo, “o que era ideologia passou a ser crença. O que era política, tornou-se religião. O que era religião, passou a ser estratégia de poder. Para fabricar armas, é preciso fabricar inimigos. Para produzir inimigos, é imperioso sustentar fantasmas… Para enfrentarmos as ameaças globais, precisamos de mais exércitos, mais serviços secretos e a suspensão temporária da nossa cidadania… O sentimento que se criou é o seguinte: a realidade é perigosa, a natureza é traiçoeira e a humanidade, imprevisível…Vivemos como cidadãos e como espécie, em permanente situação de emergência. Como em qualquer outro estado de sítio, as liberdades individuais devem ser contidas, a privacidade pode ser invadida e a racionalidade deve ser suspensa”
Mas como homens desse tempo, não podemos fugir dele. Muitos dizem que sou otimista, que sou sonhador. É que na minha vida aprendi que para realizar é preciso antes sonhar, ter sob a mira utopias. Cabe a nós enfrentarmos os desafios e construir um futuro sem medo. Peço, então, emprestadas as palavras de Eduardo Galeano para definir utopia: “ela está no horizonte. E se está no horizonte, nunca vamos alcançá-la. Porque se caminho dez passos, a utopia vai se distanciar dez passos, e se caminho vinte passos, a utopia vai se colocar vinte passos mais além. Ou seja, sei que jamais vou alcançá-la. Então para que serve? Para isso, para caminhar.”
Assim, encerro convidando a todos para caminharmos juntos e unidos…