Coppe e Faperj promovem seminário sobre pirólise, energia e sustentabilidade

O Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG) da Coppe/UFRJ, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), promove no próximo dia 7 de dezembro, a segunda edição do Seminário Pirólise, Energia e Sustentabilidade. 

Durante o encontro serão debatidos, entre outros assuntos, a tecnologia da pirólise no Brasil e no mundo; a otimização energética dos processos de pirólise e o beneficiamento de produtos; a questão dos resíduos, seu tratamento e os lixões; a geração de energia e a produção de equipamentos.

A pirólise é uma tecnologia de transformação de um resíduo em um produto com potencial energético. Esse produto pode ser um gás, um líquido ou um sólido, a depender do tipo de pirólise. Muito usada na indústria para produção de carvão vegetal, reprocessamento de pneus, obtenção de óleos e gases combustíveis, dentre outros usos. Os benefícios dessa tecnologia e dos produtos gerados por sua aplicação são grandes, dos pontos de vista econômico e ambiental.

O uso da pirólise na indústria é amplo, como para produção de carvão vegetal, reprocessamento de pneus para obtenção de óleos e gases combustíveis e na fabricação de fibra de carbono. O processo também é utilizado no tratamento do lixo antes do descarte e para a obtenção de biocombustíveis. O evento, gratuito, será realizado no auditório do Centro de Tecnologia (CT), no 2º andar do Bloco A do CT, das 9 às 15 horas e também terá transmissão pela plataforma Google Meet. Inscrições neste link

Coppe recebe comitiva da Prio – Petro Rio

A Coppe/UFRJ recebeu nesta terça-feira, 28 de novembro, uma comitiva da Prio (antiga Petro Rio), a maior empresa independente de produção de óleo e gás do Brasil e uma das maiores do mundo. A Prio opera cinco campos de óleo e gás (Polvo, Frade, Wahoo, Tubarão-Martelo e Albacora Leste), produzindo 100 mil barris de óleo por dia.

Durante o encontro, foram apresentados possíveis temas para parceria, como o descomissionamento sustentável de estruturas offshore; descarbonização de offloading; ferramentas para análise de risco e prevenção; captura de carbono e extensão da vida útil de poços em exploração.

A comitiva foi recebida pela diretora de Tecnologia e Inovação da Coppe, professora Marysilvia Costa, e pelo diretor do Centro de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono, Alfredo Renault.

Professores e pesquisadores de oito laboratórios da Coppe participaram da reunião: Centro de Estudos e Pesquisas de Engenharia para Desastres (Ceped); Laboratório de Ensaios Não Destrutivos, Corrosão e Soldagem (LNDC); Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce); Laboratório de Ondas e Correntes (LOC); Laboratório de Recuperação Avançada de Petróleo (LRAP); Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS); Núcleo Rogerio Valle de Produção Sustentável (Sage) e Sistema Base de Hidrodinâmica Ambiental (SisBahia).

Coppe organiza workshop sobre eólica offshore e hidrogênio

O Grupo de Energias Renováveis no Oceano (GERO) da Coppe/UFRJ organiza na terça-feira, 5 de dezembro, o Workshop Offshore Wind and Hydrogen. O evento contará com nomes importantes de empresas nacionais e internacionais, instituições governamentais e também da Coppe, para uma discussão sobre o mercado de geração de energia eólica offshore e da produção de hidrogênio de baixa emissão, a partir dessa fonte de energia limpa e renovável.

No workshop serão apresentados os principais resultados de um projeto de pesquisa para o desenvolvimento de uma ferramenta para o cálculo de produção de hidrogênio a partir da eólica offshore e análise de viabilidade econômica e técnica, realizado pelo GERO, sob coordenação do professor Segen Estefen, do Programa de Engenharia Oceânica (PEnO). Este projeto foi contratado pela TotalEnergies.

De acordo com o professor Milad Shadman (PEnO), integrante do projeto, “a ferramenta inclui um algoritmo que considera diferentes aspectos de produção de hidrogênio incluindo layout do parque eólico, controle de potência, modelo eletroquímico do eletrolisador, dessalinizador e compressor, podendo ser aplicado em qualquer local. Os principais inputs são dados relativos ao vento, capacidade do parque eólico e dos eletrolisadores. As saídas incluem produção de hidrogênio por segundo, fator de capacidade do parque eólico e dos eletrolisadores, produção anual de hidrogênio e os mapas de distribuição espacial do potencial e do custo nivelado no local de estudo”.

“Produzir hidrogênio a partir de eólica offshore já é o presente”

Para o workshop, foram convidados representantes do governo, os grupos de pesquisa que atuam nessa área específica, as empresas que já têm projetos pilotos em operação e os fornecedores dos eletrolisadores e soluções para armazenamento e transporte de hidrogênio. “A ideia é mostrar o potencial do Brasil, apresentar as iniciativas dos governos federal e estadual, e discutir os desafios técnicos das turbinas eólicas flutuantes e produção de hidrogênio a partir dessa fonte. Vamos mostrar a importância do desenvolvimento das turbinas eólicas flutuantes para o Brasil e como esse potencial pode ser aproveitado para a produção de hidrogênio de baixa emissão. É fundamental ter projetos pilotos no mar para que possamos identificar os gargalos técnicos e aperfeiçoar o sistema para aumentar o nível de maturidade tecnológica dessas tecnologias disruptivas no Brasil. Assim podemos diminuir o custo nivelado de energia e comercializar essas tecnologias”, conclui o professor da Coppe.

De acordo com Milad, o projeto, que contou também com a participação de pesquisadores do Laboratório de Hidrogênio (LabH2) e do Laboratório de Fontes Alternativas de Energia (Lafae) permitiu ainda a identificação dos gargalos técnicos do processo como “compressores de hidrogênio, efeito de esteira das turbinas eólicas, estratégia de controle de potência, parques conectados à rede elétrica, armazenamento de energia em baterias, e fator de capacidade dos eletrolisadores, o que deve ser feito como os próximos passos para aperfeiçoar o processo como um todo”.

Segundo o professor Milad, o estudo foi aplicado na região do Porto do Açu (RJ) considerando uma área de 50km de raio a partir desse porto. “Foram considerados dois cenários: produção de hidrogênio offshore, onde o hidrogênio é transportado à costa por dutos submarinos, e cenário onshore onde a energia elétrica é transmitida para a costa para a produção de hidrogênio onshore. Observamos que o custo nivelado de hidrogênio ficou abaixo da média global e que a depender da distância da costa o cenário offshore pode ser mais interessante em custo/benefício”.

O evento contará com a presença de representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), do secretário estadual de Energia e Economia do Mar, Hugo Leal; Daniel Faro, gerente geral de geração renovável da Petrobras; Gustavo Andrade, superintendente-adjunto da Empresa de Pesquisa Energética (EPE); Katherine Dykes, head de energias renováveis da Danmarks Tekniske Universitet (DTU); além dos professores da Coppe Milad Shadman (coordenador do evento) e Segen Estefen (diretor-geral do INPO), ambos do Programa de Engenharia Oceânica (PEnO); e Paulo Emílio de Miranda (presidente da ABH2), do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (PEMM); e representantes da indústria de eólica offshore flutuante como Principle Power, EDF, entre outros, e do hidrogênio (eletrolisadores, armazenamento e transporte).

O evento será híbrido, podendo ser acompanhado presencialmente ou de maneira remota. Para maiores informações, custos e inscrições, acesse: https://sobena.org/inscricao/workshop-de-eolica-offshore-e-hidrogenio-de-baixa-emissao.

O workshop é coorganizado pela Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena), pela Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO), e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Society for Underwater Technology (SUT) e dos governos britânico e francês.

Coppe assina acordo com a China National Offshore Oil Corporation (CNOOC), para criação de laboratório conjunto

A Coppe/UFRJ assinou acordo com a China National Offshore Oil Corporation (CNOOC), empresa petrolífera chinesa, e seu instituto de pesquisa, o CNOOC Research Institute, para o estabelecimento do Laboratório em Conjunto de Tecnologia Offshore. A assinatura foi realizada nesta terça-feira, dia 14 de novembro, pela diretora de Inovação e Tecnologia da Coppe, professora Marysilvia Costa, e pelo engenheiro chefe adjunto de Engenharia Geológica da CNOOC, Mi Lijun, que também é o gerente geral do CNOOC Research Institute.

No dia 17, a Coppe recebeu a visita do vice-presidente executivo de Inovação, P&D, Digital e TI da Eletrobras, Juliano de Carvalho Dantas, que se reuniu com um grupo de professores que lideram pesquisas voltadas para áreas de interesse da empresa, no intuito de fechar parcerias. Cinco grupos de pesquisa apresentaram suas atividades ao executivo da Eletrobras.

Saiba como anda a produção de pesquisa em Engenharia desenvolvida pela Coppe/UFRJ em prol da sociedade. O que está sendo feito pela Coppe e o que vem por aí, todas as sextas-feiras, às 10h, com reapresentação às 15h. Também disponível nas principais plataformas e aplicativos de streaming. Visite nosso site (http://coppe.ufrj.br/) e nos siga nas redes sociais.

Realização: Assessoria de Comunicação da Coppe/UFRJ
Coordenação e locução: Roberto Falcão, Bruno Franco e Renata Felippe
Produção jornalística: Carlos Ribeiro e Diogo Ferraz
Gravação e edição de áudio: Gabriel Savelli
Apoio e estúdio de gravação: Laboratório de Produção Multimídia (LPM) da Coppe/UFRJ

Laboratório da Coppe atua em monitoramento de calor e ar no Complexo da Maré

Hoje, dia 24 de novembro, será realizado o lançamento da publicação “Diagnóstico sobre Ilhas de Calor e Qualidade do Ar nas 16 Favelas da Maré”, que é fruto de uma pesquisa realizada para a organização Redes da Maré, e contou com a participação do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe/UFRJ. A pesquisa faz parte do projeto Respira Maré, cuja coordenação produziu a publicação em parceria com o Instituto Clima e Sociedade (ICS). O lançamento ocorrerá, às 14 horas, no Espaço Normal, na Rua 17 de fevereiro, 237, Parque Maré.

Para identificar quais são as áreas mais quentes da região, bem como as que apresentam maiores índices de poluição do ar, cinco agentes ambientais que atuam no projeto coletaram dados entre março e setembro do presente ano. O pesquisador do Lamce/Coppe, Fabio Hochleitner, diz que o objetivo é avaliar fontes internas e externas de gases poluentes, como dióxido de carbono, monóxido de carbono, aldeídos, dióxido de nitrogênio e dióxido de enxofre, entre outros.

De acordo com Fabio, nesta fase inicial os agentes do projeto mapearam as emissões da região, e para avaliar a intensidade, os índices foram comparados com os da equipe do laboratório, que são dados de referência coletados pela estação de qualidade do ar do próprio Lamce. A estação está instalada na parte externa do laboratório, junto ao litoral do Parque Tecnológico da UFRJ, sem edificações muito próximas, o que propicia uma coleta de dados sobre fontes que não sofrem muitas interferências sem ser as da própria natureza. Como a Cidade Universitária é vizinha do Complexo da Maré, os índices obtidos na região deveriam ser próximos aos captados pela estação do Lamce no campus da UFRJ, e a diferença entre eles é que permite avaliar situação do complexo da Maré, cujo diagnóstico é otimizado por meio de modelagem computacional.

“Essa é uma primeira etapa para poder caracterizar a formação de ilhas de calor na região. Ou seja, áreas que, por conta de características meteorológicas e de poluição, concentram o calor de forma mais intensa e não conseguem dispersar esse calor ao longo da noite. Isso depende das questões ambientais, bem como da dinâmica de urbanização e cobertura do solo da região”, explica o pesquisador do Lamce, que é coordenado pelo professor Luiz Landau, do Programa de Engenharia Civil da Coppe.

Como parte da programação do evento haverá uma mesa de debate que contará com a presença da secretária de Meio Ambiente e Clima do Rio de Janeiro, Tainá de Paula. Também será apresentado e estudo “Análise de Riscos e Vulnerabilidades Climáticas”, realizado pela WayCarbon, que avalia três fenômenos climáticos que colocam em risco o território da Maré, que são ondas de calor, inundações e aumento do nível do mar.

Coppe abre inscrições para mestrado e doutorado

A Coppe/UFRJ está com inscrições abertas para os cursos acadêmicos dos nove dos seus treze programas de pós-graduação stricto sensu que, na área de Engenharia, são os mais bem avaliados do Brasil pela Capes. Os alunos aprovados passarão a fazer parte de um seleto grupo que se qualifica em um dos maiores centros de Ensino e Pesquisa em Engenharia da América Latina, que conta com cerca 350 professores doutores e mais de 150 laboratórios – um dos maiores complexos de laboratórios da região no campo da Engenharia, no qual são realizadas pesquisas de ponta.

Os cursos são: Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Engenharia de Nanotecnologia, Engenharia Oceânica, Engenharia de Produção, Engenharia Química, Engenharia de Sistemas e Computação, e Engenharia de Transportes. Em breve abrirão as inscrições para os cursos de Engenharia Biomédica, Engenharia Civil, Engenharia Nuclear, e de Planejamento Energético.

Programas em áreas transversais estratégicas

Os novos alunos terão a oportunidade de interagir com pesquisadores de diversos programas da Coppe e de seus parceiros nacionais e internacionais, além de utilizar diferentes ambientes físicos de pesquisas. Durante seus estudos, eles poderão atuar com pesquisas aplicadas para solucionar problemas complexos da atualidade, envolvendo, por exemplo, Engenharia da Saúde, Transição Energética, Inteligência Artificial (IA), e Cidades Inteligentes. Trata-se de um diferencial da Coppe, atuação interdisciplinar em áreas transversais, possibilitando atingir resultados mais significativos para a sociedade.

Alta qualificação para o mercado de trabalho

A exemplo de boa parte dos mais de 12 mil mestres e 5 mil doutores já formados pela Coppe, os alunos da instituição têm a oportunidade de receber bolsas (remuneração para pesquisa) de agências de fomento, tais como Capes, CNPq e Faperj. Além disso, ao realizar seus estudos, eles poderão lidar com casos reais de grandes empresas e instituições públicas e privadas, sejam elas brasileiras ou internacionais, que firmam convênios para desenvolvimento de novas tecnologias. São parcerias que permitem complementar o valor da bolsa e que contribuem ainda mais para a sua formação, já que propicia maior habilidade para lidar com desafios atuais e futuros da sociedade, possibilitando a criação de produtos e serviços inovadores.

Excelência Acadêmica

O grau de excelência acadêmica da Coppe contribui para que anualmente inúmeros de seus alunos e professores sejam premiados por instituições públicas, associações e empresas privadas, em função das pesquisas científicas realizadas. Muitos docentes atuam em comitês e entidades de pesquisa de vários países e de órgãos multilaterais, como os internacionais Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU e Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), além do Centro China–Brasil de Mudança Climática e Tecnologias Inovadoras para Energia, que foi criado e é presidido pela própria Coppe e pela Universidade de Tsinghua.

Incentivo ao empreendedorismo e a inovação

Por estar atenta à importância da inovação, a instituição criou o Conexão Coppe-I, que é um espaço colaborativo dedicado também ao empreendedorismo. Neste ambiente, alunos de diferentes programas podem se reunir para trocar novas ideias e descobrir oportunidades para a criação de produtos inovadores e aproveitar do benchmarking com profissionais empreendedores. Para aqueles que se sentirem motivados a transformar os resultados de suas pesquisas em negócio, a Coppe oferece apoio operacional por meio do seu Ecossistema de Inovação que, além dos laboratórios da Coppe, mentoria técnica e o escritório Inova Coppe-EQ, oferece o ambiente adequado através de sua Incubadora de Empresas, onde os novos empreendedores terão suporte para amadurecer sua startup, deixando-a apta para ser lançado no mercado.

Entre tantos diferenciais que um aluno tem ao estudar na Coppe, destaca-se também a possibilidade de interagir com os centros de pesquisas de grandes empresas instaladas no Parque Tecnológico da UFRJ, das quais muitas são multinacionais.

Os procedimentos para se inscrever em um dos cursos da Coppe, e participar do processo seletivo estão disponíveis no site da instituição: https://coppe.ufrj.br/ingressar

Coppe recebe visita do reitor da Universidade de Oslo

A UFRJ recebeu, em 8 de novembro, a visita do reitor da Universidade de Oslo, Svein Stølen, com o objetivo de estabelecer uma cooperação entre as duas instituições, e um dos locais percorridos foi o Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia, o Lamce, da Coppe. Participaram do encontro, pela Coppe, a diretora, professora Suzana Kahn; o vice-diretor, professor Marcello Campos; a diretora de Tecnologia e Inovação, professora Marysilvia Costa; e o diretor do Centro de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono, Alfredo Renault.

A terceira edição do Simpósio Nacional de Nanobiotecnologia reuniu na Coppe estudantes e pesquisadores de todo o país entre 8 e 10 de novembro. Foram apresentados oitenta e cinco trabalhos sobre aplicações tecnológicas em nanomedicina, nanomateriais, nanotoxicologia e nanocosméticos.

Saiba como anda a produção de pesquisa em Engenharia desenvolvida pela Coppe/UFRJ em prol da sociedade. O que está sendo feito pela Coppe e o que vem por aí, todas as sextas-feiras, às 10h, com reapresentação às 15h. Também disponível nas principais plataformas e aplicativos de streaming. Visite nosso site (http://coppe.ufrj.br/) e nos siga nas redes sociais.

Realização: Assessoria de Comunicação da Coppe/UFRJ
Coordenação e locução: Roberto Falcão, Bruno Franco e Renata Felippe
Produção jornalística: Carlos Ribeiro e Diogo Ferraz
Gravação e edição de áudio: Gabriel Savelli
Apoio e estúdio de gravação: Laboratório de Produção Multimídia (LPM) da Coppe/UFRJ

Coppe e Eletrobras discutem parcerias para projetos de desenvolvimento tecnológico

A Coppe/UFRJ recebeu hoje, dia 17 de novembro, a visita do vice-presidente executivo de Inovação, P&D, Digital e TI da Eletrobras, Juliano de Carvalho Dantas, que se reuniu com um grupo de professores que lideram pesquisas voltadas para áreas de interesse da empresa, no intuito de fechar parcerias. Os projetos já executados, assim como os que estão em andamento, despertaram a atenção do executivo da Eletrobras, que falou brevemente da busca da empresa em colaborar com os seus mais de 2 mil clientes corporativos, incluindo novas tecnologias como uma das formas. A reunião foi conduzida pela diretora da Coppe, professora Suzana Kahn; pela diretora de Tecnologia e Inovação, professora Marysilvia Costa; e pelo diretor do Centro de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono, Alfredo Renault.

Durante o encontro, que contou também com a participação do professor Thiago Aragão, diretor-adjunto de Tecnologia e Inovação da Coppe, a professora Suzana explicou que a instituição tem ampliado a integração entre os seus programas e que alguns projetos são importantes para acelerar este processo. Além disso, destacou a necessidade e a importância de ter mais ações voltadas para aumentar a participação de alunos nestes projetos.

Foram cinco os grupos que apresentaram suas atividades de pesquisa ao executivo da Eletrobras, que esteve acompanhado pela gerente de Escritório de Projetos de P&D, Fabiana Teixeira; e pelo gerente do Centro de Excelência de Robotização Industrial, Carlos Eduardo. Representando o Grupo de Simulação e Controle em Automação e Robótica (GSCAR) da Coppe, o professor Alessandro Jacoud, do Programa de Engenharia Elétrica (PEE), apresentou os seis robôs desenvolvidos no âmbito do grupo e adiantou que está sendo implantado um Centro de Drones na Coppe, em parceria com a Petrobras. Também do PEE/Coppe, o professor Edson Watanabe falou sobre o programa de Soluções de Resiliência Elétrica que tem, entre as ações, o desenvolvimento de controladores híbridos para solucionar e estabilizar redes elétricas após perturbações. O programa é executado por pesquisadores de três laboratórios: Laboratório de Fontes Alternativas de Energia (Lafae), Laboratório de Eletrônica de Potência (Elepot) e Laboratório de Sistema de Potência (Laspot).

As pesquisas e atuações do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe foram apresentadas pelos professores Alexandre Evsukoff e Luis Paulo Assad, do Programa de Engenharia Civil (Pec). Foram destacados os trabalhos de visualização científica e de sensoriamento remoto realizados pelo laboratório, um sistema desenvolvido para previsão de demandas de energia na região Sudeste (Ceaire), e também as atividades de modelagens ambientais que preveem impactos das mudanças climáticas e podem ser úteis para gerir hidrelétricas.

Os professores Antonio Carlos Fernandes e Rodrigo Soares, do Programa de Engenharia Oceânica (Peno) da Coppe, apresentaram o Laboratório de Ondas e Correntes (Loc), mais especificamente o projeto em andamento para implantação de ilhas solares flutuantes no Brasil, que podem ser usadas em lagos, represas e barragens. Já o professor Miguel Elias Campista, também do PEE/Coppe, falou de uma gama de pesquisas já realizadas pelo Grupo de Teleinformática e Automação (GTA), das quais algumas voltadas para a Internet das Coisas e para a troca de dados e informações de forma segura. Ele destacou ainda um projeto de monitoramento de ambientes a partir do som detectado, para ser utilizada como uma ferramenta de manutenção preditiva e preventiva.

Coppe assina acordo com a petrolífera chinesa CNOOC

A Coppe/UFRJ assinou acordo com a China National Offshore Oil Corporation (CNOOC), empresa petrolífera chinesa, e seu instituto de pesquisa, o CNOOC Research Institute, para o estabelecimento do Laboratório em Conjunto de Tecnologia Offshore. A assinatura foi realizada nesta terça-feira, dia 14 de novembro, na Coppe, na Cidade Universitária, no Rio de Janeiro, pela diretora de Inovação e Tecnologia da Coppe, professora Marysilvia Costa, e pelo engenheiro chefe adjunto de Engenharia Geológica da CNOOC, Mi Lijun, que também é o gerente geral do CNOOC Research Institute.

A diretora da Coppe, professora Suzana Kahn, conduziu a cerimônia e reafirmou a missão da instituição com o ensino, a pesquisa e a inovação. “Este é um momento que vem na sequência de outras iniciativas que tomamos este ano, como o Centro de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono, o Centro de Inteligência Artificial e o Centro de Soluções em Engenharia da Saúde”, comentou a professora Suzana. “Será uma oportunidade para trabalharmos em conjunto em um importante campo de pesquisa, com benefício para todos os envolvidos”, avaliou a professora Marysilvia Costa.

A comitiva em visita ao LabOceano da Coppe

O acordo também foi comemorado pelo engenheiro chefe adjunto de Engenharia Geológica da CNOOC. “Estamos muito felizes pela oportunidade de trabalharmos juntos, novamente, e vamos poder desenvolver vários projetos nesta área de offshore, aumentando a parceria que já temos”, comentou Mi Lijun, também na qualidade de gerente geral do CNOOC Research Institute.

Também participaram da cerimônia o diretor do Centro de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono, Alfredo Renault, e a representante do Centro China-Brasil, Rejane Rocha. Antes da assinatura do acordo, foram apresentados os trabalhos desenvolvidos pela Coppe e pelo CNOOC Research Institute, assim como pela CNOOC. A apresentação das instituições chinesas foi feita pelo presidente do Departamento de Pesquisa em Exploração e Desenvolvimento do CNOCC Research Institute, Fan Tingen, pelo qual também esteve presente o engenheiro chefe de estruturas do Departamento de Pesquisa em Engenharia, Li Da.

A delegação chinesa ainda foi integrada pelo gerente geral do Departamento de Tecnologia e Informação da CNOOC, Shan Togwen; pelo gerente de Perfuração e Tecnologia do Departamento de Tecnologia em Engenharia da CNOOC, Gu Chunwei; pelo gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da CNOOC Brasil, Feng Junkai; pelo gerente de Assuntos Gerais da CNOOC Brasil, Lin Qingyi; e pelo professor Duan Menglan, da Universidade de Tsinghua.

A comitiva conheceu as facilidades de visualização propiciadas pelo Lamce da Coppe

Pela Coppe, foram apresentados nove laboratórios: Laboratório de Controle em Computação e Robótica (Labcon), pelo professor Ramon Costa; Laboratório de Corrosão (Labcorr), pelo professor José Antônio Ponciano Gomes; Laboratório de Análise e Confiabilidade de Estruturas Offshore (Laceo), pelo professor Luis Volnei Sagrilo; Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce), pelo professor Alexandre Evsukoff; Laboratório em Simulação em Métodos de Engenharia (Lasme), pelo professor Su Jian; Laboratório de Ensaios Não Destrutivos, Corrosão e Soldagem (LNDC), pelo professora Marysilvia Costa; Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS), pelo professor Segen Estefen; Núcleo Avançado de Computação de Alto Desempenho (Nacad), pelo professor Fernando Rochina; e o Núcleo de Estruturas Oceânicas (Neo), pelo professor Murilo Vaz.

Após, a solenidade da assinatura do acordo, a comitiva da CNOOC visitou cinco instalações da Coppe: o Instituto China-Brasil de Tecnologia Submarina, o Laboratório de Análise e Simulação de Métodos (Lasme),.o Centro de Pesquisas e Caracterização de Petróleo e Combustíveis (CoppeComb), o Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano), e o Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce).

III Simpósio Nacional de Nanobiotecnologia encerra com premiação e perspectivas de fomentos

Durante três dias, a terceira edição do Simpósio Nacional de Nanobiotecnologia reuniu na Coppe/UFRJ estudantes e pesquisadores de todo o país promovendo palestras, fomentando iniciativas empreendedoras e discussões para o desenvolvimento e aprimoramento da área de Nanobiotecnologia, seus aspectos legais, de regulamentação e certificação. Entre os dias 8 e 10 de novembro, foram apresentados 85 trabalhos sobre aplicações tecnológicas em nanomedicina, nanomateriais, nanotoxicologia e nanocosméticos.

Sediado pelo Programa de Engenharia da Nanotecnologia da Coppe (PENt), a edição estava agendada para acontecer em 2020. Mas, devido à pandemia, só pode ser realizada neste ano, no auditório do Centro de Tecnologia 2 (CT2), na Cidade Universitária.

A abertura do evento, na quarta-feira (8), contou com a participação da pesquisadora da UFMG, Lidia Andrade, cofundadora do Grupo de Pesquisa em Nanobiomedicina da UFMG, que realizou a primeira edição do simpósio, em 2016. Segundo ela, a ideia do primeiro simpósio surgiu de uma percepção que seu grupo de pesquisa teve ao longo de pequenos seminários e workshops, os quais tinham o objetivo de promover uma interlocução entre as mais diversas áreas do conhecimento entre as Ciências da Vida e Biomédica e Ciências Exatas e da Terra. “Aqueles pequenos eventos tiveram uma aceitação muito boa, e revelaram uma demanda reprimida de especialistas buscando essa interdisciplinaridade para desenvolver aplicações biomédicas dos nanomateriais”, contou.

Medicina do futuro

O coordenador do Programa de Engenharia da Nanotecnologia (PENt), Tiago Balbino, fez palestra sobre nanomedicina, apresentando alguns exemplos de biossensores, de medicamentos e de métodos alternativos que estão sendo desenvolvidos na Coppe e em processo de patenteamento. Com estudos na área da microfluídica, ele explicou como essa tecnologia de manipulação de fluidos em microescala pode contribuir com as melhorias nos processos da medicina. Várias atividades feitas em laboratórios convencionais, em atividades consecutivas, poderão ser realizadas em dispositivos miniaturizados, nanoestruturados e de forma automatizada. “O que se vislumbra com a medicina do futuro é a utilização destes dispositivos portáteis para o diagnóstico médico”, disse. Chamados de laboratórios-em-chip, eles serão capazes de realizar múltiplas análises, cerca de 50 exames médicos, em 15 minutos, utilizando apenas uma gota de sangue. “Esses dispositivos já existem e a tendência é que tenham cada vez mais funcionalidade e possam fazer o diagnóstico de mais elementos biológicos”, explicou. Outros dispositivos, chamados de órgãos-em-chip, servirão para avaliação biológica aprimorada. “A ideia é que se possa tornar esses dispositivos dinâmicos com diferentes tipos celulares, como vemos nos modelos in vivo, e que possamos ter cada vez menos cobaias em laboratórios”.

Políticas Públicas
O público também foi apresentado à visão sistêmica e estratégica do Governo Federal para a Nanotecnologia. Em palestra no segundo dia do evento, o tecnologista sênior e coordenador-geral de tecnologias habilitadoras do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), Felipe Bellucci, falou sobre a governança, a infraestrutura e as políticas públicas fomentadas para a nanotecnologia, como o Programa de Inovação em Grafeno (InovaGrafeno) e os projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional: o PL nº 880, de 2019, instituindo o Marco Legal da Nanotecnologia e Materiais Avançados no Brasil; e o Projeto de Lei Complementar nº 23 de 2019, que inclui empresas de suporte, analises técnicas e tecnológicas, pesquisa e desenvolvimento de nanotecnologia entre aquelas que podem aderir ao regime tributário simplificado. “Estamos nesse momento implantando o Laboratório de Material Avançado e Minerais Estratégicos – GraNioTer (Grafeno, Nióbio e Terras raras) em Belo Horizonte (MG), cujo objetivo é criar um hub de conexões no ecossistema de materiais avançados e nanotecnologia no brasil e colaborar com a aproximação entre ecossistema e o mercado, com inauguração prevista para 2024”, falou.

Produção científica X desafios no ecossistema de inovação
Mediada pelo professor do PENt Sergio Camargo, a mesa-redonda realizada no último dia do evento promoveu debate sobre estruturação de empresas de base tecnológica; patentes acadêmicas e o impacto no ecossistema de inovação; o panorama de interação PDI-mercado sob a ótica de empresa de base tecnológica; e a importância das agências de fomento em PDI.

O debate contou com a participação da professora da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFRJ (FACC) e vice-coordenadora da Incubadora de Negócios de Impacto Social e Ambiental (Inyaga), Kelyane da Silva; do sócio fundador da Magtech Brasil, uma startup nascida na UFRJ, Marcel Martins; e do diretor de Tecnologia da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e professor do Programa de Engenharia Nuclear da Coppe (PEN), Aquilino Senra.

Kelyane falou sobre o desafio de transferir o conhecimento científico em produção tecnológica para o mercado, para as atividades produtivas. A universidade produz o conhecimento científico e o transforma em patentes. Porém, um banco gigante de patentes permanece dentro da instituição, principalmente as relacionadas às deep techs, que precisam de financiamento de longo prazo. Segundo relatório da Boston Consulting Group, as deep techs abrangem três características: as soluções oferecem um grande impacto socioambiental; são tecnologias que levam muito tempo para atingir a maturidade do mercado; e requerem alto investimento de capital. As categorias são biotecnologia e nanotecnologia; inteligência artificial; eletrônica e fotônica, drones e robótica; materiais e blockchain. “O mercado precisa estar apto a financiar pesquisas de longo prazo, como as exigidas pelas deep techs. A UFRJ tem cerca de 800 tecnologias. Até 2019 só tínhamos 19 contratos de transferência de tecnologia. De 2020 a 2022 fizemos mais cinco, e há 30 em negociação. Pela quantidade, tínhamos que ter muito mais tecnologias sendo transferidas”, critica Kelyane.

Marcel trouxe o caso de sua empresa de base tecnológica e sua experiência com interação universidade-empresa. Fundada em 2017, a startup “se graduou” pela Incubadora de Empresas da Coppe e é especializada no desenvolvimento de nanopartículas multifuncionais para soluções biotecnológicas, principalmente em saúde. A empresa presta serviço de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e venda direta de produtos nanoestruturados.

O professor Aquilino citou alguns dos principais desafios que o Brasil precisa encarar para subir no Índice Global de Inovação (IGI). Na edição 2023 do relatório divulgado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual, o país aparece na 49º posição do ranking. O IGI avalia 132 países com base em 81 indicadores de inovação, que são agrupados em sete pilares principais. “Esta posição no ranking não é por falta de capacidade de produção de conhecimento científico, mas porque não atendemos a todos os critérios considerados”, disse Aquilino.

Segundo Senra, os principais desafios para a inovação no país que impactam na baixa posição do IGI são: o arcabouço legal; a burocracia; e o financiamento público e privado (subvenção para empresas privadas, capital de risco). “No caso do financiamento público, a legislação não é clara e objetiva em determinados pontos. Os órgãos de controle não têm entendimento de como funciona a inovação e desfavorecem projetos que não garantam o produto final. O Congresso Nacional precisa aprimorar o Plano Nacional de Inovação”, critica. Para o professor o país tem altíssima capacidade de produção científica, porém o investimento em capital humano é fundamental não somente para a pesquisa básica, mas também para o desenvolvimento do ambiente de inovação. “O ecossistema do Rio de Janeiro é um dos melhores do Brasil. Só precisa ter recurso, cooperação e articulação, que cabe ao governo fazer. Há uma perspectiva para os próximos quatros anos de investimento de mais de 80 bilhões de reais pelo Governo Federal. Se conseguirmos adequar o nosso arcabouço legal, vamos claramente subir no ranking do IGI”, disse.

Programas de fomento no Rio de Janeiro
O diretor da Faperj apresentou alguns dos programas de fomento da entidade para o desenvolvimento do ecossistema de inovação, são eles:

  • StartupRJ, que terá seu edital lançado em breve, para um investimento de R$ 12 milhões incluindo projetos de Nanotecnologia;
  • Doutor Empreendedor, que é voltado para apoiar quem já concluiu o doutorado, e deseja transformar em empresas e/ou negócios as inovações de sua tese, as suas descobertas científicas e tecnológicas. Suas duas primeiras edições resultaram em 43 startups e 30% delas estão faturando acima de 1 milhão de reais nas mais diversas áreas. Está com inscrições abertas para a sua quarta edição;
  • Pesquisador na Empresa, que promove a integração de mestres e doutores para executar projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) em Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) ou Organizações da Sociedade Civil (OSCs);
  • InovaTrip, para linhas de crédito para projetos de empresas, contratados com as Instituições Científicas e de Inovação Tecnológica (ICTs). O edital de 45 milhões será lançado em 2024.

Premiação de trabalhos
Ao final do evento foram premiados os dois melhores trabalhos dentre os 85 que foram apresentados nos dois primeiros dias de evento. São eles:

  • “Nanossensor optofluídico de alta sensibilidade para detecção de microorganismos”, do
    estudante de doutorado do PENt, Ronan Pinto dos Santos;
  • “Potencial antitumoral de nanopartículas a base de prata biossintetizadas utilizando microrganismos contra linhagens celulares de câncer de mama”, da pesquisadora do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Biotecnologia (Inmetro) Verônica da Silva Ferreira.

A presidenta da comissão organizadora do simpósio e professora do PENt, Ariane Sousa-Batista, comemorou o sucesso do evento e elogiou os estudos apresentados. “A qualidade dos trabalhos dos participantes demonstra o quão promissoras têm sido as pesquisas já desenvolvidas por diferentes grupos do nosso país, mas ainda há muito a progredir até que, de fato, possamos ver as nossas pesquisas serem transformadas em produtos que melhorem a qualidade de vida da sociedade. Precisamos de investimento dos órgãos de fomento, do estabelecimento de parcerias com a indústria, apoiar o empreendedorismo e o estabelecimento da legislação da área” disse.

Coppe lança Centro de Saúde com presença da ministra Nísia Trindade

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou da solenidade de lançamento do Centro de Soluções em Engenharia da Saúde da Coppe/UFRJ, na segunda-feira, 6 de novembro, quando também foi inaugurado o Núcleo de Tecnologia e Inovação de Engenharia Biomédica, o NTIEB. Também estiveram presentes à solenidade o reitor da UFRJ, Professor Roberto Medronho; a vice-reitora, professora Cássia Turci; a diretora da Coppe, professora Suzana Kahn; o decano do Centro de Tecnologia, professor Walter Suemitsu; e o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz.

Foram abertas inscrições para os processos seletivos de mestrado e doutorado de três programas da Coppe: Engenharia Elétrica; Engenharia de Produção; e Planejamento Energético.

Saiba como anda a produção de pesquisa em Engenharia desenvolvida pela Coppe/UFRJ em prol da sociedade. O que está sendo feito pela Coppe e o que vem por aí, todas as sextas-feiras, às 10h, com reapresentação às 15h. Também disponível nas principais plataformas e aplicativos de streaming. Visite nosso site (http://coppe.ufrj.br/) e nos siga nas redes sociais.

Realização: Assessoria de Comunicação da Coppe/UFRJ
Coordenação e locução: Roberto Falcão, Bruno Franco e Renata Felippe
Produção jornalística: Carlos Ribeiro e Diogo Ferraz
Gravação e edição de áudio: Gabriel Savelli
Apoio e estúdio de gravação: Laboratório de Produção Multimídia (LPM) da Coppe/UFRJ

Professora Angela Uller é homenageada por sua contribuição à Coppe e à Ciência no Brasil

O corpo social da Coppe/UFRJ prestou uma homenagem surpresa à professora Angela Uller na manhã de hoje, 10 de novembro, em função da sua aposentadoria como docente. Os participantes falaram, em tom de emoção, de suas trajetórias e convivência com a professora, contando histórias profissionais e pessoais. Eles destacaram a determinação, força e solidariedade de Angela, além de sua importância para a Coppe. Ao final da celebração, Angela Uller recebeu uma placa em reconhecimento à sua dedicação e comprometimento com a Ciência e Tecnologia.

A homenagem à professora Angela foi uma iniciativa do Programa de Engenharia Química (PEQ) da Coppe, onde ela lecionou. Além de professores, alunos e técnico-administrativos do PEQ, estiveram presentes membros de outros programas e unidades da instituição, incluindo os da Embrapii-Coppe, por ela coordenada, os da Fundação Coppetec e os da diretoria da Coppe, onde atuou por mais de uma vez, e foi a primeira mulher a ocupar o posto de diretora. E, entre os que prestaram a homenagem estava a segunda mulher a dirigir a instituição, a atual diretora da Coppe, professora Suzana Kahn.

A homenagem também contou com a participação de familiares de Angela e de amigos de outras unidades da UFRJ, incluindo a reitoria, onde a professora já atuou como pró-reitora de pós-graduação e pesquisa.

Inscrições para Programa Doutor Empreendedor com apoio da Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ

Estão abertas as inscrições para o Programa Doutor Empreendedor da Faperj, que é voltado para apoiar quem já concluiu o doutorado, e deseja transformar em empresas e/ou negócios as inovações de sua tese, as suas descobertas científicas e tecnológicas. O programa oferece o suporte necessário para esta transformação do conhecimento acadêmico em um empreendedorismo bem sucedido, e conta com a Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ como um dos mecanismos de apoio fundamental aos candidatos interessados em participar do edital.

O prazo das inscrições termina dia 1 de dezembro, e quem optar pela Incubadora da Coppe como um dos mecanismos de apoio, deve preencher este formulário de inscrição até o dia 20 de novembro.

A Incubadora de Empresas da Coppe já proporcionou suporte a mais de 15 doutores empreendedores, ajudando-os a dar os primeiros passos em direção ao mundo dos negócios, de forma a transformar suas pesquisas em uma startup. Saiba mais sobre o edital do Programa Doutor Empreendedor, da Faperj: Transformando Conhecimento em Inovação

Prof.ª Inayá Lima da Eng. Nuclear recebe medalha “Amigo da Marinha”

A coordenadora do Programa de Engenharia Nuclear (PEN) da Coppe/UFRJ, professora Inayá Lima, foi agraciada pelo almirante de esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, com a medalha “Amigo da Marinha”, honraria destinada a reconhecer os serviços de colaboração prestados por personalidades civis. A cerimônia aconteceu no dia 9 de novembro, na sede do 8º Distrito Naval (COM8DN). 

A premiação foi criada em agosto de 1966, com o propósito de valorizar civis sem vínculo funcional com a Marinha do Brasil, militares de outras forças, bem como instituições, que se tenham distinguido no trabalho de divulgar a mentalidade marítima, no relacionamento com a Marinha, na defesa dos interesses atinentes à Marinha e na divulgação da importância do mar para o país. 

“Emociono-me ao ser agraciada com esta medalha, solidificando nossa proximidade cotidiana em debates científicos e geopolíticos no setor nuclear. Agradeço sinceramente por esta distinção, ressaltando que a Marinha do Brasil permanecerá uma presença fundamental em minha vida, sempre contando com meu apoio e admiração inabaláveis. Esta honraria reforça a significativa colaboração que estabelecemos ao longo do tempo, tornando-a ainda mais especial. Estou comprometida em continuar contribuindo para fortalecer nossa parceria e compartilhar os valores que unem nossos caminhos”, agradeceu a professora Inayá Lima.

Faperj seleciona nove projetos da Coppe no Programa de Pós-Doutorado Sênior

Nove pesquisadores da Coppe/UFRJ tiveram seus projetos contemplados no Programa de Pós-Doutorado Sênior (PDS) da Faperj.  Nesta edição de 2023, foram concedidas um total de 103 bolsas, e entre as grandes áreas do conhecimento que receberam o maior número estão Ciências Biológicas (33), Engenharias (26), Ciências Humanas (24), Ciências Exatas e da Terra (9) e Ciências da Saúde (8).

Confira abaixo a relação dos contemplados da Coppe, e saiba mais sobre o edital no site da Faperj.

SolicitanteBolsistaInstituiçãoTítulo do projeto
Carlos Julio Tierra
Criollo
Ana Heloisa de MedeirosUFRJ (PEB)Testagem da segurança, confiabilidade
e validade de um sistema vestível de
sensores inerciais de baixo custo para
mensuração da espasticidade
Helcio Rangel Barreto
Orlande
Mohsen AlaeianUFRJ (PEM)Medição de temperatura de
tecidos biológicos por emissão
fotoacústica
Inayá Corrêa Barbosa
Lima
Simone Pennafirme
Ferreira
UFRJ (PEN)Contribuições da energia nuclear
no âmbito da sustentabilidade
ambiental no complexo nacional
Álvaro Alberto
João Paulo BassinCaren Leite Spindola VilelaUFRJ (PEQ)Análise do microbioma de sistemas de
tratamento biológico de águas
residuárias com foco na melhoria do
desempenho e estabilidade
operacional
Luiz Henrique de
Almeida
Heloisa Cunha FurtadoUFRJ (PEMM)Metodologia de estimativa de vida
residual baseada em transformação
microestrutural e acúmulo de danos
por fluência em aços inoxidáveis HP
Luiz LandauCorbiniano SilvaUFRJ (PEC)Sistema Multiplataformas em
Energias Para o Estado do Rio de
Janeiro
Paulo Fernando Ferreira
Frutuoso e Melo
Danielle Gonçalves
Teixeira
UFRJ (PEN)Análise de sensibilidade da
probabilidade de transbordamento do
repositório próximo à superfície de
Abadia de Goiás para rejeitos
radioativos
Romildo Dias Toledo
Filho
Maria Das Dores Macedo
Paiva
UFRJ (PEC)Decarbonation in the Design of
cementitious Systems – Integrity of
Low CO2 Emission Binders
Rossana Mara da Silva
Moreira Thiré
Ruben Dario Diaz MartinUFRJ (PEMM)Nanofibras contendo vesículas
extracelulares de células-tronco
derivadas do tecido adiposo (ASC) e
sua aplicação no tratamento de feridas
cutâneas

Renato Cotta recebe Medalha de Honra Nuclear em evento que também premiou aluna da Coppe

O professor Renato Cotta, do Programa de Engenharia Mecânica da Coppe/UFRJ, foi contemplado com a Medalha de Honra Nuclear, na categoria Pesquisa e Desenvolvimento, pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN). A premiação ocorreu ontem, dia 7 de novembro, durante o evento Nuclear Legacy 2023, promovido pela instituição no Clube Naval de Brasília.

Durante o evento também foi premiada a equipe vencedora das Olimpíadas Nucleares Brasileira: a Equipe Amaná, que tem entre seus cinco integrantes a aluna de doutorado do Programa de Engenharia Nuclear da Coppe, Larissa Pinheiro; e o aluno de graduação em Engenharia Nuclear da Escola Politécnica, João Alegrio. A equipe venceu com o projeto “Complexo de Energia Limpa: Inovação Nuclear com o Uso de SMR para Produção de Combustíveis Sintéticos Utilizando Água Salobra e CO2 da Atmosfera”. 

O Nuclear Legacy contou com as palestras da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; e do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Marcos Antonio Amaro dos Santos. Entre inúmeras personalidades da área nuclear, estiveram presentes ao evento outras autoridades governamentais, dirigentes de grandes empresas do setor, além de professores universitários como Carolina Cotta e Inayá Lima, respectivamente dos Programas de Engenharia Mecânica e de Engenharia Nuclear da Coppe.

Alunos da Coppe receberão o XI Prêmio Crea-RJ de Trabalhos Científicos e Tecnológicos 2023

Cinco alunos da Coppe/UFRJ irão receber o XI Prêmio Crea-RJ de Trabalhos Científicos e Tecnológicos 2023, nesta quinta-feira, dia 9, às 15h,  no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro, em evento presencial e com transmissão ao vivo pelo YouTube. O objetivo da premiação, para trabalhos concluídos em 2022, é valorizar a produção científica de alunos e professores e contribuir com um acervo científico para a sociedade, aproximando a comunidade acadêmica do Conselho Regional de Engenharia do Rio de Janeiro.

Os alunos da Coppe premiados são: Pedro Vieira Savi, mestrado no Programa de Engenharia Mecânica (trabalho: Colheita de energia de vibração a partir de sistemas inteligentes e adaptativos utilizando interações magnéticas); Caroline Rodrigues dos Santos Brígido, doutorado no Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (trabalho: Eletroxidação de efluente contendo nitrogênio amoniacal na presença de cloreto e matéria orgânica); Arthur Jorge de Veras da Silva, mestrado no Programa de Engenharia Civil (trabalho: Identificação de padrões de ocorrência de incêndios urbanos em edificações no município do Rio de Janeiro); Bernardo Honigbaum, mestrado no Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (trabalho: Modelagem matemática da graduação mecânica de briquetes de carvão vegetal – Biocarbono); e Antonio Krishnamurti Beleño de Oliveira, doutorado no Programa de Engenharia Civil (trabalho: Proposta de metodologia de simulação integrada das redes urbanas de drenagem pluvial e esgotamento sanitário).

A seleção dos trabalhos de conclusão de curso foi feita pelas próprias instituições de ensino. Os projetos premiados poderão ser publicados na revista digital Ângulos, do Crea-RJ. O Clube de Engenharia fica na Avenida Rio Branco, 124, 25º andar.

Professor da Coppe integra grupo do primeiro relatório da ABC sobre IA

Amanhã, dia 9 de novembro, será lançado o relatório “Recomendações para o avanço da Inteligência Artificial no Brasil”, que é o primeiro documento da Academia Brasileira de Ciências (ABC) com recomendações sobre IA. O relatório foi produzido por um grupo de trabalho da Academia (GT-IA), formado por cientistas de diferentes áreas e regiões do país, incluindo o professor Edmundo de Souza e Silva, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe/UFRJ. O lançamento, com apresentação dos integrantes sobre o tema, será realizado no Auditório da ABC, na Rua Anfilófio de Carvalho, 29, 3º andar, no Centro do Rio; e transmitido pelo canal da ABC no YouTube – www.abc.org.br/transmissao.

Coordenado pelo vice-presidente da ABC para a região Minas Gerais e Centro-Oeste, Virgilio Almeida, que é professor emérito de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisador do Berkman Klein Center for Internet & Society da Universidade de Harvard, o grupo contou com a participação de 16 pesquisadores de diferentes áreas, como ciências da computação, ciências sociais, física e saúde, entre outras.

Uma conclusão que faz parte do relatório é que o futuro da sociedade brasileira será moldado pelas escolhas que o governo e a própria sociedade fizerem em relação à inteligência artificial (IA). E o cenário atual traz um alerta: sem investimento adequado na área, o Brasil pode ter um declínio tecnológico com impactos sem precedentes, porque a lacuna entre os países na vanguarda dos investimentos na tecnologia e os demais cresce a níveis exponenciais. “É imperativo que o Brasil estabeleça políticas públicas e investimentos para reverter essa tendência sem demora. Se persistir a inércia, o impacto negativo será sentido a curto prazo na educação, nos demais índices sociais e na economia, com a consequente falta de competitividade empresarial em todas as áreas”, destaca o relatório.