Coppe recebe Selo ODS Educação com projetos ‘Letramento de Jovens, Adultos e Idosos’ e ‘Orla Sem Lixo’

O Projeto de Letramento de Jovens, Adultos e Idosos e o Projeto Orla Sem Lixo receberão amanhã, 10/04, o Selo ODS Educação 2023, em certificação promovida pela UFRJ.

“Contribuímos para o fim da invisibilidade de uma população, na construção da cidadania e de oportunidades melhores”, comemora a coordenadora pedagógica do Projeto Letramento de Jovens, Adultos e Idosos da Coppe/UFRJ, Denise Dantas.

Para a professora do Programa de Engenharia Oceânica (PENo) da Coppe, Susana Vinzon, coordenadora do projeto Orla Sem Lixo, idealizado pela Escola Politécnica da UFRJ, o selo contribui para a divulgação da iniciativa e valoriza o empenho coletivo para a revitalização da orla. “É um reconhecimento do nosso esforço para a restauração da Ilha do Fundão e da Baía de Guanabara e um estímulo para continuar nesse caminho”, explica.

Foram certificados 38 projetos de extensão da UFRJ. No total foram 360 projetos certificados de cerca de 40 instituições de ensino.

Idealizado pelo Instituto Selo Social em parceria com o Programa UnB 2030 e o Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030, o Selo ODS Educação é uma certificação que busca estimular a participação efetiva das instituições de ensino no alcance das metas da Agenda 2030. O objetivo é ampliar o impacto no ODS 4 (Educação de Qualidade).

A cerimônia de entrega dos selos aos 38 projetos de extensão certificados será realizada no campus da Praia Vermelha.  O evento é aberto a toda a comunidade UFRJ, mas pede-se a confirmação de presença por  aqui.

Sobre o Projeto Letramento

O Projeto Letramento de Jovens, Adultos e Idosos da Coppe/UFRJ tem o objetivo de alfabetizar toda e qualquer pessoa que não teve a oportunidade de concluir o ensino fundamental e também proporcionar uma base mais sólida àquelas pessoas que, por algum motivo, interromperam seus estudos, dando a elas mais segurança para que possam retornar ao ensino formal.

Sobre o projeto Orla Sem Lixo

Projeto da Escola Politécnica da UFRJ, o Orla Sem Lixo reúne uma equipe multidisciplinar de mais de 20 pesquisadores das mais diversas disciplinas. O objetivo é desenvolver soluções para interceptação, coleta, transporte e reciclagem em um processo que seja facilmente replicável, dialogue e envolva a comunidade local, seja efetivo e de baixo custo. A proposta é evitar áreas de degradação na costa e que transforme a cadeia produtiva do lixo flutuante em oportunidade, garantindo a sustentabilidade econômica e ambiental da solução.

Coppe sediará Centro do MIT na cidade do Rio de Janeiro

A Coppe/UFRJ sediará o Senseable Rio Lab (SRL), sucursal carioca do laboratório do MIT especializado em tecnologias digitais e urbanismo. O convênio, resultado de parceria entre a Prefeitura do Rio de Janeiro e o Senseable City Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT), foi assinado hoje, dia 4 abril, na sede da prefeitura, na Cidade Nova.

O MIT, ou Massachusetts Institute of Technology, é um dos principais centros de estudo e pesquisa em ciências, engenharia e tecnologia do mundo. Seus ex-alunos e professores já ganharam 98 prêmios Nobel (o mais conhecido deles é Richard Feynman, considerado o pai da física quântica) e centenas deles foram vencedores das principais premiações de tecnologia.

Os Laboratórios Mundiais Senseable são uma família de cidades globais que abordam os maiores desafios da humanidade por meio da aplicação criativa de novas tecnologias.

Como membro fundador da iniciativa Senseable World, o Senseable Rio Lab (SRL) é um projeto colaborativo de cinco anos entre a cidade do Rio e o Senseable City Lab do MIT.

O espaço tem como objetivo promover, durante cinco anos, novas ferramentas e formas de articular o conhecimento sobre a cidade do Rio para melhorar a qualidade de vida dos moradores, com base no desenvolvimento de pesquisas científicas críticas. Durante este período de execução, o Rio de Janeiro será usado como um laboratório vivo, com os experimentos conduzidos e protótipos implantados na cidade.

No SRL, que funcionará no Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe, serão implementadas metodologias inovadoras, que permitam avanços tecnológicos na abordagem de dados, pesquisa de campo e ferramental no aprimoramento do desenho de políticas públicas e projetos urbanos para a cidade. O banco de ensaio ficará concentrado em quatro pilares de pesquisa: informalidade, inteligência artificial, modelagem urbana e soluções que visam tornar o Rio de Janeiro uma cidade mais igualitária e neutra em carbono até 2050.

Para promover o desenvolvimento urbano específico da cidade do Rio, o SRL delineou uma série de direções iniciais de pesquisa que são de interesse acadêmico. O projeto tido com principal é o denominado Favelas 4D, que utiliza tecnologia de varredura a laser 3D para analisar a morfologia das favelas. O foco é tornar o informal visível para propiciar melhorias nas ações públicas da prefeitura. Para tanto, serão investigados meios digitais de detecção, análise e gestão de assentamentos informais para a melhoria do meio ambiente e da saúde das pessoas, e outras oportunidades de desenvolvimento que os dados e ferramentas permitam, tais como melhorias habitacionais e regularizações fundiárias.

A iniciativa SRL empregará inicialmente seis pesquisadores do MIT em tempo integral que atuarão focados no Rio de Janeiro, com 50% trabalhando na cidade e a outra metade na sede em Boston (EUA). Durante o projeto, o MIT se envolverá com estudantes de toda a região da cidade do Rio fornecendo conhecimento sobre os métodos e ferramentas que a cidade precisa, de forma a permitir que as gerações futuras liderem as transições urbanas.

A diretora da Coppe, professor Suzana Kahn, diz que esta parceria faz com que toda a expertise da instituição na transformação digital possa ser usada para a melhoria da qualidade de vida urbana e melhor preparação das cidades para a emergência climática.

Concurso público para novos docentes na Coppe

Foram prorrogadas até o dia 4 julho as inscrições para o concurso público para magistério superior na UFRJ. Do total de vagas oferecidas, 13 são para novos professores na Coppe.

“Há muito, o Ministério da Educação não abria tantas vagas nas universidades federais. Para a Coppe, o concurso contribui para alimentar o corpo docente da instituição com novos talentos, contribuindo para manter a excelência de seu quadro de professores, o que é um diferencial da Coppe, e preparar o futuro da instituição”, avalia o diretor de Assuntos Acadêmicos da Coppe, professor Jean-David Caprace.

A UFRJ é, com frequência, apontada em rankings universitários internacionais como a melhor universidade federal do país, e a Coppe é a unidade acadêmica de ensino em Engenharia com maior número de notas 6 e 7 (conceito máximo) na Avaliação Capes, atestando excelência acadêmica equiparável às melhores instituições de ensino do mundo. Além disso, a Coppe possui o maior parque laboratorial de Engenharia da América Latina, com mais de 130 laboratórios de alto nível.

O concurso envolve algumas etapas. As inscrições para a primeira fase podem ser feitas até as 23h59 do dia 4/7/2024. Clique neste link acima para se cadastrar, se inscrever no concurso, imprimir o boleto bancário e acompanhar sua inscrição.

As datas de realização das provas e os demais prazos, referentes a cada opção de vaga, serão divulgados oportunamente, de acordo com o cronograma específico de cada unidade acadêmica responsável pela respectiva opção de vaga, a ser disponibilizado no site da Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4) da UFRJ.

Confira abaixo quais os Programas contemplados com vagas e para quais áreas temáticas elas se destinam.

Normas para Homologação da Inscrição e para as Etapas do Concurso da Coppe

Contatos da Central de Atendimento: docente@concursos.pr4.ufrj.br

Estudo da Coppe aponta para prestação direta do serviço de barcas

O professor Marcos Freitas foi o coordenador da modelagem do processo licitatório

Em audiência pública realizada na sexta-feira, 22 de março, pesquisadores da Coppe e representantes da Secretaria estadual de Transportes e Mobilidade Urbana (Setram) apresentaram as conclusões da modelagem feita para a licitação do transporte aquaviário no estado do Rio de Janeiro. Demonstrada a inviabilidade financeira do atual modelo de concessão, a prestação direta do serviço de barcas foi a solução mais eficaz possível para a continuidade e a estabilidade do serviço.

O estudo de uma nova modelagem do sistema aquaviário do estado foi encomendado à Coppe e realizado pelo Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG), sob coordenação do professor Marcos Freitas, a pedido da Setram, em 2022. Da pandemia até o momento, o transporte aquaviário é o modal que mais perdeu passageiros no estado (37% de passageiros por ano), levando a atual concessionária a não se interessar pela continuidade da operação em nova licitação.

Com o atual número de passageiros, mantido o valor atual da passagem, a concessionária acumularia um prejuízo superior a um bilhão de reais, ao longo de um contrato de 25 anos. Para se tornar viável economicamente, além do aumento no número de passageiros, o preço da passagem teria que subir para R$ 16,00.

“O modelo é o mais adequado apenas transitoriamente. Assim, haverá para a população estabilidade de preços e serviços”, avaliou Manoel Peixinho.

Como explicou Manoel Peixinho, pesquisador do IVIG, todo setor de transportes foi afetado no período da pandemia e houve também uma grande mudança na malha ferroviária. “Houve diminuição de passageiros em decorrência de decisões administrativas de prefeituras. Linhas que chegavam às barcas não chegam mais. São diversas as causas. Antes da pandemia, a concessão era sustentável financeiramente. Com a pandemia, a concessionária requereu uma série de ajustes para o equilíbrio econômico do contrato. Ela não teve prejuízos significativos, pois foram recompostos pelo governo do estado. Mas, a concessão é remunerada basicamente pela tarifa e a atual concessionária não se mostrou disposta a continuar, o que é óbvio”.

Uma possibilidade aventada no estudo foi a celebração de uma parceria público-privada (PPP). “A PPP é uma espécie de sociedade, na qual o ente público pode alocar até 70% da remuneração e há um fundo garantidor, em caso de inadimplência estatal ou mudanças tarifárias, ele protege o investidor. No entanto, não temos tempo hábil para celebrar uma PPP hoje, porque é um instrumento complexo. A saída que a Secretaria achou e com a qual concordamos é a celebração de um contrato de prestação direta. O modelo é o mais adequado apenas transitoriamente. Assim, haverá para a população estabilidade de preços e serviços”, avaliou Peixinho.

De acordo com o professor Marcos Freitas, coordenador da modelagem do processo licitatório, o estudo apresentado neste momento não contempla a apresentação de novas linhas. “Novas linhas estão na modelagem, mas no momento o estado não teria capacidade econômica de assumi-las. A nossa equipe tem essas demandas mapeadas e os estudos feitos para cada uma delas. O modelo que desenvolvemos é o mais viável para manter o serviço funcionando tal qual está e ter sensibilidade para a entrada de novas linhas, à medida que os modais forem se adequando, até a evolução tecnológica. Também estudamos alternativas de embarcações, que possam reduzir o custo da operação”.

A modelagem feita pelos pesquisadores da Coppe estabeleceu índices de performance e remuneração com critérios objetivos, que permitem o controle da qualidade do serviço. O desconto na remuneração da milha náutica poderia chegar a 12%, dependendo do grau de descumprimento dos parâmetros de qualidade no serviço ofertado aos passageiros.

Apesar do risco de chuvas fortes alertado pelas autoridades, moradores de Magé e Paquetá compareceram e foram participativos

Freitas destacou que o processo foi detalhista e responsivo, com a realização de diversas audiências públicas, a maioria com boa presença de público. “As associações de moradores pautaram a necessidade de fazermos mais, além das audiências requeridas pela Alerj. A equipe da Setram fez um trabalho muito dedicado, revisões frequentes e aporte de dados que somente o governo poderia dispor. O projeto foi ganhando nuances e necessidade de acréscimo de trabalho. Os colegas da Engenharia de Transportes nos mostraram a necessidade de conduzir pesquisas de origem e destino, colocar pesquisadores na rua perguntando às pessoas quanto ao desejo de usar o transporte aquaviário e suas motivações. Encontramos um banco de dados muito rico. O trabalho foi feito com esmero e dedicação. A gente tem muita esperança de que evolua dentro da flexibilidade contratual decidida pela secretaria”.

“Os outros modais estão em momento de revisão e busca de alternativas. Uma estação de metrô na Praça XV poderia trazer mais passageiros para as barcas, reduzindo a necessidade de subsídio por parte do estado. Algum subsídio é necessário para atender locais mais isolados e com menor demanda, como é feito no setor de energia, onde o grande sistema subsidia os sistemas isolados. É uma questão de Estado”, acrescentou Freitas, professor do Programa de Planejamento Energético da Coppe.

Usuários demandam, poder público responde

Paulo Vaz expressou a demanda por mais linhas e horários, uma reivindicação de muitas comunidades

Paulo Vaz, presidente da Associação dos Comerciantes e Moradores de Guia de Pacobaíba, em Magé, disse entender “que a medida proposta é emergencial, feita para resolver o problema que existe hoje”, no entanto reiterou a demanda dos usuários do transporte aquaviário pela oferta de novas linhas. “A médio prazo qual a proposta do estado? A economia vai voltar ao que era. Temos a expectativa por novas linhas. Não queremos mais passar oito horas por dia em meios de transporte, e ver o outro lado da Baía de Guanabara ter linhas de barcas e poder fazer seus trajetos em cinquenta minutos. Queremos que o governo sinalize que Magé, São Gonçalo, Duque de Caxias serão contempladas”.

O diretor da Associação de Moradores da Ilha de Paquetá, Guto Pires, citou os problemas no deslocamento de pessoas doentes ou acidentadas, para enfatizar que as barcas são uma questão “de vida e morte” para quem mora em Paquetá. “Não temos a visão técnica, temos a visão de usuário. Mas, desculpe se parece arrogância, a fala do usuário é a mais importante para qualquer política pública, pois ele é o seu destinatário”, afirmou Guto.

Os representantes do governo explicaram os investimentos nos diversos modais e como estes influenciam uns aos outros

O chefe de gabinete da Setram, Rogério Sacchi, respondeu aos questionamentos e críticas que foram endereçados ao governo estadual. Segundo Sacchi, o governo busca priorizar os transportes de massa, que transportam grandes quantidades de pessoas. “Temos hoje problemas em trens e metrô. O maior problema do metrô é a questão da Gávea, processos judiciais, muita coisa para resolver. Resolvendo o problema da Gávea destrava a expansão do metrô, destrava Pavuna, que se for destravada libera Nova Iguaçu, eu posso transportar mais passageiros da Baixada. Resolvendo isso, o Metrô pode se endividar e fazer a linha Estácio-Praça XV. Resolvendo a linha 2, isso favorece a questão das barcas. Levando o metrô ao final do Recreio, vem a expansão e desafoga as grandes avenidas. A nossa ideia é tirar carros das ruas”, contextualizou.

“Na modelagem proposta para relicitar o transporte aquaviário, o Estado contrata o serviço por milha náutica, vai poder decidir para onde ir, criar linhas, mudar grade. Porque vai estar sob controle dele o serviço que vai ser remunerado por milha náutica ao prestador. O secretário já brigou com a gente para ter linha de barca em Caxias. Não é viável. Em Caxias, o custo é brutal porque a baía é assoreada. O que vamos fazer então para atender a região? Revitalizar os trens”, concluiu Sacchi.

A audiência foi transmitida pelo canal da Coppe no YouTube e permanece disponível. A nova licitação para o transporte aquaviário deverá ser feita em fevereiro de 2025, com um período de 90 dias de transição entre a atual concessionária e a assunção do controle direto pelo governo estadual.

Coppe atuará em projeto sobre a observação da Terra em parceria com órgão da ONU

O Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe/UFRJ firmou parceria com o UNCTAD, órgão da ONU sobre comércio e desenvolvimento, para avaliar as tecnologias geoespaciais disponíveis de observação da Terra e aproveitá-las em aplicações voltadas para o Planejamento Urbano no Brasil e na África do Sul.

Por meio de um projeto conjunto, denominado Harnessing Space Technological Applications in Sustainable Urban Development (Aproveitando aplicações tecnológicas espaciais no desenvolvimento urbano sustentável), suas equipes fornecerão apoio para o desenvolvimento de capacidades técnicas e humanas que ajudem ambos os países a alavancar a ciência, a tecnologia e a inovação para o desenvolvimento urbano sustentável. O foco é analisar a ocupação de territórios e os impactos da meteorologia e oceanografia no metabolismo urbano. O trabalho irá dotar o Brasil e a África do Sul com os dados tão necessários para apoiar o planejamento e a gestão urbana baseados em evidências, e para relatar o seu progresso em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O pesquisador do Lamce/Coppe, Fabio Hochleitner, explica que as tecnologias espaciais podem revolucionar a forma como os países capturam, visualizam e analisam dados sobre a superfície da Terra, tais como áreas propensas a desastres, qualidade local do ar e da água e redes de transporte. “Os dados coletados e referentes a processos meteorológicos, oceanográficos, bioclimatologia e de qualidade do ar estão associados diretamente a aplicações nas áreas ambiental, saúde, agricultura, planejamento urbano e portuária para o desenvolvimento de ‘gêmeos digitais’ para as áreas de interesse”, explica Fabio.

A economista da UNCTAD, Eugenia Núñez, diz que este projeto responde à necessidade de apoiar ainda mais os países em desenvolvimento para utilizarem a tecnologia geoespacial como catalisador para cidades mais inteligentes, mais resilientes e inclusivas. De acordo com Eugenia, os parceiros locais e os gestores políticos poderão explorar formas de utilizar uma linguagem de programação denominada ‘Julia’ para integrar dados de observação da Terra, de saúde e socioeconômicos, à medida que intensificam os esforços para melhorar as condições de vida nos assentamentos informais de uma cidade.

O projeto, com dois anos de duração, será lançado no Brasil, entre os dias 3 e 5 de abril, no Inovateca, do Parque Tecnológico da UFRJ, na Rua Aloísio Teixeira, 564, Cidade Universitária. Durante o evento, serão apresentados alguns estudos que estão alinhados com a temática, bem como ferramentas computacionais em geoprocessamento e Inteligência Artificial (AI) que auxiliam a análise geoespacial e temporal. Confira a programação completa: https://tinyurl.com/y2y43hzx

O Lamce foi selecionado pela UNCTAD por ser o hub do Air Centre (Atlantic International Center) no Rio de Janeiro, desde 2019. Para este centro, sua equipe já vem atuando com novos conhecimentos sobre mudanças climáticas e questões relacionadas ao Atlântico, conectando tecnologias de águas profundas a tecnologias espaciais por meio de cooperação global. O acúmulo de tais conhecimentos no Lamce, que é coordenado pelo professor Luiz Landau, do Programa de Engenharia Civil da Coppe/UFRJ, poderá agora, por meio deste projeto com a ONU, ajudar o Brasil aumentar as suas capacidades de observação da Terra.

Diretora da Coppe é designada para integrar Comitê Técnico do Fundo Amazônia

A diretora da Coppe/UFRJ, Suzana Kahn, acaba de ser designada pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, para a função de membro do Comitê Técnico do Fundo Amazônia (CTFA). 

Além de Suzana, outros cinco especialistas, terão como missão atestar a quantidade de emissões de carbono oriundas de desmatamento calculada pelo ministério. Para tanto, devem analisar a metodologia de cálculo da área desmatada e a quantidade de carbono por hectare utilizada no cálculo das emissões.

Os especialistas que integram o comitê são de ilibada reputação e notório saber técnico-científico, designados pelo MMA, após consulta ao Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC).  O mandato é de três anos, podendo ser prorrogado uma vez por igual período.

Além de Suzana, integram o comitê o coordenador de Inventário e Informação Florestal do Serviço Florestal Brasileiro, Humberto Navarro de Mesquita Junior; o pesquisador da Embrapa Agricultura Digital, João dos Santos Vila da Silva; o diretor de Programas e Bolsas no País da Capes, Laerte Guimarães Ferreira Junior; a coordenadora do Laboratório de Gases de Efeito Estufa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Luciana Vanni Gatti; e a vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), Thelma Krug.

Novo MagLev-Cobra deverá entrar em operação no segundo semestre deste ano

O trem de levitação magnética da Coppe/UFRJ, o MagLev-Cobra, ganhou uma versão industrial e deverá voltar a circular na Cidade Universitária ainda no início do segundo semestre de 2024. O novo veículo, que chega à Coppe nesta sexta-feira, dia 22 de março, foi projetado pela empresa Aerom, do Grupo Coester, com um sistema de portas, refrigeração e automação de qualidade internacional. A partir da próxima semana terá início a fase de integração do veículo com a linha de circulação, e a implementação do sistema de automação. Para tanto, contará com a participação da SeaHorse, empresa nativa da Coppe.

Coordenado pelo professor Richard Stephan, do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe e do Departamento de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica, da UFRJ, o MagLev-Cobra apresenta, nesta nova versão, uma identidade visual alinhada aos padrões dos modais de transporte mais eficientes e ecologicamente corretos do mundo. Além disso, com apoio financeiro da Faperj, incorpora avançados conceitos de fabricação, contribuindo de forma significativa para a nova missão comercial do veículo e do sistema que o envolve.

Assim como na primeira fase de testes, realizada entre 2015 e 2020, o MagLev-Cobra circulará na linha experimental de 200 metros ligando o Centro de Tecnologia 1 (CT1) ao Centro de Tecnologia 2 (CT2) da universidade. Ao todo, mais de 20 mil pessoas já levitaram a bordo do MagLev, até sua interrupção, com o início da pandemia da Covid-19. O professor Richard Stephan explica que o veículo utilizado durante este período foi construído de forma artesanal. Já este novo, terá padrão industrial com sistema automatizado, sem a necessidade de um piloto.

De acordo com o professor da Coppe, após esta fase que agora se inicia, o próximo passo será testar o MagLev-Cobra em uma linha de pelo menos um quilômetro de extensão, que tenha curvas, inclinações, e permita velocidades mais elevadas, podendo chegar a 70 km/h ou mais, contribuindo para que alcance o nível 9 de maturidade tecnológica pela escala TRL (Technology Readiness Level), proposta pela Nasa..

Sobre o MagLev-Cobra

Desenvolvido sob a coordenação do professor Richard Stephan, o MagLev-Cobra opera silenciosamente e sem emissão de poluentes. Movido à energia elétrica, tem em sua linha experimental painéis solares que asseguram energia suficiente para movimentar o veículo. Durante os testes, circula à uma velocidade de 10 km/h, que é suficiente para demonstrar a viabilidade da tecnologia de levitação, mas poderá atingir 70 km/h ou mais, com segurança, em percursos mais longos.

Quanto à tecnologia empregada, o professor explica que o veículo, que não utiliza rodas para se locomover, funciona por meio de levitação magnética, e para sua sustentação emprega supercondutores, instalados na parte inferior do veículo, e “trilhos” de ímãs de terras raras. Tal técnica está em desenvolvimento na China e na Alemanha, mas ainda não em operação aberta ao público, transportando passageiros, como o da Coppe.

Coppe traz temas estratégicos, convidado ilustre e uma abordagem inovadora para sua Aula Inaugural Aberta 2024

A Aula Inaugural Aberta de 2024 foi conduzida pelo embaixador André Aranha Corrêa do Lago, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores

“Essa aula representa o que queremos para a pós-graduação em Engenharia: que ela seja inovadora, aberta, interdisciplinar, integrada às demais áreas de conhecimento, capacitando nossos alunos a encontrarem soluções locais, caso queiram, mas sempre tendo a visão global, sem perder de vista os grandes temas que vão pautar a sociedade nos próximos anos”, destacou a professora Suzana Kahn, diretora da Coppe, na sua introdução da abertura do ano letivo 2024, ocorrida nesta terça-feira, 19 de março.

O convidado para selar essa mudança foi o embaixador André Aranha Corrêa do Lago, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores que provocou um rico debate sobre mudanças climáticas, compromissos ambientais internacionais, o papel do Brasil em grandes instâncias multilaterais como o G20, os Brics e a COP 30, a pertinência da abertura de novos poços de produção de óleo e gás, novas rotas tecnológicas para produção de energia limpa e muito mais. Temas estratégicos que atraíram o interesse de alunos, professores e funcionários lotando o auditório para a Aula Inaugural Aberta 2024 que teve como tema “Ciência e Tecnologia na Vanguarda: como G20, BRICS e COP 30 ampliam horizontes e rompem fronteiras”.

Corrêa do Lago é o negociador-chefe para a mudança do clima e coordena diversas iniciativas no âmbito da reunião do G20 que será realizada no Rio de Janeiro, em novembro. A Secretaria também desempenhará importante papel na organização da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada em Belém, em novembro de 2025. O embaixador abriu a Aula fazendo uma digressão pela história das discussões internacionais a respeito do meio-ambiente, da década de 1960 aos dias atuais, e explicando as diferenças entre o G20, principal fórum de cooperação econômica internacional, a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) e os Brics.

“A COP é uma coisa meio parlamentar. As decisões tomadas na ONU levam a discussões e processos nos países-membros que então aprovam leis e regulamentações em âmbito doméstico. O que se decide nas Nações Unidas vira lei internacional. Por isso que tantos diplomatas ficam horas discutindo minúcias nos textos aprovados, que depois vão ser internalizados e se tornarão leis nos países. Já o G20 e os Brics são completamente diferentes. Suas decisões têm imenso valor político, mas não geram obrigação legal”.

Segundo Corrêa do Lago, as prioridades do Brasil na condução da próxima reunião do G20 são a discussão de formas de superar a pobreza e o aumento da desigualdade, além do financiamento ao desenvolvimento sustentável dos países emergentes. “Nunca houve proporção tão pequena de pobres no mundo (de acordo com a linha da pobreza extrema), mas os contingentes são enormes”, ponderou o diplomata.

O embaixador ressaltou que o protagonismo e a credibilidade do país nos fóruns internacionais são “de imensa importância para o Brasil”, mas destacou que “não podemos nos autoproclamar líderes. Liderança são os outros que nos atribuem. Isso ocorre porque somos um país em desenvolvimento com características especiais. Temos desafios da pobreza e da riqueza e, por isso, conseguimos dialogar com todos os países. Desde o governo Fernando Henrique Cardoso, as delegações brasileiras incorporam a presença de representantes da academia e de ONGs. Os outros países em desenvolvimento acreditam muito na gente. Não existiria essa liderança sem a colaboração da academia com a diplomacia”.

Corrêa do Lago observou que, comparado a outros temas internacionais, o meio-ambiente é um tema recente. Mesmo assim, já obteve conquistas significativas e citou as negociações tratadas após o alerta da comunidade científica internacional a respeito do buraco na camada de ozônio. “A destruição da camada de ozônio foi um marco, porque era um problema transfronteiriço. Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU, considerava a Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio a mais bem-sucedida da História, pois a partir da descoberta deste problema, em menos de 40 anos levou a eliminação de 95% dos clorofluorcarbonetos (CFCs) e a camada de ozônio já está se reconstruindo. É um exemplo de como se precisou da ciência, da universidade, da sociedade civil, das empresas, dos engenheiros”.

Um novo modelo de Aula para uma Coppe renovada

A diretora da Coppe, professora Suzana Kahn, destacou o simbolismo da Aula Inaugural Aberta

A Aula Inaugural de 2024 fugiu dos padrões convencionais: menos formalismo, um espaço mais amplo para perguntas, debate e  interação. A mudança incluiu  um novo layout para o auditório, mais convivial e sem a grande mesa de palestrantes, promovendo maior integração e facilitando a troca.

A professora Suzana Kahn, destacou isso na abertura do evento. “É muito bom encontrar um novo time de alunos, além dos mais antigos e dos colegas professores neste que é o dia mais importante do nosso calendário, marcando um novo ciclo. Acredito que a entrada de novos alunos sempre traga uma nova dinâmica à instituição e a inovação começa pelo auditório. Antes tínhamos aqui uma mesa que nos distanciava, um formato muito tradicional, não era amigável.

“Todos os países do mundo têm alguma dimensão de esquizofrenia em suas políticas”

Segundo o embaixador Corrêa do Lago, o Brasil tem uma série de vantagens conjunturais nessa visão de futuro, de mudança climática e desenvolvimento sustentável

Após a exposição inicial do embaixador André Corrêa do Lago, alunos e professores puderam fazer perguntas e ampliar o debate para temas desafiadores e até mesmo sensíveis, como a exploração de petróleo na Margem Equatorial; a “vilanização” de fontes convencionais (e mais poluentes) de energia; o desafio de tirar milhões de pessoas da miséria, consequentemente, ampliando o consumo de bens, serviços, e energia; o impacto do agronegócio, sobretudo da pecuária, nas emissões de gases de efeito estufa; e a recente defesa, por ambientalistas, da expansão do uso da energia nuclear.

Negociador-chefe do Brasil para a mudança do clima, Corrêa do Lago contou que o governo discute no Comitê Interministerial da Mudança do Clima (CIM) as novas NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas), uma obrigação de cada país signatário do Acordo de Paris de apresentar um plano de redução de emissões de gases de efeito estufa. “Como vamos assegurar a consciência da urgência e como vamos fazer com que as NDCs sejam suficientes para atender ao compromisso de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais? Essa é uma missão dos Emirados Árabes Unidos, do Azerbaijão e do Brasil, a tríade responsável pelas COPs de 2023 a 2025, e que vai buscar assegurar que as NDCs sejam suficientes para cumprir a meta”.

“Hoje ainda é o momento em que podemos fazer várias coisas. A cada momento que passa diminuem-se nossas opções. O Brasil tem muitas opções, mas não tem muitos recursos para cometer muitos equívocos. Então, temos que reduzir a margem de erro. Neste momento, sol e vento são respostas a certos problemas, mas há outras respostas legítimas. Um tema que não foi levantado, mas é central em muitos países do mundo, é a energia nuclear. Vários ambientalistas consideram que sem energia nuclear o mundo não vai conseguir limitar o aquecimento global a 1,5°C”, contextualizou o embaixador.

Casa cheia para a discussão dos grandes temas que pautam o debate internacional

“A França é o país da União Europeia com maior segurança energética e investiu maciçamente em energia nuclear que responde por 60% de sua matriz. A Alemanha desativou seus reatores nucleares, se tornou dependente do gás natural russo e agora está migrando para termelétricas a carvão”, complementou.

Corrêa do Lago observou ainda que a Índia, um dos países que mais crescem economicamente, está investindo em usinas de carvão que ficarão em operação por 40 anos. “Eles estão crescendo rapidamente e têm que tirar 600 milhões de pessoas da pobreza. O acesso à energia é considerado mais importante do que a mudança climática, que é vista como algo ‘etéreo’. A lógica dentro das democracias é que o acesso à energia é mais importante, é uma realidade que dá votos”.

“Hoje temos uma visão de futuro, de mudança climática e desenvolvimento sustentável, em que o Brasil vai ter muito menos dificuldade que outros países. O Brasil tem uma série de vantagens conjunturais dentro do que se desenha como prioridade econômica mundial, como a Floresta Amazônica que era chamada de Inferno Verde na minha infância, e se transformou numa das maiores qualidades que o território brasileiro tem. As decisões que vocês jovens vão tomar nas próximas décadas estão relacionadas a este modelo de país que precisamos discutir”, finalizou o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente.

Coppe recebe seus novos alunos para 2024

Em um auditório lotado como nos tempos pré-pandemia, a Coppe/UFRJ recebeu seus novos alunos e alunas para o ano letivo 2024-1, nesta segunda-feira, 11 de março.

A recepção deste ano combinou a formalidade clássica de apresentação da instituição, de seus diretores e informações imprescindíveis para os recém-egressos, com muita interatividade e quizzes realizados em tempo real. A mudança serviu como um convite a uma trajetória acadêmica ainda mais participativa, interdisciplinar, inovadora e aberta ao empreendedorismo.

Professor Jean-David incentivou o engajamento dos novos alunos

O diretor acadêmico, professor Jean-David Caprace apresentou a Coppe aos novos alunos e as principais informações acadêmicas de interesse para a trajetória dos novos alunos. O professor convidou os alunos a participarem ativamente da vida acadêmica e se engajarem nas discussões e decisões que moldarão o futuro da Coppe. “Cada programa acadêmico tem um colegiado formado por alunos, professores e funcionários técnico-administrativos. Acima deles há um conselho de coordenação, e acima deles o Conselho Deliberativo. Uma estrutura que incentiva vocês a participar de maneira ativa das decisões realizadas na Coppe”, explicou.

Professor Jean-David enfatizou a importância dos alunos cumprirem com deveres acadêmicos, como a atualização constante de seus dados nas plataformas Átrio e Lattes, e os convidou a cursar a disciplina “Inovação, Empreendedorismo e Transições Sustentáveis” (código CPP 786), aberta a alunos matriculados em qualquer um dos 13 programas da instituição, e que será ministrada pela Diretora de Planejamento, Administração e Desenvolvimento Institucional, professora Amanda Xavier.

Após a apresentação do professor Jean-David Caprace, Jorge Alison apresentou a Assessoria Internacional; Josiane Barros apresentou o Núcleo Psicossocial Acolhe Coppe; Thamyres Abreu, mestranda do Programa de Engenharia de Produção, falou sobre atividades de integração propostas pelos alunos da Coppe aos seus novos colegas, na Semana de Integração Discente; a professora Inayá Lima apresentou o Grupo de Apoio à Mulher (GAM), e a diretora de Extensão, Cleide Lima, falou sobre a importância desta atividade que compõem, com o Ensino e a Pesquisa, o tripé da excelência acadêmica na Coppe e na UFRJ.

Cleide Lima, diretora de Extensão

Conforme explicou Cleide, a Extensão é obrigatória na graduação e sua obrigatoriedade vem sendo discutida para a pós-graduação. “É esse contato da universidade com a sociedade, a possibilidade de ações voltadas à sociedade no seu sentido mais amplo: comunidade, escolas, movimentos sociais, setor produtivo. A Incubadora de Tecnologias Sociais (ITCP) também está voltada à Extensão e muito engajada em questões sociais”.

“É uma possibilidade de voltar sua pesquisa à necessidade de um segmento da sociedade.  Toda pesquisa pode gerar uma ação de Extensão e toda atividade de Extensão pode gerar uma publicação acadêmica”, complementou.

A professora Inayá Lima apresentou o Grupo de Apoio à Mulher

A coordenadora do Programa de Engenharia Nuclear, professora Inayá Lima, apresentou o Grupo de Apoio à Mulher, criado em 2019 por iniciativa de professoras da Coppe. “Quem já está no doutorado já sabe, mas quem ingressou agora no doutorado vai saber que a jornada científica não é fácil. Foi criado para acolher e direcionar a mulher dentro da Coppe em meio às dificuldades que possa enfrentar em sua trajetória acadêmico-científica. Nosso objetivo é promover o desenvolvimento feminino na carreira”, esclareceu Inayá.

A psicóloga Josiane Barros apresentou uma iniciativa ainda mais recente, o Acolhe Coppe que oferece ao corpo social da instituição uma ampla gama de atividades e atendimento individualizado ou em grupo. “A criação do Núcleo reflete a preocupação da Coppe com o bem-estar das pessoas. Ciência, tecnologia e inovação precisam andar de mãos dadas com a humanização”.

O público lotou o Auditório Alberto Luiz Coimbra e a Tenda Lobo Carneiro, superando as expectativas

De acordo com o assessor internacional da Coppe, Jorge Alison, na UFRJ o Centro de Tecnologia é o centro que mais faz acordos internacionais e a Coppe é a unidade do CT que mais propõe parcerias com instituições estrangeiras. “Para vocês que estão chegando agora, o mais interessante é o acordo de cotutela que permite ter uma dupla diplomação. Isso é possível sobretudo no doutorado. No mestrado, não há tantas oportunidades assim, mas é o momento de se preparar e chegar ao doutorado com um plano de cotutela em mente”, concluiu.

A abertura do ano letivo ainda não acabou:  o diretor de Assuntos Acadêmicos convocou os novos alunos a participarem da Aula Inaugural Aberta com o embaixador André Corrêa do Lago na terça-feira, 19 de março, no auditório da Coppe, no CT 2, com início às 10h. No mesmo dia, à tarde, será realizado o evento “Coppe Sociedade: a Engenharia no enfrentamento dos desastres”, no mesmo auditório, a partir das 14h.

Coppe promove painel sobre a Engenharia no enfrentamento dos desastres

Nas últimas décadas, cidades do estado do Rio de Janeiro têm sido fortemente castigadas por temporais que se tornaram ainda mais intensos, em função das mudanças climáticas, a exemplo dos mais recentes que provocaram mortes, destruição e desalojamentos na Baixada Fluminense e em bairros da Zona Norte da cidade do Rio. 

Como forma de contribuir com autoridades governamentais e com a sociedade civil, a Coppe/UFRJ promove, dia 19 de março, às 14 horas, o painel “Coppe Sociedade: a Engenharia no enfrentamento dos desastres”.

Diretora da Coppe, Suzana Kahn, participará da abertura.

Aberto ao público, gratuito e com certificado de participação, o evento tem como objetivo reunir academia, representantes da sociedade civil e órgãos de Governo para apresentar os impactos das mudanças climáticas no estado do Rio de Janeiro, alertar e educar sobre o enfrentamento de desastres, e discutir perspectivas de avanço na relação entre a academia e a sociedade. O painel será dividido em três mesas-redondas: “Mudanças climáticas e os impactos na infraestrutura civil-urbana”, “Organização da sociedade no enfrentamento dos desastres” e “Situação atual e desafios dos municípios para lidar com eventos naturais extremos”.

O evento, que consolida o pioneirismo e a vocação da Coppe em aliar pesquisas em diferentes áreas estratégicas para o desenvolvimento do país, contará na abertura com a diretora da Coppe, professora Suzana Kahn, e com o coordenador do recém-criado Centro de Estudos e Pesquisas de Engenharia em Desastres (Ceped) da instituição, Tharcisio Fontainha, também diretor-adjunto de Planejamento e Desenvolvimento da Coppe. Durante o painel, Fontainha apresentará o centro, abordando sobre sua finalidade e missão.

O evento será realizado no auditório da instituição, na Rua Moniz Aragão, 360, Centro de Tecnologia 2, bloco 1, Cidade Universitária.

Confira a programação

Abertura: 14 horas

Professora Suzana kahn – diretora da Coppe

Professor Tharcisio Fontainha – Coordenador do Ceped da Coppe

Mesa 1 – Mudanças climáticas e os impactos na infraestrutura civil-urbana – 14h10

Andrea Santos – Professora do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe e secretária-executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC).

É coordenadora da Rede “Urban Climate Change Research Network” (UCCRN), na América Latina, na qual também atuou na elaboração do Terceiro Relatório de Avaliação sobre Mudanças Climáticas e Cidades, sendo ainda autora principal do capítulo sobre Planejamento Urbano.

Maurício Ehrlich – Professor do Programa de Engenharia Civil da Coppe, com ênfase em Engenharia Geotécnica.

Nesta área, tem forte atuação em estudos de encostas e prevenção e contenção de deslizamentos. Atualmente coordena o projeto SABO, que em parceria com o Japão, é voltado para a implantação no Brasil de técnicas avançadas de retenção de detritos carregados por enxurradas em dias de fortes chuvas.

Paulo Canedo – Professor do Programa de Engenharia Civil da Coppe, com ênfase em Recursos Hídricos.

Atuou como coordenador técnico na primeira fase do Projeto Iguaçu, que envolve um conjunto de obras e medidas para disciplinar o uso do solo, visando controlar inundações e a recuperação ambiental das bacias dos rios Iguaçu, Botas e Sarapuí, na Baixada Fluminense e Zona Oeste da Cidade do Rio.

Moderação: Daniel A. Rodriguez – Professor do Programa de Engenharia Civil da Coppe, com ênfase em hidrometeorologia, hidrologia e mudanças ambientais globais. Atua na avaliação de impactos, vulnerabilidade e adaptação às mudanças climáticas nos recursos hídricos.

Mesa 2 – Organização da sociedade no enfrentamento dos desastres – 14h50

Tharcisio Fontainha – Professor do Programa de Engenharia de Produção e diretor-adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Coppe.

É coordenador do recém-criado Centro de Estudos e Pesquisas de Engenharia em Desastres (Ceped) da instituição, que deve atuar em todo o ciclo de vida dos desastres: desde a mitigação, preparação, resposta e recuperação. Um dos projetos envolve o desenvolvimento de metodologia para avaliação, acompanhamento e melhoria de planos de contingência.

Amanda Xavier – Professora do Programa de Engenharia de Produção e diretora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Coppe.

É coordenadora do Centro Avançado em Sustentabilidade, Ecossistemas Locais e Governança (Casulo), da Incubadora de Tecnologia Social (ITCP) da Coppe e de diferentes equipes multidisciplinares de projetos institucionais com foco na sustentabilidade.

Marcos Mendonça – Professor de Engenharia Civil, da Escola Politécnica da UFRJ e colaborador da Coppe, atuando nas áreas de Geotecnia e redução de riscos de desastres associados a movimentos de massa.

É também colaborador do Programa de Mestrado em Defesa e Segurança Civil da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Moderação: Ana Paula Maiato – Doutoranda do Programa de Engenharia de Produção da Coppe, na área de Gestão e Inovação, com ênfase em Logística Humanitária e Desastres. Atua com pesquisas em Gestão de Operações, no contexto de crises no estado do Rio de Janeiro.

Mesa 3 – Situação atual e desafios dos municípios para lidar com eventos naturais extremos – 15h30

Gil Kempers – Tenente-coronel do Corpo de Bombeiros e secretário de Proteção e Defesa Civil da Cidade de Petrópolis. É especializado em Gestão Integrada de Desastres por Sedimentos (Japão) e em Sistemas de Alerta e Alarme Antecipados (Espanha). É ex-subdiretor geral de Ensino e Instrução do Corpo de Bombeiros do estado do Rio de Janeiro.

Kellen Salles – Tenente Coronel do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, diretora da Escola de Defesa Civil (ESDEC) do Estado do Rio de Janeiro. É especialista em Proteção e Defesa Civil e instrutora de Proteção e Defesa Civil. A missão de ESDEC é qualificar  recursos humanos com competências que possibilitem a redução de riscos e a minimização dos desastres que possam ocorrer, principalmente no território fluminense.

Marilene Ramos – Diretora de relações institucionais e sustentabilidade do Grupo Águas do Brasil e presidente do Conselho de Administração da concessionária Rio+Saneamento. Engenheira Civil pela UFRJ e Doutora em Engenharia Ambiental pela Coppe/UFRJ, foi diretora de infraestrutura e sustentabilidade do BNDES, presidente do IBAMA, do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA) e secretária de Ambiente do Estado do Rio de Janeiro.

Moderação: Tharcisio Fontainha – Professor do Programa de Engenharia de Produção e diretor-adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Coppe. É coordenador do recém-criado Centro de Estudos e Pesquisas de Engenharia em Desastres (Ceped) da instituição

Encerramento: 16h10

Inovação e circularidade dão o tom do 1º Workshop Engepol-Braskem

O Workshop EngePol – Braskem reuniu mais de 20 pesquisadores apoiados por bolsas concedidas pela empresa petroquímica

O Laboratório de Engenharia de Polimerização (EngePol) da Coppe/UFRJ promoveu na última quinta-feira, 7 de março, o seu primeiro workshop em conjunto com a Braskem, tendo a apresentação dos trabalhos mais recentes realizados por pesquisadores do Programa de Engenharia Química da Coppe, além de colegas da Escola de Química (EQ) e Instituto de Macromoléculas (IMA), nesta longeva e bem-sucedida parceria que supera 30 anos.

O workshop trouxe apresentações e debates em uma ampla gama de temas de interesse da indústria química, como rotas sustentáveis de produção de polímeros, processos de polimerização, reciclagem química, circularidade na indústria pirólise de resíduos; líquidos iônicos; produção de eteno e resinas; e digital twin.

“A circularidade na indústria química é um caminho sem volta”, afirmou o professor José Carlos Pinto

Na visão do professor José Carlos Pinto, do Programa de Engenharia Química e coordenador do EngePol, a circularidade na indústria química é “um caminho sem volta”. “Tenho dito nas minhas palestras que eu gostaria de ser um engenheiro químico em começo de carreira hoje, pois tenho convicção de que, não sei se vai ser em cinco ou dez anos, mas no horizonte da vida profissional do engenheiro que formamos hoje. Essas técnicas vão mudar a cara da Química e mudar a cara dos processos”.

“Há 100 anos a Engenharia Química faz pirólise. Tratamentos térmicos para craqueamento são convencionais, o material utilizado é que é novo por conta da circularidade. Muitas técnicas podem ser associadas à pirólise ou usadas de maneira independente para a degradação desses resíduos plásticos. Pré-tratamento com extrusoras, manipulação de razões de refluxo e introdução de líquidos iônicos permitem melhorar aspectos energéticos e processo de despolimerização merecem ser estudados com maior detalhe. Eletroquímicos, catalíticos e por micro-ondas. Há uma perspectiva de trabalhos tanto acadêmicos quanto de inovação tecnológica muito promissora”, explicou.

Normando Jesus destacou a quantidade, a qualidade e a diversidade dos trabalhos apresentados
Pesquisadoras mulheres, como Natasha Kelber, foram maioria na apresentação dos estudos

Normando Jesus, da Braskem, afirmou que este é o momento de fazer uma revolução na Engenharia Química, tal como sucedeu com a criação das refinarias, nos anos 1850, da petroquímica, na década de 1920, e dos polímeros em 1950. “Estamos em um novo momento de virada, não é toda geração que se depara com desafios desse tipo”, enfatizou.

Com a empresa e a Coppe comprometidas com a inovação tecnológica, a circularidade na economia e a descarbonização dos processos produtivos, José Carlos Pinto pontuou que esta é uma parceria científica-tecnológica que vem de longe, com patentes conjuntas de tecnologias inovadoras e formação de pessoal qualificado para a indústria.

“Em 2018, assinamos um contrato de cooperação, gerando sinergia e aprofundamento ainda maior. Tudo o que falamos neste workshop foi de colaborações e publicações concluídas em 2023. Só hoje no auditório 20 bolsistas apoiados pela Braskem”, concluiu o professor da Coppe.

“É uma parceria de sucesso, da qual tenho muito orgulho. A quantidade de trabalhos publicados e a variedade de temas mostram que o EngePol é uma máquina de inovação”, reconheceu Normando Jesus.

No Dia Internacional da Mulher, a Coppe te convida a conhecer o GAM

Andréa Santos, Ana Beatriz Gonzaga e Ariane Batista (de pé, da esquerda para a direita). Claudia Werner, Marcia Dezotti, Inaya Lima e Fernanda Achete (no sofá, da esquerda para a direita)

A jornada acadêmica é uma experiência única e enriquecedora, composta de diversos percalços, desafios e oportunidades de crescimento, tanto pessoal quanto profissional. O caminho pode parecer igual para todos, mas há obstáculos históricos nesses espaços para as mulheres. 

A Engenharia tem sido um campo predominantemente masculino, e a Coppe/UFRJ não difere da sociedade na qual está incluída. As mulheres formam 1/3 do corpo discente e apenas 1/4 do corpo docente.

Levando em consideração a importância da inclusão e acolhimento que favoreça o desenvolvimento da mulher na carreira acadêmica e científica, a Coppe criou em 2019, o Grupo de Apoio à Mulher (GAM).

Formado por professoras dos 13 programas acadêmicos da instituição, o grupo promove ações voltadas para alunas e professoras que apresentam dificuldades para realização de suas atividades, sobretudo os desafios e consequências de quem concilia a maternidade e carreira como cientista, buscando a difícil compatibilização da construção de uma carreira acadêmica de sucesso, em uma lógica de avaliação crescentemente produtivista, e a formação de uma família.

Desde então, o GAM estendeu o alcance de algumas ações, promovendo junto ao corpo social da Coppe, a roda de conversa “Desafios da paridade de gênero no contexto pós-pandemia Covid-19” e a palestra “O viés implícito e as desigualdades de gênero na ciência”, buscando debater e conscientizar  sobre a importância da igualdade de gênero em todos os aspectos da sociedade. 

No âmbito da Coppe, em particular, e da UFRJ de modo mais amplo, há outras iniciativas de acolhimento às mulheres, que incluem além de alunas e professoras, também as funcionárias técnico-administrativas. Como exemplo, o Acolhe Coppe e a Ouvidoria da Mulher.

Conheça o GAM

O Grupo de Apoio à Mulher (GAM) é formado pelas professoras:

  • Ana Beatriz Gonzaga, do Programa de Engenharia Civil;
  • Andrea Santos, do Programa de Engenharia de Transportes;
  • Ariane Batista, do Programa de Engenharia da Nanotecnologia;
  • Bianca de Carvalho, do Programa de Engenharia Oceânica;
  • Beatriz de Souza, do Programa de Engenharia Civil;
  • Carla Cipolla, do Programa de Engenharia de Produção;
  • Celina Figueiredo, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação;
  • Claudia Werner, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação;
  • Fernanda Achete, do Programa de Engenharia Oceânica;
  • Franciane Peters (in memorian), do Programa de Engenharia Civil;
  • Inayá Lima, do Programa de Engenharia Nuclear;
  • Marcia Dezotti, do Programa de Engenharia Química;

Visite o site do Grupo de Apoio à Mulher e saiba mais.

Projeto Letramento da Coppe recebe o Selo ODS Edu 2023

O Projeto Letramento de Jovens, Adultos e Idosos da Coppe/UFRJ foi contemplado, junto com outros 37 projetos da UFRJ, com o Selo ODS Educação 2023 em reconhecimento às iniciativas alinhadas à Agenda 2030.

Criado em 2005, o Projeto Letramento de Jovens, Adultos e Idosos da Coppe/UFRJ é um projeto de extensão universitária que tem o objetivo de alfabetizar toda e qualquer pessoa que não teve a oportunidade de concluir o ensino fundamental e também proporcionar uma base mais sólida àquelas pessoas que, por algum motivo, interromperam seus estudos, dando a elas mais segurança para que possam retornar ao ensino formal. A iniciativa também contribui para a formação didático-pedagógica crítica dos educandos da UFRJ que atuam como extensionistas.

Proposta pela ONU em 2015, a Agenda é composta por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), divididos em 169 metas, que representam um plano de ação global para se alcançar, até 2030, o desenvolvimento sustentável.

Idealizado pelo Instituto Selo Social em parceria com o Programa UnB 2030 e o Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030, o Selo ODS Educação é uma certificação que  busca estimular a participação efetiva  das instituições de ensino no alcance das metas da Agenda 2030. O objetivo é ampliar o impacto no ODS 4 (Educação de Qualidade).

A cerimônia da certificação das instituições contempladas será realizada no dia 5/3, às 15h, na Escola Paulista de Magistratura (EPM), em São Paulo. 

Aula Aberta da Coppe com o negociador-chefe do Brasil para a mudança do clima

A Coppe/UFRJ abre seu ano letivo 2024 recebendo para uma Aula Aberta o embaixador André Aranha Corrêa do Lago, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores. Diplomata desde 1983, Corrêa do Lago é o negociador-chefe para a mudança do clima e coordena diversas iniciativas no âmbito da reunião do G20 que será realizada no Rio de Janeiro, em novembro. A Aula terá como tema “Ciência e Tecnologia na Vanguarda: como G20, BRICS e COP 30 ampliam horizontes e rompem fronteiras” e será realizada no dia 19 de março, no auditório da Coppe, no Centro de Tecnologia 2 (CT2) das 10 às 12h. 

O Brasil receberá em novembro a reunião do G20 e a Secretaria de Clima, Energia e Meio Ambiente, comandada por Corrêa do Lago, coordenará os grupos de trabalho (GT) de transição energética, e de sustentabilidade ambiental e climática, além da força-tarefa sobre mobilização global contra mudança do clima e a iniciativa de bioeconomia. 

A Secretaria também desempenhará importante papel na organização da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada em Belém, entre 10 e 21 de novembro de 2025. O embaixador André Corrêa do Lago foi o negociador-chefe do governo brasileiro na COP-28, realizada ano passado em Dubai (Emirados Árabes Unidos).


Sobre André Corrêa do Lago

Secretário do Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores desde março de 2023, o diplomata André Corrêa do Lago foi embaixador no Japão (2013-2018), na Índia (2018-2023) e, cumulativamente, no Butão (2019-2023). Negociador-chefe do Brasil para Mudança do Clima e Desenvolvimento Sustentável, cargo em que atuou também na Rio+20 (2002). Como diplomata, serviu na Missão junto à União Europeia em Bruxelas (2005-2008) e nas Embaixadas em Buenos Aires (1999-2001), Washington, DC (1996-1999), Praga (1988-1991) e Madri (1986-1988).

Economista formado pela UFRJ e diplomata desde 1983, é conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).

Professor da Coppe vai à Índia e estabelece novas parcerias no âmbito dos Brics

Os professores Fabio Toniolo e Sumit Dhawane, em Manit (Bhopal, Índia)

O professor Fabio Toniolo, da Coppe/UFRJ, participou, no último final de semana (23 a 25 de fevereiro) da International Conference on Sustainable Energy and Environment (ICSEE) 2024, realizada em Bhopal, na Índia. Além de palestrar e apresentar trabalhos, o professor do Programa de Engenharia Química (PEQ) aproveitou para estreitar laços em uma cooperação sino-indo-brasileira para a produção de etanol a partir da hidrogenação de gás carbônico.

A parceria com o professor Sumit H. Dhawane, do Maulana Azad National Institute of Technology (Manit) surgiu no 8º Fórum de Jovens Cientistas dos Brics, realizado na África do Sul, em agosto de 2023. Em setembro, os dois participaram de edital lançado pelo governo indiano, que exigia a participação de ao menos mais um parceiro de país-membro dos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul).

“O tema do projeto é produção de etanol a partir da hidrogenação do gás carbônico. Nossa colaboração consiste, pelo lado brasileiro, no desenvolvimento e avaliação de novos catalisadores e do lado indiano a modelagem matemática desse processo novo e uso de Inteligência Artificial (aprendizado de máquina) para reduzir o número de experimentos a serem feitos, otimizando o estudo”.

De acordo com Toniolo, o Núcleo de Catálise (Nucat) da Coppe possui infraestrutura e condições experimentais de fazer uma rápida avaliação de um grande conjunto de catalisadores, variando diversos parâmetros experimentais, para se encontrar de forma eficiente o catalisador mais promissor para o processo, o qual será testado em escala aumentada em uma planta semipiloto no Instituto Manit, na cidade de Bhopal, em Madhya Pradesh, na Índia.

Em novembro, a parceria foi ampliada com a participação da professora Shengping Wang, da School of Chemical Engineering and Technology, da Tianjin University (China). Sob coordenação geral do professor Fabio Toniolo, os três submeteram proposta de pesquisa à chamada por projetos multilaterais BRICS STI Framework Programme 6th coordinated call for BRICS multilateral projects 2023 “Climate Change Adaptation and Mitigation”.

“O tema é o mesmo, desenvolver um processo para produção de etanol a partir da hidrogenação catalítica do CO2. Pegar o gás carbônico capturado por exemplo gases de exaustão de processos de fermentação, usar hidrogênio verde e desenvolver catalisadores mais eficientes. O desenvolvimento de processos alternativos para mitigação de CO2 na atmosfera é um tema de interesse dos três países”, destacou o professor do Programa de Engenharia Química da Coppe.

No ICSEE, o professor Fabio Toniolo integrou o Comitê Consultivo Internacional e apresentou o estudo “Design and Performance of K-Co-Cu-Al catalyst for selective CO2 hydrogenation to higher alcohols”.

Conferência de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro

A Coppe terá participação ativa na Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro, que acontece nos dias 26 e 27 de fevereiro, na Sala Nelson Pereira dos Santos e na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói. Serão dois dias de painéis sobre temas como tecnologia de baixo carbono e o papel da ciência e da inovação como alavancas para o desenvolvimento sustentável. 

O painel “Tecnologias de Baixo Carbono e Transição Energética”, coordenado pelo professor Aquilino Senra, do Programa de Engenharia Nuclear, contará com apresentações do professor Alexandre Szklo, do Programa de Planejamento Energético, e de Alfredo Renault, diretor do Centro de Soluções de Baixo Carbono da Coppe.  Já o professor Segen Estefen, do Programa de Engenharia Oceânica, participará do painel “Inovação pelo Oceano” e a professora Leda Castilho, do Programa de Engenharia Química, do painel “Complexo Econômico Industrial da Saúde”.  Estes painéis ocorrerão simultaneamente, na terça-feira, das 9 às 12h, no Bloco A da UFF.

No mesmo horário, o ex-diretor-executivo da Fundação Coppetec, Fernando Peregrino, coordena o seminário “Neoindustrialização *Segurança Alimentar”, na Sala Nelson Pereira dos Santos.

No primeiro dia da Conferência, a diretora da unidade Embrapii-Coppe, professora Angela Uller, participou do painel “Como transformar potencial aludido em mudanças efetivas”, na segunda-feira.

A Conferência de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro busca articular debates que influenciem na formulação de políticas públicas. As contribuições reunidas servirão de base para a 5° Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação que acontecerá em junho deste ano e que tem como objetivo elaborar a nova Estratégia Nacional para os anos de 2025 a 2035.

O evento é presencial, gratuito e sem inscrição prévia, mas sujeito à lotação. Confira a programação completa.

Diretora da Coppe é nomeada para comitê do Hospital Albert Einstein

A Ciência e a Tecnologia, sobretudo na Engenharia, estão ultrapassando fronteiras, transbordando as disciplinas habituais e entrando na área de Saúde que vai se tornando cada vez mais tecnológica.

A diretora da Coppe/UFRJ, professora Suzana Kahn, foi convidada a integrar o Comitê de Responsabilidade Social e Sustentabilidade – ASG na Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein.

“Inauguramos recentemente o Centro de Soluções em Engenharia da Saúde e o Núcleo de Tecnologia e Inovação em Engenharia Biomédica (NTIEB). Cada vez mais a Saúde utiliza tecnologia, por exemplo em telemedicina, robótica, uso de Inteligência Artificial”.

Em avaliação recente da S&P Global Ratings sobre ASG, o Hospital Albert Einstein ficou posicionado entre as três melhores organizações do mundo na cadeia de saúde (entre hospitais, empresas de equipamentos e insumos e farmacêuticas).

Petrobras dá início à implementação da tecnologia Hisep

A Petrobras deu início nesta terça-feira, 20 de fevereiro, à fase piloto e de implementação de tecnologia High Pressure Separation (Hisep), que desponta com potencial disruptivo para o setor de óleo e gás, em escala global. A diretora da Coppe/UFRJ, professora Suzana Kahn, e o diretor do Centro de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono da Coppe, Alfredo Renault, estiveram presentes à solenidade de implantação do projeto, no Centro de Convenções do Cenpes.

A tecnologia, cujo desenvolvimento contou com a participação da academia e empresas fornecedoras de serviços, permite separar o gás carbônico do gás natural e do petróleo, já no leito marinho e reinjetá-lo no reservatório.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e a professora Suzana Kahn

De acordo com Renault, o Hisep vai aumentar a eficiência do processo de produção, reduzir custos e intensidade de emissões, aumentar a segurança operacional e contribuir para a descarbonização do setor, pela captura de carbono. “É um grande projeto de pesquisa capitaneado pelo Cenpes, uma tecnologia que vai impactar a produção de petróleo globalmente”, avaliou.

O Hisep será testado no campo de Mero, na Bacia de Santos, e na avaliação da Petrobras tem o potencial de otimizar a produção nos campos com alta Razão Gás-Óleo (RGO) e teor de CO², e também de ser um modelo para futuras operações de exploração e produção em todo o mundo.

Essa separação prévia e reinjeção do gás rico em CO2 ainda no leito submarino evita que este volume de gás seja processado na plataforma. Isso permite que a unidade possua uma planta de processamento de gás menor e mais simples, pois parte do gás será removida previamente em ambiente submarino, possibilitando aumento do processamento de óleo da unidade.

A Coppe é pioneira na parceria entre as universidades e a indústria do petróleo, e a expertise acumulada está à disposição para auxiliar o setor na descarbonização de suas atividades rumo à desejada transição energética.