Coronavírus: empresa residente na Incubadora da Coppe desenvolve “pulmão” capaz de limpar o ar de hospitais

A empresa Biotecam, startup residente da Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ, desenvolveu um aerador capaz de desinfetar o ar de ambientes confinados, como UTIs e hospitais de campanha, e devolvê-lo limpo e seguro ao ambiente. Batizado com o nome “Pulmão”, o equipamento, já patenteado pela empresa, foi concebido inicialmente para a recuperação de sistemas hídricos. A tecnologia foi reconvertida, em parceria com pesquisadores do Instituto Federal Fluminense (IFF) e com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), para auxiliar no combate à pandemia causada pelo novo coronavírus.

Segundo o biólogo Ricardo Remer, sócio da Biotecam, a empresa de tecnologia ambiental baseia-se no conceito de “give back”, no qual a atividade empresarial, além de auferir lucros, deve devolver benefícios à sociedade. “Com o surgimento do coronavírus, procuramos uma forma de ajudar, e pensamos que se tínhamos expertise em dissolver ar em líquidos, poderíamos remover o ar contaminado de um ambiente confinado, com cuidado, em regime laminar, e levá-lo a um recipiente fechado, com substância desinfetante. Após a desinfecção, o ar volta ao ambiente completamente livre (99%) de impurezas”, explica Ricardo.

A tecnologia, que já foi bem-sucedida na recuperação do lago do Parque Burle Marx, em São Paulo, poderá, então, ser usada para purificar o ar de locais com aglomeração de pessoas contaminadas pela Covid-19. A ideia é reduzir a contaminação que pode acontecer pelos aerossóis, as gotículas que se dissipam no ar pela tosse ou espirros de pessoas contaminadas e que representam um perigo sobretudo aos profissionais da Saúde, que estão na linha de frente no combate ao coronavírus.

O “Pulmão” consome metade da energia utilizada por aparelhos semelhantes e será testado pela Biotecam ao longo do mês de maio. Para tento, a Biotecam está em negociação com a Santa Casa de Campos (RJ) e com a Faculdade de Odontologia da UFRJ. A estimativa é de que esteja concluído no mês de junho.

Professores da Coppe criam modelo preditivo para evolução da pandemia no Brasil

Os professores da Coppe/UFRJ, Carolina Naveira-Cotta e Renato Cotta, e o especialista em simulação de epidemias, professor Pierre Magal, da Universidade de Bordeaux, França, desenvolveram um modelo matemático que permite traçar previsões para o número de casos da Covid-19, reportados e não reportados, bem como o pico da pandemia em cenários com diferentes medidas de saúde pública. Desenvolvido com apoio da Marinha do Brasil, CNPq e Faperj, o estudo foi publicado no site MedXriv, no final de março, e será publicado em um número especial da revista Biology, neste mês de maio.

Por solicitação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), os professores da Coppe têm fornecido simulações demandadas para diferentes cenários e regiões do país. O artigo chamou a atenção da Agência, que já havia formado um grupo de trabalho interdisciplinar para avaliar diferentes ferramentas de simulação da evolução da Covid.

O trabalho é baseado em modelo epidemiológico que lida com a pandemia introduzindo casos não reportados na modelagem e avalia as consequências das intervenções de saúde pública. “Os casos reportados são apenas uma fração do número total de indivíduos com os sintomas. É preciso considerar também os casos não reportados. Usamos como referência o modelo já utilizado em previsões relacionadas a outras doenças/epidemias, como casos recentes de epidemias de influenza (gripes), cujo número de infectados não reportados é grande, assim como no caso da Covid-19”, explicou Carolina Naveira-Cotta.

Segundo a professora da Coppe, a intenção desse estudo é suprir, com uma ferramenta complementar, àquelas já empregadas pelos órgãos responsáveis pelo controle da epidemia, seja regional ou nacionalmente.

Os dados disponíveis acerca dos casos confirmados no Brasil, entre 25 de fevereiro e 29 de março, foram usados para estimar parâmetros e prever a evolução da epidemia. Os pesquisadores utilizaram 25/2, data do primeiro caso reportado no país, como marco temporal para prever o pico da doença no país. Em seguida, simularam as intervenções de saúde pública, tanto para o controle da taxa de transmissão do vírus quanto para a fração do número total de indivíduos reportados com os sintomas.

Até a data de fechamento do estudo, os autores traçaram cinco cenários hipotéticos com medidas de saúde pública para controle da doença no Brasil. “Os cenários estudados incluem variações em parâmetros que resultam de fatores como distanciamento social, hábitos de higiene e proteção individual, intensificação de testes para isolamento de infectados, e outras medidas de reorganização social. A sensibilidade do modelo a esses parâmetros foi então avaliada por meio de cinco cenários: 1º) manter-se as medidas de contenção e mitigação no nível atual; 2º) intensificar progressivamente o distanciamento social; 3º) reduzir progressivamente o distanciamento social; 4º) intensificar o isolamento de infectados pela testagem mais numerosa da população; 5º) combinar a testagem ampliada com a intensificação do distanciamento social”, explica a professora da Coppe.

Sobre o modelo e sua confiabilidade

O desvio médio do modelo é inferior a 5%, de acordo com a professora Carolina Naveira-Cotta

De acordo com o artigo assinado pelos pesquisadores, intitulado Parametric identification and public health measures influence on the COVID-19 epidemic evolution in Brazil, cada país ou região requer uma combinação específica de medidas, devido à distribuição espacial de sua população, estrutura etária, capacidade do sistema de saúde e características socioeconômicas. “Essas especificidades exigem um modelo matemático que permita, com urgência e agilidade, simular as intervenções possíveis para controle da epidemia”, destacou a professora da Coppe.

Os autores aperfeiçoaram um modelo epidemiológico chamado SIRU para traçar prognósticos do avanço da Covid-19 no Brasil, analisar a efetividade das medidas de saúde pública e simular o controle da doença. SIRU é o acrônimo para indivíduos suscetíveis (S), infectados assintomáticos (I), infectados sintomáticos reportados (R), e infectados sintomáticos não reportados (U).

O novo coronavírus, SARS-CoV2, causou os primeiros casos de contaminação humana no final de 2019, em Wuhan, na China, e no dia 11 de março, a Covid-19 foi considerada uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os países e cidades atingidos implementaram uma série de medidas para conter o avanço da doença, incluindo distanciamento social, quarentena, e testes em massa. A China, por ser a origem do vírus, oferece as séries de dados mais longas tanto em relação ao avanço da doença, quanto em relação aos efeitos das intervenções de saúde pública.

Carolina Naveira-Cotta, Renato Cotta e Pierre Magal utilizaram os dados chineses, cuja epidemia estava na fase final de sua evolução para “treinar” o modelo. “Usamos 1/3 dos dados disponíveis da China para estimar os parâmetros do modelo e depois os para fazer a previsão dos outros 2/3 dos dados. Ao compararmos a nossa previsão com esses 2/3 restantes observamos uma excelente concordância do modelo com os dados reais da China. Isso foi bastante animador e por isso passamos para a análise dos dados do Brasil. Cerca de 30 dias depois de termos realizado as estimativas, obtinha-se ainda uma boa concordância com os dados de casos reportados fornecidos diariamente pelo Ministério da Saúde, como no exemplo da China, com um desvio médio inferior a 5%. Esse modelo só precisou ser reestimado a partir do final de abril, com a intensificação da testagem no país, em cenário de intervenção em saúde pública anteriormente previsto pelo modelo no estudo original”, avalia a professora do Programa de Engenharia Mecânica da Coppe.

“Nossa ideia inicial não foi disponibilizar a ferramenta ao público porque para isso teríamos o desafio de criar uma interface amigável em um espaço de tempo muito curto, mas voluntariamente oferecemos o nosso conhecimento para implementar quaisquer cenários planejados pelos órgãos responsáveis. Continuamos à disposição para colaborar e mais recentemente fomos contatados pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde”, complementa Carolina Naveira-Cotta.

Os professores da Coppe fizeram contato com diferentes colaboradores, dentro e fora da UFRJ, para colher críticas e sugestões, estimular iniciativas similares e oferecer melhoramentos e comparações, visando reforçar a confiança no uso dessas simulações pelos gestores em diferentes níveis.

Apoio psicossocial pela internet: inscrições abertas

A Coppe está com inscrições abertas para formação de grupo para rodas de conversas de apoio psicossocial voltadas para alunos, professores e técnicos-administrativos da instituição. O projeto é uma iniciativa do Núcleo Psicossocial de Apoio aos Discentes (Nupad) da Coppe, em parceria com o Instituto de Psicologia (IP) da UFRJ.

A primeira roda acontecerá no dia 13 de maio, às 14h, por meio de plataforma Google Hangouts. Inscrições devem ser feitas pelo link https://forms.gle/14mbrZdcnXSuvvqb9

Voltadas para alunos, professores e técnicos-administrativos da instituição, as rodas são uma oportunidade para que os participantes compartilhem suas experiências durante o período de pandemia.

O projeto visa a dar voz às pessoas para que possam compartilhar suas angústias, ansiedades e outras consequências psicológicas causadas pelo confinamento nesse período de isolamento”, explica Vanda Borges, diretora-adjunta de Gestão de Pessoas da Coppe.

Sob a coordenação da professora Andreia Vilanova, e apoio de alunos do Instituto de Psicologia, os encontros têm duração de uma hora e meia cada um, em semanas consecutivas, com até oito participantes.

“O Nupad é um espaço de acolhimento e apoio para superação do sofrimento psíquico. Já pretendíamos implementar este projeto, neste primeiro semestre, com atividades presenciais. A ideia inicial era atender os alunos, mas em função da pandemia   expandimos para toda a comunidade da Coppe”, explicou Vanda.

Aluno de Engenharia Mecânica é premiado por projeto de pesquisa conduzido em laboratório da Coppe

O aluno de Engenharia Mecânica, Lucas André dos Santos, da Escola Politécnica (Poli/UFRJ), ganhou, no dia 1º de maio, o prêmio SPE Latin America & Caribbean Section Student Paper Contest. Vencedor da etapa brasileira e regional, Lucas está classificado para disputar a etapa mundial, em outubro, em Denver, Colorado (EUA).  A disputa será travada, virtualmente, durante a Annual Technical Conference and Exhibition, da SPE (Sociedade de Engenheiros de Petróleo), de 5 a 7 de outubro.

Lucas venceu as duas etapas com a apresentação oral de seu projeto de pesquisa sobre modelagem e simulação computacional do fenômeno de flambagem em colunas de perfuração de petróleo, utilizando o método de elementos finitos. O aluno foi orientado pelo professor Thiago Ritto, do Programa de Engenharia Mecânica da Coppe/UFRJ, e pelo doutorando Raphael Santana, e as pesquisas foram conduzidas no Laboratório de Vibração e Acústica (Lavi), da Coppe.

“Flambagem é a deflexão lateral que ocorre em uma coluna, de acordo com a carga que existe sobre suas extremidades. É um ‘embarrigamento’, como ocorre com o macarrão utilizado em exercícios de hidroginástica”, explica o aluno, que utilizou o método de elementos finitos na construção de seu modelo.

O trabalho desenvolvido por Lucas faz parte de um projeto de pesquisa da Coppe com a Petrobras, coordenado pelo professor Thiago Ritto e por Emilio Silva (Cenpes/Petrobras) acerca da dinâmica de colunas de perfuração na exploração de petróleo.

Fundação Coppetec recebe doação para contratar mão de obra emergencial para o Hospital Universitário da UFRJ

Nova enfermaria do pavimento 8

O Fundo Coppetec de Apoio aos Hospitais da UFRJ recebeu doação de 470 mil reais do Movimento União Rio, gerido pelo Instituto da Criança, para a contratação de mão de obra técnica temporária que suprirá a carência de profissionais no combate à Covid-19. São técnicos de radiologia, farmácia, anestesia, copeiras, dentre outros, que já começaram a ser contratados esta semana. Esses profissionais atenderão pacientes de 60 novos leitos de UTIs do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) da UFRJ que foram construídos com recursos também arrecadados pelo Movimento União Rio. Segundo o diretor do HUCFF, professor Marcos Freire, o hospital está reformando mais alguns leitos, que aumentará para 280 o total disponível.

O valor doado também financiará bolsas para o projeto de extensão “Comunicação Família Paciente”. Os 15 alunos dos dois últimos anos do curso de Medicina da UFRJ que estão trabalhando, voluntariamente, desde o dia 15 de abril, quando iniciou o projeto, passarão a receber como bolsistas. Coordenado pela professora do Núcleo de Bioética e Ética Aplicada (Nubea) da UFRJ, Marisa Palacios, o projeto é uma parceria do Nubea com outras unidades da UFRJ: Faculdade de Medicina, complexo hospitalar e Instituto de Estudo e Saúde Coletiva (IESC). O objetivo é apoiar as famílias dos pacientes das vítimas de Covid-19 que não podem acompanhar, de perto, o tratamento de seus parentes. 

Sob a supervisão médica de professores da Faculdade de Medicina, de psicologia, bioética, os bolsistas acompanham o prontuário eletrônico dos pacientes e transmitem informações aos seus familiares. Antes da implantação do projeto, a comunicação era feita pelo Serviço Social do hospital, que não conseguia atender a alta demanda.”A necessidade de informar a família sobre o estado de saúde do paciente é uma questão humanitária e evita que os membros da própria família se exponham a riscos indo até o hospital pra ter noticias”, explica Marisa.

Os estudantes também apoiam as famílias ouvindo suas necessidades como, por exemplo,atendimento psicológico. Para atender a esse tipo de demanda, contam com o apoio do Serviço de Psiquiatria e Psicologia do HUCFF. O projeto promove ainda eventos semanais em que profissionais de outras instituições fomentam discussões sobre virologia clínica, protocolos de priorização no atendimento, cuidados paliativos.

Startup da Coppe lança aplicativo para ajudar municípios no combate à Covid-19

A Lemobs, empresa residente da Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ, lançou o aplicativo App Minha Saúde, cujo objetivo é apoiar municípios e população, facilitando a avaliação de sintomas que possam sinalizar o diagnóstico da Covid-19. O aplicativo permite realizar uma “Autoavaliação Coronavírus”, que embora não substitua o diagnóstico clínico que deve ser feito, exclusivamente, por médico, pode indicar a necessidade de monitoramento diário de sintomas como temperatura, pressão, entre outros, gerando escores de risco e análises por parte das secretarias de Saúde.

O aplicativo é gratuito e resulta de uma parceria entre a Lemobs, a empresa ProntLife, o Laboratório do Futuro da Coppe, o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e a Universidade Federal de Itajubá (Unifei).

Segundo André Assis, médico e CEO da ProntLife, os dados obtidos na Autoavaliação indicam se a pessoa faz parte do grupo de risco, se apresenta sintomas de alarme, se tem alergia a algum medicamento sintomático usado para aliviar sintomas, como dipirona, paracetamol e AS. “Dependendo do caso, seguindo diretrizes da OMS e das autoridades públicas de Saúde, o aplicativo vai alertar o usuário, sugerindo que procure o serviço de saúde mais próximo e fornecendo número de telefone e whatsapp de contato”.

A tecnologia já foi adotada em três cidades de Minas Gerais: Santa Rita do Sapucaí, Paraguaçu e Elói Mendes. As informações cadastradas pelo usuário já podem ser acompanhadas pelas secretarias de saúde, por meio de um programa online, que não precisa ser instalado no computador. De acordo com Sérgio Rodrigues, CEO da Lemobs, o programa foi estruturado de forma que os profissionais da secretaria possam organizar o conteúdo seguindo os protocolos de segurança da informação, como determina a Lei Gral de Proteção de Dados.

“Como o aplicativo é georreferenciado, a secretaria municipal de Saúde poderá monitorar os sintomas do cidadão e saber onde ele se encontra, facilitando a identificação de focos da pandemia. Além disso, o usuário poderá, futuramente, consultar todos os dados registrados, além de manter um canal direto com os serviços de saúde”, explica Sérgio Rodrigues, que também é pesquisador do Laboratório do Futuro da Coppe.

Além de atender municípios, a ferramenta pode ser configurada para que empresas possam oferecer acompanhamento médico on-line aos seus funcionários e planos de saúde disponibilizar o serviço aos seus associados.

Saiba como baixar o aplicativo na página do App Minha Saúde

Jornalistas debatem os perigos das fake news e do controle sobre as redes em fórum promovido pela Coppe

A dificuldade para lidar com as fake news e com o controle das grandes empresas sobre as redes sociais marcaram o quarto e último debate do fórum virtual “O Brasil após a pandemia”, promovido pela Coppe/UFRJ. O debate sobre “Internet e Ética”, realizado dia 22 de abril, contou com a participação dos jornalistas Glenn Greenwald, editor da publicação on-line The Intercept, e Pedro Doria, colunista do jornal O Globo e cofundador do Canal Meio. Transmitido ao vivo na página da instituição no Facebook, o evento foi mediado pelo professor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa. O vídeo está disponível na página da instituição no YouTube.

Na avaliação de Dória, embora a Internet não seja tão recente, ela se tornou o principal meio de comunicação, há cerca de cinco anos, e é dominada por um conjunto de empresas que devem coibir a disseminação de informações falsas.

Embora seja uma tarefa difícil precisar o que são informações falsas, no momento em que vivemos, sob uma grave pandemia, a confiabilidade da informação pode significar vida ou morte. “O presidente parou de falar de cloroquina. Por que será? Porque pesquisas recentes mostraram que ela não surte o efeito desejado e pode mesmo ter contribuído para mortes”, lembrou Doria.

“Com a internet, a imprensa tradicional teve a sua importância relativizada. Não são mais os jornalistas que informam. Às vezes são artistas, que são procurados na própria internet pelo público em busca de informações. Jornalistas cometem deslizes, mas bem ou mal têm algum tipo de treino para lidar com informação e ética”, ponderou o colunista do jornal O Globo.

O jornalista Glenn Greenwald iniciou o debate refletindo acerca das medidas de vigilância estabelecidas pelas autoridades públicas para evitar aglomerações sociais, bem como sobre a possibilidade das grandes empresas, como Facebook e Twitter, censurarem informações consideradas falsas. Glenn, que morava em Nova Iorque à ocasião dos atentados terroristas de 11 de setembro, lembrou que “todos só queriam ser protegidos e apoiariam qualquer coisa que o governo propusesse para ter mais segurança. Depois que passamos a pensar no futuro e no que seria o momento seguinte”.

“Em relação à pandemia, eu me flagrei pensando que precisamos de mais espionagem para evitar medidas mais repressivas. Mas aí pensei: sempre me posicionei contra dar maior poder para o Estado e tenho medo da espionagem. Como posso estar pensando diferente? É o nosso instinto pensar em segurança, como evitar o vírus, como evitar mortes. Mas, temos responsabilidade para pensar da forma mais racional possível”, afirmou o fundador do The Intercept Brasil.

“Quando vejo o presidente e seus filhos disseminando informações falsas, que há cura, quando não há, que é gripezinha, quando a doença é bem mais séria, parte de mim fica feliz quando vejo o Twitter censurando essas mentiras. Por outro lado, me causa preocupação essas empresas americanas censurando e dizendo o que pode, e o que vale no debate. Se aceitarmos medidas que deem mais poder ao governo e pensarmos que é temporariamente, elas se tornarão permanentes. Governos e empresas não abrem mão de poder, isso é um mito”, alertou Glenn Greenwald.

Como exemplo, o jornalista, vencedor do prêmio Pulitzer (2014) destacou que as empresas pretendem censurar informações que contradigam as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Isso é muito perigoso, pois às vezes o consenso científico está errado. As próprias declarações da OMS há cinco semanas, em março, estavam erradas e foram revistas. Nós devemos ter o direito de negar e questionar o poder das autoridades. Devemos ter cautela de que essas empresas possam controlar o que se diz”.

Pedro Doria concordou com o receio de Greenwald sobre conceder, ainda que temporariamente, poder de censura às grandes corporações. “Por um bom motivo, pela Ciência, damos esse poder. Passada a crise, elas podem se acostumar a isso. Eu prefiro o que é feito na Alemanha. A primeira-ministra Angela Merkel em vez de censurar o cidadão, lhe dá toda a informação disponível. Bem informado, ele fica em casa por escolha própria”.

Para Glenn, os alemães confiam no governo, porque Merkel informa a população e as informações não são conflitantes, são confiáveis. “Em países como Brasil e Itália, as pessoas perdem a confiança na imprensa, na classe política, nas autoridades. Isso abre espaço para o populismo. Pessoas como Bolsonaro dizem ‘não confiem na Globo, ela mentiu para vocês. Não confiem na OMS, ela mentiu para proteger a China’. A perda de credibilidade das instituições abre espaço para demagogos. Por isso, Alemanha, Coreia do Sul, e outros países se saem melhor, pois a população acredita em suas autoridades”, comparou.

Fake News e as grandes corporações

Na opinião de Pedro Doria, não é possível controlar plenamente a disseminação de Fake News, pois muitas pessoas querem acreditar nelas, sentem que elas reforçam crenças, opiniões preconcebidas. “Dificilmente se vai convencer essas pessoas, porque não se trata de informação e sim de fé. É o espírito de nossos tempos. Meios de comunicação novos podem servir a isso. Mussolini usou o rádio contra a democracia, mas Franklin Delano Roosevelt (ex-presidente americano) o usou para unir a população. O problema não está no veículo. Por ele ser novo, as pessoas não desenvolveram ainda ‘anticorpos’ para perceber onde estão as pegadinhas. A única solução de longo prazo é criar anticorpo, se habituar ao veículo, e no futuro as pessoas olharão para nossa geração e pensarão como será que eles acreditavam nisso? ” analisou Doria.

Segundo Glenn, em entrevista recente Mark Zuckerberg (dono do Facebook) disse não ser competente para censurar, para dizer o que é verdade ou falso. “Nisso, ele está certo. Mas há a questão de interesses. Quando países poderosos como China ou Israel pedem, as empresas censuram. O Facebook censura muito mais páginas de palestinos quando o governo de Israel pede, quando diz que incita terrorismo”.

Para o fundador do The Intercept Brasil, os jornalistas devem fazer autocrítica, pois as pessoas estão acreditando mais em mensagens anônimas ou de fontes desconhecidas que recebem no Whatsapp do que nos jornalistas profissionais de veículos tradicionais.

Segundo Pedro Doria, há uma questão que faz com que essas empresas não sejam tão inocentes: os algoritmos. “Como fazer a pessoa passar muito tempo na rede social? Com Inteligência Artificial, por machine learning (aprendizado de máquina). Quanto mais indignada você deixa a pessoa, mais tempo ela passa online naquela rede social. É uma decisão que faz sentido do ponto de vista de negócios, que faz com que você seja exposto a informações que te provoquem constante indignação. Isso explica, em parte, porque somos cada vez mais indignados em todo planeta”, refletiu.

Na opinião de Glenn Greenwald, a Internet é ambivalente, ela pode ajudar cidadãos contra facções poderosas ou levar justamente ao contrário. “A Internet na sua arquitetura é descentralizada. Sempre será possível criar um ambiente onde tudo pode. É um espaço de liberdade que pode ser usado tanto para combater ditaduras quanto para cometer crimes. Isso sempre existirá e por isso sempre teremos que discutir como lidar eticamente com esta ferramenta. Deep web, bitcoin são tentativas de fazer a Internet como no princípio, fora do poder dos Estados e corporações. Termos essa ferramenta descentralizada é melhor do que não a ter”, avaliou Glenn.

Internautas perguntam: é momento para impeachment?

Além de discorrerem sobre o tema proposto Internet e Ética, Glenn Greenwald e Pedro Doria foram questionados sobre política pelos internautas que assistiram à transmissão do debate na página da Coppe no Facebook. Ao comentar os temas levantados, os jornalistas opinaram sobre a possibilidade do presidente da República, Jair Bolsonaro, ter cometido crime de responsabilidade ao estimular aglomerações sociais, e, neste caso, passar por um hipotético processo de impeachment.

Doria lembrou que o Brasil tem uma história marcada por períodos ditatoriais e que, em sua opinião, o atual presidente testa, “a todo tempo”, os limites da democracia. “Ele acredita que sua sobrevivência política depende de tirar a importância da pandemia. E não há muito que possamos fazer no limite da legalidade para impedir isso. Não é uma ideia confortável para se conviver. Ele é o desinformador-geral da república. Mas eu acredito na democracia e que ela sobreviverá ao Bolsonaro”, respondeu o colunista do jornal O Globo.

Glenn, que além de jornalista é advogado constitucionalista, evitou opinar acerca de um possível crime de responsabilidade, por conhecer melhor o Direito de seu país. Também não quis emitir opinião mais forte sobre a hipótese de impedimento do presidente, pois o partido de seu marido, o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ), impetrou um pedido de impeachment. Mas, no final, teceu um breve comentário: “acho que há motivo jurídico, sim, mas tenho dúvida sobre os benefícios de abrir esses processos nesse momento de pandemia”.

Pedro Doria também avaliou não ser o momento adequado para deflagração de um processo de impeachment. “Não podemos paralisar o Congresso por oito meses, ele precisa se concentrar em temas sanitários e econômicos”, opinou.

O jornalista americano se sentiu mais à vontade ao responder sobre política internacional. Em sua opinião, neste momento a União Europeia não existe mais na prática. “É incrível que na Europa todos os países estejam com suas fronteiras fechadas. Quando a pandemia começou, as nações mais ricas não estenderam a mão para Itália e Espanha, que recebeu ajuda da China, por conveniência política desta”, mencionou Greenwald.

Para o jornalista, a pandemia mostra o quanto o mundo está conectado e ao mesmo tempo fortalece discursos nacionalistas e xenofóbicos. Há um movimento para culpar a China, o que pode criar um conflito perigoso entre Ocidente e China. Não há solução que não seja internacional, com os países colaborando. Mas a História mostra que tempos de crise trazem nacionalismos e pessoas culpando outros países. Ainda assim, eu quero acreditar que o que estamos passando sirva para um mundo mais conectado.

Questionado sobre as medidas de ajuda econômica e transferência de renda, discutidos pelo governo federal, pelo Congresso Nacional e pela sociedade civil organizada, Doria avaliou que as medidas afastam a política econômica do liberalismo da Escola de Chicago, vertente defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e a aproxima do liberalismo social.

“Concordo com o Guedes que o Brasil tem uma economia muito fechada e uma decorrência disso é que temos indústria precária e que emprega pouco. Existe um lado do nacional-desenvolvimentismo brasileiro muito equivocado. O governo anunciou um pacote de um trilhão de reais que, na verdade, são 200 a 300 bilhões de dinheiro novo. O restante seria antecipações ou liberação de recursos bancários”.

Na avaliação do criador do canal Meio, este não é o momento de Milton Friedman (economista americano, expoente da Escola de Chicago), é o momento de John Maynard Keynes (economista inglês, defensor do aumento de gasto público, em determinadas circunstâncias, para fomentar a geração de empregos). “É o momento em que o Estado coloca dinheiro para dar partida, é como dar partida em carro. Mesmo os bastiões liberais, como os jornais Financial Times e Wall Street Journal, dizem isso. No entanto, de todos os economistas liberais brasileiros, Guedes é o mais mal equipado para isso. Ele não gosta de Keynes”, criticou Pedro Doria.

Alerj vota investimento de R$ 5 milhões em ventiladores da Coppe

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, por votação, hoje, dia 30 de abril, o projeto de lei 2.477/20. É o primeiro passo para que os recursos do Fundo Especial da Alerj possam ser usados para custear projetos de Centros de Pesquisas Tecnológicas, como o do Ventilador de Exceção para Covid-19 – UFRJ, denominado VExCo (confira o vídeo), desenvolvido por pesquisadores da Coppe/UFRJ, para o qual a Alerj pretende destinar R$ 5 milhões.  De acordo com a Alerj, o projeto que altera a Lei Estadual de 2.011 será encaminhado para ser sancionado do governador do Estado Rio de Janeiro, Witzel Wilson.

O montante será utilizado na compra das peças para a produção de mil unidades de ventiladores desenvolvidos por pesquisadores da Coppe, cujo valor unitário, de aproximadamente R$ 5 mil Reais, é 90% mais barato que os ventiladores convencionais disponíveis no mercado por cerca de R$ 50 mil. O objetivo é acelerar o atendimento às demandas hospitalares por esse equipamento, fundamental para o tratamento de pacientes graves vítimas da Covid-19.

Os testes in vitro do ventilador de exceção foram concluídos com sucesso por pesquisadores da Coppe/UFRJ, cujos resultados foram submetidos à Anvisa para obtenção do parecer da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa para que o equipamento possa ser testado em pacientes no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ.

“O ventilador que desenvolvemos é um recurso simples e seguro, porém emergencial, que deve ser utilizado somente quando não houver um equipamento padrão disponível, como já vem acontecendo em outros países. Os ventiladores não serão comercializados, mas distribuídos para os hospitais e posteriormente doados ao Sistema Único de Saúde”, afirmou o professor da Coppe, Jurandir Nadal, coordenador do projeto.

De acordo com a professora Denise de Carvalho, os pacientes do Hospital Universitário da UFRJ estarão entre os que usarão os respiradores projetados pela Coppe. A reitora da UFRJ ressalta que, no combate ao coronavírus, a universidade já produziu 35 mil litros de álcool 70%, realiza testes sorológicos junto à Fiocruz, projetou máscaras em 3D, e está com seu corpo de pesquisa realizando um trabalho multidisciplinar.

A proposta de doação de recursos da Alerj para a produção de equipamentos foi definida, ontem, dia 29, durante audiência pública virtual da Comissão de Ciência e Tecnologia da Casa, presidida pelo deputado Waldeck Carneiro (PT), que também é um dos autores do projeto. A mudança nas regras do Fundo Especial contempla as universidades estaduais e federais, além de programas de Saúde, Educação e Segurança Pública. O texto do projeto determina que a aplicação dos recursos seja fiscalizada pelos órgãos competentes, estaduais e federais. De acordo com o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), o repasse inicial de R$ 5 milhões para a fabricação dos ventiladores poderá ser ampliado.

“Estamos otimistas. Esperamos que os investimentos cheguem a tempo para que possamos contribuir para salvar vidas”, ressaltou o diretor da Coppe, Romildo Toledo.

O VExCo foi desenhado para ser reproduzido em massa, de forma simples, rápida e barata, e com recursos disponíveis no mercado nacional.  A iniciativa conta com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), e a colaboração imprescindível da Petrobras e da Whirlpool.

Acordo de Paris: o mundo está 22 bilhões de toneladas de CO2 além da meta

Estudo publicado pela revista Nature Communications, nessa quarta-feira, 29 de abril, aponta que, em 2030, a emissão mundial de gases do efeito estufa será 22,4 bilhões de toneladas de CO2-equivalente (22,4 GtCO2eq) acima do limite necessário para que o aquecimento global não supere 2º Celsius acima dos níveis pré-industriais. O artigo Taking stock of national climate policies to evaluate implementation of the Paris Agreement é assinado por pesquisadores de vários países, entre eles os professores da Coppe/UFRJ Roberto Schaeffer e Pedro Rochedo, e o pesquisador Alexandre Koberle, doutor em Planejamento Energético pela Coppe.

Em resumo, se mantidas as políticas climáticas atuais, os países não cumprirão o Acordo de Paris. A situação fica ainda mais crítica se levado em conta a recomendação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), de o aquecimento global não superar 1,5º C. Nesse caso, o gap será ainda maior: 28,2 gigatoneladas de CO².

Segundo o professor da Coppe, Roberto Schaeffer, para fechar este hiato até 2030, o uso de energia renovável deveria crescer 6,9%, a eficiência energética deveria crescer 9,6% (cenário de 2º C) ou, respectivamente, 13% e 17,5% (cenário de 1,5ºC). O estudo foi baseado nas bases de dados de políticas públicas dos sete países (Brasil, China, Estados Unidos, Índia, Japão, Rússia e União Europeia) que mais emitem gases causadores de efeito estufa (GEE) e uma análise de cenários multimodelos.

Os cenários apresentados pelo estudo servem como um alerta para que todos os países acelerem a implementação de tecnologias renováveis e a eficiência energética. A recomendação vale tanto para países emergentes, como Brasil e Índia, quanto para nações em economias em transição, como a Rússia, quanto para economias mais avançadas como as da União Europeia, Japão e Estados Unidos.

Em 2023, serão avaliados os esforços combinados dos países signatários do Acordo de Paris. De acordo com as estimativas, todos os países avaliados falhariam em atingir as próprias contribuições por eles propostas em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, em inglês). Mais distantes ainda estarão de cumprir o necessário para atingir as recomendações do IPCC, uma meta mais ambiciosa que limite o aquecimento global a 1,5º C.

O artigo recomenda um cuidadoso redesenho das políticas climáticas em cooperação internacional para que as emissões de gases de efeito estufa simplesmente não migrem de um setor econômico para outro, ou sejam transferidas de um país para outro. Para isso, é necessário o aumento do poder regulatório dos diferentes governos. Modelos de avaliação integrada (IAMs, em inglês), como o Coffee (IAM global) e o Blues (IAM nacional), desenvolvidos por pesquisadores do Programa de Planejamento Energético da Coppe, podem auxiliar neste redesenho.

Guia para a implementação de políticas públicas

A publicação é resultado da maior compilação de dados de políticas climáticas já feita e transposta para IAMs no mundo. Foram utilizados nove modelos integrados de âmbito global e dez de âmbito nacional. Este é o primeiro estudo, revisado por pares, que avalia o impacto de políticas climáticas nacionais como um inventário destas políticas. Para isso, usam um conjunto de IAMs e o utilizam como guia adicional para implementação dessas políticas. A análise foi feita listando políticas de alto impacto desses sete países e as transpondo como parâmetros para os IAMs.

Os pesquisadores utilizaram nove IAMs globais e dez nacionais. Dois desses modelos (um com foco global, o Coffee, e outro nacional, o Blues) foram desenvolvidos no Brasil, no laboratório Cenergia, coordenado pelos professores do Programa de Planejamento Energético da Coppe Roberto Schaeffer, Alexandre Szklo, André Lucena, Pedro Rochedo e Joana Portugal Pereira. Clique aqui e saiba mais sobre eles.

O objetivo do Acordo de Paris é limitar o aquecimento global em até 2º C (com referência aos níveis pré-industriais) e envidar esforços para que o aumento da temperatura não passe de 1,5. Embora a meta seja global, o seu atingimento depende de políticas que são implementadas por cada país, e suas NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas), que devem ser revistas e atualizadas a cada cinco anos, e não são vinculantes legalmente.

Para os sete maiores emissores, a implementação de políticas nacionais deveria reduzir as emissões nacionais em até 9%. Com uma lacuna de implementação pequena para China, Índia, Rússia e Japão, já que esses países estão mais próximos de atingir as suas NDCs, o que não é o caso para a União Europeia, Estados Unidos e Brasil.

A questão crucial que surge da análise é como acelerar a implementação das NDCs e aumentar a ambição destas, e conseguir que o aquecimento global seja bem inferior a 2º C. As políticas atuais são frágeis, sobretudo para a indústria e transportes, e são fragmentadas em relação aos diferentes setores econômicos e países abarcados.

Coppe oferece apoio psicossocial pela internet durante quarentena

Atenta aos impactos decorrentes do isolamento social, a Coppe/UFRJ iniciou, nesta quarta-feira, 29/04, rodas de conversas de apoio psicossocial voltadas para alunos, professores e técnicos-administrativos da instituição. O projeto é uma iniciativa do Núcleo Psicossocial de Apoio aos Discentes (Nupad) da Coppe, em parceria com o Instituto de Psicologia (IP) da UFRJ.

Nas rodas de conversas realizadas por meio de plataforma Google Hangouts, os participantes terão a oportunidade de compartilhar experiências. “As pessoas precisam ser ouvidas. O projeto visa a dar voz às pessoas para que possam compartilhar suas angústias,ansiedades e outras consequências psicológicas causadas pelo confinamento nesse período de isolamento”, explica Vanda Borges, diretora-adjunta de Gestão de Pessoas da Coppe.

Sob a coordenação da professora Andreia Vilanova, e apoio de alunos do Instituto de Psicologia, os encontros têm duração de uma hora e meia cada um, em semanas consecutivas, com até oito participantes.

“O Nupad é um espaço de acolhimento e apoio para superação do sofrimento psíquico. Já pretendíamos implementar este projeto, neste primeiro semestre, com atividades presenciais. A ideia inicial era atender os alunos, mas em função da pandemia   expandimos para toda a comunidade da Coppe”, explicou Vanda.

Pesquisadores da Coppe testam com sucesso ventilador de exceção para Covid-19 e iniciam campanha por recursos para produção

Pesquisadores da Coppe/UFRJ concluíram com sucesso os testes in vitro do ventilador de exceção para ser usado no tratamento de pacientes vítimas do novo coronavírus. Nesta segunda-feira, dia 27/04, esses resultados serão submetidos para aprovação da Anvisa e um protocolo será submetido para a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa para testá-lo em pacientes no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ. Para produzir o “Ventilador de Exceção para Covid-19 – UFRJ” (VExCo), inicia, também, nessa segunda-feira, uma campanha de doações realizada pela Fundação Coppetec, especificamente para a produção dos ventiladores. Os recursos doados serão utilizados na compra das peças necessárias para a produção dos ventiladores. Cada ventilador custará, aproximadamente, R$ 5 mil.

Segundo o professor da Coppe, Jurandir Nadal, coordenador do projeto, a estimativa é que ainda nesta semana o equipamento possa ser testado em pacientes. “Esperamos arrecadar cinco milhões de reais para produzir até mil ventiladores. Eles não serão comercializados; serão distribuídos para as UTIs por meio de um grande estudo de aplicação clínica”, afirma o professor Nadal. Posteriormente serão doados ao Sistema Único de Saúde.

O VExCo foi desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Engenharia Pulmonar e Cardiovascular da Coppe, que incorporou uma grande equipe de colaboradores. Foi concebido para atender, excepcionalmente, a necessidade de ventilação de pacientes em locais e situações em que não se disponha de um ventilador comercial padrão. O ventilador foi desenhado para ser reproduzido em massa, de forma simples, rápida e barata, e com recursos disponíveis no mercado nacional.

A iniciativa conta com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), e a colaboração imprescindível da Petrobras e da Whirlpool.

Para viabilizar a empreitada, em tempo recorde, os pesquisadores do laboratório também contam com a colaboração voluntária de pesquisadores de outros programas da Coppe, da UFRJ e de várias outras instituições do país. Várias empresas também têm se prontificado a ajudar no desenvolvimento, na distribuição e no financiamento dessa iniciativa.

“O ventilador de exceção para Covid-19 não pretende ser mais completo e versátil que os ventiladores de última geração disponíveis nas UTIs. Pelo contrário, é um recurso simples e seguro, porém emergencial, que deve ser utilizado somente quando não houver um equipamento padrão disponível, como já vem acontecendo em vários locais durante a pandemia global”, explica o professor Nadal.

Participe da campanha e faça a sua doação:

As doações deverão ser efetuadas, por meio de depósito bancário, em nome da Fundação Coppetec. Os dados para depósito são:

Destinatário Coppetec

Banco do Brasil
Agência: 2234-9
Conta: 55.622-X
CNPJ : 72.060.999/0001-75

Criada pela Coppe/UFRJ, a Fundação Coppetec gerencia projetos e recursos destinados a Ciência, Tecnologia e Inovação. A Fundação publicará em seu site todas as doações recebidas, bem como onde foram aplicadas, do mesmo modo que foi feito na campanha de captação de recursos para os hospitais da UFRJ. Maiores informações no site http://www.coppetec.coppe.ufrj.br/site/transparencia/hospitais.php

Especialistas apontam as dificuldades do Brasil para enfrentar a pandemia e defendem sistema amplo e política industrial para a Saúde

Constituir um Estado de bem-estar social que caiba no PIB, integrando sistema amplo de saúde, política industrial para o setor, e reconfiguração da política social do Brasil. Foi o que defenderam os especialistas Lígia Bahia, professora do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC) da UFRJ, e Ricardo Henriques, superintendente executivo do Instituto Unibanco, nesse domingo, 19 de abril, durante debate do Fórum Virtual “O Brasil após a pandemia”, promovido pela Coppe/UFRJ e transmitido na página da instituição no Facebook. O video está disponível no canal da Coppe no YouTube.

Médica sanitarista, Lígia Bahia abriu o debate enfatizando que a Covid-19 é um fenômeno biológico novo, e seu modo de transmissão está sendo objeto de grande discussão na comunidade cientifica. A pesquisadora destacou que o Brasil é um dos países em piores condições para enfrentar o coronavírus. “São vários ‘sem’: sem dinheiro, sem notificação, sem informação abrangente, sem recursos humanos suficientes, sem coordenação. Saímos do debate internacional por não termos política pública adequada para este enfrentamento. Não temos sequer testes em quantidade mínima razoável, e temos um presidente que insiste em tensão política”, criticou Lígia.

Na avaliação da professora da UFRJ, a dificuldade para lidar com a pandemia é agravada pela desigualdade social do Brasil, “com diversas aglomerações e subaglomerações: populações carcerárias, populações morando nas ruas e muitas pessoas em favelas onde o isolamento social não é possível”.

Incertezas na saúde e na economia

Segundo Ricardo Henriques, os analistas de mercado estimam que o PIB brasileiro sofrerá uma queda de ao menos 5%. “É uma crise muito pior que a de 2008, podemos passar de 12 milhões para 25 milhões de desempregados. Nem no processo de hiperinflação tivemos queda tão abrupta”, afirmou o economista, destacando que a pandemia trouxe consigo diversas incertezas.

“Cerca de 80% do setor produtivo é constituído por micro e pequenas empresas, que têm capital de giro de 15 dias. Como manter a economia produtiva com ela parada? Como vai ser a retomada dos sistemas de ensino? Um longo período de interrupção de aulas aumenta enormemente a evasão. Em muitos locais, a renda dos idosos sustenta a família. A letalidade maior dos idosos impacta na escolaridade dos jovens. Além disso, há impactos na saúde mental das pessoas que estão confinadas e inseguras quanto aos seus empregos e fontes de renda, e há o aumento da violência doméstica”, questionou o superintendente executivo do Instituto Unibanco.

Na opinião do ex-secretário da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, a pandemia tende a aumentar a desigualdade e vulnerabilidade social, e a falta de experiência administrativa e de conhecimento técnico em política social no governo federal podem piorar o processo. “Onyx Lorenzoni ser ministro de desenvolvimento social seria uma piada em qualquer lugar do mundo. O Mandetta estava longe de ser um ministro desejável, mas a sua saída representa um desmonte do que vinha sendo feito”.

Segundo Lígia, o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, é um empresário muito bem sucedido, mas não conhece o SUS. “Alguém com esse perfil assumir em meio à pandemia é complicado. Com as declarações dele, estou perdendo as esperanças de que ele tenha autonomia. Suas falas têm sido confusas como pastel de vento. Parece ter vindo para enfraquecer o protagonismo do Ministério da Saúde”, criticou.

Para a professora Lígia, a falta de coordenação política e de competência administrativa no Rio de Janeiro são ainda piores do que em outros estados. “Aqui, no Rio de Janeiro, a situação é particularmente complicada, pois temos Bolsonaro, Witzel e Crivella ao mesmo tempo. É o que o escritor Raduan Nassar chamava de casa do capeta. Em São Paulo, Covas e Doria dialogam, tomam atitudes”.

Integração entre SUS e complexo industrial da saúde não saiu do papel

Lígia elogiou o Sistema Único de Saúde (SUS), mas lamentou que a integração com o complexo industrial da saúde, responsável pelo fornecimento de insumos, equipamentos e medicamentos, não tenha saído do papel. “O SUS foi concebido como sistema. Mas, a articulação com a indústria ficou para trás. Mesmo no debate público se fala em atenção básica, médico cubano, e não se fala mais na acoplagem à indústria”, ressaltou.

“Sistema de saúde não se limita a articular atenção básica com serviços de maior complexidade. Ele inclui a indústria que produz insumos para a saúde, fármacos, EPIs, equipamentos hospitalares. Só pode ser um sistema se tiver a indústria acoplada. Este é o exemplo do sistema de saúde inglês, o NHS, que é tão aclamado. Nele, a indústria cresceu junto com os serviços de saúde. Um aprimorou a evolução do outro”, complementou Lígia Bahia.

A professora comparou o modelo britânico com o norte-americano. “Os Estados Unidos gastam com 17% do seu PIB com saúde. O Reino Unido gasta 8% com resultados muito melhores. EUA têm hospitais que parecem hotéis luxuosos, mas a indústria cresceu à parte, não dialoga com a saúde pública. O resultado é o que estamos vendo nesta pandemia, os latinos e negros tiveram mais mortes do que os brancos nos EUA, caracterizando a imensa desigualdade de um país com medicina muito sofisticada, mas sem sistema de saúde”, criticou.

De acordo com Lígia, o Brasil tem tecnologia e competência acumulada, mas não tem escala industrial para produção em larga escala. “O Instituto Butantã e a Fiocruz foram subfinanciados. O país foi desindustrializado. O Brasil depende de parafuso importado para ventilador pulmonar, de reagente importado para testes. Nós estamos de joelhos para a China que produz máscaras, respiradores, testes, de qualidade duvidosa, diga-se. Preferir a todo custo importar o mais barato tira a soberania e a segurança sanitária do país”.

“Então, o que a gente tem que fazer?”, questionou a médica sanitarista. “O que a Inglaterra fez. Investir em indústria de medicamentos, equipamentos, química fina… Assim, os medicamentos caros ficam baratos e o sistema fica sustentável”, reforçou a professora, destacando que muitas ações importantes de combate à crise não têm surgido do governo, mas de iniciativas das universidades públicas, no exercício de suas autonomias. “O que a Coppe está fazendo de produzir ventiladores pulmonares é um ato heroico. Ainda mais em cenários de cortes e ameaças de cortes”.

Em meio à crise, uma agenda positiva

Na avaliação de Lígia Bahia, toda crise, por pior que seja, traz alguma consequência positiva. “Finalmente, saiu da agenda pública o corte de recursos e há uma nova valorização da Ciência. Há muito tempo estávamos presos em uma agenda fiscalista. Hoje seria muito difícil o Guedes vir à TV para dizer que vai cortar salário de profissional de saúde”, celebrou.

“Além disso, 99% dos médicos votaram no Bolsonaro. Ele não foi eleito só com voto de miliciano, ele teve voto de certa elite. E hoje ele perde apoio na classe médica. Os médicos estão contra a ideia de sair do isolamento e de usar, sem critério, a cloroquina. Há uma movimentação de placas tectônicas na sociedade brasileira”, analisou a professora do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva (IESC/UFRJ).

Segundo Ricardo Henriques, é preciso montar um arco amplo e novo que possa reconfigurar a política social para retomar a discussão. “Precisamos endereçar caminhos concretos para enfrentar os desafios urbanos, que são matriciais e multissetoriais, para sairmos dessa crise com nova visão de Estado de bem-estar social, capaz de visibilizar nossa desigualdade e racismo estrutural. Para fazer a economia crescer. Mas não no receituário delfiniano de fazer o bolo crescer, mas que não redistribui”, analisou o professor, um dos formuladores do Bolsa Família.

Vamos conseguir um projeto de sociedade em que a política social não fique subordinada à política econômica, mas em igualdade? O normal na política é essa subordinação (da política à economia), independentemente da visão doutrinária do governante. Precisamos de visão articulada, integral, para mudar o mindset de política pública. A Índia tem cinco centros equivalentes ao ITA e cada um adotou outros cinco centros. Uma decisão do governo para gerar tecnologia e visão internacionalista de ocupar até o mercado de engenheiros do Leste europeu. Não estou dizendo para ter subsídio para setor economicamente inviável. O Estado de bem-estar gera dinamismo para a economia, eles não são antagônicos.

Na opinião de Ricardo, ex-secretário-executivo do Ministério de Assistência e Promoção Social, há uma perversão associada à incompetência nas filas enormes para retirada do auxílio emergencial, que não foi operacionalizado de forma ágil, como deveria. “O cadastro poderia ser pivô da assistência social como um todo. O Bolsa Família é um programa de renda mínima, mas poderia ser convertido em renda básica. Podemos subir a barra e ter uma garantia de que ninguém fique em um patamar de pobreza extrema”, explicou o professor, para quem os pilares da ação social do governo deveriam ser coordenação e efetividade aliados a equidade e solidariedade. “A política social tem que ter o compromisso radical de ser eficaz e eficiente”.

Os quatro debates promovidos pela Coppe/UFRJ no Fórum Virtual “O Brasil após a pandemia” se encontram disponíveis na página da instituição no Facebook. Confira os temas e acesse a gravação dos debates nos links abaixo.

12/04 – Política, Ciência e Tecnologia

Denise Pires de Carvalho, reitora da UFRJ; ex-ministro Ciro Gomes; deputado federal Alessandro Molon.
https://www.facebook.com/coppe/videos/3500576453290741

15/04 – Indústria, Produção e Emprego

Márcio Pochmann, professor da Unicamp, e o economista Eduardo Moreira.
https://www.facebook.com/coppe/videos/639607736883507

19/04 – Saúde Pública, Cidades e Infraestrutura

Lígia Bahia, professora do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC/UFRJ), e Ricardo Henriques, economista e superintendente executivo do Instituto Unibanco.
https://www.facebook.com/coppe/videos/549842012383731

22/04 – Internet e Ética

Glenn Greenwald, jornalista do The Intercept e Pedro Doria, colunista do jornal “O Globo” e cofundador do Canal Meio.
https://www.facebook.com/coppe/videos/694953804591894

Todos os debates foram mediados pelo professor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa. Saiba mais no Planeta Coppe Notícias

Pesquisadores da Coppe estimam que 10 milhões de trabalhadores no país serão afetados em função da Covid-19

Pesquisadores da Coppe/UFRJ estimam que cerca de 10 milhões de trabalhadores que atuam no setor de serviços no Brasil poderão ser afetados em função das medidas necessárias para conter a propagação do Coronavírus.  Esses trabalhadores representam 21% do mercado formal de trabalho no país. As empresas dos setores analisadas são micro (94,7%) e pequenas empresas (4,8%).  Esses dados fazem parte de um estudo que avaliou o impacto no emprego em seis grandes grupos de atividades econômicas de setores de prestação de serviços, sendo que em quatro deles a média salarial dos trabalhadores é abaixo ou próxima a R$ 1,5mil.

O estudo intitulado “Covid-19 e o emprego: estimativas iniciais de impacto no setor de serviços” foi liderado pelo pesquisador Yuri Lima, do Laboratório do Futuro (LabFuturo) da Coppe, que é coordenado pelo professor Jano Moreira de Souza.

Quais setores e ocupações tendem a ser mais afetados? Quais ocupações têm mais chance de serem impactadas com essa crise? Essas são algumas das perguntas respondidas nessa pesquisa, cujo objetivo foi avaliar os impactos do Covid-19 no mercado de trabalho.

Variação do PIB brasileiro em 2020: cenários

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que cerca de 25 milhões de pessoas possam perder seus empregos em decorrência da crise causada pelo coronavírus.  Com relação ao Brasil, ainda não há estimativas oficiais para o aumento do desemprego, somente prognósticos da redução do PIB. Os pesquisadores do LabFuturo, tendo como base o estudo da OIT para calcular o impacto do vírus sobre o emprego mundial, trabalharam com  sete cenários para a variação do PIB brasileiro em 2020, todos com retração entre -0,3% e -8%.

Trabalhadores da área de alimentação estão entre os mais vulneráveis

Considerando um cenário onde 10% dos trabalhadores dos setores analisados sejam demitidos, haveria 990 mil trabalhadores a mais sem emprego. A taxa de desemprego no país passaria de 11,2% para 12%. Caso o número de trabalhadores desempregados nos grandes grupos analisados chegasse a 30% ou 2,97 milhões de pessoas, a taxa de desemprego atingiria 14%; no caso de 50%, resultaria em 4,95 milhões de trabalhadores desempregados e a taxa de desemprego passaria de
11,2% para 15,9%, uma variação de 4,7%.

Segundo o relatório, diversas soluções foram propostas para o desemprego causado pela crise com o Covid-19, desde a renda mínima universal até incentivos fiscais para as empresas, passando pelo abono de aluguéis e hipotecas e pelo pagamento total ou parcial do salário dos trabalhadores mantidos na folha salarial pelas empresas.

De acordo com Yuri Lima, o relatório não incluiu, em um primeiro momento, uma avaliação do impacto da Renda Básica Emergencial, devido às “idas e vindas” do governo federal para a implementação de uma política de amparo social aos afetados pelas consequências econômicas da pandemia e da quarentena. Por essa razão, os pesquisadores optaram por avaliar duas propostas: o projeto de lei 662/2020, de autoria do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), e a outra chamada de “solução dinamarquesa”, avaliando as medidas adotadas pelo país escandinavo, que agiu com rapidez e serviu de referência para outros países europeus.

“Escolhemos a Dinamarca por ser um país com tradição nessa política de bem-estar social, e que teve uma proposta mais favorável aos trabalhadores. Sabendo que muitos não poderão trabalhar home office e dependerão do auxílio do governo”, explica o pesquisador da Coppe.

Solução dinamarquesa adaptada à realidade brasileira

A proposta feita pelo governo dinamarquês envolve o pagamento de até 75% do salário dos trabalhadores de empresas que precisariam demitir mais de 30% dos seus trabalhadores ou mais de 50 trabalhadores. Na proposta dinamarquesa, os trabalhadores que tem seus salários parcialmente pagos pelo governo não podem trabalhar, devem ficar em casa. O pagamento é limitado a 23 mil coroas dinamarquesas, por trabalhador, em período de até 3 meses, o que equivale à 1,43 vezes o salário mínimo.

Yuri e Jano adaptaram o modelo dinamarquês à realidade brasileira

Trazendo este modelo para a realidade brasileira, o governo pagaria até R$ 1,5 mil para arcar com 75% do salário dos trabalhadores que seriam demitidos, ou seja, trabalhadores que recebem até R$ 2 mil teriam seu salário mantido na parceria entre governo e empresas. Dos seis grandes setores de prestação de serviços avaliados pelos pesquisadores da Coppe, quatro deles têm média salarial abaixo ou próxima a R$ 1,5 mil.

Considerando os três cenários propostos, os gastos do governo em três meses caso adotasse solução similar à dinamarquesa seria de R$4,45 bilhões no primeiro cenário, R$13,36 bilhões no segundo cenário e R$22,27 bilhões no terceiro.

Projeto de Lei 662/20 – Salário mínimo para desempregados

O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) propôs um projeto de lei que prevê um conjunto de iniciativas para conter o impacto da crise, dentre elas está o pagamento de um salário mínimo (R$1.045) para os trabalhadores que ficarem desempregados e não tiverem outra fonte de renda.

Levando em consideração os grupos de atividades analisados no relatório, isto representa uma perda de pelo menos 32% da renda do setor com o menor salário médio que é o de Alimentação (R$ 1.545). Com relação aos custos para o Estado, a adoção do projeto custaria, por três meses, R$ 3,1 bilhões no primeiro cenário, R$ 9,3 bilhões no segundo cenário e R$ 15,5 bilhões no terceiro.

O Projeto de Lei 662/20 ainda prevê outras medidas, como a concessão de seguro-desemprego a microempreendedores individuais (MEI) e a proibição do corte do fornecimento de água, luz e gás dos inadimplentes.

O setor de transportes está entre os que mais podem reduzir quadro de funcionários

Dentre os grandes grupos de prestação de serviços analisados no relatório, estão o Comércio Varejista com mais de 6,5 milhões de trabalhadores, o setor de Alimentação com mais de 1,5 milhões de trabalhadores e o setor de Transporte de Passageiros (Terrestre e Aéreo) com quase 1 milhão de trabalhadores. Além destes, foram analisados os setores do Turismo & Hotelaria e de Recreação; Atividades Esportivas e de Recreação; e da Cultura.

“Todas as propostas preveem algum grau de redução na renda, algo esperado devido à contração da atividade econômica”, complementa Yuri Lima, pesquisador do LabFuturo, do Programa de Engenharia de Sistema e Computação da Coppe.  O estudo está disponível na página do laboratório: http://labfuturo.cos.ufrj.br/covid-19.

Coppe promove debate sobre Internet e Ética

Na próxima quarta-feira, 22/04, às 18 horas, a Coppe/UFRJ promove debate sobre “Internet e Ética”, com a participação dos jornalistas Glenn Greenwald, editor da publicação on-line The Intercept, e Pedro Doria, colunista do jornal O Globo e cofundador do Canal Meio. Esse será o quarto debate do Fórum Virtual “O Brasil após a pandemia”, mediado pelo professor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa. Assista e participe do debate, ao vivo, pelo Facebook da Coppe.

O Fórum Virtual promovido pela Coppe tem como objetivo discutir propostas e alternativas para o país superar os impactos decorrentes da pandemia causada pelo coronavírus. Saiba mais sobre o Fórum Virtual da Coppe: https://bit.ly/3coOXdp

Glenn Greenwald 

Jornalista, escritor e advogado, Glenn Greenwald  é editor da publicação on-line The Intercept, criada por ele em 2013. Foi autor, com Laura Poitras, da reportagem publicada em 2013 pelo jornal The Guardian sobre os arquivos vazados por Edward Snowden, que revelou a existência dos programas secretos de vigilância global da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos. A reportagem rendeu ao jornal britânico o Prêmio Pulitzer de jornalismo, em 2014, e foi tema do documentário Citizenfour, agraciado com o Oscar de melhor Documentário em 2014.

Greenwald foi destacado pela revista americana Foreign Policy, em 2013, como um dos 100 principais pensadores globais. É autor de quatro livros entre os mais vendidos do New York Times na seção de política e direito. Seu livro mais recente, No Place to Hide (Sem Lugar Para Se Esconder), descreve o estado de vigilância implementado pelo governo americano e seus aprendizados durante as reportagens sobre os documentos vazados por Edward Snowden.

Foi o primeiro estrangeiro contemplado com o Prêmio Esso de Reportagem, em 2013, com o trabalho “Na mira dos EUA”, publicado no jornal O Globo.

Pedro Doria

Jornalista e escritor, Pedro Doria é colunista dos jornais O Globo e Estado de S.Paulo e comentarista da rádio CBN. Ao longo de sua carreira dirigiu algumas das principais redações do país. É fundador da newsletter Meio, que resume e analisa, diariamente, os acontecimentos, considerado um dos veículos mais influentes da internet brasileira.

Em 2015, foi agraciado com o Prêmio Comunique-se, na categoria melhor jornalista de tecnologia, e com o Prêmio Especialistas, na mesma categoria. Liderou a equipe do jornal O Globo que venceu o Prêmio Esso de Melhor Contribuição à Imprensa, em 2012.  Recebeu também o Prêmio Caixa de Reportagem Social, o Bobs, da rede alemã Deutsche Welle, e o Best Blogs Brazil na categoria política.

Pós-pandemia: economistas defendem maior presença do Estado e novo pacto social

O professor Luiz Pinguelli Rosa mediou o segundo dia de debates do fórum virtual

A reindustrialização do país e a formulação de um pacto social mais inclusivo foram algumas das propostas defendidas pelos economistas Eduardo Moreira e Márcio Pochmann durante o debate promovido pelo Fórum Virtual da Coppe/UFRJ, “O Brasil após a pandemia”, nessa quarta-feira, dia 15 de abril. No debate transmitido na página da Coppe no Facebook, os economistas discutiram o tema “Indústria, Produção e Emprego”. O vídeo está disponível na página da instituição no YouTube.

“A incerteza afasta o investimento”, afirmou Eduardo Moreira, no início do debate. Segundo o economista, o cenário já era de incerteza mesmo antes do advento da pandemia de Covid-19. “O ano de 2019 já tinha sido frustrante, o conflito comercial entre Estados Unidos e China fez o mundo fechar algumas portas para o comércio, e o crescimento global ficou aquém do esperado. Incerteza no mercado gera retração no investimento. Investir é abrir mão da riqueza presente pela expectativa de riqueza futura”, afirmou acrescentando que a maioria dos países reduziu as taxas de juros o máximo possível para tornar o investimento o mais convidativo. “No entanto, Keynes dizia que você pode levar o cavalo à água, mas não pode forçá-lo a beber, e este estímulo não foi suficiente”.

Autor do best-seller “Encantadores de Vidas”, Moreira lembrou que as crises recentes (2008 com o subprime e a crise dos mercados emergentes nos anos 1990) foram financeiras e podiam ser resolvidas com alavancagem. “Não é o caso da crise atual. Essa é causada por inimigo invisível, comum a todos, e que afeta tanto o lado da oferta quanto o da demanda. Enquanto isso não for solucionado, a economia não volta ao normal. Não adianta jogar dinheiro na economia se o vírus continua lá fora. Até quando vai durar? Nesse tempo, o que deixará de ser produzido? Não sabemos, as projeções são díspares, e a incerteza gera ciclo vicioso que afunda cada vez mais a economia”.

Na opinião do professor da Unicamp, Marcio Pochmann, a crise demonstra a inviabilidade de o mercado resolver o momento pelo qual o mundo atravessa. Assim, iniciativas que passem pelo Estado ganham proeminência. “Estamos vendo a dissolução das relações capitalistas, o desmonte de relações que sustentam o capitalismo, a paralisia do circuito débito-crédito. Sem intervenção do Estado, haverá paralisia dessa relação”, complementou.

Segundo Pochmann, está em xeque a formação de cadeias globais de produção conduzidas por transnacionais. Causa estranheza reconhecer que os EUA não conseguem produzir insumos relativamente simples, estando completamente dependente da China. O mundo pós-pandemia será um mundo que questionará a trajetória atual da globalização. Será um mundo de maior acirramento na geopolítica. A polarização entre EUA e China não será atenuada, pelo contrário”, afirmou o professor.

Novo pacto social que beneficie a todos

“Você tem que oferecer um contrato social que beneficie a todos”, afirmou Eduardo Moreira

De acordo com Eduardo Moreira, crises não têm solução, têm travessia, e a atual não é econômica, tem efeitos econômicos. “O governo tem a tarefa de facilitar a travessia, deixar próximas as peças do tabuleiro. Permitir que elas estejam de pé no momento da retomada. Os países precisam do Estado, ele tem legitimidade para impor medidas. Então, os países criam políticas que aumentam a interferência do Estado na economia e sua capacidade de ajudar os mais fracos. E se você exige sacrifícios de todos em uma situação de crise, ao seu fim você tem que oferecer um contrato social que beneficie a todos. Assim, surgiu o Welfare State (Estado de bem-estar social)”.

No entendimento do ex-presidente do Ipea, há diversas implicações do distanciamento social que deverão ser analisadas, dentre elas o impacto que a limitação dos deslocamentos traz, por exemplo, à cadeia produtiva do setor de turismo. “Cerca de 13% do PIB francês depende do turismo e o turismo praticamente desapareceu. Como será reconstruída essa cadeia de valor?”, perguntou Pochmann.

Questionado por internautas que acessaram a transmissão na página da Coppe no Facebook sobre o possível fim do neoliberalismo, Márcio Pochmann disse não acreditar nessa hipótese, embora goste da possibilidade. “Em 2008, os defensores da austeridade foram unânimes em defender intervenção do Estado. Atualmente, as TVs mostram economistas que eram contra e agora defendem novamente a intervenção estatal. Mas é um socialismo dos ricos para ajudar banqueiros e empresários. Logo em seguida (passada a crise financeira de 2008), voltaram a advogar a austeridade. Acredito que o mesmo possa ocorrer agora. Esperamos um pacto que proteja os pobres, mas passada a crise, pode haver uma retomada da austeridade”.

“A pandemia acentua algo que já vinha tomando corpo, regressão neocolonial, o desaparecimento da indústria brasileira, a desarticulação do sistema produtivo. O Brasil era a quarta potência industrial no início dos anos 2000. Atualmente, somos a 11ª. Estamos sendo empurrados para serviços de baixa complexidade e agropecuária”, lamentou o professor da Unicamp.

Projeto civilizatório e o erro de estratégia atual

Para Márcio Pochmann, é fundamental criar uma maioria política que supere o projeto de regressão colonial

Para Márcio Pochmann, a polarização entre petistas e antipetistas foi substituída por uma polarização entre barbárie e civilização. “Conseguirmos formar uma maioria política interessada em criar um projeto de médio e longo prazo é o desafio fundamental para superarmos o projeto elitista de regressão neocolonial por um em que todos caibam no orçamento”, afirmou o professor, que também defendeu a ampliação da capacidade de endividamento dos estados, controle das importações para internalização de cadeias produtivas e uma “quarentena dos capitais para deter fuga de capitais”.

Na avaliação de Eduardo Moreira, o Brasil precisa de um plano estratégico e tem vantagens comparativas que lhe permitem traçar uma estratégia exitosa de desenvolvimento, como um grande mercado consumidor, abundância de recursos minerais e terras agricultáveis, além de grande extensão litorânea. “Temos que fazer como a China, internalizar cadeias de suprimento, dependermos menos do mundo e usar o mundo como alavanca de crescimento”.

O economista cobrou ainda uma reforma tributária que torne a arrecadação mais justa. “O Brasil é o país que menos paga tributos sobre lucros e dividendos e cobra muito do consumo. Então, tributa mal, tributa mais os pobres do que os ricos, e a maior parte desse dinheiro vai para pagamento de juros sobre dívida, vai mais para ricos do que para pobres. E esse dinheiro vai ser poupado novamente, em vez de reinvestido. A gente pega o dinheiro de maneira errada, usa de maneira errada e isso não é otimizado para a sociedade”, criticou.

Para o ex-sócio do Banco Pactual, “não basta ajudar as micro e pequenas empresas com crédito barato, é necessário preservar as grandes empresas que demandam seus serviços. Tomemos o exemplo da Petrobras: muitas empresas dependem dela para prestar serviços e fornecer insumos. O sucesso da Petrobras puxa as demais. Quando a Petrobras fecha fábrica de fertilizantes no Paraná, não apenas desemprega como leva mais um insumo da cadeia de suprimento a ser importado. Cada vez menos riqueza fica contida no país. Então, eu me pergunto: isso é um erro de estratégia, ou, como disse o Pochmann, é a estratégia?

Saúde pública, cidades e infraestrutura é tema do próximo debate do Fórum Virtual

A Coppe/UFRJ promove no próximo domingo, dia 19/04, às 18 horas, o terceiro debate do Fórum Virtual “O Brasil após a pandemia”. Para discutir o tema Saúde pública, cidades e infraestrutura, a Coppe convidou os professores Lígia Bahia, do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC) da UFRJ, e Ricardo Henriques, superintendente executivo do Instituto Unibanco, ex-secretário da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação. O debate será mediado pelo professor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa.

O Fórum Virtual da Coppe tem como objetivo discutir propostas e alternativas para o país superar os impactos decorrentes da pandemia causada pelo coronavírus. O público pode assistir e participar do debate, ao vivo, pelo Facebook da Coppe – https://www.facebook.com/coppe

A quarta edição do Fórum Virtual será realizada na próxima quarta-feira, dia 22 de abril, e terá como tema “Internet e Ética”. Para debate o tema, foram convidados os jornalistas Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, e Pedro Dória, colunista do jornal O Globo e cofundador do Canal Meio.

Sobre os debatedores

Lígia Bahia

Professora do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC) da UFRJ, Lígia Bahia é médica e doutora em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Especialista em epidemiologia e pneumologia sanitária, coordena o projeto Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS).

Ricardo Henriques

Ex-professor da Faculdade de Economia da UFF, Ricardo Henriques é superintendente executivo da Fundação Unibanco. Ex-secretário da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação; foi presidente do Instituto Pereira Passos e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro. Coordenou o desenho e a implementação do programa Bolsa Família quando foi secretário executivo do Ministério de Assistência e Promoção Social.

UFRJ disponibiliza sistema georreferenciado para a Secretaria Estadual de Saúde acompanhar on-line a evolução da pandemia

Pesquisadores do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe e do Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais (NCE), da UFRJ, desenvolveram um sistema georreferenciado para o acompanhamento on-line da evolução da pandemia causada pelo novo coronavírus. A tecnologia foi implantada no Rio de Janeiro, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, e se encontra no ar o site para acompanhamento dos casos de infecções em todo o território fluminense: https://dadoscovid19.cos.ufrj.br

Uma versão restrita do sistema está sendo utilizada pelo Gabinete Ampliado de Crise para assessoramento ao Governo Estado do Rio de Janeiro no enfrentamento da pandemia, e pelo Grupo de Trabalho Multidisciplinar para enfrentamento da COVID-19, da UFRJ, para apoiar a tomada de decisões estratégicas relativas ao combate ao vírus SARS-COV-2.

Aberto ao público, o site permite acompanhar o número de casos confirmados, suspeitos, recuperados, e a quantidade de óbitos, desde o dia 1 de março. A tecnologia do sistema, desenvolvida sob coordenação do professor da Coppe e do NCE, Claudio Miceli de Farias, e do professor da Coppe, Guilherme Horta Travassos, permite também que os gestores da área de medicina acompanhem toda a evolução da epidemia, a partir do tratamento e da análise de dados realizados automaticamente pela ferramenta, o que facilitará na tomada de decisão. Os interessados podem ainda verificar as ocorrências por gênero e faixa etária, além de selecionar cada um dos municípios do Rio que desejar.

O sistema também está estruturado para consolidar dados coletados juntos às secretarias municipais e estaduais e ao Ministério da Saúde. Como parte da ferramenta, foi criado outro sistema voltado para as notificações de eventos que auxiliará os profissionais da saúde cadastrarem as ocorrências.

Essas tecnologias fazem parte de um conjunto de sistemas computacionais e modelagens desenvolvido por pesquisadores da Coppe/UFRJ, em parceria com outras unidades da UFRJ e algumas universidades. Muitas das ferramentas serão utilizadas por profissionais, gestores e tomadores de decisão que estão atuando na “linha de frente” para reduzir os efeitos da pandemia. As iniciativas incluem sistemas de software e tecnologias que possibilitam acompanhar a evolução do estado dos pacientes; facilitar a comunicação entre as equipes de saúde, e viabilizar a modelagem de equipamentos usados para proteger profissionais da área da Saúde que estão trabalhando em hospitais e postos de saúde.

O Brasil após a pandemia

A Coppe/UFRJ promove, de 12 a 22 de abril, sempre às 18h, o Fórum Virtual “O Brasil após a pandemia”. A série de encontros virtuais tem como objetivo debater e discutir propostas e alternativas para o país superar os impactos  decorrentes da pandemia causada pelo coronavírus. O público poderá assistir e participar do debate, ao vivo, com perguntas que serão encaminhadas aos debatedores, pelo Facebook da Coppe: www.facebook.com\coppe

A série de encontros contará com a mediação do professor Luiz Pinguelli Rosa, da Coppe, e abordará os temas: Política, Ciência e Tecnologia (12/04); Indústria, Produção e Emprego (15/04); Saúde Pública, Cidades e Infraestrutura (19/04); Internet e Ética (22/04).

Programação

12/04: Política, Ciência e Tecnologia:

Professora Denise Pires de Carvalho, reitora da UFRJ.
Ciro Gomes (PDT-CE), ex-ministro e ex-candidato à Presidência da República.
Alessandro Molon (PSB-RJ), deputado federal.

15/04: Indústria, Produção e Emprego:

Eduardo Moreira, escritor e economista.
Professor Márcio Pochmann (Unicamp), ex-presidente do Ipea.

19/04: Saúde Pública, Cidades e Infraestrutura:

Lígia Bahia, professora do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC/UFRJ).
Ricardo Henriques, professor da UFF e ex-secretário da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), do Ministério da Educação.

22/04: Internet e Ética:

Glenn Greenwald, jornalista do site The Intercept Brasil.
Pedro Dória, colunista do jornal “O Globo” e cofundador do Canal Meio.

Título: Ensino Híbrido: Desafios e perspectivas nas engenharias e no ensino básico
Coordenador: MARCELLO LUIZ RODRIGUES DE CAMPOS
Contato do coordenadorcampos@smt.ufrj.br

Resumo: A pandemia da COVID-19 impôs uma transição drástica do modelo padrão de ensino, para aulas estritamente virtuais, e tem exigido um grande esforço para preparar e oferecer cursos aos alunos, seja no ensino universitário ou no ensino básico, pois poucos estavam preparados para lidar com as tecnologias de ensino online. Passados meses após o isolamento, não tem sido trivial a transição do presencial para o virtual, principalmente na manutenção da qualidade das disciplinas oferecidas neste novo formato. Uma lição foi aprendida neste processo: é necessário investir de forma permanente na implementação de tecnologias inovadoras/eficientes no melhoramento dos processos de ensino e aprendizagem. Neste sentido, este projeto visa a dar apoio à rede pública de ensino, seja no âmbito do ensino básico ou do ensino de engenharia em outras universidades, no Estado do Rio de Janeiro. O objetivo é o desenvolvimento de recursos e cursos em formato híbrido, incorporando técnicas de aprendizado ativo, sala de aula invertida, multimodalidade, etc.

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TítuloEscola Piloto em Engenharia Química Prof. Giulio Massarani
Coordenador: HENRIQUE POLTRONIERI PACHECO
Contato do coordenadorpacheco.h.pacheco@gmail.com e helen@peq.coppe.ufrj.br

Resumo: A Escola Piloto Presencial (EPP) em Engenharia Química surgiu em 1993, no PEQ/COPPE, e é uma ferramenta de atualização e de educação continuada, bastante útil para professores de ensino médio e de graduação, mas também muito procurada por estudantes e técnicos, além de empregados da indústria em geral. Nesta proposta da EPP desta edição serão oferecidos 10 módulos: TÉCNICAS AVANÇADAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS (DIVIDIDA EM 10 SUB-MÓDULOS) ensina técnicas de ponta para caracterização de diversos de tipos de materiais, discutindo o fundamento das técnicas e exemplificando com dados reais. Os módulos são: Módulo 1: Técnicas espectroscópicas (FTIR, DRIFTS, RAMAN e UV-Vis) Módulo 2: Ressonância magnética nuclear (RMN) Módulo 3: Difração de raios x (DRX) Módulo 4: Espectrômetro de Massas e Redução à Temperatura Programada (MS e TPR) Módulo 5: Cromatografia por permeação em gel (GPC) Módulo 6: Análises de tamanho de gotas e partículas Módulo 7: Técnicas cromatográficas gasosa e líquida – Uma visão de Troubleshooting Módulo 8: Elementos de caracterização de petróleo Módulo 9: Análises térmicas – TGA, DSC e DMA Módulo 10: Biotecnologia no Cotidiano.

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TítuloLaboratório de Informática e Sociedade – LabIS
Coordenador:  HENRIQUE LUIZ CUKIERMAN
Contato do coordenadorhcukier@cos.ufrj.br e lealsobral@cos.ufrj.br

Resumo: O LabIS veio se configurando ao longo de uma caminhada que remonta aos trabalhos e investigações da linha de pesquisa em Informática e Sociedade (IS) do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da COPPE/UFRJ. Uma linha de pesquisa há tempos em busca de um Brasil ainda por inventar, movida pelo desejo de compreender a realidade brasileira para colaborar com a construção de um país mais justo e equânime. Trabalhamos com a produção de software de acessibilidade (LibrasOffice), jogos educativos (Damática), bancos comunitários (Mumbuca e Preventório) e oferecemos cursos de programação para estudantes da rede pública do ensino médio.

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TítuloLetramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ
Coordenador: DENISE CUNHA DANTAS
Contato do coordenadorddantas@oceanica.ufrj.br

Resumo: O Letramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ é um projeto aberto a todo aquele que não é alfabetizado e aquele que não teve acesso ou não concluiu os estudos no Ensino Fundamental na idade escolar referente. Foi criado em 2005 pela Assessoria de Desenvolvimento Social da COPPE, a partir de uma pesquisa com os servidores e trabalhadores terceirizados que atuavam em atividades de limpeza e serviços gerais. A pesquisa foi ampliada para outras unidades e setores da Universidade. Hoje o Projeto tem como aluno servidores da UFRJ e terceirizados que, em sua maioria, trabalham no Centro de Tecnologia, e cidadãos moradores do entorno da Ilha do Fundão, principalmente da Vila Residencial e do Complexo da Maré. As aulas são ministradas no Centro de Tecnologia para as turmas de Letramento Básico, Intermediário e Avançado. E acontecem de segunda a sexta feira, de 15 às 16:30 horas.

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TítuloPolímeros para o setor de petróleo e gás – Aditivos
Coordenador: TAISSA ZANGEROLAMI LOPES RODRIGUES
Contato do coordenadortaissazl@yahoo.com.br e elucas@metalmat.ufrj.br

Resumo: A ação contempla aulas teóricas e demonstrativas e obtenção, caracterização e propriedades em solução dos polímeros, além de suas aplicações como aditivos na indústria do petróleo.

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TítuloPolímeros: aplicações e uso consciente
Coordenador: ARIANE DE JESUS SOUSA BATISTA
Contato do coordenadorariane.pent@gmail.com e ariane@pent.coppe.ufrj.br

Resumo: A reciclagem de plásticos é um tema importante, visto que mais de 60% de todo plástico produzido já virou resíduo e apenas 9% foi reciclado em todo mundo. No Brasil os dados são ainda mais alarmantes. O relatório apresentado pelo WWF recentemente afirma que o Brasil é o quarto maior produtor de resíduos plásticos do mundo e recicla menos de 2% desse montante. Contudo, políticas de reciclagem e educação ambiental ainda são precárias e pouco divulgadas, e a disseminação de informações que tornam os plásticos vilões fazem com que o banimento desses materiais seja cada vez mais desejável. No entanto, vale lembrar que os plásticos são polímeros de alto valor agregado, baixo custo de produção e muito versáteis, e quando reciclados podem ser reinseridos na cadeia produtiva, possibilitando a produção de novos materiais, além de alavancar o setor energético. Dessa forma esse projeto visa instruir e incentivar alunos de escolas públicas e privadas a serem multiplicadores dos conceitos de reciclagem em suas escolas, famílias e comunidade. Onde palestras e atividades lúdicas serão realizadas, de forma virtual, incentivando o descarte correto ou reutilização de resíduos plásticos, evitando que esses resíduos sejam descartados em lugares impróprios.

Site onde os trabalhos realizados pelo projeto de extensão são divulgados
Instagram do Grupo EngePol (PEQ/COPPE/UFRJ), onde todos os nossos trabalhos e laboratórios são divulgados, inclusive os do projeto de extensão

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TítuloPrograma de Incubação de Empreendimentos Populares – Inovação Social dos Processos de Incubação de EES
Coordenador: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contato do coordenador: amandaxavier86@gmail.com

Resumo: A ITCP/COPPE vem atuando, desde a sua criação, no apoio aos Empreendimentos Populares. Desenvolve ações que vão de encontro às necessidades das classes populares e dos setores informais, que historicamente ficam à margem das ações sociais desenvolvidas pelo Estado. Hoje novas técnicas e ferramentas são requeridas para enfrentar os novos desafios que se apresentam. Esta proposta visa investigar metodologias inovadoras de incubação, que propiciem o aperfeiçoamento das atividades dos empreendimentos incubados, dando continuidade às ações desenvolvidas pela ITCP/COPPE. A implantação das novas metodologias desenvolvidas permitirá melhorar a qualidade dos Empreendimentos Econômicos Solidários – E. Site da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares – ITCP/COPPE/UFRJ 

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TítuloEspaço COPPE Miguel de Simoni
Coordenador: CLAUDIA MARIA LIMA WERNER
Contato do coordenador: werner@cos.ufrj.br

Resumo: A atividade central deste projeto é a visitação guiada a exposição do Espaço COPPE, realizada predominantemente por estudantes do Ensino Médio da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Os grupos de estudantes realizam as visitas acompanhados por professores das escolas de origem. O ambiente dos espaços de divulgação científica e tecnológica, como o Espaço COPPE, pode proporcionar elementos-chave de fomento à motivação intrínseca do aprendizado – por exemplo: construção de significado pessoal, tarefas desafiadoras, colaboração e sentimentos positivos sobre os esforços realizados e, portanto, são potenciais indutores da formação de vínculos novos, por vezes mais intensos. Site do Espaço COPPE  

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TítuloSISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS – DEFESA
Coordenador: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contato do coordenadoreduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br e karina.andrade@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG) da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.

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TítuloSISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS GERAIS E UFRJ
Coordenador: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contato do coordenadoreduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG-TR) preconizada pela SEGES do Ministério de Economia). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.

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TítuloUBUNTU.lab – Programa de inovação aberta em cidades inteligentes para a redução da desigualdade racial no Rio de Janeiro

Coordenador: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contato do coordenadormatheusoli@hotmail.com

Resumo: O Projeto BRA/15/010 – Fortalecimento e Expansão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial é uma ação entre o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com o objetivo de descentralizar as políticas públicas de igualdade racial e fortalecer e expandir o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir). A Fundação COPPETEC foi uma das entidades selecionadas através do projeto U.lab para apresentar a prefeitura do Rio de Janeiro um laboratório de inovação governamental a ser replicado como política de promoção da igualdade racial no âmbito de implementação do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Município desenvolvido pelo Escritório de Planejamento da Secretaria Municipal da Casa Civil (EPL). No âmbito do Sinapir, o presente projeto tem o objetivo de entregar ao município do Rio de Janeiro, um programa de inovação governamental que coloca o jovem negro como protagonista da tecnologia capaz de promover o bem-estar no seu dia a dia.

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TítuloUnidade de Suporte à Inovação Social – USIS
Coordenador:  CARLA MARTINS CIPOLLA
Contato do coordenadorcarla.cipolla@ufrj.br

Resumo: A atividade apoia inovações sociais como chave para o desenvolvimento. O USIS/ UFRJ – Unidade de Suporte à Inovação Social – nasceu do projeto LASIN – Latin American Social Innovation Network -, financiado pela Comissão Europeia, com o propósito de implementar um modelo de envolvimento Universidade/comunidade, baseado na combinação de atividades curriculares e extra-curriculares, materiais e instrumentos de aprendizagem, treino prático, oficinas e mentorias para reforçar as ligações da universidade com o ambiente social mais amplo (Grupos comunitários, ONGs e/ou OSCIPS, Organizações governamentais, empresas e escolas) com metodologia própria desenvolvida por LASIN.

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Título“TÁ” LIGADO?! MINHA CÂMERA NA MÃO E UMA IDEIA NA CABEÇA – A LINGUAGEM AUDIOVISUAL COMO LIVRE EXPRESSÃO NA CONSTRUÇÃO DIALÉTICA NO ESPAÇO ENTRE A UNIVERSIDADE, A ESCOLA E A SOCIEDADE
Coordenador:  ANDREA MARIA DO NASCIMENTO SILVA
Contato do coordenadorandreanascimento@cos.ufrj.br

Resumo: Todos nós da comunidade acadêmica e escolar tivemos que nos adaptar à utilização de soluções tecnológicas para nos comunicar, socializar e nos relacionar durante o período de pandemia para reproduzir a rotina de uma sala de aula. Com isso, a linguagem audiovisual e o uso de dispositivos portáteis, como smartphones e tablets, que já era uma realidade muito presente em nossa vida, de repente, se tornou fundamental. Essa proximidade foi uma grande motivação que trouxe a memória da frase emblemática do cineasta Glauber Rocha – Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça – que inspirou o título deste projeto e que nos faz compreender que atualmente a nossa práxis gira em torno dessa máxima que representa nosso atual cenário social nos hábitos de registrar e compartilhar nossas imagens, nossos áudios, nossos vídeos, seja de forma direta ou indiretamente nas redes sociais. Portanto, este projeto visa atender a uma demanda técnica para auxiliar a produção de conteúdo de divulgação de pesquisas, trabalhos escolares, vídeo aulas, entre outros, de forma que o público participante do projeto conheça detalhes da composição audiovisual. Enfatizar o uso da linguagem audiovisual para acesso ao conhecimento e para a troca de saberes, uma comunicação dialética onde é importante não só transmitir o conhecimento gerado na universidade mas também possibilitar que a sociedade contribua com o seu olhar, seu fazer, sua crítica.

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TítuloApoio às Micro e Pequenas Empresas do estado do Rio de Janeiro para o desenvolvimento de trajetórias econômicas sustentáveis
Coordenador: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contato do coordenadoramandaxavier86@gmail.com

Resumo: As MPE compõe 92% das empresas do Estado do Rio de Janeiro (RJ) e são responsáveis por mais de 50% dos empregos formais (Brasil, 2020). No entanto, as MPE enfrentam enormes desafios, sobretudo pela amplitude da atual crise sanitária, econômica e social (CNI, 2021; SEBRAE, 2020), colocando em evidencia o modelo econômico dominante, centrado na produção em massa de bens materiais e de performance financeira (Fernandes et al., 2021; Lima & Dias, 2020). Nesse sentido, esse projeto se fundamenta na perspectiva da Economia da Funcionalidade e da Cooperação (EFC), que tem como proposta fornecer soluções integradas de bens e serviços a partir da cooperação entre diferentes atores territoriais, abandonando a noção de escalabilidade e desenvolvendo novos modelos de governança de empresas e territórios (Du Tertre et al., 2019). Essa abordagem interacionista permite um menor consumo de recursos naturais e a renovação do vínculo social, criando resiliência para as relações econômicas, tão fragilizadas diante do cenário atual (Xavier et al., 2021; Roman et al., 2020). Este projeto visa apoiar as Micro e Pequenas Empresas do estado do Rio de Janeiro no desenvolvimento de trajetórias econômicas sustentáveis, criando impacto direto na sociedade e na comunidade científica. Para tanto, visa a formação, acompanhamento e intervenção de dirigentes de empresas para transição de modelo econômico a partir do Modelo da Economia da Funcionalidade e da Cooperação.

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TítuloBoas Práticas de Acolhimento – Saberes, Convivências e Aprendizagens
Coordenador:  VANDA BORGES DE SOUZA
Contato do coordenadorvanda@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: Entende-se que o acolhimento poderá ampliar sua esfera de atuação, para além do campo psicossocial, podendo alcançar também o contexto socioeconômico, acadêmico, das relações laborais entre outros. Com o passar do tempo, a sobrevivência às situações de adoecimento, outros aspectos do acolhimento foram se apresentando. O acolhimento financeiro, o acolhimento acadêmico, o acolhimento dos conflitos e dificuldades de relacionamentos, o acolhimento laboral pela dificuldade de absorção e entendimento das novas formas de trabalho surgidas. A partir de então, se fez necessário repensar como dar conta de considerar todos esses tipos de acolhimentos. Neste sentido, este projeto pretende evidenciar a importância de compartilhar uma informação que oriente e facilite os indivíduos para o desempenho de ações de acolhimento nos diversos espaços de convivência. Por isso, saberes, convivências e aprendizagens fazem parte de uma via de mão dupla. Ou seja, cada parte tem o que a transmitir, conhecer e se aperfeiçoar com a outra.

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TítuloCapacitação de jovens para o mercado de TI em NF, uma abordagem através de aprendizado ativo: introdução à programação em Python
Coordenador:  EDMUNDO ALBUQUERQUE DE SOUZA E SILVA
Contato do coordenador: edmundo@land.ufrj.br

Resumo: Este curso é uma ação prevista no projeto de Extensão “Ensino Hibrido: Desafios e perspectivas nas engenharias e no ensino básico” já registrado no SIGA, pela COPPE. O projeto de extensão registrado no SIGA tem como um dos seus objetivos a criação de cursos em áreas chave para o desenvolvimento do Estado e de acordo com a experiência multidisciplinar da COPPE. Através de uma parceria com a Ong Ideas de Friburgo que proporcionou a infraestrutura necessária (espaço físico, computadores, pessoal local, etc.) foi criado um local para treinamento de jovens oriundos de escolas públicas do segundo grau. A ideia do curso surgiu durante a elaboração de disciplinas de programação para um curso avançado de técnicas de Inteligência Artificial com o formato hibrido baseado no Aprendizado Voltado a Projetos (PBL, projeto FAPERJ) de forma a que a experiência do projeto em PBL fosse aplicada a jovens alunos. O curso visa introduzir os jovens em linguagens modernas de computação, e fornecer o treinamento essencial para que o aluno da rede pública de ensino possa mais facilmente ingressar no mercado de trabalho local. Os alunos selecionados têm a oportunidade de aprender programação na prática, com base na linguagem Python, para melhor entender e tentar propor soluções a problemas reais e da cidade de Friburgo quando possível. O curso visa também fornecer incentivos para que os egressos possam continuar os estudos em tópicos adicionais de tecnologias da computação.

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TítuloDisseminação das aplicações da Engenharia Nuclear no âmbito da sustentabilidade ambiental
Coordenador:  INAYA CORREA BARBOSA LIMA
Contato do coordenador: inayacorrea@gmail.com

Resumo: Em sua Décima Edição, a Semana do Meio Ambiente da BR Marinas integra em sua agenda o Dia Mundial do Oceano, inserindo-se no contexto da Década do Oceano da ONU. Este evento conta com os apoios do Núcleo de Vida Marinha e do Centro de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e da Cidade do Rio de Janeiro e da Cátedra UNESCO para a Sustentabilidade do Oceano, trazendo para o público carioca a importância dos Oceanos na mitigação das Mudanças Climáticas, o debate sobre a biodiversidade e as potencialidades do Oceano, e a integração entre Ciência, Educação, Políticas Públicas e Sociedade Civil. Ademais, serão incorporadas pela primeira vez aplicações nucleares e atômicas de medidas para englobar a temática em tela com cujo acadêmico-cientifico. E, por fim, teremos uma ação de Sensibilização Ambiental será realizada através da promoção de um Mutirão de Limpeza com foco nos resíduos sólidos do entorno da Marina da Glória, incluindo o Lixo Marinho, com a participação de voluntários.

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TítuloDroneiros Vonluntários
Coordenador: THARCISYO COTTA FONTAINHA
Contato do coordenadortcottaf@gmail.com

Resumo: Em 2022, os desastres causaram mais de 30,704 mortes e com 185 milhões de pessoas afetadas, e prejuízos de 223.8 bilhões de dólares segundo o Centre for Research on the Epidemiology of Disasters (CRED). No Brasil, entre 2011 a 2022, especificamente no Rio de Janeiro, houve 591 ocorrências de desastres, resultando em 987 mortes e afetando 3,9 milhões de pessoas, e prejuízos econômicos superior a R$ 3,08 bilhões (Atlas digital de desastres no Brasil, 2023). Tais dados demonstram a importância e a complexidade das Operações Humanitárias e de Desastres (OHD), as quais envolvem o acesso as áreas afetadas, a coordenação de diversos stakeholders e falta de recursos. Assim surge o projeto Droneiros Voluntários, idealizado no âmbito do Programa de Engenharia de Produção da COPPE/CT/UFRJ de forma a auxiliar a escassez de recursos humanos e tecnológicos na resposta a desastres. O projeto conta com uma plataforma tecnológica que atua como um facilitador, unindo proprietários de drones, defesa civil e outras organizações no desenvolvimento de ações de mapeamento de áreas de risco e afetadas por desastres, promovendo uma colaboração entre stakeholders mais eficaz e eficiente no contexto de OHD. Nesse sentido, o projeto atua no engajamento e promoção da troca de conhecimento entre os diferentes atores tratados como público alvo, promovendo OHD eficazes e mais eficientes, com integração entre diferentes áreas de conhecimento científico e pesquisadores de diferentes níveis que atuam em OHD.

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TítuloINSILICONET – PROGRAMANDO O FUTURO
Coordenador:  ARGIMIRO RESENDE SECCHI
Contato do coordenador: arge@peq.coppe.ufrj.br

Resumo: A InSilicoNet é um espaço de colaboração onde diversos atores da sociedade são convidados a trazer seus problemas técnicos para construir, em conjunto com os membros acadêmicos, soluções tecnológicas inovadoras baseadas em ferramentas digitais. Está estruturado como uma rede de sete Universidades do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ, UERJ, PUC-Rio, UFF, UFRRJ e SENAI CETIQT) e profissionais de engenharia com experiência na área de engenharia de sistemas em processos (Process Systems Engineering, PSE). A InSilicoNet tem a missão de promover o desenvolvimento científico e tecnológico comprometidos não apenas com o desempenho econômico, mas com os impactos sociais e ambientais por meio de atividades de extensão integradas a iniciativas de pesquisa e ensino em PSE, contemplando: a) Fábrica de Aprendizagem, que desenvolve competências e habilidades de discentes de graduação e pós-graduação para o trabalho colaborativo empregando PSE na solução de problemas tecnológicos, sociais e ambientais tratáveis por ferramentas de engenharia digital; b) Oferta de cursos de extensão que promovam competência para o desenvolvimento de pesquisa, tecnologia e inovação; e c) Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento integrando discentes de graduação e pós-graduação sob orientação acadêmica e mentoria por indústrias, organizações e/ou governos.

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TítuloRede Refugia
Coordenador:  THARCISYO COTTA FONTAINHA
Contato do coordenadortcottaf@gmail.com

Resumo: O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) revela que em 2022 o mundo ultrapassou a marca de 100 milhões de pessoas em deslocamento forçado, motivados por inúmeras razões. No Brasil, desde 2011 foram realizadas 297.712 solicitações de reconhecimento da condição de refugiado. Devido a sua complexidade e alta quantidade de pessoas afetadas, a crise humanitária de refugiados precisa ser enfrentada pelos governos em comunhão com a sociedade civil e o setor privado, a fim de se garantir que as pessoas em deslocamento forçado tenham seus direitos humanos protegidos durante um processo de acolhimento efetivo e atento às suas necessidades. Assim, interessados em auxiliar no enfrentamento brasileiro à crise migratória, a Rede Refugia foi idealizada no âmbito do Programa de Engenharia de Produção da COPPE/CT/UFRJ. Trata-se de uma plataforma tecnológica colaborativa que objetiva facilitar o processo de acolhimento, proteção e integração de pessoas em deslocamento forçado que estão no Brasil. Dessa forma busca-se fortalecer os processos de colaboração mútua entre refugiados, solicitantes de refúgio, apátridas, poder público, entidades privadas, organizações humanitárias e outros stakeholders. Por meio de um processo de inovação social, a Rede Refugia busca fomentar um ambiente que favoreça a implementação de soluções inovadoras para os problemas vivenciados pelas pessoas em deslocamento forçado vivendo em solo brasileiro.

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Agendamento com a GRH

Setor da COPPE responsável pela orientação aos funcionários, no tocante a direitos e deveres em sua vida funcional, além de promover diversas ações que contribuem para capacitação profissional e bem-estar dos trabalhadores.
A Equipe é formada por profissionais da área de Administração, Recursos Humanos e Pedagogia, que estão prontos para atender a força de trabalho COPPE.

 

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Agendamento de Espaço

O serviço de Agendamento de Espaço é fornecido pelo Setor de Eventos Institucionais e Operação, e deve ser solicitado por meio do Sistema de Administração Predial, pelo Entrada Única.

Este serviço realiza o agendamento para uso dos seguintes espaços:

  • Auditório G-122
  • Auditório bloco M – anexo
  • Grêmio da Coppe
  • Tenda do auditório G-122

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Enviar

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Resíduos Químicos

O serviço de Retirada de Resíduo Químico é fornecido pela Gerência de Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Saúde, e deve ser solicitado por meio do Sistema de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, pelo Entrada Única.

Clique aqui para agendar

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Segurança Patrimonial

O serviço de Segurança Patrimonial é fornecido pelo Grupo de Apoio de Segurança Patrimonial, e deve ser solicitado conforme as orientações abaixo:

  • Em caso de furto, roubo ou agressão, ligar para a sala de segurança da Coppe no ramal: 8457 ou 2560-8858.
  • Em caso de furto ou roubo de patrimônio, ligar para a Divisão de Segurança da UFRJ – DISEG: 3938-1900 e setor de segurança da Coppe, ramal: 8457 ou 2560-8858.

 

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Gestão Eletrônica de Documentos

O serviço de Gestão Eletrônica de Documentos é fornecido pela Gerência de Documentação, e deve ser solicitado em contato direto com o setor, de forma presencial, na sala I-125A.

Este serviço contempla a preservação e acesso dos documentos em meios físico e eletrônico da COPPE.

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Limpeza de Espaços

O serviço de Limpeza de Espaço é fornecido pelo Setor de Administração Predial e deve ser solicitado por meio do Sistema de Administração Predial, pelo Entrada Única.

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Projetos de Arquitetura

O serviço de Elaboração de Projeto de Arquitetura é fornecido pelo Grupo de Apoio de Arquitetura e Engenharia, e deve ser solicitado por meio de envio por e-mail do formulário de Solicitação de Projeto de Arquitetura.

Este serviço contempla a elaboração do projeto conforme a solicitação, e inclui: levantamento do local, estudo preliminar para ser aprovado pelo Prof. Responsável e desenvolvimento do projeto.

E-mail para solicitação: fernanda@adc.coppe.ufrj.br

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Sistemas da DPADI

O serviço de Manutenção e acesso a Sistemas Administrativos é fornecido pelo CISI, e deve ser solicitado por meio da gerência do próprio setor.
Este serviço está disponível para toda a Coppe.

Os Sistemas Administrativos da DPADI estão disponíveis por meio do Entrada Única.

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Infraestrutura e Redes

O serviço de Manutenção de Infraestrutura e Redes é fornecido pelo CISI, e deve ser solicitado por meio do sistema de Helpdesk do CISI, que possibilita uma maior agilidade e transparência no atendimento do suporte técnico. A ferramenta adotada para implantação deste sistema foi o software livre OcoMon.

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Manutenção Predial

O serviço de Manutenção Predial é fornecido pelo Setor de Infraestrutura, e deve ser solicitado por meio do Sistema de Manutenção, pelo Entrada Única.

Este sistema contempla a solicitação dos seguintes serviços: Conserto de ar central, conserto de ar de janela, conserto de ar tipo split, conserto de refrigerador, instalação de ar tipo split, serviço de elétrica, serviço de hidráulica, serviço de lustrador, serviço de pintura, serviço de serralheria, serviços de marcenaria, serviços de obras civis, serviços gerais, troca de disjuntor, troca de lâmpadas

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Patrimônio

O serviço de Incorporação / Baixa de Patrimônio é fornecido pelo Setor de Patrimônio, e deve ser solicitado conforme as orientações abaixo:

Como faço para fazer uma baixa?

Enviar uma carta ao Setor solicitando a baixa , descrevendo o bem, mencionando o nº da plaqueta COPPE e nº da UFRJ.

Como faço para fazer uma transferência?

Enviar uma carta ao Setor de Patrimônio solicitando a transferência do bem , com a descrição do mesmo e o nome do laboratório que ficará responsável.

Como faço para fazer uma doação?

Fazer uma carta ao Setor de Patrimônio solicitando a doação , enviando os documentos onde o Setor de Patrimônio fará a abertura de processo para dar encaminhamento ao Conselho de Curadores da UFRJ para autorização.

Como faço (alunos/doutorandos) para patrimoniar?

Enviar a nota fiscal junto com o formulário e o vínculo com a Instituição (TERMO DE CONCESSÃO E ACEITAÇÃO DE BOLSA ou TERMO DE OUTORGA ao Setor de Patrimônio .

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Agendamento de Transporte

O serviço de Agendamento de Transporte é fornecido pela Gerência de Logística Institucional e Operação.

Este serviço é atualmente administrado pela Divisão de Frota Oficial, sendo a Gerência de Logística Institucional e Operação responsável pela interface de agendamento do serviço para os usuários da Coppe.

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Almoxarifado

O serviço de Solicitação de Material ao Almoxarifado é fornecido pelo Setor de Almoxarifado, e deve ser solicitado por meio do Sistema de Movimentação de Material, pelo link Entrada Única

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Descarte de Materiais

O serviço de Descarte de Materiais e Equipamentos pode ser fornecido por diversos setores, conforme a especificação do material a ser descartado.

 

Procedimentos

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Terapias no Acolhe COPPE

 

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Atividades de Saúde e Bem Estar

 

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Agendamento de Espaços do Grêmio

Para reserva de locação do salão de eventos da sede do Grêmio ou do campo de futebol para qualquer atividade a ser realizada no local, deve-se seguir os procedimentos adotados na página do grêmio.

 

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Action name: Hybrid Education: Challenges and perspectives in engineering and basic education
Coordinator: MARCELLO LUIZ RODRIGUES DE CAMPOS
Contact information: campos@smt.ufrj.br

About the action: The COVID-19 pandemic enforced a drastic transition from the traditional teaching model to strictly online classes, having required a great effort to prepare and offer courses to students ranging from primary to higher education, since only a few were prepared to deal with technologies for online teaching. Even months after social distancing started, the in-person to online transition was not a trivial process, especially when it came to maintaining the quality of the courses offered in this new modality. This process taught us one important lesson: it is necessary that we permanently invest in implementing innovative/efficient technologies for improved teaching and learning. As such, this project aims to support public education in the state of Rio de Janeiro, from basic education to higher Education in engineering at other universities. With a hybrid learning modality, our purpose is to develop resources and courses that incorporate active learning methods, flipped classrooms, multimodality, etc.

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Action name: Prof. Giulio Massarani Pilot School of Chemical Engineering
Coordinator: HENRIQUE POLTRONIERI PACHECO
Contact information: pacheco.h.pacheco@gmail.com and helen@peq.coppe.ufrj.br

About the action: The Pilot School for In-Person Education (EPP) in Chemical Engineering was created in 1993 by our Program of Chemical Engineering (PEQ/COPPE) as a tool for improvement and continuing education. It was very beneficial for high school and undergraduate teachers, but also very popular with students, technicians, and industry workers in general. This edition of EPP is called ADVANCED TECHNIQUES FOR MATERIALS CHARACTERIZATION and will comprise 10 modules. It consists in teaching cutting-edge methods for characterizing various types of materials, discussing the fundamentals of such techniques, and exemplifying them with real-world data. The modules are as follows: Module 1: Spectroscopy techniques (FTIR, DRIFTS, RAMAN, and UV-vis); Module 2: Nuclear magnetic resonance (NMR); Module 3: X-ray diffraction (XRD); Module 4: Mass spectrometry and temperature-programmed reduction (MS and TPR); Module 5: Gel permeation chromatography (GPC); Module 6: Droplet and particle size analysis; Module 7: Gas and liquid chromatography troubleshooting methods; Module 8: Aspects of petroleum characterization; Module 9: Thermal analysis - TGA, DSC, and DMA; Module 10: Biotechnology in everyday life.

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Action name: Laboratory for Informatics and Society – LabIS
Coordinator:  HENRIQUE LUIZ CUKIERMAN
Contact information: hcukier@cos.ufrj.br and lealsobral@cos.ufrj.br

About the action: LabIS stems from the long journey traversed by the work and research of Informatics and Society (IS), a line of research from our Systems Engineering and Computer Science Program (PESC). We are driven by the desire to better comprehend the many faces of our society, seeking to contribute towards more equality and fairness. We develop software for accessibility (LibrasOffice), educational games (Damática), community banks (Mumbuca and Preventório) and offer programming courses for public high school students.

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Action name: Literacy for Youth, Adults, and the Elderly of COPPE/UFRJ
Coordinator: DENISE CUNHA DANTAS
Contact information: ddantas@oceanica.ufrj.br

About the action: Literacy for Youth, Adults, and the Elderly is a project for all those who are not literate and those who did not have access to or did not complete primary and/or lower secondary school at the corresponding age. It was created in 2005 by COPPE's Department of Social Development, based on a survey of civil servants and outsourced workers involved in cleaning and general services. We extended our research to other units and sectors of our university. Today, our students are civil servants and outsourced workers at UFRJ, most of whom work at the Technology Center, and citizens who live near Ilha do Fundão, mainly in Vila Residencial and Complexo da Maré. Our classes are held at the Technology Center for the Basic, Intermediate, and Advanced Literacy classes, Monday to Friday, from 3 p.m. to 4:30 p.m.

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Action name: Polymers in Oil and Gas – Additives
Coordinator:  TAISSA ZANGEROLAMI LOPES RODRIGUES
Contact information: taissazl@yahoo.com.br and elucas@metalmat.ufrj.br

About the action: our action comprises theoretical and practical classes on obtaining, characterizing, and analyzing the properties of polymers in solution, as well as their applications as additives in the petroleum industry.

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Action name: Polymers: applications and awareness
Coordinator: ARIANE DE JESUS SOUSA BATISTA
Contact information: ariane.pent@gmail.com and ariane@pent.coppe.ufrj.br

About the action: Plastic recycling has become a very important matter, since over 60% of all plastic produced globally has already become waste but only 9% has been recycled. In Brazil, the situation is even more alarming. A recent WWF report states that Brazil is the fourth largest producer of plastic waste worldwide, with a recycling rate of less than 2%. Our policies for recycling and environmental education are still insufficient and poorly publicized. Furthermore, plastics have recently been made out to be villains, making it increasingly desirable that these materials are banned. However, it is worth remembering that plastics are polymers with high value-added, low production costs, and very versatile properties. When recycled, they can be reinserted into the production chain, which enables the production of new materials and boosts the energy industry. As such, our project aims to guide and encourage students from public and private schools to reproduce the concept of recycling in their schools, families, and communities. We hold online lectures and fun activities that stimulate the reuse and proper disposal of plastic waste, preventing it from being disposed of in inappropriate places.

For more information about our activities, click here to go to our website.
For more information on our work and laboratories, including those related to our outreach project, go to the Instagram page of the EngePol Group (PEQ/COPPE/UFRJ)

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Action name: A Program for Community Business Incubation – Social Innovation in EES (Solidarity Economy Business) Incubators
Coordinator: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contact information: amandaxavier86@gmail.com

About the action: Since its creation, the ITCP/COPPE (Technology Business Incubator for Community Cooperatives) has been working to support community-based enterprises, aiming at meeting the needs of the working class and informal workers, which have historically been marginalized and excluded from social actions developed by the government. The new challenges of today require new techniques and tools. As such, this is a proposal that researches innovative business incubation methodologies for the purpose of improving the activities of the incubated enterprises and providing continuity to the actions developed by ITCP/COPPE. Ultimately, implementing such new methodologies will improve the quality of Solidarity Economy Businesses.

 More information on the ITCP/COPPE/UFRJ website.

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Action name: Espaço COPPE Miguel de Simoni
Coordinator: CLAUDIA MARIA LIMA WERNER
Contact information: werner@cos.ufrj.br

About the action: We promote a guided tour of the Espaço COPPE exhibitions, primarily arranged for high school students from the Rio de Janeiro Metropolitan Area. The visiting groups of students are accompanied by teachers from their corresponding schools. Environments such as Espaço COPPE are driven by science and technology and provide key elements in fostering intrinsically motivated learning. For instance, building personal meaning, taking up challenging tasks, learning to collaborate, and recognizing the positive feelings that come from the efforts we made can potentially induce the formation of new, sometimes more intense bonds.

Espaço COPPE website.

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Action name: QUALITY MANAGEMENT SYSTEM (SQG) and MODELS FOR MANAGEMENT EXCELLENCE (MEG) FOR CIVIL SERVANTS
Coordinator: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contact information: eduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br and karina.andrade@adc.coppe.ufrj.br

About the action: Our course aims to develop, implement, maintain, continuously improve, and internally audit quality management systems as required by the NBR-ISO:9001 standards and to implement good practices in management according to the criteria defined in the Model for Management Excellence (MEG) of the Brazilian Foundation for Quality (FNQ). The course is related to the CONTINUING EDUCATION FOR CIVIL SERVANTS program

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Action name: QUALITY MANAGEMENT SYSTEM (SQG) and MODELS FOR MANAGEMENT EXCELLENCE (MEG) FOR CIVIL SERVANTS AT UFRJ AND OTHERWISE
Coordinator: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contact information: eduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br

About the action: Our course aims to develop, implement, maintain, continuously improve, and internally audit quality management systems as required by the NBR-ISO:9001 standards and to implement good practices in management according to the criteria defined in the Model for Management Excellence (MEG-TR) proposed by SEGES/Brazilian Ministry of Economy. The course is related to the CONTINUING EDUCATION FOR CIVIL SERVANTS program.

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Action name: UBUNTU.lab - Open innovation program in smart cities to reduce racial inequality in Rio de Janeiro
Coordinator: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contact information: matheusoli@hotmail.com

About the action: Project BRA/15/010 – Strengthening and Expanding the National System for Racial Equality is an effort from the Ministry of Women, Family, and Human Rights (MMFDH) and the United Nations Development Programme (UNDP) aimed at decentralizing public policies on racial equality and strengthening and expanding the National System for Racial Equality (Sinapir). The COPPETEC Foundation was one of the organizations selected through the U.Lab project to provide the Local Government of Rio de Janeiro with a government innovation laboratory. Its purpose is to be replicable as a policy to promote racial equality within the Local Sustainable Development Plan at the time of its implementation, as developed by the Office of Planning from the Municipal Chief of Staff's Secretariat (EPL). Within the framework of Sinapir, this project aims to provide the municipality of Rio de Janeiro with a government innovation program that puts black youth at the forefront of technology and is capable of promoting well-being in their daily lives.

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Action name: Support Unit for Social Innovation – USIS
Coordinator:  CARLA MARTINS CIPOLLA
Contact information: carla.cipolla@ufrj.br

About the action: Social innovation is a key aspect to development. The Support Unit for Social Innovation (USIS/UFRJ) is a result of the Latin American Social Innovation Network (LASIN), which is a project funded by the European Commission, aimed at implementing a university-community engagement model based on a combination of curricular and extra-curricular activities, learning materials and tools, practical training, workshops, and mentorship, with its own methodology developed by LASIN, to strengthen the connection of universities with a wider social environment (community groups, NGOs and/or OSCIPS (Civil Society Organizations of Public Interest),

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TítuloObservatório de Bancos Comunitários e Moedas Sociais Digitais UFRJ
Coordenador: LUIZ ARTHUR SILVA DE FARIA
Contato do coordenador: luizart@gmail.com

Resumo: O Observatório de Bancos Comunitários e Moedas Sociais Digitais UFRJ visa visibilizar, fortalecer e refletir sobre tais experiências, seja na promoção de espaços de debate e de ensino-aprendizagem, seja no desenvolvimento de tecnologias com os coletivos envolvidos. Inspira-se na (e em articula-se com a) rede formada por pesquisadores extensionistas iniciada em 2020, o Observatório de Bancos Comunitários e Moedas Sociais (OBM). Este reúne pesquisadores engajados em aliar seus conhecimentos acadêmicos com as atividades práticas de bancos comunitários e moedas sociais do Brasil, nas perspectivas da escuta dos coletivos envolvidos, do engajamento extensionista e da análise das práticas dos coletivos envolvidos. “Bancos Comunitários são serviços financeiros solidários, em rede, de natureza associativa e comunitária, voltados para a geração de trabalho e renda na perspectiva de reorganização das economias locais”. Reúnem práticas e princípios, como a concessão de microcrédito para produção e consumo locais, sempre que possível em moedas sociais (válidas em um território restrito e com paridade com o Real)(https://www.institutobancopalmas.org/o-que-e-um-banco-comunitario/). No Brasil, tais bancos tiveram como experiência pioneira o Banco Palmas (Fortaleza, 1998) e acumulam mais de 150 iniciativas. Com a digitalização de suas moedas sociais, inspiraram e articularam-se com políticas públicas de transferência de renda, notadamente no Estado do RJ.

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Título: MOB4.0 - Hub de planejamento inteligente da mobilidade do estado do Rio de Janeiro
Coordenador: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contato do coordenador: matheusoli@hotmail.com

Resumo: O acesso às tecnologias de comunicação e informação oferece uma gama diversa de instrumentos de coleta de dados capazes de acompanhar o posicionamento de pessoas e objetos no espaço e registrar o seus deslocamentos ao longo do tempo. Compondo este conjunto de instrumentos, destacam-se os dispositivos de IoT (Internet of Things, em inglês e, traduzido para o português, Internet das Coisas), aplicativos, registros de utilização de serviços inteligentes (e.g. cartões, terminais) como potenciais fontes de dados para o planejamento, gestão, operação e monitorização dos serviços de transportes. Nesse contexto, o presente curso tem o propósito de validar o potencial do estado da arte em termos de instrumentos inteligentes de coleta de dados no campo do planejamento da mobilidade urbana para a construção de um ecossistema de planejamento inteligente da mobilidade no Estado do Rio de Janeiro. Metodologicamente, programa de capacitação para a regulamentação, contratação e uso de ferramentas analíticas e bases de dados sobre o mesmo tema se realiza através do desenvolvimento e validação de uma plataforma informacional voltada para o planejamento da mobilidade de forma inteligente, inclusiva e sustentável com foco nos municípios do Estado do Rio de Janeiro e um programa de capacitação para a regulamentação, contratação e uso de ferramentas analíticas e bases de dados sobre o mesmo tema.

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TítuloEAD Baixo Carbono: Energias Renováveis no Oceano
Coordenador: SUZANA KAHN RIBEIRO
Contato do coordenador: skr@pet.coppe.ufrj.br

Resumo: Estamos aumentando o volume de carbono na atmosfera, o que representa um risco para a sociedade, e isso irá gerar um impacto mundial muito grande. No curso de Baixo Carbono, oferecido pela COPPE/UFRJ, vamos apresentar formas de reduzir esse impacto através das soluções de baixo carbono, mostrar a importância e necessidade de se ter tecnologias de baixo carbono.

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TítuloEAD Baixo Carbono: Mudanças Climáticas
Coordenador: SUZANA KAHN RIBEIRO
Contato do coordenador: skr@pet.coppe.ufrj.br

Resumo: Estamos aumentando o volume de carbono na atmosfera, o que representa um risco para a sociedade, e isso irá gerar um impacto mundial muito grande. No curso de Baixo Carbono, oferecido pela COPPE/UFRJ, vamos apresentar formas de reduzir esse impacto através das soluções de baixo carbono, mostrar a importância e necessidade de se ter tecnologias de baixo carbono.

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Action name: “Y’KNOW”?! my camera in my hand and an idea in my head – audiovisual language as free expression in the dialectic construction within the space between university, school and society
Coordinator:  ANDREA MARIA DO NASCIMENTO SILVA
Contact information: andreanascimento@cos.ufrj.br

About the action: All of us from the academic and school community had to adapt ourselves to the use of technological solutions in order to communicate, socialize and engage with each other during the pandemic while aiming towards reproducing a classroom routine. As a result, audiovisual language and the use of portable devices such as smartphones and tablets, which were already a very present reality in our lives, suddenly became fundamental. This proximity was a great motivation that brought to memory the emblematic quote from filmmaker Glauber Rocha – A camera in hand and an idea in my head – which inspired the name of this project and makes us comprehend that our current practice revolves around this idea which represents our current social scenario in the habits of registering and sharing our images, voice messages, our videos, whether directly or indirectly on social media. Therefore, this project aims to meet a technical demand to assist in the production of content regarding the dissemination of research, school work, video lessons, among others, in a way that the audience participating in the project is familiar with the details of audiovisual composition. Emphasizing the use of audiovisual language as a vehicle for learning and sharing knowledge, a dialectical communication where it is important not only to transmit the knowledge generated at universities but also enable society to contribute with its gaze, its action and its criticism.

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Action name: Support for Micro and Small Companies in the state of Rio de Janeiro for the development of sustainable economic trajectories
Coordinator: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contact information: amandaxavier86@gmail.com

About the action: SMEs make up 92% of companies in the State of Rio de Janeiro (RJ) and are responsible for over 50% of formal employment (Brazil, 2020). However, as SMEs face huge challenges, especially due to the extent of the current health, economic and social crisis (CNI, 2021; SEBRAE, 2020), highlighting the dominant economic model, centered around the mass production of material assets and financial statement (Fernandes et al., 2021; Lima & Dias, 2020). In this sense, this project is based on the perspective of the Economy of Functionality and Cooperation (EFC), which aims to provide integrated solutions for assets and services through the cooperation between different territorial actors, abandoning the notion of stability and developing new governance models for companies and territories (Du Tertre et al., 2019). This interactionist approach allows for less consumption of natural resources and a renewal of social bonds, creating resilience for economic relations, which have been so fragile due to the current scenario (Xavier et al., 2021; Roman et al., 2020). This project aims to support Micro and Small companies in the state of Rio de Janeiro in developing sustainable economic trajectories, creating a direct impact on society and the scientific community. To this end, it aims to train, monitor and intervene with business leaders for the transition of their economic model based on the Economy of the Functionality and Cooperation Model.

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Action name: Best Practices on Emotional Care – Knowledge, Coexistence and Learning
Coordinator:  VANDA BORGES DE SOUZA
Contact information: vanda@adc.coppe.ufrj.br

About the action: It is understood that when providing care, one can expand the scope of its action beyond the psychosocial field, therefore also reaching the socioeconomic, academic and employment relations context, among others. Over time, other aspects of the care being provided started to emerge, as a way to survive situations of illness, such as financial care, academic care, care regarding relationship conflicts and challenges, as well as regarding labor due to the difficulty in absorbing and comprehending the new emerging work forms. From then on, it has been necessary to rethink a way to encompass all of these different types of care. In this sense, this project intends to highlight the importance of sharing information that directs and helps individuals in performing actions of care in several mutual commonspaces. Therefore, knowledge, coexistence and learning are a part of two-way street, meaning that each part has something to transmit, learn and improve with the other.

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Action name: Training youngsters for the IT market in Nova Friburgo, an approach through active learning: introduction to Python programming
Coordinator:  EDMUNDO ALBUQUERQUE DE SOUZA E SILVA
Contact information: edmundo@land.ufrj.br

About the action: This course is an action provided for in the Outreach Project: “Hybrid Education: Challenges and perspectives in engineering and basic education”, which is already registered in SIGA, by COPPE. The outreach project registered in SIGA has as one of its goals to create courses in key areas for the development of the State and in accordance with COPPE’s multidisciplinary experience. Through a partnership with the Ideias de Friburgo NGO, which provided the necessary infrastructure (physical space, computers, local staff, etc), a space for training youngsters with a public high school background was created. The idea for the course emerged during the development of programming classes for an advanced course in Artificial Intelligence techniques with a hybrid format based on Project-Based Learning (PBL, FAPERJ project) so that the experience of the PBL project was applied to young students. The course aims to introduce the youngsters to modern computer languages as well as provide essential training in order to enable the public school student to enter the local job market more easily. Selected students have the opportunity to learn programming in practice, based on the Python language, to better understand and try to propose solutions to real problems in the city of Friburgo when possible. The course also aims to provide incentive so that egressed students can continue their studies in additional topics of computer technology.

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Action name: The Dissemination of Nuclear Engineering Applications in the field of environmental sustainability
Coordinator:  INAYA CORREA BARBOSA LIMA
Contact information: inayacorrea@gmail.com

About the action: In its Tenth Edition, BR Marinas’ Environment Week integrates World Ocean Day in its agenda, inserting it within the context of the UN's Ocean Decade. This event is supported by Núcleo de Vida Marinha, Environmental Education Center of Rio de Janeiro's State Environment Department and UNESCO Chair for Ocean Sustainability, bringing awareness to the people of Rio about the importance of the Oceans in mitigating Climate Change, the debate on biodiversity and Ocean potentials, and the integration between Science, Education, Public Policies and Civil Society. Furthermore, nuclear and atomic applications shall be incorporated for the first time as measures to encompass the academic-scientific theme in question. Lastly, we shall hold an Environmental Awareness action which shall be carried out through the promotion of a major Clean-Up Campaign focusing on solid waste in the surroundings of Marina da Glória, including Marine Litter, with the participation of volunteers.

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Action name: Volunteer Drone Pilots
Coordinator: THARCISYO COTTA FONTAINHA
Contact information: tcottaf@gmail.com

About the action: In 2022, disasters caused over 30,704 deaths, affected 185 million people, and induced economic losses of 223.8 billion dollars according to the Centre for Research on the Epidemiology of Disasters (CRED). In Brazil, between 2011 and 2022, specifically in  Rio de Janeiro, there have been 591 disaster occurrences, resulting in 987 deaths, affecting around 3,9 million people and inducing economic losses of over R$3,08 billion (Digital atlas of disasters in Brazil, 2023). Such data demonstrates the importance and complexity of Humanitarian and Disasters Operations (OHD), which involve access to affected areas, coordination of several stakeholders and lack of resources. Thus, the Volunteer Drone Pilots project was created, idealized within the scope of the COPPE/CT/UFRJ Industrial Engineering Program in order to help with the shortage of human and technological resources in disaster response. The project has a technological platform that acts as a facilitator, uniting drone owners, civil defense and other organizations in the development of actions to map areas at risk and affected by disasters, promoting more effective and efficient collaboration between stakeholders in the context of OHD. In this sense, the project works to engage and promote knowledge exchange among the different actors treated as target audience, promoting effective and more efficient OHD, with the integration of different scientific knowledge areas and researchers of different levels who act in OHD.

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Action name: INSILICONET – PROGRAMMING THE FUTURE
Coordinator:  ARGIMIRO RESENDE SECCHI
Contact information: arge@peq.coppe.ufrj.br

About the action: InSilicoNet is a collaboration space where diverse actors from society are invited to bring their technical problems to build, together with academic members, innovative technological solutions based on digital tools. It is structured  as a network of seven Universities of the State of Rio de Janeiro (UFRJ, UERJ, PUC-Rio, UFF, UFRRJ and SENAI CETIQT) and engineering professionals with experience in the area of process systems engineering (PSE). InSilicoNet have a mission to promote the scientific and technological development committed not only to the economic performance, but also to the social and environmental impacts through outreach activities integrated to research and teaching initiatives in PSE, contemplating: a) Learning Factory, which develops skills and abilities of undergraduate and graduate students for collaborative work employing PSE to solve technological, social and environmental problems treatable by digital engineering tools; b) Offering outreach courses that promote competence for developing research, technology and innovation; c) Research and Development Projects integrating undergraduate and graduate students under academic supervision and mentoring by industries, organizations and/or governments.

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Action name: Rede Refugia
Coordinator:  THARCISYO COTTA FONTAINHA
Contact information: tcottaf@gmail.com

About the action: The United Nations High Commissioner for Refugees (UNHCR) reveals that in 2022 the world surpassed the mark of 100 million people in forced displacement, motivated by numerous reasons. In Brazil, since 2011 297.712 requests for the recognition of refugee status have been made. Due to its complexity and high amount of people affected, the humanitarian refugee crisis has to be addressed by governments in partnership with civil society and the private sector, in order to ensure that people in forced displacement have their human rights protected during an effective reception process that is attentive to their needs. Thus, those interested in helping Brazil face its migration crisis, Rede Refugia was created within the scope of the Industrial Engineering Program at COPPE/CT/UFRJ. It is a collaborative technological platform that aims to facilitate the process of reception, protection and integration of these people in forced displacement who are in Brazil. In this way, we seek to strengthen the mutual collaboration processes among refugees, asylum seekers, stateless people, public authorities, private entities, humanitarian organizations and other stakeholders. Through a social innovation process, Rede Refugia aims to foster an environment that favors the implementation of innovative solutions to the problems experienced by people in forced displacement living in Brazilian territory.

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