Vale-Capes premia pesquisas da Coppe que reduzem impacto no meio ambiente

Uma dissertação de mestrado e uma tese de doutorado defendidas na Coppe/UFRJ foram contempladas com o Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade. Sandra Cao buscou em sua dissertação de mestrado soluções para remoção de matéria orgânica e nitrogênio em efluentes industriais. Já Alex Neves trabalhou em sua tese de doutorado em formas de capturar gás carbônico no processo de fabricação de materiais cimentícios, altamente poluentes. Este é o 4º ano consecutivo que alunos da Coppe, e seus orientadores, são premiados.

Sandra buscou em seu trabalho aperfeiçoar o tratamento biológico de esgotos domésticos e de efluentes industriais, possibilitando não apenas a preservação dos mananciais nos quais esses rejeitos são descartados, mas o próprio reuso da água. A observação inicial da pesquisadora era que as plantas de tratamento no Brasil visam à remoção de sólidos suspensos, mas não lidam com o nitrogênio, cuja presença nos corpos hídricos pode causar eutrofização, ou seja a proliferação do fitoplâncton, sobretudo algas. O que leva ao surgimento daquele “tapete verde” sobre rios ou lagos, como acontece com certa frequência na Lagoa Rodrigo de Freitas, por exemplo.

A aluna da Coppe utilizou um sistema de leito móvel com biofilme para tratar o efluente industrial da empresa farmacêutica alemã Bayer, que há 16 anos mantém parceria com o Laboratório de Controle de Poluição das Águas (LabPol) da Coppe, que já resultou em sete dissertações de mestrado.

Orientada pelos professores Márcia Dezotti e João Paulo Bassin, do Programa de Engenharia Química (PEQ) da Coppe, Sandra foi premiada na Área Temática I: processos eficientes para redução do consumo de água e de energia. Segundo a professora Márcia Dezotti, a pesquisa teve por objetivo estudar um processo de tratamento mais compacto e eficiente, capaz de permitir reuso do efluente, seja doméstico ou industrial. “O resultado foi excelente, tanto para a remoção de material orgânico como de nitrogênio (chegou a 90%). A pesquisa continua no laboratório com um processo que visa o reuso completo da água”, avalia a professora.

“Cada matriz tem uma característica diferente, mas o processo que utilizamos poderia ser aplicado em muitas indústrias. O trabalho realizado em reator biológico foi feito em dois estágios: o primeiro, nitrificante (conversão de nitrogênio amoniacal em nitrito e nitrato) e o segundo desnitrificante (no qual dois componentes são reduzidos a nitrogênio molecular). O primeiro remove a matéria orgânica do efluente. O segundo, já com matéria em nível baixo, nitrifica o efluente, que em seguida retorna para ser desnitrificado. Em seguida, o efluente passa pelos processos de separação por membranas e de osmose inversa, proporcionando seu reuso pela indústria”, explica Sandra.

Processo também pode remover poluentes de esgoto doméstico

De acordo com o professor João Paulo Bassin, como o sistema usado é mais compacto do que os métodos usados tradicionalmente, o reator utilizado pode ser menor, com uma maior capacidade volumétrica de tratamento, devido à imobilização da biomassa. Segundo Bassi, o processo pode também ser usado na remoção de poluentes do esgoto doméstico. “Nossa legislação é falha, ela não limita o parâmetro nitrogênio-nitrato, apenas amoniacal. O nitrato causa eutropização. É um poluente prioritário para remoção. “Remover só a amônia não é suficiente. Mas as empresas estão cada vez mais conscientes de seu papel na preservação ambiental, e tendem a patrocinar tecnologias para remoção de todos os poluentes, ainda que não seja uma exigência legal”, explica Bassin.

Os professores Márcia Dezotti e João Paulo Bassin recebem o Prêmio Vale-Capes pela segunda vez. Em 2014, eles foram premiados na categoria Doutorado, quando Bassin, então aluno do PEQ, fora orientado por Márcia. “Essa é a primeira dissertação que orientei. Eu era pesquisador de pós-doc na época (em 2012, quando Sandra iniciou a pesquisa). O primeiro trabalho que você orienta, você tem que fazer um bom trabalho para se mostrar merecedor de orientar teses não é? Nunca vou esquecer que a minha primeira orientação ganhou uma premiação de repercussão nacional”, comemora Bassin.

A linha de pesquisa prossegue no LabPol, e segundo Márcia, o próximo passo é conseguir tornar a água plenamente apta para o reuso. Além disso, está em curso um trabalho em nível de doutorado, para a remoção de metais, que entusiasma a professora quanto à perspectiva de que o Prêmio Vale-Capes contemple pela terceira vez um de seus alunos.

Reduzindo o impacto ambiental da indústria do cimento

Premiado pela tese intitulada “Captura de CO2 em Materiais Cimentícios através da Carbonatação Acelerada”, Alex Neves Jr foi orientado pelos professores Romildo Toledo e Eduardo Fairbairn, ambos do Programa de Engenharia Civil (PEC), e pelo professor Jo Dweck, da Escola de Química da UFRJ.

Para elaborar sua tese, o ex-aluno de doutorado da Coppe partiu da experiência do professor Romildo Toledo, que usa CO2 em matrizes cimentícias para aumento da durabilidade de compósitos reforçados com fibras vegetais, o chamado concreto ecológico.

O processo de produção de cimento libera gás carbônico, sendo altamente poluente. Estima-se que entre 5 a 7% das emissões globais de CO2 sejam causadas pelas indústrias cimenteiras. O total de emissões no mundo em 2014 chegou a 35,9 gigatoneladas (equivalente a bilhões de toneladas). “Nosso estudo reintroduz CO2 no próprio material cimentício. Essa reintrodução, que pode chegar a 15%, compensa a pegada ecológica do processo industrial. O resultado foi comprovado por análise química”, afirma Alex, que atualmente é professor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).

Segundo o professor Eduardo Fairbairn, a reação do cimento com o CO2 é algo que pode se dar naturalmente. Ela pode ocorrer com o CO2 presente no ar atmosférico, com efeito deletério para o material, ou em condições controladas, preservando sua resistência. “A indução desta reação em uma câmara de carbonatação acelerada tem como objetivo controlar o processo e permitir o aproveitamento útil do carbono “sequestrado”, ensina Fairbairn.

De acordo com professor Romildo, a fixação do CO2 na mistura do concreto vai diminuir o impacto ambiental na fabricação do material. O estudo ainda permite aprimorar a tecnologia do concreto ecológico. “Para este produto, a gente tem usado muito reforço fibroso, com fibras vegetais. Um problema do uso desse material é a alcalinidade que ele confere ao cimento e a migração de hidróxido de cálcio para as fibras. Mas o carbono reage com esse hidróxido, o consome, reduzindo a alcalinidade e aumentando a durabilidade do produto. Aumenta a resistência dessa fibra vegetal na matriz carbonatada, o que pode gerar produtos inovadores e mais promissores”, avalia o professor Romildo, vice-diretor da Coppe.

Segundo o professor, o cimento Portland utilizado nas pesquisas é o material de construção mais utilizado no mundo, com 6 bilhões de toneladas produzidas por ano. “Nem todo processo de endurecimento de concreto pode passar pela carbonatação. Fazemos o seqüestro quando o concreto está passando do estado fluido para o sólido. Mas muitos setores poderiam utilizar esse processo, como a indústria de pré-fabricados por exemplo. É um estudo de grande amplitude. Pode ser usado em qualquer lugar no mundo”, ressalta Romildo.

“É uma forma de utilizar o gás carbônico capturado e transformá-lo em algo útil. Dá uso ao carbono sequestrado. Ajuda a compensar a emissão de gás carbônico. E o processo ainda pode ser aprimorado. Engarrafando o CO2 utilizado na produção de cimento, o percentual de reaproveitamento poderia se elevar muito”, sugere professor Fairbairn.

Com os dois trabalhos contemplados na última edição do Prêmio Vale-Capes, a Coppe chega ao quarto ano consecutivo com trabalhos selecionados pela premiação. Na avaliação do professor Romildo, o reconhecimento é muito valioso para a instituição. “A Capes compara trabalhos na área de sustentabilidade no país inteiro, por meio de uma comissão científica muito rigorosa. Traz prestígio para a instituição e reconhecimento à qualidade da pesquisa que é produzida aqui. Sustentabilidade é um tema muito atual e que requer complexidade, pois não se pensa em resultados de curto prazo, mas na longevidade das estruturas que serão construídas. A ideia é gerar soluções que beneficiem a sociedade como um todo”, afirma o vice-diretor da Coppe.

Especialistas debatem futuro do Pré-sal, na Coppe

A Coppe/UFRJ promove, no próximo dia 25 de julho, o seminário “O futuro do Pré-sal”. O evento será realizado, das 13h30 às 17h30, no auditório da Coppe no Centro de Tecnologia 2 (CT 2), na Cidade Universitária. O seminário, patrocinado pela Petrobras, é aberto ao público.

Perspectivas do Pré-sal; Mudança da Lei do Petróleo no Brasil; e Tecnologia e conteúdo nacional são temas que serão debatidos no evento, que contará com a participação do senador Lindbergh Farias; do gerente geral de P&D em Desenvolvimento de Produção do Cenpes, Gustavo Adolfo Villela de Castro, do professor Helder Queiroz Pinto Junior, do Instituto de Economia da UFRJ; dos professores da Coppe Segen Estefen, do Programa de Engenharia Oceânica, e Alexandre Szklo, do Programa de Planejamento Energético; do assessor da diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Luis Eduardo Duque Dutra, professor da Escola de Química da UFRJ. 

Também participarão do evento o diretor da Coppe, professor Edson Watanabe; e o diretor de Relações Institucionais da Coppe, professor Luiz Pinguelli Rosa. Veja abaixo a programação completa do evento. 

O auditório da Coppe, no Centro de Tecnologia 2, fica na rua Moniz Aragão, 360, Bloco 1, térreo, Cidade Universitária, Rio de Janeiro.

Programação:


13h30 – 14h50 –  Mesa 1 – Perspectivas do Pré-sal 


Palestrantes:


Luis Eduardo Duque Dutra – assessor da diretoria da Agência Nacional do Petróleo (ANP)
Alexandre Salem Szklo – professor do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ
Coordenador: Edson Watanabe – diretor da Coppe/UFRJ

14h50 – 15h50 – Mesa 2 – Mudança da lei do petróleo no Brasil
Palestrantes:


Helder Queiroz Pinto Junior – professor do Instituto de Economia da UFRJ
Senador Luiz Lindbergh Farias Filho
Coordenador: Luiz Pinguelli Rosa – diretor de Relações Institucionais da Coppe/UFRJ

15h50 – 16h10 – Coffe-break


16h10 – 17h30 –  Mesa 3 – Tecnologia e Conteúdo Nacional


Palestrantes:
Segen Estefen – professor do Programa de Engenharia Oceânica da Coppe/UFRJ
Gustavo Adolfo Villela de Castro- gerente geral de P&D em Desenvolvimento de Produção do Cenpes
Coordenador: Romildo Toledo – vice-diretor da Coppe/UFRJ

Coppe recebe alunos holandeses no workshop Study Tour

Está sendo realizado nesta segunda-feira, 18 de julho, o workshop “Study Tour – Scheduled Activities”, organizado pelo professor Marcio D´Agosto, do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ. O evento é uma recepção a 29 estudantes e professores da Delft University of Technology (Holanda) e inclui palestras e visitas técnicas a laboratórios da Coppe, responsáveis por pesquisas inovadoras.

Após uma apresentação da instituição, feita pelo diretor da Coppe, professor Edson Watanabe, e de palestras a respeito do Laboratório de Transporte de Carga (LTC) e do Laboratório de Hidrogênio (LabH2), a comitiva holandesa visita o Laboratório de Aplicações de Supercondutores (Lasup), responsável pelo desenvolvimento do trem de levitação magnética da Coppe, Maglev-Cobra; o LabOceano, laboratório que dispõe do maior tanque oceânico do hemisfério sul, e já realizou mais 2000 projetos em parceria com a Petrobras; e o Centro de Pesquisas e Caracterização de Petróleo e Combustíveis (CoppeComb), responsável por pesquisas que aprimoram a qualidade de derivados de petróleo e também de biocombustíveis.

O olhar da periferia sobre alimentação sustentável

A alimentação do futuro será a do passado. Essa é uma das conclusões de um estudo que ouviu jovens moradores da periferia, no Rio de Janeiro e em Londres, intitulado Food 2.0 – Futuro sustentável de alimentos: uma visão dos jovens do Rio e de Londres. O resultado da primeira parte do estudo foi apresentado no dia 16 de julho, durante o workshop Food 2.0: o olhar da periferia sobre a alimentação sustentável, realizado no Observatório das Favelas, na favela Nova Holanda, Complexo da Maré.

Hortas urbanas comunitárias próximas aos centros consumidores, cultivo de alimentos orgânicos, diversidade, inclusão social e maiores benefícios à saúde são algumas das principais tendências apontadas no estudo, coordenado pelo professor Roberto Bartholo, do Programa de Engenharia de Produção da Coppe/UFRJ e da professora Dorothea Kleine, da Royal Holloway, da Universidade de Londres. O estudo faz parte do Programa Fundo Newton RCUK-Faperj e conta com a parceria de outras duas unidades da UFRJ: Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (Facc) e Instituto de Nutrição Josué de Castro.

Para fazer o levantamento no Rio foram realizadas quatro oficinas no Complexo da Maré, Zona Norte da cidade, com a participação de 18 jovens moradores de favelas, divididos em seis grupos com três membros cada. Os participantes passaram por 16 horas de oficina de alimentos, durante quatro dias, e no período de um mês se dedicaram à produção de vídeos sobre a alimentação do futuro, com assistência de professores e técnicos de audiovisual.

Os vídeos foram julgados por seis jurados. O filme do grupo vencedor ganhará uma viagem para Londres, na primeira quinzena de outubro, onde passará uma semana conhecendo as universidades e ONGs locais, e visitará supermercados e restaurantes, no intuito de observarem a cultura alimentar de outro país.

A pesquisadora Rita Afonso, do Laboratório de Tecnologia de Desenvolvimento Social (LTDS) da Coppe, explica que o objetivo é trazer novas ideias que possam ser aplicadas ou adaptadas em sua comunidade e replicadas em outras localidades.

“Durante as oficinas foi constatado que a maioria dos participantes desconhece a origem dos produtos que consome. Promovemos uma série de oficinas para que houvesse uma troca entre o conhecimento da universidade e a experiências das favelas, para mostrar como os jovens percebem essa questão do alimento”, explica Rita.

Segundo Rita, o objetivo é captar a visão que os jovens que moram na periferia das duas cidades têm em relação ao alimento que consomem e como acham que será a alimentação do futuro. “A ideia é também estimulá-los a produzir, nas próprias comunidades, uma alimentação mais saudável e acessível economicamente, a partir de troca de experiências”, explica a pesquisadora.

As oficinas foram escritas no edital de extensão da UFRJ, o que permitiu a participação dos alunos para trabalharem juntos com os moradores das favelas, sob orientação dos professores. Os participantes desenvolveram a dinâmica das oficinas, com a supervisão da equipe da Coppe.

Alunos prepararam refeições para moradores das comunidades durante oficinas

Durante os quatro dias de oficina, os moradores degustaram refeições preparadas por alunos de Gastronomia da UFRJ, e alguns chegaram a ajudar no processo. As refeições foram feitas de acordo com o tema de cada dia: cultura alimentar da periferia; desperdício de alimento; agricultura urbana e horta comunitária; formas de produção e consumo de alimentos. O pesquisador da Coppe, Ivan Bursztyn, explica que em cada oficina os alunos também levavam suas comidas habituais para compartilhar com os moradores. Segundo Bursztyn, todos os produtos usados no preparo das refeições para demonstração e degustação foram comprados na própria comunidade. A ideia era mostrar que fazer uma refeição saudável estava ao alcance de todos.

O que mais chamou a atenção dos moradores foram as formas de aproveitamento integral dos produtos, demonstradas na segunda oficina. O pesquisador da Coppe diz que eles ficaram surpresos com os exemplos dados, incluindo uma salada, que ele batizou de vietnamita. O prato foi preparado somente com cascas de cenoura, pepino e tomate, aproveitando assim uma parte dos produtos rica em vitaminas, que geralmente é descartada. Ivan Bursztyn diz que, além de evitar desperdícios, a prática não convencional pode gerar produtos saborosos e nutritivos, a exemplo de um bolo de casca de banana, de um doce de casca de abacaxi ou de melancia, e até mesmo de uma caponata feita também com casca de banana.

“Os jovens de periferia consomem muitos produtos industrializados por acharem mais prático e barato. O que buscamos fazer foi desconstruir essa visão, apresentando para eles novas opções. Demonstramos, na prática, que um hambúrguer industrializado pode ser substituído por um sanduíche similar, preparado a partir de carne comum, e que fica até mais saboroso. Os moradores ficaram surpresos ainda mais porque tudo foi feito na hora pelos alunos da UFRJ, comprovando a praticidade e simplicidade do processo”, explica Ivan, que também é professor de Alimentação e Sustentabilidade do Curso de Gastronomia do Instituto de Nutrição Josué de Castro da UFRJ.

Hortas comunitárias e abaixo o desperdício

A pesquisadora Rita Afonso chama atenção para o desperdício que há no Brasil até mesmo no comércio. Ela cita o exemplo das redes varejistas de produtos hortifrutigranjeiros, onde somente os produtos bonitos, com boa aparência, ficam disponíveis para venda e os que não estão com esse padrão são jogados fora. De acordo com ela, um legume é descartado porque murchou um pouco, ocorrendo o mesmo com um alface, por exemplo, só porque está fora da tamanho ou formato classificado como o ideal. “Tudo que é jogado fora desta forma continua com seu valor nutricional. O certo seria aproveitar até as cascas. Enquanto isso, em Londres há mercados somente para venda de vegetais, frutas e legumes feios”, compara a pesquisadora da Coppe.

O professor Roberto Bartholo, da Coppe, diz que a iniciativa busca fazer com que a periferia, em particular os jovens, apresente sua visão sobre a alimentação. “A ideia que se tem é que nas favelas as pessoas não comem. É uma ideia errada. O que acontece é que elas comem mal, principalmente por falta de conhecimento da origem do alimento. O nosso objetivo é propiciar este conhecimento e tornar possível que os próprios moradores passem a produzir de forma contínua boa parte do que necessitam consumir”, explica o professor da Coppe.

Professor Roberto Bartholo e os pesquisadores Ivan Bursztyn e Rita Afonso

Segundo Bartholo, a questão de comer mal é uma característica do mundo contemporâneo. Mesmo o fato de pertencer às sociedades mais ricas não garante boa alimentação, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos, onde a população também é afetada por um dos males do século, que é a obesidade. Como, ao contrário da alta sociedade, moradores das comunidades carentes não têm fácil acesso a produtos mais nutritivos e saudáveis, o professor da Coppe considera o projeto muito importante para que se crie uma cadeia produtiva de alimentos saudáveis para consumo dos próprios moradores. Isto não só nas periferias do Rio, mas nas de outras cidades do Brasil e do mundo, a exemplo de Londres.

Como resultado, o professor da Coppe diz que em um primeiro momento o projeto pode estabelecer uma rede entre a sociedade e a universidade para ampliar o número de possibilidades de produção própria. Em seguida, pode propiciar maior troca de experiências entre as periferias das cidades e ainda fortalecer iniciativas já existentes voltadas para essa parte da população.

Etapa de Londres foi concluída

Em Londres o resultado já foi anunciado e os vencedores estiveram no Rio entre os dias 14 e 21 de fevereiro. Eles visitaram a Coppe, as comunidades da Maré e de Dona Marta (Botafogo), para conhecer uma favela, e foram à praia e ao Cristo Redentor. Os jovens britânicos também estiveram em pequenos sítios em Guapimirim, onde estão localizadas as plantações dos produtos oferecidos na feira orgânica realizada na UFRJ. Rita diz que os estudantes ficaram impressionados com os restaurantes a quilo, uma prática inexistente em Londres e que evita o desperdício de comida. Esta questão chamou a atenção deles porque a temática em que atuaram durante as oficinas de alimentação e de audiovisual foi justamente o desperdício e o hábito de jogar comida fora.

No Brasil, por questão de custo, foram realizadas oficinas somente de alimentação. Na fase de inscrição do programa, jovens de todas as favelas do Rio foram convidados por intermédio do Observatório de Favelas e da Universidade das Quebradas, que é ligada à UFRJ. “Tivemos 18 grupos inscritos, dos quais seis foram selecionamos para as oficinas, tendo como critério experiência mínima em produção audiovisual, comprovação de residência em favela e faixa etária de 18 a 29 anos”, explica Rita.

Sobre o Fundo Newton

O Fundo Newton foi criado pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) do Brasil e pelo Conselho de Pesquisa do Reino Unido (RCUK, na sigla em inglês) para a realização de estudos em parceria, por meio de editais, que envolvam pesquisadores de universidades dos dois países ou de outros que já tenham atuação conjunta com a universidade britânica.

Em 2011 e 2012, os pesquisadores do LTDS da Coppe realizaram o primeiro projeto em parceria com a Royal Holloway, no âmbito do Fundo Newton, voltado para consumo consciente no Brasil e no Chile, onde contaram com a participação da Universidade Diego Portales. Com foco nas compras públicas sustentáveis realizadas pelos governos, o estudo teve como objetivo verificar se a população entendia que as aquisições eram feitas em seu nome, como contribuinte. Segundo a pesquisadora da Coppe, Rita Afonso, o resultado mostrou que não e que as pessoas que têm esta noção, este conhecimento, não tomam atitude para modificar o quadro.

Na pesquisa procuraram analisar que critério é utilizado e se o mesmo é adequado. Como exemplo cita que os hospitais servem vegetais que têm alto índice de agrotóxico, que pode ser prejudicial à saúde do paciente. Outra questão que Rita chama a atenção é a origem do papel comprado pelas instituições governamentais, que mesmo obedecendo a lei de licitação, pode ser prejudicial caso o fabricante contribua para o desmatamento.

Na época, pesquisadores de Londres e do Chile ficaram impressionados com a existência da lei específica para os colégios municipais do Brasil, que podem comprar produtos agroecológicos com preços 30% maior do que a média do mercado, para favorecer a agricultura familiar. Por não conter agrotóxicos, tais produtos permitem melhor alimentação dos alunos e maior economia local, fortalecendo a comunidade. Esta experiência foi a motivação para participarem do atual edital da Faperj e focarem nos jovens de periferias.

Coppe inaugura seu novo supercomputador em solenidade marcada pelo otimismo

A Coppe/UFRJ inaugurou nesta quarta-feira, 13 de julho, o supercomputador Lobo Carneiro. Com um sistema inédito de controle e operação, o Lobo Carneiro é capaz de realizar 226 trilhões de operações matemáticas por segundo, com eficiência energética e operação remota. O evento foi descrito pelo reitor da UFRJ, professor Roberto Leher, como “um dia luminoso para a universidade”, referindo-se à promissora perspectiva que o equipamento traz para a pesquisa científica de ponta, recebida por todos como um sopro de otimismo para o país, em um momento de crise econômica e incertezas políticas.

A solenidade, que lotou o auditório da Coppe, contou com a presença do ministro de Ciência, Tecnologia, Comunicações e Inovações, Gilberto Kassab; a vice-reitora da UFRJ, professora Denise Nascimento, o professor emérito e fundador da Coppe, professor Alberto Luiz Coimbra; o decano do Centro de Tecnologia da UFRJ,o professor Fernando Ribeiro; o diretor da Coppe, Edson Watanabe, e demais membros da diretoria.

Na avaliação do ministro Kassab, a Coppe tem tido fundamental participação na consolidação das conquistas do país, e garantiu que o governo apoiará as iniciativas da universidade. “O supercomputador Lobo Carneiro trará desenvolvimento e ajudará a resgatar a autoestima do país. Esta extraordinária universidade nos dá exemplo de competência, eficiência e amor ao país, em um momento tão difícil. Estou muito orgulhoso, não apenas como ministro, mas como brasileiro”, enalteceu o Kassab.

O diretor da Coppe, Edson Watanabe, destacou que modelos demandam uma potência computacional elevada para gerar milhões de situações necessárias à observação dos fenômenos estudados pelos cientistas. “Isso acontece, sobretudo, em áreas que exigem computação intensiva, como as engenharias, física, química, bioquímica, biofísica e outras. O modelo e a teoria independem do computador, mas se eles demandarem esforço computacional, a resposta será muito mais rápida com o Lobo Carneiro”, explicou o diretor da Coppe.

O evento contou ainda com a presença da família do homenageado, professor Luiz Fernando Lobo Carneiro, e com representantes das empresas que formaram o consórcio vencedor da licitação do supercomputador, Silicon Graphics International (SGI) e Versatus HPC. Também prestigiaram a cerimônia, representantes de unidades da UFRJ, de empresas e de institutos de pesquisa.

Mais capacidade computacional com maior eficiência energética

Segundo o diretor da Coppe, não apenas a potência, mas a eficiência energética do Lobo Carneiro foi determinante na aquisição do equipamento. “O novo supercomputador tem capacidade três vezes maior que a da máquina anterior com apenas 1/3 do consumo. Sua capacidade de processamento de 226 teraflops permitirá aos tomadores de decisão agirem no tempo certo e com grande efetividade”, ressaltou.

O ministro Gilberto Kassab, o reitor da UFRJ, prof. Roberto Leher, e o diretor da Coppe/UFRJ, professor Edson Watanabe, no momento da inauguração do supercomputador Lobo Carneiro.

“Temos que parabenizar a todos da Coppe que se empenharam para que este extraordinário investimento fosse viabilizado”, destacou o professor Leher, que comentou em seu discurso a importância da justa homenagem feita pela instituição ao batizar seu novo supercomputador com o nome do professor Lobo Carneiro, falecido em 2001. Em sua opinião, Lobo Carneiro fez parte de uma geração de docentes da UFRJ que enxergaram as aberturas para o futuro. Do mesmo modo, o reitor disse ser um honra ver o professor Coimbra, fundador da Coppe, presente no auditório. “Essa visão de futuro que percebemos em um evento como esse tem a ver com a concepção de universidade que Coimbra teve”.

Após a solenidade, os convidados visitaram as instalações do Núcleo Avançado de Computação de Alto Desempenho (Nacad) da Coppe, onde fica o supercomputador. Também assistiram simulações de projetos rodados no supercomputador e apresentados em ambiente imersivo na Cave do Laboratório de Métodos Computacionais de engenharia (Lamce) da Coppe.

O supercomputador, que já é uma das máquinas mais “verdes” do mercado, foi concebido para ser operado de forma remota, com automação, prescindindo do acompanhamento presencial 24h por dia, e monitoramento de dispositivos de segurança e consumo mais eficiente de energia, preservando a vida útil do equipamento ao máximo. Para tal, foi montado um sistema de engenharia sem precedentes no país, resultado da cooperação entre a Coppe e as empresas Silicon Graphics International (SGI) e Versatus HPC, que venceram a licitação.

A máquina terá seu uso compartilhado por pesquisadores da Coppe, de outras unidades da UFRJ, centros de pesquisa de instituições e empresas, públicas e privadas, para pesquisas de grande interesse para o país como: estudos para a área de energia e petróleo; desenvolvimento de biofármacos e de vacinas no combate ao vírus zika; estudos de gerenciamento de risco para a Defesa Civil; entre outros.

Sobre o supercomputador

Eficiência energética e operação remota são algumas das vantagens do supercomputador Lobo Carneiro. Com capacidade de 226 teraflops, ele pode executar 226 trilhões de operações matemáticas por segundo. O sistema de engenharia concebido exclusivamente para ele permite que prescinda do acompanhamento presencial 24 horas por dia, como é a regra para os demais computadores de alto desempenho em atividade no Brasil. Também possibilita um monitoramento mais eficiente dos dispositivos de segurança, da temperatura, da umidade, e a redução da atividade e do consumo de energia. O sistema, sem precedentes no país, foi montado pelos pesquisadores da Coppe em parceria com técnicos da startup brasileira Versatus HPC e Silicon Graphics International (consórcio vencedor da licitação).

Professores Álvaro Coutinho (à esquerda) e Guilherme Travassos

“A relação capacidade computacional e eficiência energética do Lobo Carneiro é muito boa. O sistema foi concebido para preservar ao máximo a vida útil do equipamento e a operação pode ser feita remotamente, de forma segura, com autocontrole e redundância. Esse modelo de sistema de engenharia não tem precedentes no país”, ressalta o professor Guilherme Travassos, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe.

“Com relação às aplicações, um experimento relacionado à indústria do petróleo, que em outros equipamentos levávamos 10 dias para executar, agora, no supercomputador, concluímos em torno de 3 horas. Outro experimento na área de otimização genética em software, reduzimos o tempo de 29 para dois dias com o novo supercomputador. No caso das vacinas, que combinam diferentes elementos e diferentes fatores, o grande desafio está em encontrar a combinação ótima, a combinação correta que vai nos levar ao compósito perfeito. É isso que o computador faz, porque ele pode gerar essas inúmeras combinações com maior velocidade. Isso reduz muito o tempo gasto em laboratório para testar cada combinação e acelera a obtenção dos resultados”, explica Travassos.

O supercomputador da Coppe integrará o Sistema Nacional de Processamento de Alto Desempenho (Sinapad), como primeiro nó, aumentando em 20% a capacidade desta rede e consolidando o Rio de Janeiro como o maior centro de pesquisas a fazer parte. Também atenderá ao projeto HPC4E (High Performance Computing for Energy), que reúne instituições de pesquisa e empresas do Brasil e da União Europeia. O objetivo é melhorar a eficiência do setor energético, por meio da computação de alto desempenho.

“Na era digital, a quantidade de dados gerados e armazenados em todo o mundo alcançou um volume inconcebível. As técnicas de big data são fundamentais para compreendermos esses dados e esta é uma das missões do supercomputador”, afirmou o coordenador do Nacad, professor Álvaro Coutinho.

Segundo o professor Fernando Rochinha, diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe, além de viabilizar pesquisas de áreas diversas que encontravam empecilho na escala de cálculo necessário à sua consecução, o supercomputador será ainda uma plataforma integradora de diversas áreas do conhecimento.

“A instalação de um computador desse porte na UFRJ tem uma dimensão importantíssima, da qual não podemos esquecer, que é a formação de recursos humanos. Nosso papel é formar gente e não podemos deixar de perseguir essa missão, que é fundamental. Dentre as missões da universidade estão a pesquisa, a geração de conhecimento, mas a primeira é formar gente”, relembra professor Rochinha.

Caráter inovador desde a instalação

O sistema de engenharia montado para o Lobo Carneiro permite que ele prescinda do acompanhamento presencial, como é a regra para os demais computadores de alto desempenho em atividade no Brasil. Sua instalação é inédita do ponto de vista do controle e da automação.

Marcelo Pinheiro (esquerda) e Denis dos Anjos, sócios da Versatus HPC

Segundo Marcelo Pinheiro, diretor Comercial e de Produto da Versatus, não tem nada similar no país. “O padrão é que haja ao menos um profissional presente no centro de operação de um supercomputador. Mas o Nacad – datacentro da Coppe -, é completamente diferente. Ele é remoto, não tem staff, e dispensa a redundância de equipamentos, que só seriam usados na falha dos equipamentos ´titulares´. Nesse setup não é necessário ter geradores, aparelhos de ar condicionado e no-breaks extras. Qualquer possível falha, o equipamento desliga sozinho e se preserva”, explica.

Mas para isso é necessário um alto nível de automação. Refrigeração e no-breaks precisam dialogar com o computador. “O desligamento é preparado para ocorrer em temperaturas confortáveis, de forma que o equipamento não seja exposto a situações críticas. Há múltiplas camadas de proteção. Também há checkpoints para a recuperação dos trabalhos, quando ocorrer esse desligamento”, afirma Marcelo.

Jorge Titinger, CEO da SGI, empresa que fabricou o supercomputador Lobo Carneiro, destacou que a arquitetura do SGI ICE X, modelo adquirido pela Coppe, é a mais “green” do mundo, e elogiou a parceria que sua empresa, que atua há 22 anos, mantém com a startup Versatus. “O time deles complementa muita bem o nosso. É fundamental para otimizar o uso da máquina, para que não seja apenas a entrega de um equipamento. O objetivo é que os clientes fiquem mais satisfeitos e consigam mais benefícios”, explica Titinger.

Coppe inaugura o supercomputador Lobo Carneiro

A Coppe/UFRJ inaugura, dia 13 de julho, às 10 horas, o Supercomputador Lobo Carneiro, o mais potente instalado em uma universidade federal do país. Com capacidade de 226 teraflops, ele pode executar 226 trilhões de operações matemáticas por segundo. A cerimônia contará com a presença do Reitor da UFRJ, Roberto Leher, do CEO da Silicon Graphics International (SGI), Jorge Titinger; do diretor da Coppe, professor Edson Watanabe, entre outros.

A solenidade terá início no auditório da Coppe, que fica na Rua Moniz de Aragão, 360, Centro de Tecnologia 2 (CT2), Cidade Universitária. Em seguida, os convidados visitarão a instalação do Núcleo Avançado de Computação de Alto Desempenho (Nacad) da Coppe, onde fica o supercomputador.

Eficiência energética e operação remota são algumas das vantagens do supercomputador Lobo Carneiro. O sistema de engenharia concebido exclusivamente para ele permite que prescinda do acompanhamento presencial 24 horas por dia, como é a regra para os demais computadores de alto desempenho em atividade no Brasil. Também possibilita um monitoramento mais eficiente dos dispositivos de segurança, da temperatura, da umidade, e a redução da atividade e do consumo de energia. O sistema, sem precedentes no país, foi montado pelos pesquisadores da Coppe em parceria com técnicos da startup brasileira Versatus HPC e Silicon Graphics International (consórcio vencedor da licitação).

“A relação capacidade computacional e eficiência energética do Lobo Carneiro é muito boa. O sistema foi concebido para preservar ao máximo a vida útil do equipamento e a operação pode ser feita remotamente, de forma segura, com autocontrole e redundância. Esse modelo de sistema de engenharia não tem precedentes no país”, ressalta o professor Guilherme Travassos, do Programa de Sistemas e Computação da Coppe.

“Na era digital, a quantidade de dados gerados e armazenados em todo o mundo alcançou um volume inconcebível. As técnicas de big data são fundamentais para compreendermos esses dados e esta é uma das missões do supercomputador”, afirmou o coordenador do Nacad, professor Álvaro Coutinho.

O supercomputador terá seu uso compartilhado por pesquisadores da Coppe, de outras unidades da UFRJ, centros de pesquisa de instituições e empresas, públicas e privadas. “A preservação do sistema e a eficiência energética, requisitos que foram exigidos pela Coppe na licitação, vão ao encontro da responsabilidade pelo investimento público”, ressalta o diretor da Coppe, Edson Watanabe.

Caráter inovador desde a instalação

O sistema de engenharia montado para o Lobo Carneiro permite que ele prescinda do acompanhamento presencial, como é a regra para os demais computadores de alto desempenho em atividade no Brasil. Sua instalação é inédita do ponto de vista do controle e da automação.

Segundo Marcelo Pinheiro, diretor Comercial e de Produto da Versatus, não tem nada similar no país. “O padrão é que haja ao menos um profissional presente no centro de operação de um supercomputador. Mas o Nacad – datacentro da Coppe -, é completamente diferente. Ele é remoto, não tem staff, e dispensa a redundância de equipamentos, que só seriam usados na falha dos equipamentos ´titulares´. Nesse setup não é necessário ter geradores, aparelhos de ar condicionado e no-breaks extras. Qualquer possível falha, o equipamento desliga sozinho e se preserva”, explica.

Mas para isso é necessário um alto nível de automação. Refrigeração e no-breaks precisam dialogar com o computador. “O desligamento é preparado para ocorrer em temperaturas confortáveis, de forma que o equipamento não seja exposto a situações críticas. Há múltiplas camadas de proteção. Também há checkpoints para a recuperação dos trabalhos, quando ocorrer esse desligamento”, afirma Marcelo.

“Não há perda do tempo de trabalho computacional já despendido. O foco é preservar a vida útil do equipamento computacional o máximo possível. Muitos grupos de pesquisa têm ambientes de refrigeração muito ruins, o que reduz a vida útil do computador, que não aguenta o desgaste”, garante Álvaro Coutinho, coordenador do Nacad.

Duas vezes e meia mais potente e com maior eficiência energética do que o supercomputador adquirido anteriormente pela Coppe, o Galileu, o supercomputador Lobo Carneiro consumirá 1/3 do consumo da máquina anterior. “Tal eficiência foi um parâmetro fundamental na seleção da máquina”, garante Travassos.

O supercomputador da Coppe integrará o Sistema Nacional de Processamento de Alto Desempenho (Sinapad), como primeiro nó, aumentando em 20% a capacidade desta rede e consolidando o Rio de Janeiro como o maior centro de pesquisas a fazer parte. Também atenderá ao projeto HPC4E (High Performance Computing for Energy), que reúne instituições de pesquisa e empresas, do Brasil e da União Europeia. O objetivo é melhorar a eficiência do setor energético, por meio da computação de alto desempenho.

Uma porta para o futuro

Na Coppe e em instituições parceiras, pesquisadores aguardam com ansiedade o Lobo Carneiro entrar em operação. São muitas as aplicações que poderão se beneficiar com a aquisição da nova máquina: estudos de gerenciamento de risco para a Defesa Civil; pesquisas, já em andamento, voltadas para o desenvolvimento de biofármacos e de vacinas no combate ao vírus zika, que exigem processamento de um grande volume de dados; estudos para a área de energia e petróleo, entre outros.

“O supercomputador Lobo Carneiro é a nossa porta para o futuro”

“Vamos testar hipóteses com muito mais agilidade e precisão. A resposta será muito mais rápida. Galileu mudou o mundo usando um telescópio. Os supercomputadores são para a ciência, hoje, o que os telescópios foram para Galileu. O supercomputador Lobo Carneiro é a nossa porta para o futuro”, afirmou Travassos.

Modelos computacionais demandam uma potência computacional elevada para gerar milhares ou mesmo milhões de situações necessárias à observação dos fenômenos estudados pelos cientistas.

“Isso acontece, sobretudo, em áreas que exigem computação intensiva, como as engenharias, física, química, bioquímica, biofísica e outras. A computação de alto desempenho nos possibilita observar de forma mais intensa e detalhada aspectos relacionados a investigações científicas. O modelo e a teoria independem do computador, mas se eles demandarem esforço computacional, a resposta será mais rápida. A vantagem desse tipo de equipamento é encurtar o tempo necessário à observação do experimento e assim ganhar em produtividade”, explica o professor Guilherme Travassos.

“Os números e valores impressionam até mesmo quem trabalha no setor. Para se ter uma ideia, uma simulação que levaria uma semana para ser concluída no computador do meu escritório, ficaria pronta em meia hora neste supercomputador. Um experimento no qual eu tivesse que fazer observações a cada 3 horas, nesse equipamento eu faria a cada 5 minutos”, compara.

A Coppe, a computação e o petróleo

O computador leva o nome do professor Fernando Luiz Lobo Barboza Carneiro (1913-2001), ou simplesmente Lobo Carneiro, como era conhecido por alunos, colegas e amigos. Dentre os feitos acadêmicos do ilustre docente, está a introdução dos estudos em análise dinâmica e não-linear. Este tipo de estudo usa pesadamente a computação para lidar com problemas que envolvem muitas variáveis, cujo comportamento é de difícil previsão, como embarcações e plataformas flutuando no mar, sujeitas à ação das ondas, dos ventos e das tempestades.

Lobo Carneiro coordenou durante 20 anos o projeto “Recursos Computacionais de Engenharia Offshore”, primeiro convênio de cooperação técnico-científico entre a Coppe e a Petrobras, um marco que desdobrou-se em uma parceria permanente, que já trouxe inúmeros benefícios ao país. Desde então, a Coppe e a Petrobras no desenvolvimento de tecnologias que viabilizaram a exploração de petróleo no mar. A parceria entre as duas instituições contabiliza hoje mais três mil projetos.

“Lobo Carneiro foi um dos primeiros engenheiros do país a perceber as vantagens da eficiência de modelos computacionais e simulações frente às formas tradicionais de realizar experimentos científicos”, enaltece o professor Guilherme Horta Travassos.

Para o professor Nelson Ebecken, da Coppe, esta é uma justa homenagem à pessoa que valorizou a simulação computacional na engenharia civil. “Lobo foi pioneiro no estabelecimento de disciplinas de mecânica computacional para cálculo de estruturas e método de elementos finitos para análises estruturais, o que fez com que a Coppe estivesse preparada quando a Petrobras a procurou para o desenvolvimento de softwares que a permitissem projetar suas próprias plataformas”, explica.

A Coppe desenvolveu sistemas para os cálculos das 65 primeiras plataformas que foram projetadas pela Petrobras, a partir de um convênio firmado com a empresa, em 1977. “Esse convênio iniciou uma colaboração importante com a Petrobras, que foi consolidada a medida que os desafios se tornaram mais complexos, com a exploração offshore e a descoberta de poços em águas cada vez mais profundas, cujas simulações exigem operações muito mais complexas com uma quantidade muito maior de dados”, contextualiza Ebecken.

Sobre a Versatus

A Versatus HPC é uma startup brasileira, que atua, exclusivamente, com computação de alto desempenho (HPC, na sigla em inglês). A empresa tem no seu portfólio de clientes inúmeras universidades e centros de pesquisa públicos e utiliza seu know how em simulação computacional para permitir que os pesquisadores acadêmicos se concentrem no que fazem de melhor: fazer avançar as fronteiras do conhecimento, solucionando problemas prementes para a sociedade e antecipando os desafios vindouros.

Seus serviços compreendem todas as etapas necessárias para a aquisição, implementação e manutenção de um sistema computacional eficiente e confiável. Desde o projeto e construção de salas (data centers), fornecimento de hardware, integração, configuração e certificação, até otimização e benchmarking de aplicações e softwares científicos. A Versatus ajuda a instituição parceira a transformar sistemas puramente funcionais em soluções de alto desempenho, potencializando o retorno do investimento feito na aquisição do equipamento.

Sobre a SGI

SGI é líder global em soluções de alta performance para computação, análise de dados e gerenciamento de dados que possibilita aos clientes acelerar o tempo para descobertas, inovação e lucratividade. Visite sgi.com para mais informações.

Alunos da Coppe vencem Prêmio Vale-Capes

Os alunos da Coppe/UFRJ, Alex Neves Junior e Sandra Maria de Souza Cao, estão entre os vencedores do Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade, nas categorias doutorado e mestrado, respectivamente. Promovida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pela Vale S.A, a premiação contempla tanto os autores dos trabalhos como seus orientadores.

Premiada na Área Temática I: Processos eficientes para redução do consumo de água e de energia, Sandra Maria Cao foi orientada pelos professores Márcia Dezotti e João Paulo Bassin, do Programa de Engenharia Química (PEQ) da Coppe. A aluna concorreu com sua dissertação de mestrado intitulada “Remoção biológica de matéria orgânica e nitrogênio de um efluente industrial em sistema de leito móvel com biofilme de dois estágios.”

Márcia Dezotti e João Paulo Bassin recebem o prêmio pela segunda vez. Em 2014, eles foram premiados na categoria Doutorado, quando Bassin, então aluno do PEQ, fora orientado pela professora Márcia.

Alex Neves foi premiado na Área Temática III – Redução de Gases do efeito estufa (GEE), com sua tese de doutorado intitulada “Captura de CO2 em Materiais Cimentícios através da Carbonatação Acelerada”. Alex foi orientado pelos professores do Programa de Engenharia Civil (PEC), Romildo Toledo, vice-diretor da Coppe, e Eduardo Fairbairn, além do professor da Escola de Química, Jo Dweck.

Pelo quarto ano consecutivo alunos da Coppe/UFRJ são contemplados com o Prêmio Vale-Capes. No ano passado, Bettina Susanne Hoffmann foi premiada por sua tese de doutorado , na área temática III. Em 2014, foram três os premiados: João Paulo Bassin; melhor tese na área temática II; Bernardo Alves Cinelli melhor dissertação de mestrado na área temática II; e Bruno Soares Moreira Cesar Borba, menção honrosa por tese de doutorado na área temática III. Em 2013, o contemplado foi Pedro Rochedo, dissertação de mestrado na área temática III.

A edição atual da premiação, que abrange trabalhos defendidos em 2014, é dividida em quatro grupos temáticos: I – Processos eficientes para redução do consumo de água e de energia; II – Aproveitamento, reaproveitamento e reciclagem de resíduos e/ou rejeitos; III – Redução de Gases do Efeito Estufa (GEE); e IV – Tecnologias socioambientais, com ênfase no combate à pobreza.

A relação completa dos ganhadores pode ser consultada na página da Capes, em www.capes.gov.br.

Acordo de Paris não será suficiente para conter elevação da temperatura do planeta

Artigo publicado na edição da revista Nature que circula, amanhã, 30 de junho, alerta que as propostas apresentadas pelos representantes de 195 países, em dezembro de 2015, na COP-21, em Paris, não serão suficientes para conter a elevação da temperatura do planeta abaixo de 20C, em relação aos níveis pré-industriais. Essa é uma das principais conclusões do estudo, assinado por 10 especialistas de diferentes países, entre eles o brasileiro Roberto Schaeffer, professor do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ.

Segundo Roberto Schaeffer, o estudo conclui que serão necessárias propostas mais ousadas para que se tenha uma chance razoável de atingir a meta climática, acordada em Paris, para manter a elevação da temperatura do planeta em até 20C até o final do século.

No artigo “Paris Agreement climate proposals need a boost to keep warming well below 20C”, os autores fazem uma abordagem inédita sobre o alcance das INDCs (pretendidas contribuições nacionalmente determinadas) apresentadas pelos governos de 187 de um grupo de 195 países em preparação para o Acordo de Paris. A expectativa era de que as metas voluntárias de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), que deverão ser implantadas no período 2020 a 2030, seriam suficientes para manter a elevação média da temperatura em até 20C e, dependendo de alguns ajustes, em até 1,5 0C. Porém, os especialistas alertam que as INDCs não são suficientes para manter, em 2 0C, a meta de elevação da temperatura do planeta até 2100.

Elevação da temperatura em diferentes cenários

O estudo, que incorpora uma série de análises probabilísticas, com previsões sobre a elevação da temperatura diante de diferentes cenários, considera as emissões de CO2 diante de quatro cenários: sem nenhum esforço para redução de emissões, seguindo as políticas já adotadas pelos países, seguindo as metas expressas nas INDCs incondicionais, e seguindo as chamadas INDCs condicionais, nas quais determinados países condicionam as reduções a algum tipo de ajuda.

Para cada um dos cenários apresentados, o estudo aponta a elevação média esperada da temperatura segundo diferentes probabilidades de tal elevação não ser excedida. Para isso, utilizam três faixas de percentuais. O artigo mostra, por exemplo, que se o cenário de INDC incondicional for mantido, a probabilidade de a elevação da temperatura em 2100 não exceder a faixa de 2,60C a 3,10C é de 50%. Quanto maior a probabilidade de um determinado cenário se confirmar, maior será a temperatura em 2100.

Dessa forma, considerando o mesmo cenário de INDC incondicional, a probabilidade de a elevação da temperatura em 2100 não exceder os 2,90C a 3,40C é de 66%. Caso seja considerada a probabilidade de 90%, a elevação da temperatura no fim deste século não deverá exceder a faixa que vai de 3,50C a 4,20C. Assim, na média, os pesquisadores trabalham com uma faixa de elevação da temperatura, que vai de 2,90C, em um cenário menos conservador (50%), até 3,90C, no cenário mais conservador (90%).

Diante desses cenários, será preciso reduzir as emissões propostas nas INDCs e fazer isso antes do que se imaginava. “Se esses ajustes forem realizados somente após 2020, dependendo da situação, poderá ser tarde demais”, explica o professor Roberto Schaeffer. Segundo o professor, caso as ações para redução demorem a ser feitas, após 2020 elas poderão não mais ser suficientes para manter a elevação média da temperatura do planeta em até 20C.

Análise mais aprofundada

O professor do Programa de Planejamento Energético da Coppe ficou responsável por fazer parte da quantificação das INDCs apresentadas por 187 países.  Um trabalho minucioso, uma vez que nem todas as INDCs são tão claras quanto a do Brasil, no que se refere às suas reduções voluntárias de emissões. Foi preciso fazer um exaustivo trabalho para uniformizar as INDCs para que depois esses números pudessem receber o tratamento probabilístico, que é um dos diferenciais do artigo.

No caso brasileiro, por exemplo, ficou clara a intenção do governo em reduzir as emissões para 1,3 giga toneladas (Gt) de CO2 equivalente em 2025, e de indicar um valor de 1,2 Gt em 2030. Em 2005, o país emitiu cerca de 2,7Gt. Boa parte dessa redução pretendida está relacionada à redução do desmatamento no país, o que já vem se verificando.

O artigo apresentado à Nature deriva, em parte, de um trabalho anterior de alguns dos autores, entre eles o professor Roberto Schaeffer, realizado para o UNEP Gap Report 2015, publicação científica coordenada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), cuja mais recente edição foi finalizada em novembro passado.

Com uma série de novas análises, o artigo da Nature faz uma avaliação ainda mais aprofundada do alcance das INDCs para a elevação da temperatura. “Se no UNEP Gap Report 2015 já apontávamos que as INDCs não são suficientes, agora o artigo aprofunda o estudo anterior através de uma série de análises probabilísticas relacionadas à elevação da temperatura”, explica Schaeffer.

Se tomado a sério, o artigo publicado na Nature mostra que se os países signatários do Acordo de Paris quiserem mesmo manter a elevação da temperatura do planeta sob controle, estes terão muita discussão e muito trabalho pela frente para aumentarem ainda mais suas ambições de reduzir suas emissões de CO2 para bem além do proposto em suas INDCs.

Correspondências inéditas de Ana C em realidade aumentada

Utilizando técnica de realidade aumentada, pesquisadores da Coppe/UFRJ estão disponibilizando para o público, em formato digital, cartões postais enviados pela escritora Ana Cristina César à amiga Heloísa Buarque de Hollanda, professora da UFRJ. O conteúdo, inédito, que faz parte do acervo pessoal de Heloísa, será lançado durante a Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), de 29 de junho a 3de julho.

Os cartões postais, que foram enviados por Ana C. – como era conhecida a poeta- à amiga Heloísa no final dos anos 70 e início dos 80, quando a escritora cursava o mestrado na Inglaterra. Eles serão disponibilizados em marcadores de livro com código QR, que podem ser lidos por smartphones de quaisquer marcas, e que serão distribuídos gratuitamente para os participantes da Flip.

Fruto de uma parceria entre o Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) e o Laboratório de Realidade Virtual (Lab3D) da Coppe/UFRJ, o Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC) da UFRJ e o Instituto Moreira Salles, o projeto faz parte da homenagem promovida pela Flip à expoente do movimento literário Poesia Marginal.

Aqueles que não forem à Flip também podem ter acesso ao acervo acessando a página do laboratório da Coppe (http://grva.lamce.coppe.ufrj.br/flip), e imprimindo o marcador com o código. Basta direcionar o celular rumo ao código, que este já indica ao usuáriocomo baixar o aplicativo, disponível para Android e iOS.

Sinergia entre arte, tecnologia e memória

Para viabilizar o projeto os pesquisadores da Coppe, coordenados pelos professores Luiz Landau e Claudia Werner, trabalharam em conjunto com a equipe do PAAC, coordenada pela professora Heloisa Buarque de Hollanda. “O momento pede essa sinergia entre competências diferentes. A gente pensa junto e trabalha em coautoria. A tecnologia absorveu como a cultura pensa e age, como é o mercado de livros. Nós também aprendemos. Nesse processo de trabalho, houve muito aprendizado. O processo em si é mais importante que o produto”, afirma Heloísa.

“Optamos por algo simples, como um aplicativo de celular. Então fizemos marcadores de livros e eles serão o guia para a visualização dos cartões. Com o celular, a pessoa pode ver cada um deles, com texto e imagem. Escolhemos como ícone uma foto clássica de Ana Cristina”, explica Claudia Susie, pesquisadora da Coppe.

O projeto contou com o apoio do Instituto Moreira Salles (IMS), que detém o acervo da escritora. Agora, também terão os cartões postais que serão doados pela professora Heloísa. O IMS vai fazer cinco mil marcadores que serão distribuídos gratuitamente.

“Estamos levando a um público maior nossa parceria Coppe e PACC. Juntos, já fizemos a exposição Palavrio, essa homenagem à Ana Cristina César e estamos trabalhando em um livro, intitulado Poesia, que será lançado em breve”, celebra Heloísa.

Realidade aumentada e voyeurismo

A realidade aumentada é muito utilizada em engenharia, sobretudo em processos industriais. Segundo Gerson, embora o foco do Lamce seja trabalhar com a indústria, a equipedo laboratório gosta dessa interação entre tecnologia e arte. “A gente tem que criar soluções para os artistas e não implantar soluções para eles. Os engenheiros querem a tecnologia para um determinado fim. Já os artistas são mais soltos. Os engenheiros me dão trabalho, os artistas me dão desafios”, compara o pesquisador.

Na avaliação de Heloísa a colaboração entre engenharia e arte, que tomou corpo na parceria entre a Coppe e a Faculdade de Letras da UFRJ, é indispensável e urgente. “Nesse momento é impensável que a cultura desconheça e não trabalhe com tecnologia. Para as ciências humanas, é urgente dar espaço às tecnologias. E para a engenharia creio que seja importante ouvir a cultura. Não é apenas juntar para fazer um produto engraçadinho. Tem um impacto epistemológico para as hard sciences e as humanidades. É o começo de uma caminhada”, avalia a professora.

“Optamos por algo simples, como um aplicativo de celular. Então fizemos marcadores de livros e eles serão o guia para a visualização dos cartões. Com o celular, a pessoa pode ver cada um deles, com texto e imagem. Escolhemos como ícone uma foto clássica de Ana Cristina”, explica Claudia Susie, pesquisadora da Coppe.

Heloísa e as equipes do Lamce e do Lab3D chegaram a cogitar uma apresentação em vídeo para ser exibida pelo aplicativo, antes da exibição dos cartões postais. Mas descartaram a ideia. “Carta não tem apresentação, é uma coisa de voyeur. Para nós, a ideia da correspondência só pode ser acessada pelo voyeurismo. Deixa a interpretação mais livre, a obra aberta. Você só vê correspondência de outra pessoa se você espia. Você abriu uma gaveta sem permissão”, explica a professora.

Orientadora de Ana Cristina César, no curso de mestrado feito na Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ, Heloísa a conheceu quando preparava a antologia de poesia marginal 26 Poetas Hoje. “Eu estava procurando textos e uma professora de Ana Cristina me indicou um texto dela que gostei e a procurei. Ela era muito especial, muito próxima, inteligente curiosa. Foi assim que nos conhecemos, da melhor maneira possível, pela literatura”, relembra Heloísa.

Estudo da Coppe sobre o vírus zika vence concurso da Johnson & Johnson Innovation

Estudo sobre o vírus zika coordenado pela professora Leda Castilho, da Coppe/UFRJ, foi vencedor do Quick Fire Challenge, uma iniciativa promovida pela Janssen Brasil e pela Johnson & Johnson para fomentar a inovação científica na América Latina. A pesquisa inovadora tem como foco a produção de proteínas recombinantes da estrutura externa do vírus zika, que poderão ser usadas para desenvolver ferramentas para o diagnóstico, tratamento e prevenção do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. No caso de exames de diagnóstico, possibilita distinguir flavivírus relacionados, como dengue e febre amarela.

As proteínas recombinantes do vírus também podem ser utilizadas para isolar ou desenvolver um anticorpo monoclonal anti-zika, que trate ou reduza a carga viral dos indivíduos infectados. Este recurso é particularmente interessante para mulheres grávidas, já que ajuda a reduzir o risco de transmissão para o feto, prevenindo a microcefalia, condição que está relacionada à infecção intrauterina pelo zika. A produção da proteína pode ainda ser utilizada no desenvolvimento de uma vacina, que teria um papel importante na prevenção e controle da doença no longo prazo.

A professora Leda passará seis meses no JLabs@ TMC, em Houston (EUA), onde ela e sua equipe terão acesso a um laboratório de ponta e insumos que possibilitarão agilizar a conclusão da pesquisa para o combate ao vírus Zika, que se tornou uma ameaça à saúde pública e está associada com o desenvolvimento de microcefalia em crianças nascidas de mães infectadas.

Sobre Leda Castilho

Leda dos Reis Castilho é professora do Programa de Engenharia Química da Coppe/UFRJ, onde coordena o Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares (Lecc). A pesquisadora realizou estágios sabáticos de pesquisa na Universidade de Bielefeld (Alemanha) e no National Institutes of Health, NIH (EUA). Possui doutorado em Engenharia Bioquímica pela Universidade de Braunschweig (Alemanha) e graduação e mestrado em Engenharia Química pela Coppe/UFRJ. Suas pesquisas já lhe renderam vários prêmios e a indicação, em 2008, como membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências.

Por 13 anos o Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares da Coppe/UFRJ vem desenvolvendo projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação voltados para o estabelecimento de tecnologias inovadoras de produção de biofármacos, anticorpos monoclonais, terapias celulares e vacinas.

Sobre o Quick Fire Challenge

O Quick Fire Challenge é uma iniciativa regional liderada pela Janssen, empresa farmacêutica da Johnson & Johnson, que seleciona projetos inovadores e empresas de saúde em fase inicial – startups – para ficarem baseados e desenvolverem seus projetos de inovação nas unidades do JLabs, centros de pesquisa independentes mantidos pela Johnson & Johnson nos Estados Unidos. Na última edição do desafio, o objetivo era selecionar uma ideia inovadora que tivesse relevância para a região latino-americana. O vencedor poderá usufruir de toda a infraestrutura administrativa, suporte de pesquisadores e acesso ao que há de mais moderno em recursos tecnológicos e equipamentos para o desenvolvimento de sua pesquisa no centro localizado em Houston (EUA), mas não terá vínculo nem obrigações comerciais com a farmacêutica.

Saiba mais sobre o JLabs, que faz parte da Johnson & Johnson Innovation, no site JLABS.jnjinnovation.com e sobre a Janssen, em www.janssen.com.

Alunos da Coppe são finalistas da PORTS 2016 Graduate Student Competition

O trabalho “Strategies for measurement of fluid mud layers and their rheological properties in ports”, de autoria dos alunos da Coppe/UFRJ, Juliane Castro Carneiro (PEnO) e Diego Luiz Fonseca (PEQ), é um dos finalistas da competição para alunos de pós-graduação que integra a programação da conferência PORTS 2016. Os dois vão apresentar o trabalho nesta segunda-feira, 13 de junho, em uma das sessões do evento, que acontece de 12 a 15 de junho, em Nova Orleans.

O comitê julgador da PORTS 2016 Graduate Student Competition selecionou quatro trabalhos finalistas, que serão apresentados aos participantes da conferência, um dos principais eventos mundiais da área de portos. A dupla da Coppe é a única formada por alunos de uma instituição de fora dos Estados Unidos a se classificar para a fase final do concurso.

A apresentação no evento valerá pontos, que serão somados à pontuação já atribuída a cada trabalho, mas ainda não revelada. Após as apresentações serão anunciados os vencedores da competição, que é promovida pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis (ASCE), por intermédio do Coasts Oceans Ports And Rivers Institute (COPRI).

O trabalho desenvolvido por Juliane e Diego busca alternativas para a navegação em áreas com presença de lama fluida. A proposta é aproveitar para navegação parte da espessura das camadas de lama na profundidade disponível, segundo o conceito internacional de “fundo náutico”.

Para elaborar o trabalho, Juliane e Diego usaram o Porto de Santos, um dos maiores do Hemisfério Sul, como área de estudo. Utilizaram métodos acústicos para detecção das zonas de presença de lama fluida e coletaram amostras de material, entre outras atividades de campo. Em laboratório, eles avaliaram o comportamento reológico – relacionado à viscosidade, plasticidade, elasticidade e escoamento – do material em diversas densidades, a partir de um protocolo internacional e de um outro desenvolvido no Laboratório de Dinâmica de Sedimentos Coesivos (LDSC) do Programa de Engenharia Oceânica (PEnO) da Coppe.

“O cruzamento de dados permitiu identificar um potencial de acréscimo da profundidade, de 20 centímetros a um metro e meio, ao considerar a espessura das camadas reologicamente favoráveis à navegação. Contudo, ainda é necessário fazer estudos mais exaustivos e a análise de outros itens, como
fatores ambientais, infraestrutura portuária e manobrabilidade, antes de se chegar a números definitivos”, explica a oceanógrafa Juliane Castro, que faz doutorado em Engenharia Oceânica no LDSC/PEnO.

A navegação em lama fluida já é utilizada há algum tempo em países como a Bélgica e a França. No Brasil, começou a ser discutida, recentemente, a possibilidade de utilizá-la em portos como o de Santos e de Itajaí.

“É necessário que se crie um protocolo de abordagem para usar essa camada, que pode ser navegável, com segurança, para que não ocorra encalhes de navios. Esse protocolo também será útil para evitar dragagens desnecessárias, otimizar a navegação e os gastos, e auxiliar no manejo dos sedimentos”, explica o engenheiro ambiental Diego Luiz Fonseca, recém-mestre pelo Programa de Engenharia Química da Coppe e atualmente colaborador do Laboratório de Dinâmica de Sedimentos Coesivos.

Alunos da Coppe e da Universidade de Columbia apresentam soluções para problemas de grandes cidades

A solução para problemas que afetam a vida nas cidades, como a falta de saneamento e o elevado gasto com energia para iluminação, muitas vezes surge de ideias simples dentro dos laboratórios e salas de aula das universidades. Foi partindo desse princípio, que alunos da Coppe/UFRJ e da Universidade de Columbia, de Nova Iorque, se reuniram no auditório da Coppe, dia 31 de maio, para apresentar os projetos finalistas de um desafio universitário promovido pelo Centro Coppe-Columbia para Soluções Urbanas, criado em dezembro de 2015 pelas duas instituições.

No encontro de estudantes de graduação e pós-graduação, chamado de Open Innovation Day, 16 grupos de alunos da Coppe e de Columbia apresentaram os projetos selecionados por uma comissão julgadora formada por representantes das duas instituições. O desafio entre universitários era propor soluções em duas vertentes: Urban Water, cujo objetivo era resolver problemas relacionados à água nos grandes centros urbanos e Sensing and the city, baseada em sensoriamento e destinada ao desenvolvimento de soluções inovadoras nas áreas de engenharia, tecnologia de detecção e Internet das Coisas (IoT). A proposta era estimular o surgimento de trabalhos ligados a cidades inteligentes, sensoriamento remoto, bioengenharia, eficiência energética e inovação nos transportes, entre outros.

“O desafio foi um sucesso. Os alunos desenvolveram ideias em um período de apenas seis meses de forma magnífica. Apresentaram soluções que, com um pouco mais de desenvolvimento, podem se transformar em produtos que vão beneficiar um grande número de pessoas”, avalia o vice-diretor da Coppe/UFRJ, Romildo Toledo.

A decana da Fu Foundation School of Engineering and Applied Sciences (SEAS) da Universidade de Columbia, Mary Boyce, também ficou satisfeita com as propostas apresentadas pelos alunos das duas instituições. “Rio de Janeiro e Nova York têm problemas comuns e outros bem específicos. Reunir estudantes de dois países pode resultar em diferentes perspectivas dos problemas enfrentados pelas duas cidades”, afirmou. Segundo ela, a expectativa é que as soluções propostas sejam incorporadas pelas prefeituras e que os alunos levem essa experiência para seus futuros trabalhos e possam criar ou participar de startups.

O resultado do desafio foi interessante. Foram apresentadas ideias variadas e aparentemente simples, como instalar sensores de baixo custo nos ônibus que circulam pelas ruas do Rio de Janeiro para monitorar poluição, temperatura e condições meteorológicas, entre outros itens. O projeto, desenvolvido por alunos do Programa de Engenharia Elétrica (PEE) da Coppe, pode baratear o processo de monitoramento, já que reduz a necessidade de instalação de sensores em diferentes pontos da cidade. O sistema pode avaliar também a umidade relativa do ar; a luminosidade, que indica se é preciso trocar lâmpadas dos postes ou fazer a poda das árvores que fazem sombra; e a vibração dos coletivos nas ruas, o que pode indicar a existência de buracos e a necessidade de recuperar o asfalto.

Quando o problema é a falta de saneamento, uma das alternativas propostas pelos alunos foi o projeto de saneamento ecológico em implantação na comunidade Vale Encantado, no Alto da Boa Vista, destinado ao tratamento local de esgoto em comunidades isoladas e de difícil acesso. Desenvolvido por alunos da Coppe e da Escola Politécnica da UFRJ, o sistema, de custo reduzido, é composto por um biodigestor e por uma zona de raízes. O biodigestor faz o tratamento anaeróbico, ou seja, transforma o material orgânico em biogás. Já as raízes são utilizadas para fazer o tratamento aeróbico. Elas removem o nitrogênio e o fósforo e oxigenam o efluente.

Outro projeto apresentado está ligado à eficiência energética e é destinado ao aproveitamento da luz solar para oferecer iluminação de baixo custo. Desenvolvido por alunos do Laboratório de Instrumentação e Fotônica (LIF) da Coppe, o projeto gasta pouquíssima energia para iluminação de ambientes. Menos do que a energia consumida por uma bombinha de aquário. O sistema – batizado de POF LUX, da sigla em inglês de fibra ótica plástica – é composto por uma lente que amplia em 30 vezes a concentração dos raios solares, um motor que permite à lente acompanhar o movimento do sol e um conjunto de fibras óticas, que leva os raios solares até o interior dos ambientes. O gasto de energia é mínimo. Ela é usada apenas para alimentar o motor, que movimenta a lente.

A troca de experiência entre alunos da Universidade de Colúmbia e da Coppe foi outro ponto alto do desafio. “Um dos méritos dessa iniciativa foi inserir os alunos deles, que hoje estão aqui, e os nossos alunos nesse processo de empreendedorismo e inovação, nessa cultura fortemente fundamentada em ciência. Não são questões superficiais. Os alunos que participaram puderam perceber que é fundamental ter uma boa formação para poder enfrentar os grandes problemas”, explicou o diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe, Fernando Alves Rochinha.

Os 16 projetos selecionados como finalistas foram considerados todos vencedores. Não haverá uma classificação entre eles. “A proposta agora é buscar novas fontes de financiamento para o desenvolvimento dessas ideias”, explicou o professor Romildo Toledo.

De acordo com o vice-diretor da Coppe, a cooperação entre as duas instituições vai prosseguir. “Nesses primeiros seis meses foi demonstrada a capacidade dessa parceria”, afirmou Romildo Toledo. Segundo ele, estão previstos a realização de novos desafios e o envio de alunos e professores da Coppe para Columbia e a vinda de estudantes e docentes de Nova York para o Rio de Janeiro.

Realizado pela Coppe, pela Fu Foundation School of Engineering and Applied Science e pelo Columbia Global Center-Rio de Janeiro, por meio do Centro Coppe-Columbia para Soluções Urbanas, o desafio universitário contou com o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro e da Agência de Promoção de Investimentos do Rio de Janeiro – Rio Negócios.

UFRJ lança Frente Contra a Extinção do MCTI em evento na Coppe

A UFRJ lançou dia 25 de maio a Frente contra a extinção do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O evento, promovido pela Associação dos Docentes da UFRJ (Adufrj), reuniu no auditório da Coppe representantes da comunidade científica e membros da academia para protestar contra a fusão, promovida pelo governo interino, entre o MCTI e o Ministério das Comunicações.

O ato de lançamento, coordenado pela diretora da Adufrj, professora Tatiana Roque, reuniu líderes da academia como o professor emérito da Coppe/UFRJ, Luiz Bevilacqua, o reitor da UFRJ, professor Roberto Leher; o diretor científico da Faperj, Jerson Lima; o vice- Presidente da SBPC, Ildeu de Castro Moreira; o diretor de Relações Institucionais da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa; a professora da UFRJ Débora Foguel, que representou o presidente da Academia Brasileira de Ciências(ABC), Luiz Davidovich, o vice-diretor da Coppe, Romildo Toledo, o diretor do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, José Sérgio Leite Lopes, o Presidente da associação Brasileira de Antropologia, Otávio Velho; a professora Beatriz Resende, da Faculdade de Letras da UFRJ; entre outros.

Segundo o professor, Luiz Bevilacqua, que integrou o grupo de representantes da Frente que participou de reunião com a comissão de C&T e Comunicação do Senado, dia 24 de maio, em Brasília, destacou que o MCTI é um dos poucos ministérios que teve suas políticas preservadas pelos governos e ministros que se sucederam. “Cada pessoa que passou pelo cargo respeitou as políticas em curso da Finep, do CNPq, entre outros. O governo interino sequer consultou a comissão do Senado antes de tomar essa decisão. O Ministério das Comunicações tem prioridades completamente diferentes daquelas do MCTI, que por sua vez tem preocupações de longo prazo. Se você fecha uma fábrica, você pode reabri-la sem maiores problemas no ano seguinte. Mas interromper um programa de inovação traz uma perda irreparável”, ressaltou o professor.

Reforma de Estado via medida provisória

Para o Reitor da UFRJ, o que mais preocupa a Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) é o método adotado para a controversa decisão. “Está em curso uma reforma do Estado, via medida provisória. “O deslocamento das instituições científicas para um âmbito secundário, a desnacionalização radical de tudo e nós sabemos do que isso se trata”, alertou o reitor.

Outro problema, segundo ele, é o ajuste fiscal que está por vir. Esse déficit fiscal hiperdimensionado é a dimensão do ajuste que virá. É maior do que qualquer ajuste já feito na história do país. Nesse momento tão obscurantista, temos que atuar coletivamente, de forma esclarecida e protagônica”, exortou Leher.

O professor José Sérgio Leite Lopes, do Museu Nacional, endossou a análise política do reitor. “Essa guinada liberal vai de encontro ao nacionalismo que erigiu o sistema de ciência e tecnologia no país. “O governo interino representa forças que se querem permanentes: o mercado e a repressão política que garanta os seus interesses”, avaliou.

A professora Débora Foguel, que no evento representou a Academia Brasileira de Ciências, lamentou que o governo presenteie a ciência nacional, no centenário de sua academia, com a extinção do ministério. “O Brasil tem especialistas em todas as áreas do conhecimento, e eles podem dar conta dos problemas existentes e vindouros. Quando a gente vê o que a ciência já fez pelo país, dá tristeza a forma como estamos sendo tratados”, criticou Débora.

Novo direcionamento ameaça inclusão social

Os professores Luiz Pinguelli, diretor de Relações Institucionais da Coppe, e Carlos Vainer, diretor do Fórum de Ciência e Cultura, questionaram a legitimidade do governo interino e qualificaram como golpe o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Na visão de Pinguelli, o processo não teve como objetivo somente apear um partido do poder, mas reverter um direcionamento político em prol da inclusão social. “Não vamos perdoar aqueles que abandonarem esta batalha. Agora, o laboratório é aqui”, conclamou Vainer.

A professora Jussara Miranda, do Instituto de Química (IQ/UFRJ) fez uma emocionada defesa dos estudantes, cuja permanência nas salas de aula e laboratórios, está ameaçada pelos cortes no financiamento de bolsas. “A mudança já está em curso e coloca em xeque a formação de recursos humanos. Até mesmo para alunos cujos bolsas ainda estão vigentes”, alertou Jussara.

Na avaliação do professor do Museu Nacional, Otávio Velho, somente reagir não basta. Mais do que evitar perdas, é preciso fomentar e qualificar o debate, para descortinar novos rumos para o Brasil e propor ações para barrar o que chamou de desmonte do processo civilizatório. “Precisamos organizar seminários e colocar em prática a tão falada (e não tanto praticada) interdisciplinaridade. A universidade precisa dialogar com a sociedade e repensar o país”, concluiu o professor, que também é vice-presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Outras ações da Frente podem ser encontradas no blog que a Adufrj criou para tratar do assunto: www.adufrj.org.br/mcti

Coppe-Columbia promovem Open Innovation Day

A Coppe/UFRJ e a Universidade de Columbia promovem, dia 31 de maio, o Coppe-Columbia Open Innovation Day. No evento, 16 grupos formados por estudantes e pesquisadores das duas instituições apresentarão soluções tecnologicamente inovadoras para problemas comuns às grandes cidades, como resultado dos desafios acadêmicos Urban Water Sensing and the city.  Aberto ao público, o evento será realizado, das 9h às 18h, no auditório da Coppe, na rua Moniz Aragão, 360, bloco 1,  Centro de Tecnologia 2, Cidade Universitária.

Os grupos de pesquisa exibirão soluções sobre temas variados: oferta sustentável e alternativa de água; dispositivo para diagnóstico imediato de infecção do vírus zika; uso de energia solar para oferecer iluminação de baixo custo a prédios públicos; iniciativas locais para vias fluviais limpas; geração de energia elétrica em ciclovias utilizando materiais piezoelétricos; uso de hélices e energia renovável para evitar água parada e a proliferação de mosquitos; oferta alternativa e sustentável de água potável, entre outros.

O evento é mais uma iniciativa conjunta no âmbito do Centro Coppe-Columbia para Soluções Urbanas.

Confirme sua presença pelo email riodejaneiro.cgc@columbia.edu e confira abaixo a programação do evento.

Programação

Manhã
9:00 – Cadastramento e Café da Manhã
9:30 – Boas Vindas

Edson Watanabe, Diretor da Coppe
Mary Boyce, Decana da Escola de Engenharia de Columbia
Romildo Toledo, Vice-Diretor da Coppe
Bruna Santos, Columbia Global Centers | Rio de Janeiro
Representante da Prefeitura do Rio de Janeiro

10:00 – 12:00 – Apresentação dos Design Challenges I e II: Urban Water e Sensing the City
10:00 – 10:20 – Fala de abertura dos professores orientadores | Kartik Chandran & Fred Jiang 10:20 – 10:30 – Paula Anzer | Resumo do Programa
10:30 – 12:00 – Apresentação dos grupos dos Design Challenges I e II

Tarde
14:00 – 14:10 – Fala de abertura dos professores orientadores| Kartik Chandran & Fred Jiang 14:10 – 17:30 – Apresentação dos grupos dos Design Challenges I e II

Institutos liderados pela Coppe são contemplados em edital do CNPq

Liderados pela Coppe, o Instituto Geotécnico de Reabilitação do Sistema Encosta-Planície (REAGEO) e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Reatores Nucleares Inovadores (INCTRNI) estão entre os INCTs que tiveram sua renovação selecionada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As duas unidades foram contempladas no edital divulgado no último dia 11 de maio. Também conta com a participação da Coppe o novo INCT de Física das Altas Energias e Astropartículas, liderado pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), e o INCT Smart Industry, liderado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Ao todo foram encaminhadas ao CNPq 345 propostas, que foram avaliadas, entre os dias 25 e 28 de abril passado, por, no mínimo, três consultores ad hoc de outros países e por um Comitê Julgador nacional. Desse total, 115 propostas eram relacionadas a institutos já existentes e 230, à criação de novos INCTs.

Sobre os institutos

Criado em 2009, o Instituto Geotécnico de Reabilitação do Sistema Encosta-Planície ficou em segundo lugar geral na Chamada INCT, que selecionou 252 propostas entre os 345 projetos recebidos. Coordenado pelo professor Willy Alvarenga Lacerda, do Programa de Engenharia Civil da Coppe/UFRJ, o REAGEO desenvolve estudos em três grandes linhas de pesquisa: Mecanismos de instabilização e influência do uso e cobertura vegetal, Tecnologias para reabilitação de áreas degradadas, e Técnicas de disposição de sedimentos dragados, controle de contaminação e construção em solos moles.

O Instituto, cujas pesquisas são lideradas pela Coppe, também reúne pesquisadores do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Igeo/UFRJ), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade de Brasília (UnB).

Outro instituto sediado na Coppe e contemplado no edital foi o INCT para Reatores Nucleares Inovadores, cujo coordenador é o professor Fernando Carvalho da Silva, do Programa de Engenharia Nuclear (PEN). “A proposta do instituto é pesquisar e formar recursos humanos para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras de reatores nucleares para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Tecnologias mais seguras, econômicas e de maior aceitação pública”, explicou o professor Fernando Carvalho.

Os sistemas nucleares pesquisados pelo instituto são: sistemas híbridos subcríticos, reatores a altíssimas temperaturas e reatores avançados à água leve. Liderados pela Coppe, os estudos envolvem grupos de pesquisa distribuídos por diferentes instituições: Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear – CDTN/CNEN, Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste – CRCN-NE/CNEN, Departamento de Energia Nuclear – DEN/UFPE, Departamento de Engenharia Nuclear – ENU/UFMG, Instituto de Engenharia Nuclear – IEN/CNEN, Instituto de Matemática – IM/UFRGS, Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – IPEN/CNEN, Instituto Militar de Engenharia – IME-Nuclear, Instituto Politécnico do Rio de Janeiro – IPRJ/UERJ, e Instituto de Estudos Avançados – IEAv/CTA.

A Coppe participa, também, do novo INCT para Física das Altas Energias e Astropartículas (Astroparticle and High Energy Physics). Os estudos da unidade, sediada no CBPF, no Rio de Janeiro, são liderados pelo professor Ronald Shellard.

A participação da Coppe se dá por intermédio do Laboratório de Processamento de Sinais (LPS), coordenado pelo professor José Manoel de Seixas, do Programa de Engenharia Elétrica. “A proposta desse novo INCT tem como foco científico o estudo teórico e experimental da física das partículas, ou seja, o estudo da matéria e suas interações em seu nível mais fundamental”, explica o professor José Seixas, que integra o Comitê Gestor do instituto.

Além disso, a Coppe participa do INCT Smart Industry, liderado pelo professor Antônio Braga, da UFMG. Na Coppe, o projeto será realizado no Laboratório de Inteligência Artificial do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC). “O setor industrial, responsável pela produção de bens e serviços, precisa mais e mais de sistemas corporativos inteligentes que sejam capazes de apoiar a aquisição de dados, comunicação e todas as atividades de tomada de decisão. Os sistemas industriais para aquisição, comunicação, gerenciamento de dados, análise e tomada de decisão devem, nos tempos atuais, ser projetados para atender a requisitos como  complexidade , dinâmica , incerteza e integração. O objetivo do recém aprovado Instituto  em ‘Smart Industry’ é desenvolver os fundamentos, métodos, algoritmos de processamento de dados, otimização e procedimentos de projeto para uma nova geração  de sistemas industriais inteligentes”, esclarece o professor Carlos Eduardo Pedreira (PESC), um dos diretores do instituto, que contará ainda com a colaboração do professor Felipe França (PESC). As empresas EMC e a INOVAX que mantém centros de pesquisa e desenvolvimento no Parque Tecnologico da UFRJ são parceiras do projeto.

Os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) começaram a ser implantados em 2008 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para realização de pesquisas colaborativas em áreas de interesse tecnológico. Cada instituto fica sediado em uma instituição, que lidera os estudos a serem desenvolvidos em conjunto pelas demais instituições integrantes.

Ao serem selecionados pela Chamada INCT –Nº16/2014, os institutos receberam recomendação de mérito técnico-científico para obtenção de financiamento. Até a primeira quinzena de julho serão realizadas negociações para cofinanciamento das propostas recomendadas entre o CNPq e as instituições parceiras do edital: a Fundação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes, a Financiadora Nacional de Estudos e Projetos – Finep, e as fundações de amparo à pesquisa de diversos estados.

Especialistas discutem os desafios da engenharia submarina

Os desafios que a engenharia submarina terá pela frente nos próximos anos para viabilizar a produção de petróleo em águas profundas foi um dos temas debatidos, dia 18 de maio, no encerramento do Fórum China-Brasil de Tecnologia Submarina. O encontro reuniu mais de 200 pesquisadores do Brasil e da China, entre os dias 16 e 18, no auditório da Coppe/UFRJ, na Cidade Universitária.

Conciliar o desenvolvimento de materiais mais resistentes e confiáveis, adequados às rígidas condições encontradas em águas profundas, com a necessidade de reduzir os custos de fabricação dos equipamentos usados na produção de petróleo no mar é um dos desafios que a indústria do petróleo terá de enfrentar.

Segundo o professor Segen Estefen, coordenador do evento e do Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS) da Coppe, a questão da redução dos custos dos equipamentos utilizados nos sistemas de produção submarinos é um desafio a ser superado pela indústria e pelos centros de pesquisa voltados à área de petróleo. Sobretudo, devido ao baixo preço do barril de petróleo no mercado internacional.

Uma das alternativas apresentadas no evento foi o conceito Subsea to shore, que visa a transferir para o fundo do mar atividades que hoje são realizadas em estruturas flutuantes. Especialistas apostam que, ao levar para o ambiente submarino tarefas que atualmente são realizadas nas plataformas de petróleo, será possível reduzir custos de produção.

Pesquisadores buscam novos materiais mais resistentes

A implantação de estruturas submarinas implica em um outro grande desafio da indústria do petróleo: reforçar a segurança das atividades para reduzir possíveis danos ambientais. Dessa forma, o avanço do setor rumo ao fundo dos oceanos passa, necessariamente, pelo desenvolvimento de novos materiais, mais resistentes e seguros.

O uso da nanotecnologia no desenvolvimento dos equipamentos a serem instalados no mar e a utilização de materiais não metálicos, porém resistentes, foi outro assunto discutido no painel que encerrou o evento.

Professores e pesquisadores de diferentes laboratórios da Coppe e professores da China University of Petroleum apresentaram alguns dos estudos desenvolvidos nas duas instituições nos últimos anos destinados à produção de petróleo em águas profundas. Ao longo dos três dias do evento foram debatidos, também, outras questões, como logística e controle dos sistemas offshore e segurança das operações.

Promovido pela SUT (Society for Underwater Technology), a primeira edição do Fórum China-Brasil foi organizada pela Coppe em parceria com a China University of Petroleum (CUP) e contou com apoio da Unidade Embrapii-Coppe de Engenharia Submarina. O evento marcou a inauguração do Instituto China–Brasil de Tecnologia Submarina (Joint Institute for Deep Sea Technology – JIDST), implantado pela Coppe e a CUP. Localizado em uma área anexa ao LTS da Coppe, na Cidade Universitária, o JIDST realizará projetos em conjunto na área de engenharia submarina.

Especialistas discutem propostas para tornar a engenharia e indústria brasileiras mais inovadoras e competitivas

A Coppe/UFRJ reuniu, dia 17 de maio, especialistas de várias instituições para discutir formas de fortalecer a engenharia nacional. A criação de cursos de doutorado com ênfase em inovação, o estímulo às startups e a criação de uma instituição que ajude a levar o conhecimento ao mercado foram algumas das propostas sugeridas por eles para tornar a engenharia e a indústria brasileiras mais inovadoras e competitivas.

O evento reuniu na mesa de debate os professores Jorge Guimarães, presidente da Embrapii; Pedricto Rocha Filho, diretor de Inovação, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep); Roberto Boisson de Marca, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); Pedro Celestino, presidente do Clube de Engenharia, Edson Watanabe, diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa diretor de Relações Institucionais da Coppe, Angela Uller, coordenadora da Unidade Embrapii-Coppe de Engenharia Submarina; e Claudio Habert, do Programa de Engenharia Química da Coppe.

A necessidade de tornar mais eficiente a transferência do conhecimento da universidade para a indústria foi um dos pontos defendidos por todos os palestrantes. Segundo o diretor da Coppe, teses, artigos e patentes têm valor de mercado quando são transformados em produtos e serviços. “Inovação não é só uma boa ideia. Ela tem que funcionar e ser aprovada pelo mercado, e o apoio estatal à inovação é fundamental. Nos Estados Unidos, foram a NASA e o Departamento de Defesa que fomentaram a inovação tecnológica”, explicou.

O diretor da Coppe citou a escala de maturidade tecnológica desenvolvida e utilizada pela Agência Aeroespacial Americana (NASA) para avaliar se uma tecnologia está pronta para ser colocada à disposição da sociedade. “A escala vai do TRL1, a idéia básica, ao TRL9, quando o produto é testado com êxito e está pronto para ir ao mercado. No Brasil há um gap entre os TRLs 5 e 9. Isso porque poucas empresas fazem pesquisa e desenvolvimento nesse nível. Alguns projetos da Coppe, por exemplo, como o ônibus híbrido a hidrogênio e o trem de levitação magnética (Maglev-Cobra), se encontram no estágio TRL6 (demonstração do protótipo em ambiente relevante). Quem vai fazer o teste 7 e 8? Se formos nós a fazer, deixaremos de ser uma universidade para virar uma fábrica”, ponderou Watanabe.

Para tirar os projetos da prateleira

A professora Angela Uller destacou a experiência exitosa da BioZeus, empresa biofarmacêutica brasileira criada em 2012 com o objetivo de fazer o elo entre a pesquisa acadêmica, protegida por patente, e a indústria farmacêutica, de forma a disponibilizar à sociedade a inovação gerada nas universidades.

“Acho que a Coppe poderia criar um programa de estímulo às startups e o doutorado com ênfase em inovação. Há várias outras questões a abordar, mas essas três já seriam uma boa pauta para começar”, propôs.

O professor Habert apresentou uma proposta do seu programa para a criação de um curso de doutorado com ênfase em inovação industrial. O novo curso teria duração de três anos e o tema de pesquisa seria selecionado em conjunto com uma empresa.

Neste caso, a proteção intelectual seria definida desde o início, com incentivo ao empreendedorismo e colaboração com a Incubadora de Empresas da Coppe e demais empresas estabelecidas no Parque Tecnológica da UFRJ.

“O projeto pedagógico seria acompanhado pelo orientador acadêmico, por um pesquisador pós-doc e por um tutor da empresa. Já o orçamento inicial do projeto piloto, para custear 10 bolsas, pelos três anos de curso, seria de R$1,8 milhão (600 mil reais por ano)”, adiantou.

Para o professor Segen Estefen, a Coppe possui um bom cabedal de conhecimentos e laboratórios e a Embrapii pode ser o complemento que estava faltando. “Mas é necessário elencar temas prioritários de pesquisa em engenharia. A meu ver, fortalecer a engenharia nacional passa por desenvolver projetos conceituais e trazer empresas nacionais para os concretizarem. Precisamos ter foco para não haver retrocessos”, enfatizou.

Brasil precisa formar mais engenheiros

O presidente da Embrapii, Jorge Guimarães, forneceu com riqueza de estatísticas o panorama da engenharia nacional, em comparação ao cenário internacional. Segundo Guimarães, os países desenvolvidos aplicam pelo menos 2% do orçamento em ciência e tecnologia e têm 3 mil cientistas e engenheiros por milhão de habitantes. Israel, o país mais inovador do mundo, tem oito mil engenheiros e cientistas por milhão de habitantes, e investe 4,3% em C&T. O Brasil, por sua vez, investe apenas 1,2% em C&T e tem 700 engenheiros e cientistas por milhão de habitantes.

Guimarães ressalvou que, apesar disso, a ciência nacional tem pontos fortes como a pós-graduação, a produção científica e a qualidade da pesquisa. “A nossa pós-graduação já começou bem e a história da Coppe é prova disso. Expandimos o número de pós-graduandos de 18 para 20 mil, de 2004 a 2014.O Brasil foi o 18º país que mais produziu pesquisas em engenharia, no período 2009 -2013. Em 2013, especificamente, foi o 15º, o que demonstra uma trajetória de crescimento”, avaliou.

“Em 2011, formamos 743 mil alunos de graduação, dois a cada três foram formados em instituições privadas de ensino. Com honrosas exceções, como a PUC, a qualidade de ensino não é adequada. Temos um quadro preocupante na formação de jovens graduados, e a evasão continua alta. Fizemos os cálculos, e com investimentos de R$ 1,2 bilhão seria possível duplicar a formação de engenheiros, em cinco anos. Uma das melhores ferramentas para isso é a bolsa permanência”, analisou Guimarães.

Conjuntura: incertezas e risco de retrocesso

O professor Pedricto Rocha lembrou a perda de competitividade da indústria nacional, que é objeto frequente de reportagens em jornais de grande circulação. “A grande imprensa tem divulgado, em comparação com as principais nações desenvolvidas e em desenvolvimento. A produtividade do trabalho de um brasileiro equivaleria, segundo esses rankings, a 1/4 da produtividade de um americano. Mas, há um impacto social que não é levado em conta no cálculo da produtividade, como a entrada de trabalhadores no mercado formal”, relatou.

O diretor da Finep ressaltou também, que o investimento em pesquisa e desenvolvimento é preponderantemente público no Brasil. “Para cada dólar que o governo sul-coreano investe em pesquisa e desenvolvimento, as empresas investem quatro. Aqui, é o contrário, as empresas, salvo exceções como a Petrobras, investem muito pouco”, criticou Pedricto.

Pedro Celestino fez a sua análise de conjuntura, sem descuidar de avaliar a trajetória histórica, relembrando os diversos planos de investimentos pensados para projetar o desenvolvimento do país, sob uma ótica nacionalista, como o Plano Salte (no governo do presidente Dutra), Plano de Metas (governo de Juscelino Kubitschek), e os Planos Nacionais de Desenvolvimento PNDs (no regime militar).

“Nos anos 1950, a Coreia vinha de uma guerra e tinha 80% de analfabetos em sua população. O governo respondeu a isso investindo em educação básica. Enquanto isso, o Brasil pôs seu esforço no Mobral e começou a patinar. Dos anos 1990 para cá, perdemos a capacidade de planejar e o Deus mercado tomou seu lugar”, lamentou o presidente do Clube de Engenharia.

Na avaliação de Celestino, a Petrobras é mais prejudicada pelas consequências da Lava-Jato do que pela operação em si. “A venda indiscriminada de seus ativos vai torná-la uma mera vendedora de óleo e não uma empresa integrada. Isso, a bem da verdade, começou no governo Dilma. Caso esse projeto se consolide, não teremos mais a Petrobras como âncora do desenvolvimento do país. Meu temor não é um retrocesso de 10 anos e sim de 70. Nos tornamos a ponta das economias agroexportadoras e perdermos o que construímos de 1950 para cá”, alertou.

Professor Luiz Pinguelli concordou com o receio de Celestino.”Vivemos um momento de incertezas. A Dilma pode reassumir o mandato, esse governo pode se manter, dar certo e retomar o desenvolvimento. Mas, o que se coloca é um projeto de desmonte das conquistas edificadas”, analisou Pinguelli.

Celestino defendeu que o país enfrente interesses corporativos e abra seu mercado de trabalho para absorver mão de obra qualificada nos setores onde a oferta seja insuficiente. “A Noruega está com petróleo acabando e tem expertise fantástica em offshore. Vamos abrir o mercado para as empresas norueguesas. Deixe entrar trabalhadores, máquinas, fábricas, coloque imposto zero. Teríamos muito a ganhar”, defendeu o engenheiro.

Brasil precisa avançar em tecnologias para ampliar produção de petróleo em águas profundas

O desenvolvimento de tecnologias para reduzir custos será fundamental para o Brasil ampliar a produção de petróleo em águas profundas e na camada do Pré-sal. Essa foi uma das questões discutidas no primeiro dia do Fórum China – Brasil de Tecnologia Submarina, que acontece de 16 a 18 de maio, no auditório da Coppe/UFRJ, no Centro de Tecnologia 2 (CT 2), na Cidade Universitária.

Cerca de 200 pessoas participaram da abertura do Fórum, que reúne pesquisadores brasileiros e chineses e representantes de companhias de petróleo e de empresas fornecedoras de equipamentos para o setor. Na sessão de abertura foi anunciada a criação do Instituto China–Brasil de Tecnologia Submarina (JIDST), sigla em inglês de Joint Institute for Deep Sea Technology. O instituto, erguido em um prédio anexo ao Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS) da Coppe, foi inaugurado na tarde desta segunda-feira, 16 de maio.

Organizada pela Coppe, esta é a primeira edição do evento promovido pela SUT (Society for Underwater Technology), em parceria com a China University of Petroleum (CUP), de Beijing, com apoio da Unidade Embrapii-Coppe de Engenharia Submarina.

Pesquisas dedicadas à redução dos custos

À esquerda Segen Estefen, professor da Coppe e coordenador do Fórum China – Brasil de Engenharia Submarina

A produção submarina de baixo custo, que ganha força por conta do baixo preço do barril de petróleo no mercado internacional, foi um dos temas abordados com destaque no primeiro dia do Fórum. Segundo o coordenador do Fórum, o professor da Coppe Segen Estefen, o Brasil precisa investir e avançar no desenvolvimento de tecnologias para produção em águas profundas. “O pré-sal é uma oportunidade formidável, mas é preciso aplicar os recursos destinados à pesquisa e desenvolvimento em projetos para reduzir os custos de produção. Uma redução de 20% a 30% nos custos de produção daria um importante impulso ao pré-sal. O vetor de desenvolvimento hoje é a tecnologia”, afirmou Segen Estefen, coordenador do Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS) da Coppe, durante a abertura do evento.

Participaram da sessão inaugural o diretor da Coppe/UFRJ, professor Edson Watanabe; o diretor de Relações Institucionais, Luiz Pinguelli Rosa; o reitor da China University of Petroleum (CUP), Jiang Qingzhe; o diretor de Relações Internacionais da universidade, Sun Xudong; o professor da CUP, Menglan Duan; o coordenador do Instituto China–Brasil de Tecnologia Submarina, Carlos Antônio Levi da Conceição; a coordenadora da Unidade Embrapii-Coppe de Engenharia Submarina, Angela Uller; e o gerente-executivo do Cenpes, centro de pesquisas da Petrobras, Joper Andrade.

Outro tema discutido por pesquisadores e representantes da indústria do petróleo foi a produção autônoma submarina. Um conjunto de ações que visam a levar para o fundo do mar, nos próximos anos, uma série de atividades que atualmente são feitas em superfície, como a separação de óleo, gás e água, a injeção de água e gás nos poços e o bombeamento do óleo para terra ou unidades flutuantes.

“Acreditamos que em até cinco anos todas essas tecnologias deverão estar disponíveis como alternativas dos projetos de produção”, afirmou o professor Segen Estefen.

Representantes da indústria do petróleo participam de debate

O primeiro dia do Fórum contou com palestras especiais do gerente geral do Campo de Libra da Petrobras, Orlando Moreira, e do diretor do China Ship Scientific Research Center (CSSRC), Xiaoming Cheng.

Na sequência foi realizado painel sobre as perspectivas para sistemas de produção submarina com a presença de representantes das companhias de petróleo. Participaram da sessão Alex Dal Pont, gerente de Tecnologia de Equipamentos Submarinos do Cenpes/Petrobras; Andre Maerli, pesquisador líder de Engenharia Submarina da Statoil; João Mariano, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Shell; Xu Yang, engenheiro de perfuração da Sinopec; e Mario Luis Ribeiro, chefe de Projeto da Petrogal.

Os cuidados necessários com os poços desativados para redução de impactos ambientais e a padronização de equipamentos submarinos foram outras questões debatidas ao longo do primeiro dia do encontro.

O Fórum China – Brasil de Tecnologia Submarina prossegue até a próxima quarta-feira. Veja abaixo a programação dos dias 17 e 18 de maio.

Tuesday, May 17th, 2016

9:00-10:30 Subsea Innovative Technologies

FMC Technologies- Ricardo do Egito, New Technology Business Development, Manager 

GE- Sergio Sabedotti, Director of Technology – Offshore and Submarine Systems

Aker Solutions- Wilson Arruda, R&D Manager

Siemens- Helyson Parente, Technical Specialist

OneSubsea, a Schlumberger Company- Fabricio Santos, Engineering Manager

10:30-11:00 Coffee-Break

11:00-12:30 Safety in Subsea Operations

DNV GL- Marcos Rodrigues, Business Development Leader

Halliburton- Rodrigo Franceli, TSS Shop Supervisor

Subsea Technology Lab, COPPE/UFRJ- Prof. Ilson P. Pasqualino

OneSubsea, a Schlumberger Company- Rafael Parri, Account Manager

Tenaris- Marcelo Salani, Technical Sales Manager

Wednesday, May 18th, 2016

9:00-10:30 Logistics, Control and Offshore Operations

Production Engineering, COPPE/ UFRJ- Prof. Virgílio José M. F. Filho

Ocean Engineering, COPPE/UFRJ- Prof. Jean-David Job E. M. Caprace

Electrical Engineering (Control Group), COPPE/UFRJ- Prof. Liu Hsu

China Ship Scientific Research Center (CSSRC)- Dr. Xiaoming Cheng

10:30-11:00 Coffee-Break

11:00-12:30 University Contributions to Subsea Challenges

Subsea Technology Lab, COPPE/UFRJ- Prof. Segen F.Estefen

LabOceano, COPPE/ UFRJ- Prof. Paulo de Tarso T. Esperança

China University of Petroleum- Prof. Menglan Duan

NEO, COPPE/UFRJ- Prof. Murilo Augusto Vaz

LAMCE,COPPE/ UFRJ- Prof. Luiz Paulo de Freitas Assad

LAMTEO, COPPE/ UFRJ- Prof. Ney Roitman and Prof. Carlos Magluta

LNDC, COPPE/ UFRJ- Prof. Oscar Rosa Mattos

Título: Ensino Híbrido: Desafios e perspectivas nas engenharias e no ensino básico
Coordenador: MARCELLO LUIZ RODRIGUES DE CAMPOS
Contato do coordenadorcampos@smt.ufrj.br

Resumo: A pandemia da COVID-19 impôs uma transição drástica do modelo padrão de ensino, para aulas estritamente virtuais, e tem exigido um grande esforço para preparar e oferecer cursos aos alunos, seja no ensino universitário ou no ensino básico, pois poucos estavam preparados para lidar com as tecnologias de ensino online. Passados meses após o isolamento, não tem sido trivial a transição do presencial para o virtual, principalmente na manutenção da qualidade das disciplinas oferecidas neste novo formato. Uma lição foi aprendida neste processo: é necessário investir de forma permanente na implementação de tecnologias inovadoras/eficientes no melhoramento dos processos de ensino e aprendizagem. Neste sentido, este projeto visa a dar apoio à rede pública de ensino, seja no âmbito do ensino básico ou do ensino de engenharia em outras universidades, no Estado do Rio de Janeiro. O objetivo é o desenvolvimento de recursos e cursos em formato híbrido, incorporando técnicas de aprendizado ativo, sala de aula invertida, multimodalidade, etc.

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TítuloEscola Piloto em Engenharia Química Prof. Giulio Massarani
Coordenador: HENRIQUE POLTRONIERI PACHECO
Contato do coordenadorpacheco.h.pacheco@gmail.com e helen@peq.coppe.ufrj.br

Resumo: A Escola Piloto Presencial (EPP) em Engenharia Química surgiu em 1993, no PEQ/COPPE, e é uma ferramenta de atualização e de educação continuada, bastante útil para professores de ensino médio e de graduação, mas também muito procurada por estudantes e técnicos, além de empregados da indústria em geral. Nesta proposta da EPP desta edição serão oferecidos 10 módulos: TÉCNICAS AVANÇADAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS (DIVIDIDA EM 10 SUB-MÓDULOS) ensina técnicas de ponta para caracterização de diversos de tipos de materiais, discutindo o fundamento das técnicas e exemplificando com dados reais. Os módulos são: Módulo 1: Técnicas espectroscópicas (FTIR, DRIFTS, RAMAN e UV-Vis) Módulo 2: Ressonância magnética nuclear (RMN) Módulo 3: Difração de raios x (DRX) Módulo 4: Espectrômetro de Massas e Redução à Temperatura Programada (MS e TPR) Módulo 5: Cromatografia por permeação em gel (GPC) Módulo 6: Análises de tamanho de gotas e partículas Módulo 7: Técnicas cromatográficas gasosa e líquida – Uma visão de Troubleshooting Módulo 8: Elementos de caracterização de petróleo Módulo 9: Análises térmicas – TGA, DSC e DMA Módulo 10: Biotecnologia no Cotidiano.

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TítuloLaboratório de Informática e Sociedade – LabIS
Coordenador:  HENRIQUE LUIZ CUKIERMAN
Contato do coordenadorhcukier@cos.ufrj.br e lealsobral@cos.ufrj.br

Resumo: O LabIS veio se configurando ao longo de uma caminhada que remonta aos trabalhos e investigações da linha de pesquisa em Informática e Sociedade (IS) do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da COPPE/UFRJ. Uma linha de pesquisa há tempos em busca de um Brasil ainda por inventar, movida pelo desejo de compreender a realidade brasileira para colaborar com a construção de um país mais justo e equânime. Trabalhamos com a produção de software de acessibilidade (LibrasOffice), jogos educativos (Damática), bancos comunitários (Mumbuca e Preventório) e oferecemos cursos de programação para estudantes da rede pública do ensino médio.

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TítuloLetramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ
Coordenador: DENISE CUNHA DANTAS
Contato do coordenadorddantas@oceanica.ufrj.br

Resumo: O Letramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ é um projeto aberto a todo aquele que não é alfabetizado e aquele que não teve acesso ou não concluiu os estudos no Ensino Fundamental na idade escolar referente. Foi criado em 2005 pela Assessoria de Desenvolvimento Social da COPPE, a partir de uma pesquisa com os servidores e trabalhadores terceirizados que atuavam em atividades de limpeza e serviços gerais. A pesquisa foi ampliada para outras unidades e setores da Universidade. Hoje o Projeto tem como aluno servidores da UFRJ e terceirizados que, em sua maioria, trabalham no Centro de Tecnologia, e cidadãos moradores do entorno da Ilha do Fundão, principalmente da Vila Residencial e do Complexo da Maré. As aulas são ministradas no Centro de Tecnologia para as turmas de Letramento Básico, Intermediário e Avançado. E acontecem de segunda a sexta feira, de 15 às 16:30 horas.

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TítuloPolímeros para o setor de petróleo e gás – Aditivos
Coordenador: TAISSA ZANGEROLAMI LOPES RODRIGUES
Contato do coordenadortaissazl@yahoo.com.br e elucas@metalmat.ufrj.br

Resumo: A ação contempla aulas teóricas e demonstrativas e obtenção, caracterização e propriedades em solução dos polímeros, além de suas aplicações como aditivos na indústria do petróleo.

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TítuloPolímeros: aplicações e uso consciente
Coordenador: ARIANE DE JESUS SOUSA BATISTA
Contato do coordenadorariane.pent@gmail.com e ariane@pent.coppe.ufrj.br

Resumo: A reciclagem de plásticos é um tema importante, visto que mais de 60% de todo plástico produzido já virou resíduo e apenas 9% foi reciclado em todo mundo. No Brasil os dados são ainda mais alarmantes. O relatório apresentado pelo WWF recentemente afirma que o Brasil é o quarto maior produtor de resíduos plásticos do mundo e recicla menos de 2% desse montante. Contudo, políticas de reciclagem e educação ambiental ainda são precárias e pouco divulgadas, e a disseminação de informações que tornam os plásticos vilões fazem com que o banimento desses materiais seja cada vez mais desejável. No entanto, vale lembrar que os plásticos são polímeros de alto valor agregado, baixo custo de produção e muito versáteis, e quando reciclados podem ser reinseridos na cadeia produtiva, possibilitando a produção de novos materiais, além de alavancar o setor energético. Dessa forma esse projeto visa instruir e incentivar alunos de escolas públicas e privadas a serem multiplicadores dos conceitos de reciclagem em suas escolas, famílias e comunidade. Onde palestras e atividades lúdicas serão realizadas, de forma virtual, incentivando o descarte correto ou reutilização de resíduos plásticos, evitando que esses resíduos sejam descartados em lugares impróprios.

Site onde os trabalhos realizados pelo projeto de extensão são divulgados
Instagram do Grupo EngePol (PEQ/COPPE/UFRJ), onde todos os nossos trabalhos e laboratórios são divulgados, inclusive os do projeto de extensão

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TítuloPrograma de Incubação de Empreendimentos Populares – Inovação Social dos Processos de Incubação de EES
Coordenador: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contato do coordenador: amandaxavier86@gmail.com

Resumo: A ITCP/COPPE vem atuando, desde a sua criação, no apoio aos Empreendimentos Populares. Desenvolve ações que vão de encontro às necessidades das classes populares e dos setores informais, que historicamente ficam à margem das ações sociais desenvolvidas pelo Estado. Hoje novas técnicas e ferramentas são requeridas para enfrentar os novos desafios que se apresentam. Esta proposta visa investigar metodologias inovadoras de incubação, que propiciem o aperfeiçoamento das atividades dos empreendimentos incubados, dando continuidade às ações desenvolvidas pela ITCP/COPPE. A implantação das novas metodologias desenvolvidas permitirá melhorar a qualidade dos Empreendimentos Econômicos Solidários – E. Site da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares – ITCP/COPPE/UFRJ 

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TítuloEspaço COPPE Miguel de Simoni
Coordenador: CLAUDIA MARIA LIMA WERNER
Contato do coordenador: werner@cos.ufrj.br

Resumo: A atividade central deste projeto é a visitação guiada a exposição do Espaço COPPE, realizada predominantemente por estudantes do Ensino Médio da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Os grupos de estudantes realizam as visitas acompanhados por professores das escolas de origem. O ambiente dos espaços de divulgação científica e tecnológica, como o Espaço COPPE, pode proporcionar elementos-chave de fomento à motivação intrínseca do aprendizado – por exemplo: construção de significado pessoal, tarefas desafiadoras, colaboração e sentimentos positivos sobre os esforços realizados e, portanto, são potenciais indutores da formação de vínculos novos, por vezes mais intensos. Site do Espaço COPPE  

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TítuloSISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS – DEFESA
Coordenador: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contato do coordenadoreduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br e karina.andrade@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG) da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.

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TítuloSISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS GERAIS E UFRJ
Coordenador: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contato do coordenadoreduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG-TR) preconizada pela SEGES do Ministério de Economia). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.

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TítuloUBUNTU.lab – Programa de inovação aberta em cidades inteligentes para a redução da desigualdade racial no Rio de Janeiro

Coordenador: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contato do coordenadormatheusoli@hotmail.com

Resumo: O Projeto BRA/15/010 – Fortalecimento e Expansão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial é uma ação entre o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com o objetivo de descentralizar as políticas públicas de igualdade racial e fortalecer e expandir o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir). A Fundação COPPETEC foi uma das entidades selecionadas através do projeto U.lab para apresentar a prefeitura do Rio de Janeiro um laboratório de inovação governamental a ser replicado como política de promoção da igualdade racial no âmbito de implementação do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Município desenvolvido pelo Escritório de Planejamento da Secretaria Municipal da Casa Civil (EPL). No âmbito do Sinapir, o presente projeto tem o objetivo de entregar ao município do Rio de Janeiro, um programa de inovação governamental que coloca o jovem negro como protagonista da tecnologia capaz de promover o bem-estar no seu dia a dia.

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TítuloUnidade de Suporte à Inovação Social – USIS
Coordenador:  CARLA MARTINS CIPOLLA
Contato do coordenadorcarla.cipolla@ufrj.br

Resumo: A atividade apoia inovações sociais como chave para o desenvolvimento. O USIS/ UFRJ – Unidade de Suporte à Inovação Social – nasceu do projeto LASIN – Latin American Social Innovation Network -, financiado pela Comissão Europeia, com o propósito de implementar um modelo de envolvimento Universidade/comunidade, baseado na combinação de atividades curriculares e extra-curriculares, materiais e instrumentos de aprendizagem, treino prático, oficinas e mentorias para reforçar as ligações da universidade com o ambiente social mais amplo (Grupos comunitários, ONGs e/ou OSCIPS, Organizações governamentais, empresas e escolas) com metodologia própria desenvolvida por LASIN.

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Título“TÁ” LIGADO?! MINHA CÂMERA NA MÃO E UMA IDEIA NA CABEÇA – A LINGUAGEM AUDIOVISUAL COMO LIVRE EXPRESSÃO NA CONSTRUÇÃO DIALÉTICA NO ESPAÇO ENTRE A UNIVERSIDADE, A ESCOLA E A SOCIEDADE
Coordenador:  ANDREA MARIA DO NASCIMENTO SILVA
Contato do coordenadorandreanascimento@cos.ufrj.br

Resumo: Todos nós da comunidade acadêmica e escolar tivemos que nos adaptar à utilização de soluções tecnológicas para nos comunicar, socializar e nos relacionar durante o período de pandemia para reproduzir a rotina de uma sala de aula. Com isso, a linguagem audiovisual e o uso de dispositivos portáteis, como smartphones e tablets, que já era uma realidade muito presente em nossa vida, de repente, se tornou fundamental. Essa proximidade foi uma grande motivação que trouxe a memória da frase emblemática do cineasta Glauber Rocha – Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça – que inspirou o título deste projeto e que nos faz compreender que atualmente a nossa práxis gira em torno dessa máxima que representa nosso atual cenário social nos hábitos de registrar e compartilhar nossas imagens, nossos áudios, nossos vídeos, seja de forma direta ou indiretamente nas redes sociais. Portanto, este projeto visa atender a uma demanda técnica para auxiliar a produção de conteúdo de divulgação de pesquisas, trabalhos escolares, vídeo aulas, entre outros, de forma que o público participante do projeto conheça detalhes da composição audiovisual. Enfatizar o uso da linguagem audiovisual para acesso ao conhecimento e para a troca de saberes, uma comunicação dialética onde é importante não só transmitir o conhecimento gerado na universidade mas também possibilitar que a sociedade contribua com o seu olhar, seu fazer, sua crítica.

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TítuloApoio às Micro e Pequenas Empresas do estado do Rio de Janeiro para o desenvolvimento de trajetórias econômicas sustentáveis
Coordenador: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contato do coordenadoramandaxavier86@gmail.com

Resumo: As MPE compõe 92% das empresas do Estado do Rio de Janeiro (RJ) e são responsáveis por mais de 50% dos empregos formais (Brasil, 2020). No entanto, as MPE enfrentam enormes desafios, sobretudo pela amplitude da atual crise sanitária, econômica e social (CNI, 2021; SEBRAE, 2020), colocando em evidencia o modelo econômico dominante, centrado na produção em massa de bens materiais e de performance financeira (Fernandes et al., 2021; Lima & Dias, 2020). Nesse sentido, esse projeto se fundamenta na perspectiva da Economia da Funcionalidade e da Cooperação (EFC), que tem como proposta fornecer soluções integradas de bens e serviços a partir da cooperação entre diferentes atores territoriais, abandonando a noção de escalabilidade e desenvolvendo novos modelos de governança de empresas e territórios (Du Tertre et al., 2019). Essa abordagem interacionista permite um menor consumo de recursos naturais e a renovação do vínculo social, criando resiliência para as relações econômicas, tão fragilizadas diante do cenário atual (Xavier et al., 2021; Roman et al., 2020). Este projeto visa apoiar as Micro e Pequenas Empresas do estado do Rio de Janeiro no desenvolvimento de trajetórias econômicas sustentáveis, criando impacto direto na sociedade e na comunidade científica. Para tanto, visa a formação, acompanhamento e intervenção de dirigentes de empresas para transição de modelo econômico a partir do Modelo da Economia da Funcionalidade e da Cooperação.

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TítuloBoas Práticas de Acolhimento – Saberes, Convivências e Aprendizagens
Coordenador:  VANDA BORGES DE SOUZA
Contato do coordenadorvanda@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: Entende-se que o acolhimento poderá ampliar sua esfera de atuação, para além do campo psicossocial, podendo alcançar também o contexto socioeconômico, acadêmico, das relações laborais entre outros. Com o passar do tempo, a sobrevivência às situações de adoecimento, outros aspectos do acolhimento foram se apresentando. O acolhimento financeiro, o acolhimento acadêmico, o acolhimento dos conflitos e dificuldades de relacionamentos, o acolhimento laboral pela dificuldade de absorção e entendimento das novas formas de trabalho surgidas. A partir de então, se fez necessário repensar como dar conta de considerar todos esses tipos de acolhimentos. Neste sentido, este projeto pretende evidenciar a importância de compartilhar uma informação que oriente e facilite os indivíduos para o desempenho de ações de acolhimento nos diversos espaços de convivência. Por isso, saberes, convivências e aprendizagens fazem parte de uma via de mão dupla. Ou seja, cada parte tem o que a transmitir, conhecer e se aperfeiçoar com a outra.

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TítuloCapacitação de jovens para o mercado de TI em NF, uma abordagem através de aprendizado ativo: introdução à programação em Python
Coordenador:  EDMUNDO ALBUQUERQUE DE SOUZA E SILVA
Contato do coordenador: edmundo@land.ufrj.br

Resumo: Este curso é uma ação prevista no projeto de Extensão “Ensino Hibrido: Desafios e perspectivas nas engenharias e no ensino básico” já registrado no SIGA, pela COPPE. O projeto de extensão registrado no SIGA tem como um dos seus objetivos a criação de cursos em áreas chave para o desenvolvimento do Estado e de acordo com a experiência multidisciplinar da COPPE. Através de uma parceria com a Ong Ideas de Friburgo que proporcionou a infraestrutura necessária (espaço físico, computadores, pessoal local, etc.) foi criado um local para treinamento de jovens oriundos de escolas públicas do segundo grau. A ideia do curso surgiu durante a elaboração de disciplinas de programação para um curso avançado de técnicas de Inteligência Artificial com o formato hibrido baseado no Aprendizado Voltado a Projetos (PBL, projeto FAPERJ) de forma a que a experiência do projeto em PBL fosse aplicada a jovens alunos. O curso visa introduzir os jovens em linguagens modernas de computação, e fornecer o treinamento essencial para que o aluno da rede pública de ensino possa mais facilmente ingressar no mercado de trabalho local. Os alunos selecionados têm a oportunidade de aprender programação na prática, com base na linguagem Python, para melhor entender e tentar propor soluções a problemas reais e da cidade de Friburgo quando possível. O curso visa também fornecer incentivos para que os egressos possam continuar os estudos em tópicos adicionais de tecnologias da computação.

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TítuloDisseminação das aplicações da Engenharia Nuclear no âmbito da sustentabilidade ambiental
Coordenador:  INAYA CORREA BARBOSA LIMA
Contato do coordenador: inayacorrea@gmail.com

Resumo: Em sua Décima Edição, a Semana do Meio Ambiente da BR Marinas integra em sua agenda o Dia Mundial do Oceano, inserindo-se no contexto da Década do Oceano da ONU. Este evento conta com os apoios do Núcleo de Vida Marinha e do Centro de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e da Cidade do Rio de Janeiro e da Cátedra UNESCO para a Sustentabilidade do Oceano, trazendo para o público carioca a importância dos Oceanos na mitigação das Mudanças Climáticas, o debate sobre a biodiversidade e as potencialidades do Oceano, e a integração entre Ciência, Educação, Políticas Públicas e Sociedade Civil. Ademais, serão incorporadas pela primeira vez aplicações nucleares e atômicas de medidas para englobar a temática em tela com cujo acadêmico-cientifico. E, por fim, teremos uma ação de Sensibilização Ambiental será realizada através da promoção de um Mutirão de Limpeza com foco nos resíduos sólidos do entorno da Marina da Glória, incluindo o Lixo Marinho, com a participação de voluntários.

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TítuloDroneiros Vonluntários
Coordenador: THARCISYO COTTA FONTAINHA
Contato do coordenadortcottaf@gmail.com

Resumo: Em 2022, os desastres causaram mais de 30,704 mortes e com 185 milhões de pessoas afetadas, e prejuízos de 223.8 bilhões de dólares segundo o Centre for Research on the Epidemiology of Disasters (CRED). No Brasil, entre 2011 a 2022, especificamente no Rio de Janeiro, houve 591 ocorrências de desastres, resultando em 987 mortes e afetando 3,9 milhões de pessoas, e prejuízos econômicos superior a R$ 3,08 bilhões (Atlas digital de desastres no Brasil, 2023). Tais dados demonstram a importância e a complexidade das Operações Humanitárias e de Desastres (OHD), as quais envolvem o acesso as áreas afetadas, a coordenação de diversos stakeholders e falta de recursos. Assim surge o projeto Droneiros Voluntários, idealizado no âmbito do Programa de Engenharia de Produção da COPPE/CT/UFRJ de forma a auxiliar a escassez de recursos humanos e tecnológicos na resposta a desastres. O projeto conta com uma plataforma tecnológica que atua como um facilitador, unindo proprietários de drones, defesa civil e outras organizações no desenvolvimento de ações de mapeamento de áreas de risco e afetadas por desastres, promovendo uma colaboração entre stakeholders mais eficaz e eficiente no contexto de OHD. Nesse sentido, o projeto atua no engajamento e promoção da troca de conhecimento entre os diferentes atores tratados como público alvo, promovendo OHD eficazes e mais eficientes, com integração entre diferentes áreas de conhecimento científico e pesquisadores de diferentes níveis que atuam em OHD.

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TítuloINSILICONET – PROGRAMANDO O FUTURO
Coordenador:  ARGIMIRO RESENDE SECCHI
Contato do coordenador: arge@peq.coppe.ufrj.br

Resumo: A InSilicoNet é um espaço de colaboração onde diversos atores da sociedade são convidados a trazer seus problemas técnicos para construir, em conjunto com os membros acadêmicos, soluções tecnológicas inovadoras baseadas em ferramentas digitais. Está estruturado como uma rede de sete Universidades do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ, UERJ, PUC-Rio, UFF, UFRRJ e SENAI CETIQT) e profissionais de engenharia com experiência na área de engenharia de sistemas em processos (Process Systems Engineering, PSE). A InSilicoNet tem a missão de promover o desenvolvimento científico e tecnológico comprometidos não apenas com o desempenho econômico, mas com os impactos sociais e ambientais por meio de atividades de extensão integradas a iniciativas de pesquisa e ensino em PSE, contemplando: a) Fábrica de Aprendizagem, que desenvolve competências e habilidades de discentes de graduação e pós-graduação para o trabalho colaborativo empregando PSE na solução de problemas tecnológicos, sociais e ambientais tratáveis por ferramentas de engenharia digital; b) Oferta de cursos de extensão que promovam competência para o desenvolvimento de pesquisa, tecnologia e inovação; e c) Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento integrando discentes de graduação e pós-graduação sob orientação acadêmica e mentoria por indústrias, organizações e/ou governos.

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TítuloRede Refugia
Coordenador:  THARCISYO COTTA FONTAINHA
Contato do coordenadortcottaf@gmail.com

Resumo: O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) revela que em 2022 o mundo ultrapassou a marca de 100 milhões de pessoas em deslocamento forçado, motivados por inúmeras razões. No Brasil, desde 2011 foram realizadas 297.712 solicitações de reconhecimento da condição de refugiado. Devido a sua complexidade e alta quantidade de pessoas afetadas, a crise humanitária de refugiados precisa ser enfrentada pelos governos em comunhão com a sociedade civil e o setor privado, a fim de se garantir que as pessoas em deslocamento forçado tenham seus direitos humanos protegidos durante um processo de acolhimento efetivo e atento às suas necessidades. Assim, interessados em auxiliar no enfrentamento brasileiro à crise migratória, a Rede Refugia foi idealizada no âmbito do Programa de Engenharia de Produção da COPPE/CT/UFRJ. Trata-se de uma plataforma tecnológica colaborativa que objetiva facilitar o processo de acolhimento, proteção e integração de pessoas em deslocamento forçado que estão no Brasil. Dessa forma busca-se fortalecer os processos de colaboração mútua entre refugiados, solicitantes de refúgio, apátridas, poder público, entidades privadas, organizações humanitárias e outros stakeholders. Por meio de um processo de inovação social, a Rede Refugia busca fomentar um ambiente que favoreça a implementação de soluções inovadoras para os problemas vivenciados pelas pessoas em deslocamento forçado vivendo em solo brasileiro.

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Agendamento com a GRH

Setor da COPPE responsável pela orientação aos funcionários, no tocante a direitos e deveres em sua vida funcional, além de promover diversas ações que contribuem para capacitação profissional e bem-estar dos trabalhadores.
A Equipe é formada por profissionais da área de Administração, Recursos Humanos e Pedagogia, que estão prontos para atender a força de trabalho COPPE.

 

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Agendamento de Espaço

O serviço de Agendamento de Espaço é fornecido pelo Setor de Eventos Institucionais e Operação, e deve ser solicitado por meio do Sistema de Administração Predial, pelo Entrada Única.

Este serviço realiza o agendamento para uso dos seguintes espaços:

  • Auditório G-122
  • Auditório bloco M – anexo
  • Grêmio da Coppe
  • Tenda do auditório G-122

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Enviar

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Resíduos Químicos

O serviço de Retirada de Resíduo Químico é fornecido pela Gerência de Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Saúde, e deve ser solicitado por meio do Sistema de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, pelo Entrada Única.

Clique aqui para agendar

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Segurança Patrimonial

O serviço de Segurança Patrimonial é fornecido pelo Grupo de Apoio de Segurança Patrimonial, e deve ser solicitado conforme as orientações abaixo:

  • Em caso de furto, roubo ou agressão, ligar para a sala de segurança da Coppe no ramal: 8457 ou 2560-8858.
  • Em caso de furto ou roubo de patrimônio, ligar para a Divisão de Segurança da UFRJ – DISEG: 3938-1900 e setor de segurança da Coppe, ramal: 8457 ou 2560-8858.

 

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Gestão Eletrônica de Documentos

O serviço de Gestão Eletrônica de Documentos é fornecido pela Gerência de Documentação, e deve ser solicitado em contato direto com o setor, de forma presencial, na sala I-125A.

Este serviço contempla a preservação e acesso dos documentos em meios físico e eletrônico da COPPE.

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Limpeza de Espaços

O serviço de Limpeza de Espaço é fornecido pelo Setor de Administração Predial e deve ser solicitado por meio do Sistema de Administração Predial, pelo Entrada Única.

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Projetos de Arquitetura

O serviço de Elaboração de Projeto de Arquitetura é fornecido pelo Grupo de Apoio de Arquitetura e Engenharia, e deve ser solicitado por meio de envio por e-mail do formulário de Solicitação de Projeto de Arquitetura.

Este serviço contempla a elaboração do projeto conforme a solicitação, e inclui: levantamento do local, estudo preliminar para ser aprovado pelo Prof. Responsável e desenvolvimento do projeto.

E-mail para solicitação: fernanda@adc.coppe.ufrj.br

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Sistemas da DPADI

O serviço de Manutenção e acesso a Sistemas Administrativos é fornecido pelo CISI, e deve ser solicitado por meio da gerência do próprio setor.
Este serviço está disponível para toda a Coppe.

Os Sistemas Administrativos da DPADI estão disponíveis por meio do Entrada Única.

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Infraestrutura e Redes

O serviço de Manutenção de Infraestrutura e Redes é fornecido pelo CISI, e deve ser solicitado por meio do sistema de Helpdesk do CISI, que possibilita uma maior agilidade e transparência no atendimento do suporte técnico. A ferramenta adotada para implantação deste sistema foi o software livre OcoMon.

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Manutenção Predial

O serviço de Manutenção Predial é fornecido pelo Setor de Infraestrutura, e deve ser solicitado por meio do Sistema de Manutenção, pelo Entrada Única.

Este sistema contempla a solicitação dos seguintes serviços: Conserto de ar central, conserto de ar de janela, conserto de ar tipo split, conserto de refrigerador, instalação de ar tipo split, serviço de elétrica, serviço de hidráulica, serviço de lustrador, serviço de pintura, serviço de serralheria, serviços de marcenaria, serviços de obras civis, serviços gerais, troca de disjuntor, troca de lâmpadas

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Patrimônio

O serviço de Incorporação / Baixa de Patrimônio é fornecido pelo Setor de Patrimônio, e deve ser solicitado conforme as orientações abaixo:

Como faço para fazer uma baixa?

Enviar uma carta ao Setor solicitando a baixa , descrevendo o bem, mencionando o nº da plaqueta COPPE e nº da UFRJ.

Como faço para fazer uma transferência?

Enviar uma carta ao Setor de Patrimônio solicitando a transferência do bem , com a descrição do mesmo e o nome do laboratório que ficará responsável.

Como faço para fazer uma doação?

Fazer uma carta ao Setor de Patrimônio solicitando a doação , enviando os documentos onde o Setor de Patrimônio fará a abertura de processo para dar encaminhamento ao Conselho de Curadores da UFRJ para autorização.

Como faço (alunos/doutorandos) para patrimoniar?

Enviar a nota fiscal junto com o formulário e o vínculo com a Instituição (TERMO DE CONCESSÃO E ACEITAÇÃO DE BOLSA ou TERMO DE OUTORGA ao Setor de Patrimônio .

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Agendamento de Transporte

O serviço de Agendamento de Transporte é fornecido pela Gerência de Logística Institucional e Operação.

Este serviço é atualmente administrado pela Divisão de Frota Oficial, sendo a Gerência de Logística Institucional e Operação responsável pela interface de agendamento do serviço para os usuários da Coppe.

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Almoxarifado

O serviço de Solicitação de Material ao Almoxarifado é fornecido pelo Setor de Almoxarifado, e deve ser solicitado por meio do Sistema de Movimentação de Material, pelo link Entrada Única

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Descarte de Materiais

O serviço de Descarte de Materiais e Equipamentos pode ser fornecido por diversos setores, conforme a especificação do material a ser descartado.

 

Procedimentos

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Terapias no Acolhe COPPE

 

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Atividades de Saúde e Bem Estar

 

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Agendamento de Espaços do Grêmio

Para reserva de locação do salão de eventos da sede do Grêmio ou do campo de futebol para qualquer atividade a ser realizada no local, deve-se seguir os procedimentos adotados na página do grêmio.

 

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Action name: Hybrid Education: Challenges and perspectives in engineering and basic education
Coordinator: MARCELLO LUIZ RODRIGUES DE CAMPOS
Contact information: campos@smt.ufrj.br

About the action: The COVID-19 pandemic enforced a drastic transition from the traditional teaching model to strictly online classes, having required a great effort to prepare and offer courses to students ranging from primary to higher education, since only a few were prepared to deal with technologies for online teaching. Even months after social distancing started, the in-person to online transition was not a trivial process, especially when it came to maintaining the quality of the courses offered in this new modality. This process taught us one important lesson: it is necessary that we permanently invest in implementing innovative/efficient technologies for improved teaching and learning. As such, this project aims to support public education in the state of Rio de Janeiro, from basic education to higher Education in engineering at other universities. With a hybrid learning modality, our purpose is to develop resources and courses that incorporate active learning methods, flipped classrooms, multimodality, etc.

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Action name: Prof. Giulio Massarani Pilot School of Chemical Engineering
Coordinator: HENRIQUE POLTRONIERI PACHECO
Contact information: pacheco.h.pacheco@gmail.com and helen@peq.coppe.ufrj.br

About the action: The Pilot School for In-Person Education (EPP) in Chemical Engineering was created in 1993 by our Program of Chemical Engineering (PEQ/COPPE) as a tool for improvement and continuing education. It was very beneficial for high school and undergraduate teachers, but also very popular with students, technicians, and industry workers in general. This edition of EPP is called ADVANCED TECHNIQUES FOR MATERIALS CHARACTERIZATION and will comprise 10 modules. It consists in teaching cutting-edge methods for characterizing various types of materials, discussing the fundamentals of such techniques, and exemplifying them with real-world data. The modules are as follows: Module 1: Spectroscopy techniques (FTIR, DRIFTS, RAMAN, and UV-vis); Module 2: Nuclear magnetic resonance (NMR); Module 3: X-ray diffraction (XRD); Module 4: Mass spectrometry and temperature-programmed reduction (MS and TPR); Module 5: Gel permeation chromatography (GPC); Module 6: Droplet and particle size analysis; Module 7: Gas and liquid chromatography troubleshooting methods; Module 8: Aspects of petroleum characterization; Module 9: Thermal analysis - TGA, DSC, and DMA; Module 10: Biotechnology in everyday life.

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Action name: Laboratory for Informatics and Society – LabIS
Coordinator:  HENRIQUE LUIZ CUKIERMAN
Contact information: hcukier@cos.ufrj.br and lealsobral@cos.ufrj.br

About the action: LabIS stems from the long journey traversed by the work and research of Informatics and Society (IS), a line of research from our Systems Engineering and Computer Science Program (PESC). We are driven by the desire to better comprehend the many faces of our society, seeking to contribute towards more equality and fairness. We develop software for accessibility (LibrasOffice), educational games (Damática), community banks (Mumbuca and Preventório) and offer programming courses for public high school students.

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Action name: Literacy for Youth, Adults, and the Elderly of COPPE/UFRJ
Coordinator: DENISE CUNHA DANTAS
Contact information: ddantas@oceanica.ufrj.br

About the action: Literacy for Youth, Adults, and the Elderly is a project for all those who are not literate and those who did not have access to or did not complete primary and/or lower secondary school at the corresponding age. It was created in 2005 by COPPE's Department of Social Development, based on a survey of civil servants and outsourced workers involved in cleaning and general services. We extended our research to other units and sectors of our university. Today, our students are civil servants and outsourced workers at UFRJ, most of whom work at the Technology Center, and citizens who live near Ilha do Fundão, mainly in Vila Residencial and Complexo da Maré. Our classes are held at the Technology Center for the Basic, Intermediate, and Advanced Literacy classes, Monday to Friday, from 3 p.m. to 4:30 p.m.

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Action name: Polymers in Oil and Gas – Additives
Coordinator:  TAISSA ZANGEROLAMI LOPES RODRIGUES
Contact information: taissazl@yahoo.com.br and elucas@metalmat.ufrj.br

About the action: our action comprises theoretical and practical classes on obtaining, characterizing, and analyzing the properties of polymers in solution, as well as their applications as additives in the petroleum industry.

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Action name: Polymers: applications and awareness
Coordinator: ARIANE DE JESUS SOUSA BATISTA
Contact information: ariane.pent@gmail.com and ariane@pent.coppe.ufrj.br

About the action: Plastic recycling has become a very important matter, since over 60% of all plastic produced globally has already become waste but only 9% has been recycled. In Brazil, the situation is even more alarming. A recent WWF report states that Brazil is the fourth largest producer of plastic waste worldwide, with a recycling rate of less than 2%. Our policies for recycling and environmental education are still insufficient and poorly publicized. Furthermore, plastics have recently been made out to be villains, making it increasingly desirable that these materials are banned. However, it is worth remembering that plastics are polymers with high value-added, low production costs, and very versatile properties. When recycled, they can be reinserted into the production chain, which enables the production of new materials and boosts the energy industry. As such, our project aims to guide and encourage students from public and private schools to reproduce the concept of recycling in their schools, families, and communities. We hold online lectures and fun activities that stimulate the reuse and proper disposal of plastic waste, preventing it from being disposed of in inappropriate places.

For more information about our activities, click here to go to our website.
For more information on our work and laboratories, including those related to our outreach project, go to the Instagram page of the EngePol Group (PEQ/COPPE/UFRJ)

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Action name: A Program for Community Business Incubation – Social Innovation in EES (Solidarity Economy Business) Incubators
Coordinator: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contact information: amandaxavier86@gmail.com

About the action: Since its creation, the ITCP/COPPE (Technology Business Incubator for Community Cooperatives) has been working to support community-based enterprises, aiming at meeting the needs of the working class and informal workers, which have historically been marginalized and excluded from social actions developed by the government. The new challenges of today require new techniques and tools. As such, this is a proposal that researches innovative business incubation methodologies for the purpose of improving the activities of the incubated enterprises and providing continuity to the actions developed by ITCP/COPPE. Ultimately, implementing such new methodologies will improve the quality of Solidarity Economy Businesses.

 More information on the ITCP/COPPE/UFRJ website.

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Action name: Espaço COPPE Miguel de Simoni
Coordinator: CLAUDIA MARIA LIMA WERNER
Contact information: werner@cos.ufrj.br

About the action: We promote a guided tour of the Espaço COPPE exhibitions, primarily arranged for high school students from the Rio de Janeiro Metropolitan Area. The visiting groups of students are accompanied by teachers from their corresponding schools. Environments such as Espaço COPPE are driven by science and technology and provide key elements in fostering intrinsically motivated learning. For instance, building personal meaning, taking up challenging tasks, learning to collaborate, and recognizing the positive feelings that come from the efforts we made can potentially induce the formation of new, sometimes more intense bonds.

Espaço COPPE website.

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Action name: QUALITY MANAGEMENT SYSTEM (SQG) and MODELS FOR MANAGEMENT EXCELLENCE (MEG) FOR CIVIL SERVANTS
Coordinator: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contact information: eduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br and karina.andrade@adc.coppe.ufrj.br

About the action: Our course aims to develop, implement, maintain, continuously improve, and internally audit quality management systems as required by the NBR-ISO:9001 standards and to implement good practices in management according to the criteria defined in the Model for Management Excellence (MEG) of the Brazilian Foundation for Quality (FNQ). The course is related to the CONTINUING EDUCATION FOR CIVIL SERVANTS program

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Action name: QUALITY MANAGEMENT SYSTEM (SQG) and MODELS FOR MANAGEMENT EXCELLENCE (MEG) FOR CIVIL SERVANTS AT UFRJ AND OTHERWISE
Coordinator: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contact information: eduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br

About the action: Our course aims to develop, implement, maintain, continuously improve, and internally audit quality management systems as required by the NBR-ISO:9001 standards and to implement good practices in management according to the criteria defined in the Model for Management Excellence (MEG-TR) proposed by SEGES/Brazilian Ministry of Economy. The course is related to the CONTINUING EDUCATION FOR CIVIL SERVANTS program.

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Action name: UBUNTU.lab - Open innovation program in smart cities to reduce racial inequality in Rio de Janeiro
Coordinator: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contact information: matheusoli@hotmail.com

About the action: Project BRA/15/010 – Strengthening and Expanding the National System for Racial Equality is an effort from the Ministry of Women, Family, and Human Rights (MMFDH) and the United Nations Development Programme (UNDP) aimed at decentralizing public policies on racial equality and strengthening and expanding the National System for Racial Equality (Sinapir). The COPPETEC Foundation was one of the organizations selected through the U.Lab project to provide the Local Government of Rio de Janeiro with a government innovation laboratory. Its purpose is to be replicable as a policy to promote racial equality within the Local Sustainable Development Plan at the time of its implementation, as developed by the Office of Planning from the Municipal Chief of Staff's Secretariat (EPL). Within the framework of Sinapir, this project aims to provide the municipality of Rio de Janeiro with a government innovation program that puts black youth at the forefront of technology and is capable of promoting well-being in their daily lives.

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Action name: Support Unit for Social Innovation – USIS
Coordinator:  CARLA MARTINS CIPOLLA
Contact information: carla.cipolla@ufrj.br

About the action: Social innovation is a key aspect to development. The Support Unit for Social Innovation (USIS/UFRJ) is a result of the Latin American Social Innovation Network (LASIN), which is a project funded by the European Commission, aimed at implementing a university-community engagement model based on a combination of curricular and extra-curricular activities, learning materials and tools, practical training, workshops, and mentorship, with its own methodology developed by LASIN, to strengthen the connection of universities with a wider social environment (community groups, NGOs and/or OSCIPS (Civil Society Organizations of Public Interest),

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TítuloObservatório de Bancos Comunitários e Moedas Sociais Digitais UFRJ
Coordenador: LUIZ ARTHUR SILVA DE FARIA
Contato do coordenador: luizart@gmail.com

Resumo: O Observatório de Bancos Comunitários e Moedas Sociais Digitais UFRJ visa visibilizar, fortalecer e refletir sobre tais experiências, seja na promoção de espaços de debate e de ensino-aprendizagem, seja no desenvolvimento de tecnologias com os coletivos envolvidos. Inspira-se na (e em articula-se com a) rede formada por pesquisadores extensionistas iniciada em 2020, o Observatório de Bancos Comunitários e Moedas Sociais (OBM). Este reúne pesquisadores engajados em aliar seus conhecimentos acadêmicos com as atividades práticas de bancos comunitários e moedas sociais do Brasil, nas perspectivas da escuta dos coletivos envolvidos, do engajamento extensionista e da análise das práticas dos coletivos envolvidos. “Bancos Comunitários são serviços financeiros solidários, em rede, de natureza associativa e comunitária, voltados para a geração de trabalho e renda na perspectiva de reorganização das economias locais”. Reúnem práticas e princípios, como a concessão de microcrédito para produção e consumo locais, sempre que possível em moedas sociais (válidas em um território restrito e com paridade com o Real)(https://www.institutobancopalmas.org/o-que-e-um-banco-comunitario/). No Brasil, tais bancos tiveram como experiência pioneira o Banco Palmas (Fortaleza, 1998) e acumulam mais de 150 iniciativas. Com a digitalização de suas moedas sociais, inspiraram e articularam-se com políticas públicas de transferência de renda, notadamente no Estado do RJ.

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Título: MOB4.0 - Hub de planejamento inteligente da mobilidade do estado do Rio de Janeiro
Coordenador: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contato do coordenador: matheusoli@hotmail.com

Resumo: O acesso às tecnologias de comunicação e informação oferece uma gama diversa de instrumentos de coleta de dados capazes de acompanhar o posicionamento de pessoas e objetos no espaço e registrar o seus deslocamentos ao longo do tempo. Compondo este conjunto de instrumentos, destacam-se os dispositivos de IoT (Internet of Things, em inglês e, traduzido para o português, Internet das Coisas), aplicativos, registros de utilização de serviços inteligentes (e.g. cartões, terminais) como potenciais fontes de dados para o planejamento, gestão, operação e monitorização dos serviços de transportes. Nesse contexto, o presente curso tem o propósito de validar o potencial do estado da arte em termos de instrumentos inteligentes de coleta de dados no campo do planejamento da mobilidade urbana para a construção de um ecossistema de planejamento inteligente da mobilidade no Estado do Rio de Janeiro. Metodologicamente, programa de capacitação para a regulamentação, contratação e uso de ferramentas analíticas e bases de dados sobre o mesmo tema se realiza através do desenvolvimento e validação de uma plataforma informacional voltada para o planejamento da mobilidade de forma inteligente, inclusiva e sustentável com foco nos municípios do Estado do Rio de Janeiro e um programa de capacitação para a regulamentação, contratação e uso de ferramentas analíticas e bases de dados sobre o mesmo tema.

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TítuloEAD Baixo Carbono: Energias Renováveis no Oceano
Coordenador: SUZANA KAHN RIBEIRO
Contato do coordenador: skr@pet.coppe.ufrj.br

Resumo: Estamos aumentando o volume de carbono na atmosfera, o que representa um risco para a sociedade, e isso irá gerar um impacto mundial muito grande. No curso de Baixo Carbono, oferecido pela COPPE/UFRJ, vamos apresentar formas de reduzir esse impacto através das soluções de baixo carbono, mostrar a importância e necessidade de se ter tecnologias de baixo carbono.

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TítuloEAD Baixo Carbono: Mudanças Climáticas
Coordenador: SUZANA KAHN RIBEIRO
Contato do coordenador: skr@pet.coppe.ufrj.br

Resumo: Estamos aumentando o volume de carbono na atmosfera, o que representa um risco para a sociedade, e isso irá gerar um impacto mundial muito grande. No curso de Baixo Carbono, oferecido pela COPPE/UFRJ, vamos apresentar formas de reduzir esse impacto através das soluções de baixo carbono, mostrar a importância e necessidade de se ter tecnologias de baixo carbono.

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Action name: “Y’KNOW”?! my camera in my hand and an idea in my head – audiovisual language as free expression in the dialectic construction within the space between university, school and society
Coordinator:  ANDREA MARIA DO NASCIMENTO SILVA
Contact information: andreanascimento@cos.ufrj.br

About the action: All of us from the academic and school community had to adapt ourselves to the use of technological solutions in order to communicate, socialize and engage with each other during the pandemic while aiming towards reproducing a classroom routine. As a result, audiovisual language and the use of portable devices such as smartphones and tablets, which were already a very present reality in our lives, suddenly became fundamental. This proximity was a great motivation that brought to memory the emblematic quote from filmmaker Glauber Rocha – A camera in hand and an idea in my head – which inspired the name of this project and makes us comprehend that our current practice revolves around this idea which represents our current social scenario in the habits of registering and sharing our images, voice messages, our videos, whether directly or indirectly on social media. Therefore, this project aims to meet a technical demand to assist in the production of content regarding the dissemination of research, school work, video lessons, among others, in a way that the audience participating in the project is familiar with the details of audiovisual composition. Emphasizing the use of audiovisual language as a vehicle for learning and sharing knowledge, a dialectical communication where it is important not only to transmit the knowledge generated at universities but also enable society to contribute with its gaze, its action and its criticism.

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Action name: Support for Micro and Small Companies in the state of Rio de Janeiro for the development of sustainable economic trajectories
Coordinator: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contact information: amandaxavier86@gmail.com

About the action: SMEs make up 92% of companies in the State of Rio de Janeiro (RJ) and are responsible for over 50% of formal employment (Brazil, 2020). However, as SMEs face huge challenges, especially due to the extent of the current health, economic and social crisis (CNI, 2021; SEBRAE, 2020), highlighting the dominant economic model, centered around the mass production of material assets and financial statement (Fernandes et al., 2021; Lima & Dias, 2020). In this sense, this project is based on the perspective of the Economy of Functionality and Cooperation (EFC), which aims to provide integrated solutions for assets and services through the cooperation between different territorial actors, abandoning the notion of stability and developing new governance models for companies and territories (Du Tertre et al., 2019). This interactionist approach allows for less consumption of natural resources and a renewal of social bonds, creating resilience for economic relations, which have been so fragile due to the current scenario (Xavier et al., 2021; Roman et al., 2020). This project aims to support Micro and Small companies in the state of Rio de Janeiro in developing sustainable economic trajectories, creating a direct impact on society and the scientific community. To this end, it aims to train, monitor and intervene with business leaders for the transition of their economic model based on the Economy of the Functionality and Cooperation Model.

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Action name: Best Practices on Emotional Care – Knowledge, Coexistence and Learning
Coordinator:  VANDA BORGES DE SOUZA
Contact information: vanda@adc.coppe.ufrj.br

About the action: It is understood that when providing care, one can expand the scope of its action beyond the psychosocial field, therefore also reaching the socioeconomic, academic and employment relations context, among others. Over time, other aspects of the care being provided started to emerge, as a way to survive situations of illness, such as financial care, academic care, care regarding relationship conflicts and challenges, as well as regarding labor due to the difficulty in absorbing and comprehending the new emerging work forms. From then on, it has been necessary to rethink a way to encompass all of these different types of care. In this sense, this project intends to highlight the importance of sharing information that directs and helps individuals in performing actions of care in several mutual commonspaces. Therefore, knowledge, coexistence and learning are a part of two-way street, meaning that each part has something to transmit, learn and improve with the other.

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Action name: Training youngsters for the IT market in Nova Friburgo, an approach through active learning: introduction to Python programming
Coordinator:  EDMUNDO ALBUQUERQUE DE SOUZA E SILVA
Contact information: edmundo@land.ufrj.br

About the action: This course is an action provided for in the Outreach Project: “Hybrid Education: Challenges and perspectives in engineering and basic education”, which is already registered in SIGA, by COPPE. The outreach project registered in SIGA has as one of its goals to create courses in key areas for the development of the State and in accordance with COPPE’s multidisciplinary experience. Through a partnership with the Ideias de Friburgo NGO, which provided the necessary infrastructure (physical space, computers, local staff, etc), a space for training youngsters with a public high school background was created. The idea for the course emerged during the development of programming classes for an advanced course in Artificial Intelligence techniques with a hybrid format based on Project-Based Learning (PBL, FAPERJ project) so that the experience of the PBL project was applied to young students. The course aims to introduce the youngsters to modern computer languages as well as provide essential training in order to enable the public school student to enter the local job market more easily. Selected students have the opportunity to learn programming in practice, based on the Python language, to better understand and try to propose solutions to real problems in the city of Friburgo when possible. The course also aims to provide incentive so that egressed students can continue their studies in additional topics of computer technology.

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Action name: The Dissemination of Nuclear Engineering Applications in the field of environmental sustainability
Coordinator:  INAYA CORREA BARBOSA LIMA
Contact information: inayacorrea@gmail.com

About the action: In its Tenth Edition, BR Marinas’ Environment Week integrates World Ocean Day in its agenda, inserting it within the context of the UN's Ocean Decade. This event is supported by Núcleo de Vida Marinha, Environmental Education Center of Rio de Janeiro's State Environment Department and UNESCO Chair for Ocean Sustainability, bringing awareness to the people of Rio about the importance of the Oceans in mitigating Climate Change, the debate on biodiversity and Ocean potentials, and the integration between Science, Education, Public Policies and Civil Society. Furthermore, nuclear and atomic applications shall be incorporated for the first time as measures to encompass the academic-scientific theme in question. Lastly, we shall hold an Environmental Awareness action which shall be carried out through the promotion of a major Clean-Up Campaign focusing on solid waste in the surroundings of Marina da Glória, including Marine Litter, with the participation of volunteers.

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Action name: Volunteer Drone Pilots
Coordinator: THARCISYO COTTA FONTAINHA
Contact information: tcottaf@gmail.com

About the action: In 2022, disasters caused over 30,704 deaths, affected 185 million people, and induced economic losses of 223.8 billion dollars according to the Centre for Research on the Epidemiology of Disasters (CRED). In Brazil, between 2011 and 2022, specifically in  Rio de Janeiro, there have been 591 disaster occurrences, resulting in 987 deaths, affecting around 3,9 million people and inducing economic losses of over R$3,08 billion (Digital atlas of disasters in Brazil, 2023). Such data demonstrates the importance and complexity of Humanitarian and Disasters Operations (OHD), which involve access to affected areas, coordination of several stakeholders and lack of resources. Thus, the Volunteer Drone Pilots project was created, idealized within the scope of the COPPE/CT/UFRJ Industrial Engineering Program in order to help with the shortage of human and technological resources in disaster response. The project has a technological platform that acts as a facilitator, uniting drone owners, civil defense and other organizations in the development of actions to map areas at risk and affected by disasters, promoting more effective and efficient collaboration between stakeholders in the context of OHD. In this sense, the project works to engage and promote knowledge exchange among the different actors treated as target audience, promoting effective and more efficient OHD, with the integration of different scientific knowledge areas and researchers of different levels who act in OHD.

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Action name: INSILICONET – PROGRAMMING THE FUTURE
Coordinator:  ARGIMIRO RESENDE SECCHI
Contact information: arge@peq.coppe.ufrj.br

About the action: InSilicoNet is a collaboration space where diverse actors from society are invited to bring their technical problems to build, together with academic members, innovative technological solutions based on digital tools. It is structured  as a network of seven Universities of the State of Rio de Janeiro (UFRJ, UERJ, PUC-Rio, UFF, UFRRJ and SENAI CETIQT) and engineering professionals with experience in the area of process systems engineering (PSE). InSilicoNet have a mission to promote the scientific and technological development committed not only to the economic performance, but also to the social and environmental impacts through outreach activities integrated to research and teaching initiatives in PSE, contemplating: a) Learning Factory, which develops skills and abilities of undergraduate and graduate students for collaborative work employing PSE to solve technological, social and environmental problems treatable by digital engineering tools; b) Offering outreach courses that promote competence for developing research, technology and innovation; c) Research and Development Projects integrating undergraduate and graduate students under academic supervision and mentoring by industries, organizations and/or governments.

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Action name: Rede Refugia
Coordinator:  THARCISYO COTTA FONTAINHA
Contact information: tcottaf@gmail.com

About the action: The United Nations High Commissioner for Refugees (UNHCR) reveals that in 2022 the world surpassed the mark of 100 million people in forced displacement, motivated by numerous reasons. In Brazil, since 2011 297.712 requests for the recognition of refugee status have been made. Due to its complexity and high amount of people affected, the humanitarian refugee crisis has to be addressed by governments in partnership with civil society and the private sector, in order to ensure that people in forced displacement have their human rights protected during an effective reception process that is attentive to their needs. Thus, those interested in helping Brazil face its migration crisis, Rede Refugia was created within the scope of the Industrial Engineering Program at COPPE/CT/UFRJ. It is a collaborative technological platform that aims to facilitate the process of reception, protection and integration of these people in forced displacement who are in Brazil. In this way, we seek to strengthen the mutual collaboration processes among refugees, asylum seekers, stateless people, public authorities, private entities, humanitarian organizations and other stakeholders. Through a social innovation process, Rede Refugia aims to foster an environment that favors the implementation of innovative solutions to the problems experienced by people in forced displacement living in Brazilian territory.

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Action name: UFRJ Observatory of Community Bank and Digital Local Currency
Coordinator: LUIZ ARTHUR SILVA DE FARIA
Contact information: luizart@gmail.com

About the action: The UFRJ Observatory of Community Bank and Digital Local Currency aims to make such experiences visible as well as strengthen and reflect on them, whether by promoting spaces for debate and teaching-learning or by developing technologies with the involved groups. It is inspired by (and works in tandem with) the network formed by science outreach researchers which began in 2020, the Observatory of Community Bank and Local Currency (OBM). This network brings together researchers engaged in allying their academic knowledge with the practical activities of community banks and social currency in Brazil, from the perspective of listening to the involved groups, engaging in outreach work and analysing the practices of the groups involved. “Community Banks are solidarity-based financial services, in a network, of an associative and communitary nature, aimed at generating work and income with a perspective of reorganizing local economies”. They bring together practices and principles, such as a microcredit granting for local production and consumption, whenever possible, in social currencies (valid in a restricted territory and at par with the Real)(https://www.institutobancopalmas.org/o-que-e-um-banco-comunitario/). In Brazil, such banks had Banco Palmas (Fortaleza, 1998) as their pioneering experience and accumulated more than 150 initiatives. With the digitalization of their social currencies, they inspired and worked in tandem with public policies for income transfer, notably in the State of RJ.

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Action name: MOB4.0 – Hub of smart planning of the mobility of the state of Rio de Janeiro
Coordinator: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contact information: matheusoli@hotmail.com

About the action: Access to information and communication technologies offers a diverse range of data collection instruments capable of tracking the positioning of people and objects in space and recording their movements over time. Composing this set of instruments, IoT (Internet of Things) devices, applications and records of the use of smart services (e.g. cards, terminals) stand out as potential sources of data for the planning, management, operation, and monitoring of transportation services. In this context, the present course aims to validate the potential of the state of art in terms of intelligent data collection tools within the field of urban mobility planning for the construction of an ecosystem of intelligent mobility planning in the State of Rio de Janeiro. Methodologically, the training program for the regulation, hiring and use of analytical tools and databases on the same topic is carried out through the development and validation of an information platform aimed at planning mobility in an intelligent, inclusive and sustainable way, focusing on the municipalities of the State of Rio de Janeiro.

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Action name: EAD Low Carbon: Offshore renewable energy
Coordinator: SUZANA KAHN RIBEIRO
Contact information: skr@pet.coppe.ufrj.br

About the action: We are increasing the volume of carbon in the atmosphere, which poses a risk to society and will generate a major global impact. In the Low Carbon course, offered by COPPE/UFRJ, we will present ways to reduce this impact through low carbon solutions, showing the importance and need for low carbon technologies.

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Action name: EAD Low Carbon: Climate Change
Coordinator: SUZANA KAHN RIBEIRO
Contact information: skr@pet.coppe.ufrj.br

About the action: We are increasing the volume of carbon in the atmosphere, which poses a risk to society and will generate a major global impact. In the Low Carbon course, offered by COPPE/UFRJ, we will present ways to reduce this impact through low carbon solutions, showing the importance and need for low carbon technologies.

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