Professor da Coppe organiza painel do Networking Channel sobre empreendedorismo em Redes de Computadores

Na próxima quarta-feira, dia 12 de abril, será realizado, no “The Networking Channel”, o painel “Entrepreneurship in Computer Networks: Learn from the lessons of those who have already tried it”.  O painel tem como organizadores o professor Edmundo de Souza e Silva, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da Coppe/UFRJ, e Christophe Diot, diretor de engenharia do grupo de Operações de Rede da Google/EUA. O início será às 12h00 (horário de Brasília) e para participar basta fazer a inscrição no “The Networking Channel”, por meio do link https://bit.ly/3KylGAX

O evento contará com quatro painelistas, incluindo o ex-aluno do PESC/Coppe, Guilherme Senges, que é cofundador da Anlix, startup que esteve abrigada na Incubadora de Empresas da Coppe e hoje está consolidada no mercado. Os outros participantes são Anne-Marie Kermarrec, professora do EPFL (Suíça) e fundadora da Mediego; Dina Katabi, Professora do MIT (EUA) e cofundadora da Intelligent Sensing Systems; e Hui Zhang, professor da Carnegie MelonUniversity (EUA)  e cofundador da Conviva.

Os painelistas abordarão as dificuldades e as satisfações de se criar uma startup de alta tecnologia, em particular em áreas relacionadas aos palestrantes, e os desafios de que os aspirantes a empreendedores devem estar cientes. O objetivo é proporcionar aos interessados uma oportunidade de aprender sobre os fatores de sucesso e as armadilhas a serem evitadas a partir da experiência de quem já teve êxito no empreendedorismo.

Saiba mais sobre o evento: https://bit.ly/3ztGqn5

Reunião Magna da ABC 2023 tem como tema central ‘Ciência básica para o desenvolvimento sustentável’

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) promove sua Reunião Magna de 2023, entre os dias 9 e 11 de maio, tendo como tema central “Ciência básica para o desenvolvimento sustentável” e, entre os palestrantes, o professor aposentado do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, Ronaldo Balassiano. O evento será realizado no Museu do Amanhã, na Praça Mauá, nº1, Centro, Rio de Janeiro.

A palestra de Ronaldo Balassiano será dia 10 de maio, às 9 horas, na sessão plenária III, cujo tema é “Ciência e pesquisa na construção de cidades sustentáveis e includentes”. O foco principal será em alguns dos aspectos fundamentais que tornem as cidades mais acessíveis, as viagens mais seguras e o ambiente mais inclusivo e sustentável. Entre os tópicos estão o papel dos diversos modos de transportes, a situação futura dos novos carros ultrapossantes e rápidos, como as novas tecnologias podem contribuir, e como adequar uma cidade e sua distribuição espacial, dentre outros tópicos. A palestra do professor é intitulada “Gerenciamento da mobilidade urbana: cidades mais sustentáveis e inclusivas”.

A Reunião Magna da ABC, que reunirá especialistas brasileiros e internacionais, será totalmente gratuita, dará certificado de participação aos presentes, e contará com intérprete de libras em todas as palestras. A programação completa do evento está disponível no site: www.abc.org.br/evento/rmagna23

Laboratório da Coppe desenvolverá combustível “verde” para a aviação

Professor Fabio Toniolo (PEQ) operando uma Unidade Fischer-Tropsch no Nucat

A Coppe/UFRJ, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e a Petrogal assinaram, em março, um contrato para o desenvolvimento de combustível de aviação sustentável (SAF, sustainable aviation fuel), resultante da reação entre gás carbônico (CO2) e hidrogênio pela ação de catalisadores, sendo uma alternativa renovável ao querosene de aviação. O projeto será desenvolvido pelo Núcleo de Catálise (Nucat) e no Centro de Pesquisas e Caracterização de Petróleo e Combustíveis (CoppeComb) da Coppe, sob coordenação do professor do Programa de Engenharia Química (PEQ), Fabio Toniolo.

Conforme explica o professor da Coppe, é um desafio conseguir utilizar o dióxido de carbono como uma matéria prima para a indústria. “O CO2 é uma fonte de carbono e nosso objetivo nesse projeto é transformá-lo em combustível. Podemos fazer isso por rotas catalíticas, obtendo inclusive combustível para aviação, que é o interesse da Petrogal.”

Segundo Toniolo, a equipe de pesquisadores do Nucat (que inclui mestrandos, doutorandos e pós-docs) usará dióxido de carbono junto com hidrogênio verde, obtido a partir de fontes renováveis, iniciando, então, um processo catalítico, gerando, primeiramente, etanol, e continuando o processo para o desenvolvimento de moléculas maiores e mais complexas que compõem o pool do combustível de aviação.

“Ao final, entregaremos à empresa um protótipo, capaz de produzir um combustível que atenda a todas as especificações internacionais. Será um combustível drop in com propriedades semelhantes ao querosene de aviação de origem fóssil, e assim, não será necessário mudar o motor e nem a cadeia logística”, esclarece.

De acordo com o professor, a rota tecnológica a ser seguida é a ATJ (alcohol to jet fuel). “Uma rota complexa, com várias etapas, sendo a primeira a desidratação do etanol e sua conversão em etileno, que será oligomerizado para crescimento da cadeia de carbono até a faixa de hidrocarbonetos mais complexos. Depois, hidrogenação e isomerização para alcançar moléculas semelhantes àquelas do querosene de origem fóssil”.

Conforme ensina Fabio Toniolo, outra rota interessante para produção de combustíveis sintéticos também estudada no Nucat, é a Síntese de Fischer-Tropsch, que gera uma gama de produtos. “É uma reação bem conhecida, mas muito utilizada a partir do gás de síntese, hidrogênio e monóxido de carbono. Para partimos do CO2 como matéria-prima, precisamos aprimorar o catalisador para fazer a dissociação do dióxido de carbono em monóxido e a reação segue como uma Fischer-Tropsch comum. Precisamos controlar as condições de reação para maximizar a obtenção do produto que queremos; este é um desafio constante na área de Catálise. No Nucat, buscamos, entre outras coisas, entender a viabilidade de transformar o etanol em hidrogênio, mas também transformá-lo em álcoois e hidrocarbonetos mais complexos, que são produtos químicos de maior valor agregado utilizados em outros ramos da indústria”.

Serão construídos dois protótipos, um em escala de bancada no Nucat, e outro, em escala maior, no CoppeComb. “No Nucat desenvolveremos os catalisadores em quantidades pequenas, em nível de bancada, para realização de testes em inúmeras e diferentes condições experimentais, com cromatógrafos ligados em linha para possibilitar uma avaliação rápida dos catalisadores desenvolvidos para o projeto”, explica Toniolo.

“Uma vez encontrados os melhores catalisadores e otimizadas as condições de reação como temperatura, pressão e vazão, partiremos para a etapa de construção do protótipo, que ficará no CoppeComb, e que produzirá uma quantidade relevante, primeiro de etanol e depois de combustível de aviação. Os combustíveis produzidos no CoppeComb serão fundamentais para caracterizarmos as várias propriedades que garantem a sua aplicação como combustível conforme as normas internacionais vigentes”, complementa o professor da Coppe.

Repensando o futuro do etanol

De acordo com a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), a aviação civil foi responsável por 2% de todo o carbono emitido no planeta, no ano passado. O uso de Combustível Sustentável de Aviação (SAF), feito a partir de matérias-primas renováveis, pode evitar pelo menos 75% das emissões totais de CO2 do ciclo de vida em comparação com o combustível fóssil de aviação.

Segundo o professor do Programa de Engenharia Química, o etanol por si só já é um combustível de interesse. “Hoje no Brasil prevalece o etanol vindo da cana de açúcar, mas a ciência avança no desenvolvimento de processos que fornecerão etanol a partir de CO2. Penso que em alguns anos, quando esta nova rota estiver mais madura tecnologicamente, com maior ganho de escala, ela competirá com o etanol produzido a partir da cana. O setor sucroalcooleiro deveria pensar, que em alguns anos terá a concorrência do etanol vindo do CO2”.

“O Brasil é um grande produtor de etanol. Seria importante não olharmos para este composto químico apenas como combustível a ser queimado em um motor, mas sim como matéria-prima para produtos de alto valor agregado. A indústria brasileira deve investir em iniciativas tecnológicas e se preparar para as mudanças que virão nas próximas décadas. Podemos fazer muito com a catálise e com a engenharia e podemos produzir muito utilizando processos e reatores operados de forma contínua em vez de batelada. Na indústria, os processos contínuos são desejáveis”, acrescenta Fabio Toniolo.

O projeto se soma às iniciativas da Embrapii alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, como o ODS 12 (Consumo e produção responsáveis) e ODS 7 (Energia limpa e acessível). Atualmente, 67% dos projetos da Embrapii de inovação estão em sintonia com os ODS.

O investimento total previsto para o projeto supera 21 milhões de reais. A parcela destes recursos que será aplicada pela Embrapii faz parte do programa Inova+ BNDES, uma parceria com o banco para apoiar projetos que desenvolvam soluções em novos combustíveis e em outras áreas como bioeconomia florestal, economia circular, transformação digital, saúde, materiais avançados e defesa. A iniciativa atende empresas de todos os portes, incluindo pequenas, médias (PMEs) e startups.

Laboratório da Coppe promove ciclo de palestras As múltiplas faces da Geociências

O Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe/UFRJ promove amanhã, dia 3 de maio, às 11 horas, a primeira palestra do ciclo “As múltiplas faces das Geociências”, que será realizado durante o mês de maio, em homenagem ao Dia do Geólogo, comemorado dia 30. Esta palestra inaugural será com Vitor Abreu, proprietário da Abreu Consultoria e Treinamento, em Houston (Texas, EUA), empresa mundialmente reconhecida por consultoria, treinamento, serviços de desenvolvimento de carreira e pesquisa na área de petróleo e gás. Vitor abordará o tema “Estratigrafia de sequências: passado, presente e futuro”, e o evento será realizado pelo canal do Lamce no YouTube.

Considerado como um dos líderes mundiais em estratigrafia sequencial e reservatórios de águas profundas, Vitor Abreu é mestre pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e doutor pela Rice University (Texas, EUA), onde no momento é professor adjunto. Possui mais de 30 anos de experiência na indústria do petróleo, tendo atuado na Petrobras, na Unocal e na ExxonMobil, avaliando elementos de sistemas petrolíferos em 35 bacias sedimentares nos sete continentes. Além disso, é editor-chefe do best-seller “Sequence Stratigraphy of Siliciclastic Systems”, da Sociedade de Geologia Sedimentar (SEPM), de onde é ex-presidente; e é ex-chefe de estratigrafia da ExxonMobil.

Professora Marysilvia participa da OTC 2023, em Houston

A diretora-adjunta de Empreendedorismo da Coppe/UFRJ, professora Marysilvia Costa, participa nesta quarta-feira, 3 de maio, da Offshore Technology Conference (OTC 2023), que será realizada de 1 a 4 de maio em Houston (EUA). A professora Marysilvia irá como coordenadora do PRH7 – Integridade Estrutural em Instalações na Indústria do Petróleo, Gás e Energias Renováveis (IE-PGE), programa de formação de recursos humanos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Marysilvia apresentará o PRH-7 na sessão “Overcoming the challenges of integrity Management and life extension at complex offshore assets”, às 16h, horário local (18h, em horário de Brasília) e buscará prospectar novos projetos e parcerias em transição energética e energias limpas para a Coppe.

O Programa PRH 7, a ser apresentado pelo Professora Marysilvia, visa à formação de alunos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com conhecimentos interdisciplinares nos temas relacionados à Integridade Estrutural em Instalações da Indústria do Petróleo, Gás, Biocombustíveis e Energias Renováveis.

Secretária nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência visita laboratório da Coppe

Secretária Anna confere um dos dispositivos acompanhada pela professora Carolina

A secretária nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Anna Paula Feminella, visitou o Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento de Micros, Pequenas e Médias Empresas (PRO-PME) da Coppe/UFRJ, na tarde de hoje, dia 28 de abril, onde conheceu o projeto “FABTA: fabricando independência e autonomia – Uso da fabricação digital no desenvolvimento de tecnologias assistivas para pessoas com deficiência”.

Como parte do projeto, dez dispositivos estão em desenvolvimento no PRO-PME, onde dez outros já foram fabricados nas impressoras 3D, dos quais alguns são utilizados por pacientes do Ambulatório de Terapia Ocupacional do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) da UFRJ. Trata-se de utensílios personalizados, para atividades da vida diária, que não há no mercado, a exemplo de “engrossador” de talheres, de um dispositivo para abrir garrafas e de outro voltado para o uso de cortador de unha.

“Fiquei encantada”, declarou Anna Feminella, avaliando os dispositivos como soluções pensadas a partir do diálogo com quem precisa, a partir das necessidades específicas das pessoas com deficência, que geralmente são pouco ouvidas. A secretária avaliou também os dispositivos como soluções baseadas em situações reais, e não com interesses comerciais, visando a venda. “É o encaminhamento para a democracia em nosso país”, declarou Anna.

O projeto é liderado pela professora Carolina Alonso, do Departamento de Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina e do Programa de Engenharia de Produção (PEP) da Coppe, da UFRJ. Conta com a parceria do professor Anael Alves, da Escola de Belas Artes, também da UFRJ, e do professor do PEP/Coppe, Francisco Duarte, coordenador do PRO-PME e do Grupo de Ergonomia & Projetos (ErgoProj), do qual Carolina Alonso também é integrante.

Professor Emérito da UFRJ, Basílio de Bragança é homenageado no CCMN

Professor Nelson Maculan homenageando o professor Basílio de Bragança

O professor do Programa de Engenharia de Produção, Basílio de Bragança, foi homenageado por sua trajetória acadêmica, nesta sexta-feira, 28 de abril, pelas três unidades da UFRJ em que lecionou: a Coppe, o Instituto de Matemática (IM) e a Faculdade de Medicina (FM). A homenagem ao professor emérito foi realizada no Salão Nobre do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN) e promovida pelo Instituto de Matemática.

O evento contou com depoimentos de outros três professores eméritos da UFRJ, Helio Migon, Nelson Maculan e Nelson Souza e Silva (representando IM, Coppe e FM, respectivamente), de seu irmão, o professor Carlos Alberto de Bragança (USP), e de ex-orientandos.

“Não conheço outro professor que tenha trabalhado no Centro de Tecnologia (CT), CCMN e Centro de Ciências da Saúde (CCS). É uma pessoa que marca a gente. Hoje, nos encontramos pouco, mas nos falamos muito e gostamos muito um do outro”, destacou Maculan.

Professor Helio Migon

Amigo de longa data de Basílio, Helio Migon disse que ambos são “estatísticos desde criancinhas”, por terem se conhecido, em 1962, no curso técnico em Estatística da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence). “Eram os anos dourados. O Brasil era bicampeão mundial de futebol, (a tenista) Maria Esther Bueno também havia sido campeã. Brasília era recém-construída, e era época da bossa nova”.

“Eu entrei na UFRJ por sua recomendação e ele encorajou a mim e ao Dani Gamerman a criarmos o curso de doutorado em Estatística do Instituto de Matemática. Seu estilo é ímpar e exemplar. Lembro de algumas de suas máximas: o aluno deve ser proativo e o orientador não pode ser paternalista”, acrescentou Migon.

Professor Nelson Souza e Silva

O professor Nelson Souza e Silva usou licença poética, pela sua condição de cardiologista, para falar “de coração” e disse dever muito de sua carreira ao amigo, pela possibilidade de usar modelos bayesianos e redes neurais em pesquisas médicas. “Ele uniu essas áreas. Eu agradeço pelo que você fez pela ciência e pelo uso correto da Estatística na Medicina. Sinto prazer enorme em trabalhar contigo desde 1974. Espero continuar trabalhando contigo mais uns 10 ou 15 anos. Então, você precisa fazer atividade física hein?”, cobrou Nelson.

O evento foi transmitido pelo canal do CCMN no YouTube e continua disponível.

Saiba mais sobre o homenageado e veja (ou escreva) depoimentos sobre ele em: www.homenagembasilio.com.br

Estudiosos traçam o Futuro do Trabalho em 2050 em estudo com participação da Coppe

Pesquisadores do Laboratório do Futuro da Coppe/UFRJ participaram de um amplo estudo internacional que projeta o mundo em 2050, a partir da evolução tecnológica em curso e da que virá como provável consequência. O estudo sobre o futuro do trabalho foi realizado pelos membros do Projeto Millennium que, distribuídos em 71 nodos, somam mais de 300 futuristas, economistas, profissionais de Inteligência Artificial (IA) e de outras especialidades, de 60 países. Eles concluíram, no primeiro cenário, que são infundados os anseios atuais de que haja desemprego em massa devido aos avanços em Inteligência Artificial, robótica e outras tecnologias que substituam o trabalho humano.

Intitulado Future Work/Technology 2050, o estudo leva em conta as mudanças sistêmicas socioculturais-econômicas decorrentes da junção de tecnologias e suas sinergias, as Next Technologies (NTs). As projeções estão divididas em três cenários e são apresentadas como se já estivéssemos em 2050, avaliando tudo o que ocorreu nos 30 anos anteriores. A partir daí, os autores sugerem 93 ações com o objetivo de inspirar atitudes que podem ser adotadas por governantes, empresas, trabalhadores e outros atores sociais para que se chegue ao cenário desejável, e estimular ainda mais uma discussão global, sistemática e baseada em pesquisa sobre como fazer a transição para uma economia mundial modificada por tecnologias futuras previsíveis.

Entre os autores, estão o professor Jano de Souza e os pesquisadores Yuri Lima e Carlos Eduardo Barbosa, diretor e coordenadores das linhas de pesquisa “Futuro do Trabalho” e “Entendendo o Futuro”, respectivamente, do Laboratório do Futuro, ligado ao Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (Pesc) da Coppe, que também foram os tradutores do estudo para o português. O Laboratório do Futuro integra o nodo brasileiro do Projeto Millennium junto com a Perspektiva, cuja presidente é a professora e futurista Rosa Alegria, e o com o Núcleo de Estudos do Futuro (NEF) da PUC-SP, dirigido pelo professor Arnoldo José de Hoyos Guevara.

Apesar de os autores concluírem no cenário 1 que o atual medo do desemprego em massa é sem fundamento, eles consideram tal anseio importante para estimular novos pensamentos. Intitulado “Está complicado – um pouco de tudo”, tal cenário mostra uma projeção da realidade na qual a humanidade segue fazendo tudo da forma como se faz hoje. Um fato que traz consequências negativas e positivas, uma vez que, de acordo com os autores, a sociedade atual tem uma série de desafios mal resolvidos ao longo da história e que se agravarão em 2050. A estimativa é que naquele ano a força global de trabalho seja de 6 bilhões, sendo que 2 bilhões estarão empregados, 2 bilhões atuando como autônomos (autoemprego), 1 bilhão na economia informal e 1 bilhão desempregados ou em transição. Os números são consequência do fato de que as novas tecnologias criarão tanto ou mais novos tipos de emprego do que substituirão, mas 1/6 de pessoas não terá sucesso na transição.

Os cenários e o Brasil

De uma forma geral, os autores dizem na introdução do estudo que se a IA pode evoluir para os pesadelos da ficção científica ou não, é certo que ela e outras tecnologias futuras mudarão o que pensamos ser possível nas próximas décadas, e também podem levar ao desemprego em massa. Eles explicam que, para endereçar isso, o Projeto Millennium iniciou uma avaliação internacional de vários anos para verificar o que pode ser feito. A intenção é verificar a melhor forma de a população mundial conviver com a implantação de novas tecnologias, a exemplo de robótica, biologia sintética, ciência computacional, nanotecnologia, computação quântica, impressão 3D e 4D, Internet das Coisas, ciência cognitiva, web semântica, aumento da inteligência humana, blockchain, veículos autônomos, tecnologia consciente e sinergias, entre outras.

O professor Jano destaca que é importante se analisar, como está no prefácio da edição brasileira, algumas questões levantadas pelos cenários em relação à realidade do país, devido às limitações e às potencialidades existentes no Brasil. O cenário 1, considerado intermediário, e o 3, visto como positivo, colocam o autoemprego como papel central. Sendo que esta promessa de autorrealização, por meio de uma autonomia, substituta do trabalho tradicional, não se cumpre para boa parte da massa de trabalhadores digitais do mundo que atua de maneira precária para garantir sua subsistência, como o que ocorre em países em desenvolvimento. A criação de empresas globais demanda apenas um pequeno grupo de trabalhadores altamente qualificados e bem remunerados. Esses geralmente são de países economicamente avançados e, com isso, haverá uma grande massa de trabalhadores precarizados distribuídos pelo mundo.

Pesquisas recentes sobre o impacto da automação no Brasil estimam que cerca de 60% da força de trabalho do país tem alta probabilidade de ser automatizada nas próximas décadas. O pesquisador Yuri ressalta que um desses estudos, o que foi realizado pelo Laboratório do Futuro, mostra, além desta questão, que, entre 2003 e 2016, a maior parte do emprego criado foi justamente nas ocupações que se encontram nas faixas de maior probabilidade de automação. Por isso, Yuri alerta que esses cenários para o país podem não ser tão otimistas quanto o relatório aponta de maneira mais global. Nem mesmo o terceiro, o mais otimista.

Intitulado “Se os humanos fossem livres – a economia da autorrealização”, o cenário 3 mostra uma possibilidade mais positiva para a sociedade em 2050, na qual, de acordo com a projeção, houve uma tomada de ações adequadas, nos anos anteriores, que se anteciparam aos impactos esperados. Com isso, a sociedade se ajudou na migração para uma nova realidade na qual a renda básica universal e o autoemprego se tornaram pilares da autorrealização humana. Desta forma, dos 6 bilhões da força de trabalho, 3 bilhões estão atuando como autônomos, com apenas 1 bilhão empregado. Os demais 2 bilhões se dividem igualmente entre os que estão na economia informal e os que estão em transição. Outros recortes revelam que as tecnologias surgidas nas décadas anteriores ao ano de 2050 criaram tanto ou mais novos tipos de emprego do que substituíram.

Pensamento econômico egoísta motiva o pior cenário

O cenário 2, “Agitação político-econômica”, é o mais desfavorável de todos e mostra que o número de empregados, em 2050, será apenas de 1 bilhão, a mesma quantidade de autônomos. Enquanto isso, 2 bilhões estarão na economia informal e outros 2 bilhões desempregados ou em transição. De acordo com os autores, o quadro é uma consequência do pensamento econômico egoísta e conflitos políticos de curto prazo, no início do século XXI, por parte dos governantes. Com essa atitude, eles não agiram para que a população se adequasse à rapidez da implantação de novas tecnologias, como Inteligência Artificial, robótica, impressão 3D e 4D, biologia sintética, dentre outras, que tornariam negócios atrás de negócios obsoletos, começando dramaticamente no final dos anos 2020 e início dos anos 2030. Por isso, tais tecnologias não criaram mais tipos de empregos do que substituíram.

O pesquisador da Coppe ressalta que a leitura deste segundo cenário pode dar a impressão de se tratar de um quadro que, infelizmente, já é realidade no Brasil atual. No prefácio da edição brasileira, Yuri Lima e os professores Rosa Alegria e Arnoldo Guevara explicam que o cenário 2 aborda a falta de estratégia governamental para lidar com novas tecnologias, alto desemprego, polarização social, impasse político, milícias e crime organizado. Eles destacam que todos esses elementos são realidades presentes nos noticiários do país de maneira cotidiana e, com isso, alertam que cabe refletir o quanto já estamos nos encaminhando, no presente, para o cenário de “desespero no futuro”. Por isso, consideram que as ações sugeridas ao final do relatório deveriam ser implementadas rápida e intensamente pela sociedade brasileira.

Devido a complexidade global que envolve o futuro do trabalho, demonstrada nos três cenários, cada uma das 93 ações sugeridas pelos autores foi avaliada por painéis internacionais que ainda sugeriram outras 118 ações adicionais. De acordo com o diretor-executivo do Projeto Millenium, Jerome Glenn, a magnitude das mudanças potenciais previsíveis é enorme, exigindo muito mais do que STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Jerome explica, no prefácio do estudo, que para tornar todas essas informações mais digeríveis, as 93 ações estão divididas em seções de relevância para negócios e trabalho; governo e governança; cultura, artes e mídia; educação e aprendizagem; e comunidades de ciência e tecnologia.

 “Qualquer um dos cenários apresentados pelo relatório pode se tornar realidade, e o destino ao qual vamos chegar depende das decisões que fazemos pelo caminho. Tanto o presente relatório quanto outras publicações sobre o tema colocam de maneira clara que futuros desejáveis dependem da ação conjunta de diferentes atores sociais, incluindo o Governo, as empresas, as instituições de ensino e os próprios trabalhadores. Esperamos que a leitura do relatório possa suscitar reflexões, discussões e ações importantes para lidarmos com o futuro da tecnologia e do trabalho no Brasil, mais do que conclusões sobre o assunto”, dizem os autores do prefácio da edição brasileira ao final do texto.

Confira o estudo: Relatório Trabalho-Tecnologia 2050

Jogo virtual para processo de descoberta de novos fármacos é desenvolvido por pesquisadores da UFRJ

Como forma de continuidade à iniciativa de mimetizar o processo de descoberta e desenvolvimento de fármacos, pesquisadores da Coppe e do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), da UFRJ, criaram um novo jogo educacional e voltado para adolescentes: o DiscoveRx. Após o lançamento, em 2021, do jogo de tabuleiro Screener, destinado a um público de pós-graduandos da área de Farmacologia e afins, os pesquisadores agora lançam este novo jogo que, além de ser voltado para jovens adolescentes, é digital e feito para ser jogado por celular ou por tablet, estando disponível gratuitamente na plataforma Google Play.

Elaborado pelos pesquisadores do Laboratório de Ludologia, Engenharia e Simulação (Ludes) da Coppe, o DiscoveRx é composto por sete minijogos sequenciais, com cada um correspondendo a uma das sete etapas do processo de descoberta e desenvolvimento de fármacos que estão descritos no jogo Screener, que já foi adotado por variadas instituições. O professor do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (Pesc) da Coppe Geraldo Xexéo, coordenador do Ludes, diz que a gamificação é considerada uma forma interessante de ensino ativo que assegura um melhor engajamento de aluno. Por isso, para facilitar tal processo de descoberta e desenvolvimento de fármacos, uma equipe multidisciplinar da UFRJ, envolvendo docentes e alunos de quatro centros da universidade (Tecnologia, Ciências da Saúde, Letras e Artes, e Ciências Matemáticas e da Natureza) vêm se dedicando à produção de jogos a respeito.

Assim como no Screener, o conteúdo científico incorporado ao DiscoveRx foi estruturado pelo professor François Noël, do Programa de Pós-graduação em Farmacologia e Química Medicinal, do ICB/UFRJ. A arte conceitual do jogo foi planejada visando a uma comunicação lúdica, criando personagens inclusivos, sem causar gatilhos emocionais e nem reforçar estereótipos, conforme diz o coordenador do Ludes/Coppe. “Desta vez, visamos a um público de adolescentes que fazem parte da geração de ‘jogadores nativos’, criados na mídia, na qual tudo é muito vívido, gráfico, rápido e intenso. E esta é a razão pela qual este público é mais atraído por jogos digitais, ainda mais se puderem ser jogados em celulares”, explica Geraldo Xexéo.

Especialistas que testaram e avaliaram o jogo na fase experimental aprovaram o DiscoveRx, a exemplo da professora de Farmacologia da Universidade Paranaense (Unipar), Francislaine Lívero, que o considerou muito divertido e disse ter promovido alto engajamento. Para o professor de Farmacologia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Sanseray Cruz-Machado, o jogo está ficando cada vez melhor e será uma ferramenta didática maravilhosa; e a professora de Farmácia da Universidade de São Paulo (USP), Cristina Albuquerque, diz que, além de ter achado o jogo muito bom, gostou de layout, das cores e dos sons.

A versão que está sendo lançada, neste momento inicial, contém os três primeiros minijogos, após alguns meses de testes e acertos, desde o lançamento de uma versão beta durante os congressos da SBGames e da Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE), em outubro de 2022. A versão atual será automaticamente atualizada à medida em que os outros quatro minijogos forem lançados e, para alcançar um público internacional, foram incluídas a possibilidade de o jogador escolher entre quatro línguas: português, inglês, espanhol e francês. Saiba mais no site do jogo (http://discoverx.com.br) ou pelo vídeo animado disponível no YouTube: https://bit.ly/3KGAlZK.

Secretária de Mudança do Clima debate na Coppe medidas e objetivos do governo

A Coppe/UFRJ recebeu nesta segunda-feira, 24 de abril, a secretária nacional de Mudança do Clima, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Ana Toni. A ex-diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade (ICS) proferiu a Aula Inaugural do Programa de Planejamento Energético (PPE), destacando as iniciativas do início do governo e antecipando alguns dos objetivos do ministério.

Apresentada pelo professor Emílio La Rovere (PPE), como alguém que deveria “construir pontes entre a sociedade civil organizada e o governo” e “tentar fazer renascer uma terra arrasada”, Ana ponderou que o Brasil tem uma meta climática robusta, comparada a de outros países em desenvolvimento e construiu instrumentos legais e normativos importantes, como o Plano Nacional sobre Mudança do Clima, o Sistema Nacional de Registro de Emissões (Sirene), o Comitê Interministerial de Mudança do Clima, Plano Clima e Plano Nacional de Adaptação.

Ana destacou medidas importantes dos primeiros meses do novo governo como a reconstrução do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Fundo Amazônia, além do aumento de 220% na aplicação de multas ambientais.

“A mudança climática não é mais um tema de futuro, é de presente. Pela primeira vez temos um presidente que pauta o clima como prioridade antes mesmo de tomar posse. Eu acompanhei o presidente Lula em sua viagem à China e, em todas as reuniões, ele pautou clima, pobreza e fome como questões prioritárias a serem resolvidas”, relatou.

No entanto, a economista admitiu a dificuldade em planejar, devido à escassez ou ao conflito de dados e aos programas que não dialogam entre si. “A falta de dados é desesperadora (durante a aula, foi mencionada interrupção de fornecimento de dados oceanográficos desde 2019). A sobreposição de dados também é um problema. Há dados que são coletados por órgãos diferentes, com métricas e em tempos diferentes”.

A secretária nacional de Mudança do Clima adiantou que o governo federal deve aprovar, em breve, a implementação do mercado de carbono, e que estão entre os objetivos priorizar o Plano Nacional de Adaptação à Mudança e torná-lo mais robusto e efetivo; desenvolver planos setoriais; e incorporar oceanos e zonas marítimas às Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs).

“Não faltam vontade política, conhecimento, tecnologia ou apoio internacional. Faltam meios de implementação e governança em nível subnacional. O conhecimento que vocês têm aqui é fundamental para o que fazemos lá”, concluiu Ana.

Vantuil apresenta suas propostas para a UFRJ, na Coppe

O candidato a reitor da UFRJ, professor Vantuil Pereira (do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos Suely Souza de Almeida – NEPP-DH), apresentou suas propostas para a universidade em visita à Coppe, nesta quarta-feira, 19 de abril. O candidato da Chapa 20 defendeu radicalizar a democracia interna, ampliando as consultas à comunidade acadêmica, não adotar tendências privatizantes e dar maior atenção à inovação social, sobretudo com as comunidades do entorno da Cidade Universitária.

O candidato foi recebido pelo diretor da Coppe, Romildo Toledo, que destacou a importância do debate para o futuro da UFRJ. A candidata a vice-reitora, professora Katya Gualter (Escola de Educação Física e Desportos – EEFD), não pôde comparecer ao evento.

No dia 17, a Coppe recebeu os candidatos da Chapa 10, composta pelo professor Roberto Medronho (Faculdade de Medicina), candidato a reitor, e pela professora Cassia Turci (Instituto de Química).

Para maiores informações sobre as chapas, visite o site Conexão UFRJ.

Medronho e Cássia apresentam suas propostas para a UFRJ, na Coppe

Os candidatos a reitor e vice-reitora da UFRJ, professor Roberto Medronho (Faculdade de Medicina) e professora Cassia Turci (Instituto de Química), apresentaram suas propostas para a universidade em visita à Coppe, nesta segunda-feira, 17 de abril. Os candidatos da Chapa 10 defenderam a atração de investimentos com governos federal, estadual e municipais, e também com empresas privadas, além da conclusão de obras interrompidas, da ampliação da assistência estudantil e da otimização de procedimentos administrativos.

“A pesquisa, primeira etapa no processo de sucessão na Reitoria, é um momento muito importante para nós, e temos a tradição de convidar os candidatos para um debate aberto, franco, com a comunidade da Coppe. São garantidos o mesmo tempo e condições para as duas chapas, e o meu papel é somente de mediador”, explicou o diretor da Coppe, professor Romildo Toledo.

Na quarta-feira, dia 19, será a vez da Chapa 20, composta pelo professor Vantuil Pereira (do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos Suely Souza de Almeida), candidato a reitor, e pela professora Katya Gualter (Escola de Educação Física e Desportos – EEFD), candidata a vice-reitora, apresentar suas propostas. O evento será realizado das 11h às 12h30, no Auditório da Coppe, no Centro de Tecnologia 2 (CT 2), Rua Moniz Aragão, 360, Cidade Universitária.

Para maiores informações sobre as chapas, Conexão UFRJ.

Transição para economia de baixo carbono é tema de workshop na Coppe

O Laboratório de Transporte Sustentável (LabTS) da Coppe/UFRJ promove, na próxima quarta-feira, dia 19 de abril, às 14 horas, o workshop “Low carbon Energy Transition: oportunidades para o desenvolvimento sustentável”, no qual o professor Ingo Stadler, da TH Köln (Alemanha), explicará como a transição para uma economia de baixo carbono pode gerar tais oportunidades. Moderado pela professora Andrea Santos, coordenadora do LabTS, o evento será realizado no Bloco H, sala 117, no Centro de Tecnologia da UFRJ, Cidade Universitária, e transmitido pelo Teams. Para acompanhar a transmissão online, os interessados devem fazer a inscrição por meio do link https://bit.ly/3mxYCsL

Especialista em energias renováveis e armazenamento de energia, Ingo Stadler está atuando como professor visitante no Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, proferindo palestras até o mês de maio. O objetivo é explicar aos alunos como o setor de energia será alterado, a partir de seu desenvolvimento em direção à neutralidade de emissão de carbono. Entre os itens de sua abordagem, está a mobilidade elétrica movida a bateria e a hidrogênio e seu significativo impacto nos sistemas elétricos nacionais.

Professores da Coppe participam de webinar do IPCC

Os professores Joana Portugal Pereira e Roberto Schaeffer, da Coppe/UFRJ, participarão no dia 17 de abril, de um webinar promovido pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) sobre cenários de mitigação do Sexto Relatório de Avaliação (AR6) e bases de dados. O evento será realizado via Zoom e terá início às 11h.

Joana e Schaeffer apresentarão o AR6 e o uso de cenários nacionais, regionais e globais na avaliação da mitigação global e compromissos governamentais quanto à ação climática. O webinar contará ainda com a participação de Ed Byers (Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados – IIASA), Alaa Al Khourdajie (IPCC WGIII) e Sebastian Vicuña Díaz (IPCC TG-Data).

Os resultados do Grupo de Trabalho III (WGIII) do AR6 foram respaldados não apenas pela literatura científica, como pelos dados quantitativos sobre emissões, energia, uso da terra e cenários. A base de dados dos cenários do AR6 foi publicada após a aprovação do WGIII, visando apoiar de maneira transparente os resultados do relatório e fornecer recursos úteis aos pesquisadores. Desde então, uma série de webinars regionais têm sido organizados para apresentar a base de dados e um tutorial sobre como os usuários podem explorar esses dados.

Saiba mais e faça sua inscrição no “The IPCC TG-Data Webinar and Demonstration on AR6 Scenarios Database for Latin America and the Caribean

Inscrições abertas para mestrado e doutorado em Planejamento Energético e Planejamento Ambiental

Estão abertas, até 3 de maio, as inscrições do processo seletivo para Mestrado e Doutorado do Programa de Planejamento Energético (PPE) da Coppe/UFRJ. As vagas são para os cursos, em tempo integral, de Planejamento Energético e de Planejamento Ambiental. O PPE oferece 10 vagas para o mestrado, com ingresso no segundo período, e 10 para o doutorado, com início no segundo ou terceiro período, sendo metade das vagas para a área de concentração de pesquisa em planejamento energético e e metade para a área de concentração de pesquisa em planejamento ambiental.

Dentre as vagas oferecidas, 20% são reservadas para candidatos autodeclarados negros (pretos e pardos) e indígenas em qualquer uma das áreas de concentração do PPE, e, dentre o total de vagas oferecidas, 5% são reservadas para candidatos com deficiência.

Confira o edital e inscreva-se no site do PPE.

Coppe assina novos acordos de cooperação na China

A Coppe/UFRJ firmou três novos acordos de cooperação científica com instituições chinesas nesta segunda-feira, 3 de abril. Em visita a Lanzhou, o diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, assinou acordos com o Gansu Science and Technology Investment Group, a Gansu TUS Green Technology Operation, e o Gansu Research Institute of Light Industry.

Os acordos são para cooperação científica e tecnológica nas áreas: engenharia de alimentos, química verde, biochar, fertilizantes orgânicos e máquinas inteligentes.

Doutora pela Coppe recebe o prêmio TCSE Distinguished Education Award 2023

A professora Tayana Conte, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e doutora pelo Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe/UFRJ, foi agraciada com o prêmio TCSE Distinguished Education Award 2023. A premiação é concedida pela Technical Community on Software Engineering (TCSE) da IEEE Computer Society, que é a maior organização profissional da Ciência da Computação no mundo e faz parte do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE). O prêmio será entregue na Conferência Internacional em Engenharia de Software (ICSE) 2023, que será realizada de 14 a 20 de maio, em Melbourne, Austrália.

Com orientação do professor do Pesc/Coppe Guilherme Horta Travassos, Tayana defendeu sua tese de doutorado na Coppe, em 2009, intitulada Técnica de Inspeção de Usabilidade para Aplicações Web. Atualmente é professora do Instituto de Ciências Exatas da UFAM, no qual atua nas linhas de pesquisa Interação Humano-Computador (IHC) e Engenharia de Software; e Conselheira eleita da Sociedade Brasileira de Computação (SBC).

Coppe e ANP assinam acordo de cooperação para o descomissionamento de estruturas offshore

Professor Marcelo Igor, Laurelena Palhano e professora Angela Uller (primeiro, segunda e quarta, da esquerda para direita) estiveram presentes à assinatura do acordo

A Coppe/UFRJ e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) assinaram um acordo de cooperação técnica para o desenvolvimento técnico-científico de soluções práticas que respondam às necessidades do descomissionamento de estruturas e equipamentos da produção offshore de óleo e gás no Brasil, e a questões relacionadas à transição energética.

O acordo foi assinado, segunda-feira, 27 de março, na sede da ANP em cerimônia que contou com a presença da diretora em exercício da Coppe, professora Angela Uller, e do professor Marcelo Igor, do Programa de Engenharia Oceânica e coordenador do grupo de pesquisa em descomissionamento de estruturas offshore, e da pesquisadora Laurelena Palhano, do Programa de Engenharia de Produção.

A execução técnica da parceria ficará a cargo das equipes de pesquisadores do Núcleo Prof. Rogério Valle de Produção Sustentável (Sage) e do Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS), sob coordenação dos professores Virgílio Martins Ferreira Filho, do Programa de Engenharia de Produção, e Marcelo Igor.