Durante o encontro “Jornadas da Inovação”, realizado pela Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ no dia 13 de novembro, os fundadores da EloGroup, Rafael Clemente e Jaime Frenkel, compartilharam a inspiradora trajetória da consultoria, que teve sua origem na Coppe e se tornou um exemplo de sucesso para empreendedores.
Criada em 2007 nas dependências da Incubadora, a EloGroup passou de uma pequena startup para uma empresa sólida, com 650 funcionários e escritórios no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, além de estar prestes a abrir um novo escritório em Houston, nos EUA.
Com uma trajetória impressionante, a EloGroup, que já faturava R$ 39 milhões ao ano, ao completar ima década, foi eleita várias vezes uma das melhores empresas para trabalhar no Brasil, pela Great Place to Work.
Segundo, Marcos Chaves, head da Incubadora da Coppe, “o sucesso da EloGroup é uma inspiração para outros empreendedores, especialmente aqueles que buscam transformar boas ideias em grandes negócios”. A consultoria se destaca no apoio a grandes empresas, como Petrobras, Coca-Cola e Natura, em suas jornadas de inovação e transformação digital, criando estratégias inovadoras que geram resultados significativos tanto no Brasil quanto internacionalmente.
Jaime Frenkel, ao refletir sobre a jornada de amadurecimento de uma startup, destacou a importância de compreender as necessidades das empresas parceiras desde o início. Ele explicou que, para uma startup, é crucial entender o estágio em que a empresa contratante se encontra, seus problemas e como sua solução pode agregar valor. A jornada de inovação passa por diferentes etapas: desde a inserção da inovação na pauta executiva, até a criação de uma missão ambiciosa, escalando o negócio e alcançando os sonhos. Para ele, é fundamental estar preparado para os desafios e se tornar um parceiro estratégico no processo de transformação das empresas.
A EloGroup foi fundada como um spin-off do Grupo de Produção Integrada, do Programa de Engenharia de Produção da Coppe, e começou com o grande desafio de se destacar em um mercado competitivo, já dominado por grandes empresas de consultoria. Rafael Clemente, CEO da EloGroup, compartilhou que, mesmo com pouca experiência no mercado – na época da fundação, ele tinha 25 anos de idade, um tempo que o mercado espera de experiência, não de idade – o foco da empresa foi usar seu conhecimento técnico para criar uma abordagem robusta e diferenciada. No início, o desafio era conquistar clientes e demonstrar que sua metodologia de trabalho era eficaz. O primeiro contrato, no valor de R$ 10 mil, foi um marco que permitiu à empresa construir sua reputação. A partir daí, a tecnologia de negócios da EloGroup começou a gerar resultados visíveis, que atraiu a atenção de mais empresas, permitindo à consultoria expandir seu portfólio de clientes.
A experiência da EloGroup serve como um exemplo de como uma startup pode se transformar em uma potência no mercado, mesmo começando com poucos recursos. Marcos Chaves ressalta ainda que a trajetória da EloGroup é uma valiosa lição para novas empresas que buscam ingressar no mercado B2B, mostrando como uma startup, formada dentro da Coppe, conseguiu conquistar mais de 300 clientes corporativos, incluindo algumas das maiores empresas do Brasil.
O encontro “Jornadas de Inovação” também teve a participação de especialistas do Instituto de Tecnologia Flextronics (FIT) que apresentaram o Programa OASIS – o primeiro voltado para aceleração totalmente hands-on (envolvido diretamente nas atividades) e gratuito do Brasil. Trata-se de um programa com aportes de até R$ 400 mil por startup, sem equity, ou seja, sem que o FIT participe da empresa como sócio.
No Brasil, o empreendedorismo feminino avança como um importante motor de transformação social e econômica. Uma pesquisa do Sebrae revela que, de 2021 para 2022, o número de mulheres à frente de negócios no país cresceu 30%, totalizando 10,3 milhões de empreendedoras. Apesar desse avanço, os desafios ainda são inúmeros: baixa representatividade, jornada tripla, acesso restrito a crédito, desigualdade salarial e preconceitos estruturais.
Para dar visibilidade a essas questões, a Lei 14.667/2023 instituiu a Semana Nacional do Empreendedorismo Feminino, consolidando novembro como um mês dedicado à conscientização sobre as barreiras enfrentadas pelas mulheres empreendedoras.
Histórias que inspiram Em meio a desafios e superações, despontam exemplos como Márcia Tavares e Diana Mariani, empreendedoras do ecossistema de inovação da Coppe/UFRJ. Márcia é fundadora da ElaFutura, uma plataforma voltada para o empoderamento de mulheres maduras, e iniciou sua trajetória empreendedora com a WeAge, incubada na Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ. Já Diana é sócia-fundadora da GermSure, startup de biossegurança criada durante a pandemia de Covid-19, que desenvolve soluções inovadoras para diagnósticos.
Ambas são exemplos de como excelência acadêmica e espírito empreendedor podem se unir para enfrentar barreiras impostas por uma sociedade ainda marcada pelo patriarcado.
Márcia lembra que sua veia empreendedora começou na infância, inspirada por sua mãe, que assumiu o sustento da família após dificuldades financeiras. “Minha mãe, como tantas mulheres de sua geração, renunciou à carreira para cuidar da família. Quando meu pai perdeu o emprego, ela decidiu empreender para superar as adversidades. Essa força sempre me inspirou”, conta Márcia, mestre e doutora em Engenharia de Produção pela Coppe.
Diana, bióloga e PhD em Bioquímica pela UFRJ, destaca como o ambiente de inovação da Coppe foi crucial para transformar suas ideias em realidade. “Fundamos a GermSure em resposta à necessidade urgente de testes diagnósticos durante a pandemia”, explica.
Desafios estruturais persistentes As trajetórias de Márcia e Diana refletem dados do Global Entrepreneurship Monitor (2018) e do Female Founders Report (2021), que apontam a baixa representatividade feminina no empreendedorismo. No Brasil, apenas 4,7% das startups são fundadas exclusivamente por mulheres, e menos de 10% contam com ao menos uma mulher no time fundador.
Esse cenário é agravado pela desigualdade na divisão de tarefas domésticas. Segundo o Sebrae (2023), mulheres empreendedoras dedicam, em média, três vezes mais tempo a afazeres domésticos e cuidados familiares do que os homens.
O acesso ao crédito também é um obstáculo significativo. Apenas 42% das empreendedoras conseguem aprovação de financiamentos, e startups fundadas por mulheres recebem menos de 12% dos investimentos de venture capital no país. Essas limitações financeiras agravam a desigualdade de rendimentos: mulheres que trabalham por conta própria ganham, em média, 21% menos que os homens.
Desigualdades regionais e raciais
Para mulheres negras, os desafios são ainda maiores. Elas enfrentam preconceitos relacionados a gênero, raça e desigualdades regionais. “Não esperam que uma mulher negra tenha conhecimento para empreender em tecnologia. Ser ouvida e ganhar credibilidade é uma luta diária”, relata Diana.
A professora Amanda Xavier, especialista em empreendedorismo da Coppe, reforça a necessidade de políticas públicas e esforços coletivos para reduzir essas desigualdades. “Superar essas barreiras requer mais do que iniciativas individuais; é preciso ação integrada e sistemática.”
Impacto social e resiliência Apesar das adversidades, o empreendedorismo feminino se destaca pelo impacto social. Empreendedoras têm maior taxa de formalização de negócios do que homens e empregam proporcionalmente o mesmo número de pessoas. Além disso, 90% adotam práticas sustentáveis, enquanto 80% desenvolvem estratégias com foco em impacto social, segundo o GEM Women Entrepreneurship Report 2022/2023.
“As mulheres não estão apenas criando negócios; elas estão moldando um futuro mais sustentável e inclusivo para suas comunidades”, conclui a professora Amanda Xavier.
O empreendedorismo feminino, portanto, não é apenas uma resposta aos desafios econômicos, mas um agente de transformação que inspira resiliência e promove a igualdade de gênero em todas as esferas.
Entrevista com Márcia Tavares e Diana Mariani: reflexões sobre desafios, aprendizados e inspirações no empreendedorismo feminino
Duas trajetórias de superação e inovação que revelam os desafios e as conquistas do empreendedorismo feminino no Brasil. Márcia Tavares e Diana Mariani compartilharam suas experiências, oferecendo uma visão inspiradora e autêntica sobre o que significa liderar, inovar e romper barreiras.
O que te motivou a começar o seu próprio negócio? Márcia Tavares: Minha primeira experiência formal foi com a WeAge, uma startup incubada pela Coppe/UFRJ, voltada a promover um envelhecimento saudável e sustentável. No entanto, minha trajetória empreendedora começou muito antes. Desde a infância, observei minha mãe, que precisou empreender por necessidade para sustentar a família em meio a dificuldades financeiras e machismo. Ela foi minha maior inspiração. Se eu não acreditasse nos meus projetos, quem acreditaria?
Diana Mariani: A ideia de empreender sempre esteve presente, mesmo na infância, quando imaginava criar bancas de revistinhas ou adesivos. Durante minha formação acadêmica, percebi lacunas no mercado, mas o meio acadêmico não incentivava o empreendedorismo. A GermSure surgiu da necessidade de transformar ideias em soluções práticas, especialmente em momentos críticos como a pandemia.
Houve dificuldades que você acredita que homens não enfrentam ao iniciar uma empresa? Márcia Tavares: Sim, o paradoxo de trabalhar dobrado para provar minha capacidade, enquanto era cobrada por dedicar “pouco tempo” à família, é algo que muitos homens não vivenciam. Essa cobrança dupla é uma barreira invisível, mas muito real.
Diana Mariani: A jornada é mais árdua para mulheres, especialmente ao conciliar carreira e maternidade. Além disso, em negociações, percebi que as pessoas estão mais dispostas a ouvir um homem, o que, em algumas situações, exigiu o suporte de consultores masculinos.
Quais foram os maiores desafios ao iniciar sua jornada como empreendedora? Márcia Tavares: A falta de conhecimento em gestão, acesso limitado a recursos financeiros e a dificuldade em encontrar sócios foram obstáculos iniciais. Além disso, o mercado ainda era pouco maduro para as soluções que eu queria oferecer.
Diana Mariani: No início, foi difícil romper preconceitos no ambiente acadêmico e empresarial, onde o empreendedorismo feminino ainda é visto com desconfiança. Também enfrentamos o desafio de estruturar a empresa durante a pandemia, conciliando demandas profissionais e familiares.
Como você enxerga a colaboração entre mulheres no ambiente empresarial? Márcia Tavares: Redes de apoio femininas são fundamentais. Conexões como Silver Founders e Nós por Elas têm ampliado meu acesso a conhecimento, financiamento e parcerias estratégicas. Precisamos priorizar fazer negócios com outras mulheres e enfrentar juntas os preconceitos de gênero e idade.
Diana Mariani: Na GermSure, somos quatro sócias mulheres, todas mães. Essa dinâmica cria um ambiente de empatia, onde nos apoiamos mutuamente, inclusive em ausências inevitáveis. Porém, isso também pode gerar desafios, como a dificuldade de nos impor como líderes.
Como o preconceito ainda se manifesta no mercado para mulheres empreendedoras? Márcia Tavares: O preconceito de gênero é constante, especialmente para mulheres maduras, que enfrentam barreiras adicionais no mercado. A idade muitas vezes é vista como um limitador, quando, na verdade, deveria ser valorizada como experiência.
Diana Mariani: Infelizmente, o mercado ainda reage de forma diferente à presença de mulheres. Em negociações, precisamos nos apresentar detalhadamente para sermos ouvidas. Quando acompanhadas por um homem, o tom da conversa muda drasticamente.
Como sua trajetória pode inspirar outras mulheres? Márcia Tavares: Espero que minha história mostre que empreender é uma forma de criar impacto, mesmo em meio a desafios. Precisamos acreditar em nossos projetos, buscar redes de apoio e persistir, porque nossos esforços têm o poder de transformar realidades.
Diana Mariani: Acredito que minha jornada pode inspirar mulheres a enxergar o empreendedorismo como uma ferramenta de empoderamento e mudança. Vejo isso nas funcionárias da GermSure, que se aprimoram constantemente e perseguem novos sonhos.
Você acredita que o mercado já é igualitário para homens e mulheres? Márcia Tavares: Ainda estamos longe da igualdade. Mulheres continuam tendo que trabalhar mais para provar seu valor, além de enfrentarem barreiras culturais e estruturais. Contudo, avanços importantes têm ocorrido, e cada conquista é um passo adiante.
Diana Mariani: Definitivamente, não. Ainda temos que “provar” constantemente nossas competências. Apesar disso, acredito no poder da representatividade. Quanto mais mulheres empreendem e lideram, mais inspiramos outras a trilhar esse caminho.
A Coppe/UFRJ e a Universidade de Tsinghua apresentaram nesta quinta-feira, 21 de novembro, a “Iniciativa para a cooperação China-Brasil no reflorestamento de terras degradadas na Amazônia: criando uma cadeia industrial de bioenergia e promovendo o desenvolvimento de baixo carbono e a redução da pobreza”. A proposta busca aliar inovação tecnológica à sustentabilidade ambiental e social.
A iniciativa está alinhada com o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) e vai ao encontro das iniciativas da Embrapa em agricultura sustentável e pesquisa agroflorestal. Há 31 milhões de hectares de áreas desmatadas e degradadas na Amazônia brasileira, sobretudo no estado do Pará. O projeto visa cultivar espécies oleaginosas, como a palma, para produzir biocombustíveis destinados ao transporte marítimo — um setor com grande demanda por soluções de baixo carbono.
Parceria estratégica e tecnologia avançada
Segundo a diretora da Coppe, professora Suzana Kahn, a Coppe e a Universidade de Tsinghua, parceiras no Centro China-Brasil de Mudanças Climáticas e Tecnologia Inovadoras em Energia, têm experiência na pesquisa de rotas tecnológicas na produção de biodiesel.
“Há dez anos buscamos uma produção mais eficiente, mais sustentável. Mas, precisávamos juntar todos os elos. Se você só tiver mercado para o biodiesel ou só tiver o produtor, você não fecha a cadeia. Com a necessidade de o Brasil recuperar áreas degradadas na floresta amazônica, há uma grande oportunidade para os produtores plantarem determinadas oleaginosas, como palma, para a produção de biodiesel, mas precisa ter demanda. No nosso caso, essa demanda virá da Cosco Shipping, um dos principais provedores mundiais de serviço de transporte integrado de containers. Assim, a frota da Cosco, na rota Brasil-China passará a usar o biodiesel, produzido aqui. A tecnologia desenvolvida pela Coppe será aplicada tanto na parte anterior (produção) quanto na pós (uso no mercado).”
Para viabilizar a iniciativa, foi promovida uma ampla articulação envolvendo atores-chave, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Embrapa, Abrapalma, Suzano, Raízen, Binatural, Tus-Deqing Bioenergy e a Cosco Shipping. Segundo Suzana, essa integração amplia as chances de sucesso ao estruturar uma cadeia produtiva robusta e sustentável.
Próximos passos e impacto esperado
O próximo passo será a redação e a assinatura de uma carta de intenções entre as instituições e empresas envolvidas na Iniciativa. “A proposição desta carta de intenções tem como base os recentes acordos bilaterais de nossos países, refletindo nossa responsabilidade de liderar pelo exemplo com ações para o enfrentamento das mudanças climáticas e desafios da transição energética. Esta parceria estabelecerá toda uma cadeia produtiva de biodiesel no Brasil priorizando matéria prima do Norte do Brasil e setores chamados ‘hard-to-abate’ como o de transporte marítimo”, explicou a professora Suzana Kahn.
Estima-se que o setor receba um investimento de R$ 50 bilhões na próxima década, conforme dados do Ministério da Agricultura. A adoção da mistura B25 (25% de biodiesel no diesel) pode gerar economia de R$ 10,5 bilhões na balança comercial, criar 1,5 milhão de empregos, beneficiar 540 mil agricultores familiares e reduzir 80 milhões de toneladas de emissões de CO₂.
De acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Óleo de Palma (Abrapalma), das principais oleaginosas, a palma é a que garante maior produtividade por hectare, portanto sendo mais sustentável. Além de gerar 8x mais empregos e 3x mais renda do que na produção de óleo de soja, por hectare cultivado.
Parceria acadêmica reforçada
No mesmo dia, a Coppe recebeu os reitores da UFRJ, professor Roberto Medronho, e da Universidade de Tsinghua, professor Qiu Yong, para a assinatura de um memorando de entendimento (MOU) para cooperação acadêmica e científica, e outro relativo ao “Programa de Resposta da Juventude Latino-Americana e Chinesa a Desafios Globais”
Qiu Yong destacou que as duas universidades (UFRJ e Tsinghua) são muito fortes em Engenharia e que a assinatura do acordo marca o início de um novo capítulo nesta parceria.
Os memorandos assinados e a Iniciativa discutida fazem parte do conjunto de 37 acordos assinados pelo presidente Lula e pelo presidente chinês Xi Jinping, em temas, como agronegócio, educação, cooperação tecnológica e investimentos.
A reportagem “Pesquisa ajuda a entender mudanças de hábitos de deslocamentos na Região Metropolitana do Rio”, assinada pela jornalista Tânia Maria Gouveia Leite para a revista Ônibus, conquistou o primeiro lugar no Prêmio CNT de Jornalismo 2024, na categoria “Comunicação Setorial”.
Publicada pela Semove, a matéria aborda uma pesquisa inédita realizada pelo Programa de Engenharia de Transportes (PET) da Coppe/UFRJ, coordenada pelo professor Glaydston Ribeiro, que analisa as transformações nos padrões de mobilidade da população, com o objetivo de tornar a mobilidade urbana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro mais sustentável.
A premiação, que chega à sua 31ª edição, foi dividida em sete categorias. O Grande Prêmio foi para a série “O tempo de cada um”, do jornalista Chico Regueira, da TV Globo, que aborda o impacto da baixa qualidade do transporte na exclusão social. A cerimônia de entrega ocorrerá no dia 4 de dezembro, em Brasília.
Promovido pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), o Prêmio de Jornalismo reconhece trabalhos jornalísticos que se destacam pela relevância social e para o setor de transportes, qualidade editorial, criatividade, originalidade e atualidade. As matérias e fotografias inscritas passaram por um rigoroso processo de avaliação, que incluiu uma pré-seleção por um grupo de cinco jornalistas com expertise acadêmica, e uma análise final realizada por um júri composto por jornalistas renomados e especialistas do setor. Entre os jurados, esteve a professora Andrea Santos, do PET/Coppe, e codiretora do Hub da UCCRN para a América Latina, rede vinculada à Universidade de Columbia.
Pesquisadores da Coppe/UFRJ participam do desenvolvimento do Projeto Silvanus, uma iniciativa inovadora dedicada à criação de uma plataforma integrada, tecnológica e de informação para a gestão de incêndios florestais.
Financiado pela União Europeia, este projeto reúne especialistas de cerca de 50 instituições internacionais, incluindo parceiros da União Europeia, Austrália e Indonésia e tem a Coppe como única representante do continente americano, por meio de seu Núcleo de Transferência de Tecnologia (NTT). A importância do projeto não poderia ser mais relevante, dado o aumento alarmante na frequência e intensidade dos incêndios florestais em diversas regiões do mundo.
As tecnologias produzidas e propostas estão sendo demonstradas em um total de onze encontros para validação, realizados em instituições da Europa, da Austrália, e da Indonésia. O último encontro para a demonstração e validação final da plataforma será sediado pela Coppe, entre os dias 24 e 27 de fevereiro de 2025.
A plataforma desenvolvida é ambientalmente sustentável e utilizará uma grande quantidade de dados provenientes de fontes diversas, como observações meteorológicas, dados de modelos climáticos e sensores instalados em veículos aéreos e robôs terrestres. Estes dispositivos, conectados via comunicação sem fio, permitirão o monitoramento em tempo real de incêndios e a coleta de dados essenciais para uma gestão eficaz.
Os estudos na Coppe são coordenados pelos professores Nelson Ebecken e Rogério Espíndola, que lideram o NTT ligado ao Programa de Engenharia Civil. A equipe está criando uma base digital robusta sobre o manejo do fogo e avaliando métodos de aprendizado de máquina para a análise de incêndios florestais, além de mobilizar parceiros locais e traduzir materiais técnicos para o português. A colaboração internacional e a integração de novas tecnologias destacam a importância crescente da prevenção e do combate a incêndios florestais, que não só afetam a biodiversidade e os ecossistemas, mas também têm impactos significativos na vida das populações locais, muitas vezes em regiões de baixa renda.
Este evento, que ocorrerá no auditório da Coppe, no Centro de Tecnologia 2 da UFRJ, será em inglês e aberto ao público, e representará um marco importante na construção de soluções inovadoras que visam reduzir os danos dos incêndios florestais e promover o desenvolvimento sustentável. A iniciativa contribui para capacitar as autoridades na gestão de recursos florestais, promover a segurança das comunidades e gerar novas fontes de renda para populações de áreas impactadas pelos incêndios. Com esse esforço, o projeto Silvanus se posiciona como um passo essencial na luta contra os incêndios florestais e no fortalecimento da resiliência global.
O professor Eduardo Fairbairn e o ex-aluno de doutorado Gabriel Barros, ambos do Programa de Engenharia Civil da Coppe/UFRJ, foram homenageados com o Prêmio ABMEC 2024, concedido pela Associação Brasileira de Métodos Computacionais em Engenharia.
Eduardo Fairbairn foi reconhecido por suas contribuições inovadoras para os métodos computacionais na engenharia, com uma trajetória marcada por estudos e pesquisas que integram modelagem e simulação numérica. Seu trabalho tem foco na criação de novos tipos de concreto que promovem a sustentabilidade na construção civil.
Já Gabriel Barros conquistou o prêmio de Melhor Tese de Doutorado 2024 pela excepcional relevância de sua pesquisa para a área. Sua tese, intitulada “Contributions to the Application of Snapshot-based Data-Driven Methods in Computational Science and Engineering”, defendida em 2023 sob orientação do professor Álvaro Coutinho, destaca-se pelo uso de métodos baseados em dados para avanços em ciência e engenharia computacional.
A ABMEC, sociedade científica sem fins lucrativos, é um centro de referência e inovação no uso de computação aplicada à engenharia e ciências afins no Brasil. Além de reunir acadêmicos e profissionais de todo o país, a associação representa oficialmente a IACM (International Association for Computational Mechanics) e organiza o CILAMCE, o mais importante congresso ibero-latino-americano sobre métodos computacionais em engenharia.
Quando se discute transporte inclusivo no Brasil, a análise muitas vezes se limita a aspectos socioeconômicos e à acessibilidade de pessoas com deficiência. No entanto, a mobilidade urbana vai além dessas questões e exige a inclusão da justiça social e da equidade racial em seu planejamento.
Pesquisadores do Programa de Engenharia de Transportes (PET) da Coppe/UFRJ, sob a coordenação da mestranda Kelly Almeida, estão à frente de um movimento crescente que busca inserir a perspectiva racial no urbanismo e nas políticas de transporte. Esse trabalho destaca a importância de considerar as desigualdades raciais historicamente enraizadas para promover uma mobilidade mais equitativa.
A iniciativa reúne acadêmicos de várias instituições, incluindo a FAUUSP e a UFRN. O projeto nasceu a partir das vivências de pesquisadores do coletivo Rede MOB 4.0, que experimentam diariamente as barreiras raciais na mobilidade urbana. Segundo Kelly, o objetivo é a educação e conscientização: “Queremos ampliar o debate e encorajar outros profissionais a pensar no planejamento do transporte de forma justa e inclusiva”, afirma.
De acordo com o antropólogo Paíque Santarém, os transportes são um mecanismo de exercício formal e informal do contrato racial que funciona como um dispositivo de poder realizando controle sobre a circulação da população negra.
Impactos do Racismo na Mobilidade Urbana Estudos e dados recentes confirmam que as desigualdades raciais impactam diretamente a mobilidade urbana no Brasil. Dados do Instituto Locomotiva de 2022 destacam a dimensão desse problema: 33% dos negros entrevistados relataram ter sofrido racismo no transporte público, enquanto 65% dos trabalhadores negros do setor foram vítimas de preconceito durante o expediente. O estudo também aponta que 72% dos usuários de transporte público, brancos e negros, já presenciaram situações de racismo durante seus deslocamentos.
A pesquisa identificou ainda que as mulheres negras são mais suscetíveis ao assédio e à discriminação no transporte público. Além disso, pessoas negras com deficiência enfrentam desafios adicionais de acessibilidade, em um sistema de transporte pouco adaptado para suas necessidades.
Kelly exemplifica como o racismo se manifesta de forma concreta na mobilidade urbana: “A segregação espacial de acesso a transporte é um exemplo claro. A população negra, em sua maioria, reside em áreas periféricas, historicamente menos atendidas por transporte público de qualidade, dificultando o acesso a emprego, educação, serviços básicos de saúde e comércio. As linhas de ônibus que geralmente atendem essas áreas costumam ser mais lotadas, os veículos mais antigos e os trajetos mais longos, resultando em viagens demoradas e desconfortáveis. Além disso, as estações de trem muitas vezes apresentam estruturas precárias”, explica.
Principais Barreiras à Mobilidade Equitativa
Kelly aponta que as barreiras para uma mobilidade antirracista são complexas e interconectadas. “As principais barreiras são: racismo institucional; a desigualdade socioeconômica, que limita o acesso de determinados grupos a opções de transporte; a falta de dados sobre as desigualdades raciais na mobilidade; e a resistência a mudanças por parte de setores da sociedade que se beneficiam da situação atual”, afirma. Essas questões ressaltam a urgência de incorporar políticas que considerem essas realidades, criando uma infraestrutura de transporte que seja verdadeiramente inclusiva.
Além da conscientização, os debates também investigam como tecnologias e políticas públicas podem ser aplicadas para reformular os sistemas de transporte, buscando reduzir a segregação espacial e melhorar a acessibilidade nas cidades. Entre as estratégias, destacam-se a criação de tarifas sociais, a ampliação da rede de transporte nas áreas periféricas e a melhoria da segurança nas estações e pontos de ônibus.
Para superar esses obstáculos, os pesquisadores enfatizam a necessidade de políticas públicas robustas e integradas, que considerem o impacto racial nas decisões de planejamento urbano. Segundo Kelly, a falta de representatividade em cargos de tomada de decisão e o distanciamento entre as demandas reais das populações vulneráveis e as políticas de mobilidade são fatores que perpetuam a desigualdade. “Atualmente a gestão do transporte coletivo é realizada pelos setores que não o utilizam diretamente. Trabalhadores e usuários do transporte têm pouco ou nenhum poder de decisão sobre o funcionamento, propósito e planejamento da mobilidade urbana”, explica.
A Coppe recebeu nesta terça-feira, 12 de novembro, uma delegação de pesquisadores da Universiti Teknologi Petronas (UTP), vinculada à empresa estatal de óleo e gás da Malásia e considerada a principal universidade privada do país.
A visita foi o primeiro passo para a assinatura de um termo de colaboração técnico-científica Coppe/UTP. Pesquisadores das duas instituições debateram a possibilidade de projetos conjuntos em áreas como tecnologias de baixo carbono, engenharia offshore, novos materiais e muito mais.
A Universiti Teknologi Petronas foi criada em 1997, em Bandar Seri Iskandar, 300 km ao norte da capital malaia, Kuala Lumpur. A UTP oferece uma ampla gama de programas de engenharia, ciência e tecnologia relevantes para a indústria, tanto em níveis de graduação quanto de pós-graduação.
A universidade realiza extensas atividades de pesquisa em colaboração com a Petronas e outras instituições e indústrias, tanto localmente quanto no exterior, em três áreas de foco e nicho de pesquisa: vida inteligente e sustentável, energia sustentável e tecnologias digitais emergentes.
Sobre a Petronas
A Petronas (abreviação de Petroliam Nasional Berhad) é uma empresa global de energia, presente em mais de 100 países, e cujo portfólio inclui petróleo, gás, produtos petroquímicos, energias renováveis, captura e armazenamento de carbono.
Totalmente estatal, a empresa possui todas as reservas de petróleo e gás natural da Malásia. É reconhecida como uma das “novas sete irmãs”, empresas estatais influentes no setor de petróleo e gás fora da OCDE.
A Petronas tem um histórico significativo em exploração e produção internacional, com investimentos em países como Vietnã, Irã, Camboja, Gabão, Camarões, Níger, Egito, Iémen, Indonésia e outros. A empresa se concentrou na diversificação e no desenvolvimento sustentável em suas operações globais e busca fornecer serviços de armazenamento de CO2 em escala comercial para descarbonizar clientes industriais, sobretudo na Ásia.
A partir deste mês de novembro, a Coppe/UFRJ convida a todos, em especial alunos do ensino médio e de graduação, a conhecerem alguns de seus projetos mais emblemáticos, com o objetivo de promover e despertar o interesse pela Engenharia e seus diversos campos do conhecimento. Esta iniciativa visa não apenas apresentar as possibilidades dessa área, mas também inspirar as novas gerações a seguirem carreiras que podem transformar o mundo.
Ser engenheiro(a) exige mais do que conhecimento técnico. Engenheiros são solucionadores de problemas e inovadores. Eles combinam criatividade, tecnologia e habilidades de resolução de problemas para enfrentar os maiores desafios da sociedade atual. Além disso, precisam compreender as pessoas e as comunidades com as quais interagem. A Engenharia, portanto, é uma profissão que vai além das máquinas e cálculos — ela se trata de impactar positivamente o mundo ao nosso redor.
E a boa notícia é que existem diversas áreas da Engenharia para aqueles que desejam fazer a diferença. Seja desenvolvendo novas fontes de energia, criando órgãos artificiais, projetando circuitos eletrônicos, inovando na tecnologia aeroespacial ou trabalhando para combater as mudanças climáticas — as possibilidades de pesquisa e atuação são ilimitadas. Com a formação em Engenharia, você pode contribuir para a construção de um futuro melhor.
Série “Por que Engenharia?”
A primeira palestra da série Por que Engenharia? será realizada no dia 29 de novembro, às 10h, no auditório da Coppe (sala G-122, Centro de Tecnologia da UFRJ). O tema será o inovador projeto MagLev-Cobra, apresentado pelo professor Richard Stephan, do Programa de Engenharia Elétrica e coordenador do projeto. O MagLev-Cobra é o primeiro veículo no mundo a transportar passageiros utilizando a tecnologia de levitação magnética por supercondutividade — uma alternativa revolucionária de transporte urbano.
Sobre o MagLev-Cobra
O MagLev-Cobra oferece diversas vantagens em relação a outros modais de transporte, como o VLT, em operação no Rio de Janeiro, e o monotrilho, em São Paulo. Desenvolvido ao longo de cinco anos na Coppe, o projeto já transportou mais de 20 mil passageiros em seu protótipo, na Cidade Universitária. O protótipo alcançou o TRL 7 (Technology Readiness Level), uma escala de maturidade tecnológica criada pela NASA, que vai de 1 a 9 — sendo 9 o nível em que o produto está pronto para o mercado.
O MagLev-Cobra é um exemplo de como a Engenharia pode revolucionar as cidades, oferecendo soluções mais rápidas, eficientes e sustentáveis para o transporte urbano. Veja o MagLev-Cobra na TV CGTN.
Inspiração: As “Christmas Lectures” da Royal Institution
A série Por que Engenharia? se inspira nas renomadas Christmas Lectures da Royal Institution, do Reino Unido, que desde 1825 têm levado ciência e inovação ao público em geral. Essas palestras, que foram interrompidas apenas durante a Segunda Guerra Mundial, têm como objetivo tornar a ciência acessível e interessante, especialmente para os jovens. O físico e químico Michael Faraday, um dos cientistas mais influentes da história, foi o idealizador dessa série de palestras, com o intuito de inspirar futuras gerações de cientistas e engenheiros.
Seguindo essa tradição, a série da Coppe/UFRJ visa incentivar os estudantes, especialmente os de escolas públicas, a se interessarem pelas carreiras STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática). “Quem sabe nossas palestras também se tornem uma tradição, motivando os alunos a escolherem a Engenharia e a verem a Coppe/UFRJ como uma instituição de excelência, desenvolvendo projetos de impacto internacional”, afirma o vice-diretor da Coppe, professor Marcello Campos.
As palestras da Royal Institution, disponíveis no YouTube, continuam a inspirar pessoas ao redor do mundo, e a Coppe/UFRJ espera fazer o mesmo com sua série.
Não Perca!
Anote na agenda: dia 29 de novembro, às 10h, no auditório da Coppe. Venha conhecer o projeto MagLev-Cobra e entenda como a Engenharia pode transformar o futuro.
Inscrições via Sympla, com emissão de certificado aos interessados.
A Coppe/UFRJ celebra a conquista de três de seus pesquisadores no Programa de Pós-Doutorado Sênior (PDS) da Faperj. Adriana Fiorotti Campos, Carlos Maurício da Costa Ramos e Fabrícia Maria Santana Silva foram selecionados entre 279 candidaturas, com a concessão de 97 bolsas, sendo dez na área de Engenharias. O anúncio foi feito na última quinta-feira, 7 de novembro.
Adriana Campos, do Programa de Planejamento Energético, realizará, sob a supervisão do professor Amaro Pereira, um estudo inovador sobre o impacto dos mecanismos de precificação de carbono na distribuição de renda, utilizando modelos computacionais de equilíbrio que integram variáveis econômicas e ambientais.
Carlos Ramos, do Programa de Engenharia de Produção, com supervisão do professor Francisco Duarte, trabalhará no desenvolvimento de um processo produtivo para a fabricação de máscaras antivirais de alta eficiência, que promete avançar a proteção contra agentes patogênicos.
Fabrícia Maria Silva, com supervisão do professor João Paulo Bassin, dos Programas de Engenharia Química e Engenharia Civil, investigará a produção de hidrogênio e metano a partir da codigestão de resíduos orgânicos urbanos e industriais, incluindo os resíduos de cervejarias, contribuindo para soluções sustentáveis e inovadoras na área de energias renováveis.
Sobre o PDS
O Programa de Pós-Doutorado Sênior (PDS) tem como objetivo incentivar a pesquisa de ponta nas instituições de ensino superior do Rio de Janeiro, concedendo bolsas especiais para doutores seniores com mais de cinco anos de titulação e alto desempenho acadêmico. A seleção é baseada em critérios como publicações, prêmios, tempo de titulação e avaliação do Programa de Pós-graduação de origem. Além disso, o PDS visa fortalecer a pesquisa científica, tecnológica e de inovação, selecionando doutores experientes para contribuir com projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em diversas áreas do conhecimento. A iniciativa também busca impulsionar a pós-graduação e os grupos de pesquisa no Estado do Rio de Janeiro, consolidando o Rio como um polo de excelência científica.
O professor Renato Machado Cotta, do Programa de Engenharia Mecânica da Coppe/UFRJ, ingressou nesta quinta-feira, 7 de novembro, no MAE Alumni Hall of Fame, da North Carolina State University (EUA). A homenagem contempla ex-alunos (alumni) dos cursos de Engenharia Mecânica e Aerospacial, – onde Cotta fez seu doutorado – em reconhecimento por conquistas profissionais, empreendedorismo e contribuições a sociedades profissionais.
A North Carolina State University criou o seu hall da fama em 2012, como forma de inspirar seus alunos atuais e celebrar as conquistas de seus egressos que usaram sua formação para se destacar em uma profissão, carreira ou serviço.
A cerimônia foi transmitida pelo canal da universidade no YouTube e está disponível.
Pesquisadores da Coppe/UFRJ desenvolveram um estudo sobre o potencial de redução de emissões de gases de efeito estufa na indústria química. O estudo aponta que a adoção de matérias-primas alternativas ao carbono poderia diminuir as emissões anuais de CO₂ do setor em até 1 gigatonelada (um bilhão de toneladas) até 2050. Estima-se que cerca de 13% da produção global de combustíveis fósseis seja utilizada para finalidades não energéticas, especialmente como matérias-primas na fabricação de produtos químicos primários.
Embora a descarbonização do setor químico seja considerada um desafio, o estudo, publicado pela Nature Communications sugere que ele pode contribuir de maneira significativa para uma redução profunda de emissões, tanto a nível setorial quanto sistêmico. Para essa transição, seria necessária uma ampliação considerável no uso de biomassa e inovações nas tecnologias de captura de carbono.
A pesquisadora Marianne Zanon-Zotin, do Programa de Planejamento Energético, enfatiza que a principal contribuição do estudo “é fazer essa conexão– que é pouco explorada – entre a demanda do setor químico (por amônia, plásticos e outros insumos) e a oferta do setor de óleo e gás. Isso foi possível por termos uma ferramenta de Modelagem de Avaliação Integrada (IAM), que permite olhar setores industriais, suas interrelações e a competição entre eles por recursos dentro da ótica de mitigação das mudanças climáticas”.
Marianne também explica que os modelos de avaliação integrada possibilitam identificar situações em que o uso da biomassa seria economicamente viável, além de compreender os trade-offs na coprodução de energia e materiais nas refinarias.
O estudo destaca que, com a diminuição da demanda por combustíveis fósseis nos sistemas energéticos, as indústrias de materiais também serão impactadas. As plantas de combustíveis fósseis coproduzem simultaneamente combustíveis e matérias-primas para a produção de materiais. Por exemplo, a nafta, essencial para a fabricação de produtos químicos de alto valor, é coproduzida a baixo custo junto a diesel, gasolina e combustíveis para aviação.
Os pesquisadores preveem que a demanda por materiais, como polímeros sintéticos, produtos químicos e fertilizantes, continuará a crescer, apesar da redução na procura por combustíveis fósseis devido a políticas climáticas. Os pesquisadores mostram que, caso a demanda por materiais, como polímeros sintéticos, produtos químicos e fertilizantes, continue a crescer, ela poderá comprometer as metas de eliminação progressiva de combustíveis fósseis. Eles avaliam esse problema com foco nas implicações da coprodução de energia e matérias-primas petroquímicas nas refinarias, antes inexploradas na literatura de IAMs.
Os autores do estudo defendem estratégias da economia circular, como reduzir, reutilizar e reciclar/recuperar produtos químicos para minimizar o investimento necessário em novas tecnologias. A diminuição da demanda por materiais é especialmente relevante para a indústria química, dada sua dependência de combustíveis fósseis. Mas, segundo Marianne, “”existe um grande potencial a ser explorado na substituição de matérias-primas no setor químico, um setor de difícil descarbonização a exemplo das indústrias cimentícia e siderúrgica. Por serem coproduzidas com combustíveis em refinarias de petróleo, substituí-las leva à mitigação de GEE direta no setor químico e indiretamente pela redução do fator de utilização do refino global”.
O estudo foi realizado por pesquisadores do Cenergia, um laboratório do Programa de Planejamento Energético, e o artigo foi escrito por Marianne Zanon-Zotin, Luiz Bernardo Baptista, Rebecca Draeger e os professores Alexandre Szklo, Pedro Rochedo e Roberto Schaeffer, todos do PPE e publicado pela revista Nature Communications. A pesquisa utilizou o Computable Framework For Energy and the Environment (Coffee), um modelo de avaliação integrada global desenvolvido no laboratório e pioneiro no hemisfério Sul.
Na última quarta-feira, 6 de novembro, a Coppe/UFRJ recebeu a visita de de comitiva de executivos da Galp, incluindo Paula Pereira da Silva, a nova presidente da Galp no Brasil desde julho de 2024, como parte de uma série de encontros com novas lideranças de importantes instituições parceiras.
Paula destacou a relevância da UFRJ, afirmando: “A UFRJ é uma prestigiada instituição que, por meio de programas inovadores e profissionais altamente qualificados, impacta significativamente o setor de energia. Seus projetos geram valor para a indústria e trazem benefícios para a comunidade, muitas vezes resultando em spin-offs e startups”.
Paula Pereira da Silva, que anteriormente liderava a gestão da carteira de participações da empresa, incluindo upstream, teve a oportunidade de conhecer o Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) e o Núcleo de Catálise (Nucat), além de ser apresentada a diversos projetos do Laboratório de Nano e Microfluídica e Microssistemas (LabMems). Um desses projetos é a Ilha de Policogeração Sustentável, que está sendo desenvolvido em parceria com a Galp e, recentemente, entrou em uma nova fase. Segundo a pesquisadora Luz Elena Peñaranda, do LabMems, o projeto agora terá um vínculo ampliado com a Galp até 2027, com foco na geração de novos produtos, como o hidrogênio, além de buscar melhorias na eficiência econômica e eletroquímica, utilizando eletrolisadores sem membranas.
Com presença no Brasil desde 1999, a Galp participa em vários projetos nas fases de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção de óleo e gás. O portfólio offshore da Galp inclui participações na prolífica bacia de Santos, como os projetos de Tupi e Bacalhau, entre muitos outros. O mercado brasileiro é estratégico para a Galp, por meio de sua afiliada Petrogal Brasil, que atualmente está na quarta posição em investimentos em projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) pela cláusula da ANP, como consequência de sua posição estratégica na produção de petróleo no país.
O diretor-adjunto de Tecnologia e Inovação da Coppe/UFRJ, professor Thiago Aragão, participou no dia 5 de novembro, em São Paulo, do evento Encontro com a Petrobras 2024. Ele integrou o painel sobre a Jornada da Transição Energética, que abordou os desafios dessa transição no Brasil e no mundo, com ênfase na pavimentação e na sustentabilidade das soluções de descarbonização no setor.
Thiago foi convidado para o evento devido ao trabalho de destaque da Coppe na área, especialmente nas pesquisas voltadas para asfaltos sustentáveis. Durante sua participação, o professor explicou que a utilização de resíduos plásticos, borracha reciclada e outros materiais recicláveis no asfalto contribui para a redução do descarte inadequado no meio ambiente e para a diminuição das emissões geradas pelo uso de materiais virgens. Entre os materiais reutilizados está o próprio asfalto, que, após ser processado, pode ser reaproveitado na nova pavimentação, uma técnica conhecida como Reclaimed Asphalt Pavement (RAP).
“A transição para processos de fabricação de asfalto com menor consumo de energia é uma prioridade global. Técnicas de pavimentação a baixas temperaturas e o uso de fontes de energia renovável nos processos de produção e aplicação são alternativas pesquisadas para reduzir as emissões de carbono no setor”, destacou Thiago.
O professor também comentou sobre a importância da colaboração entre universidades, empresas privadas e órgãos públicos para acelerar a implementação das novas tecnologias. Ele ressaltou que, por meio de projetos-piloto e testes de campo, as universidades podem validar e demonstrar os benefícios das inovações, incentivando sua adoção prática. Thiago citou como exemplo de sucesso a linha CAP Pro da Petrobras, que inclui dois produtos: o W, destinado à redução das temperaturas de operação, e o AP, para a reciclagem de misturas asfálticas.
“A Coppe tem apoiado a Petrobras na caracterização e na agregação de valor desses produtos sustentáveis. Estamos desenvolvendo e validando procedimentos para quantificação de emissões, a partir de medições in loco de consumo de combustíveis durante a produção dos materiais. Além disso, oferecemos suporte tecnológico para a aplicação desses produtos, de forma integrada com a Petrobras. É um projeto desafiador e gratificante, que tem gerado grande quantidade de conhecimento em um curto período de tempo”, concluiu Thiago, que é professor do Programa de Engenharia Civil da Coppe.
Junto com Thiago, também participaram do painel o gerente executivo de Comercialização no Mercado Interno da Petrobras, Sandro Barreto; a diretora interina de Downstream do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Ana Mandelli; o vice-presidente de Estratégia de Produto de Caminhões da América Latina da Volvo, Alan Holzmann; e o Gerente geral de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Processos Industriais, Produtos e Logística do Cenpes/Petrobras, Antonio Vicente de Castro.
Gustavo Chagas, aluno de doutorado do Programa de Engenharia Biomédica (PEB) da Coppe/UFRJ, criou um inovador sistema integrado de baixo custo para eletrocardiograma (ECG) de derivação única. Este projeto visa facilitar o monitoramento remoto de pacientes, oferecendo suporte à decisão para profissionais de saúde.
O sistema é composto por um dispositivo eletrônico que capta os sinais elétricos do coração e os transmite via Wi-Fi ou Bluetooth para uma central denominada ECG Workstation. Desenvolvido no Laboratório de Engenharia Pulmonar e Cardiovascular da Coppe, esse software gera um exame de ECG de derivação única, que pode ser visualizado em tempo real, armazenado e processado. Além disso, calcula automaticamente a Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) usando técnicas de processamento de sinais.
A inovação busca democratizar o acesso ao monitoramento cardíaco, promovendo cuidados contínuos e preventivos em ambientes domiciliares e hospitalares. O custo do protótipo foi de cerca de R$ 300,00, oferecendo uma alternativa viável aos aparelhos de 12 derivações, que podem custar entre R$ 5 mil e R$ 20 mil.
Um dos principais diferenciais deste sistema em comparação com dispositivos disponíveis no mercado, como smartwatches da Apple e Samsung, é a capacidade de transmitir os sinais diretamente para os profissionais de saúde. “Esses relógios não permitem a exportação de dados para análises clínicas. O nosso sistema é um avanço nesse sentido, pois inclui um software para recepção, visualização e análise estatística do sinal cardíaco”, explica Chagas.
Embora dispositivos de derivação única ofereçam menos informações que os de 12 derivações (considerados o padrão ouro), eles são ideais para monitoramento domiciliar devido à praticidade, custo-benefício e capacidade de fornecer dados úteis para triagens iniciais e acompanhamento de sintomas.
O sistema é um projeto da dissertação de mestrado de Gustavo, concluída sob a orientação do professor Jurandir Nadal. Durante o doutorado, ele planeja aprimorar o dispositivo, expandindo-o para até seis derivações e criando uma plataforma de transmissão de dados que permita o envio automático dos sinais cardíacos para médicos, com visualização em dispositivos móveis. Além disso, ele pretende utilizar de técnicas de machine learning e inteligência arterial para detecção automática de eventos isquêmicos, ideal em situações de emergência que exigem uma rápida tomada de decisão.
Essa solução pode ser aplicada em diversas unidades de saúde, como UTIs, ambulatórios e enfermarias, permitindo análises automáticas em tempo real. Aperfeiçoando, sem muito custo, sistemas de saúde privados e públicos, como o Sistema Único de Saúde (SUS). “Pretendemos usar os recursos de Internet das Coisas capazes de integrar vários equipamentos que possam ser usados em regiões mais remotas do Brasil e também em atenção domiciliar. Devido ao seu baixo custo, esses equipamentos podem ser ferramentas acessíveis ao SUS”, explica Jurandir.
Os alunos Douglas de Andrade Neves e Fernando da Silva Oliveira, do Programa de Engenharia Civil da Coppe/UFRJ, foram agraciados com prêmios da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS), que reconhece os melhores trabalhos de pesquisa nas áreas de graduação e pós-graduação. As premiações foram entregues durante o congresso da associação, o Cobramseg 2024, realizado em Balneário Camboriú, Santa Catarina, no final de setembro.
Douglas de Andrade Neves, aluno de mestrado, foi premiado com o Prêmio Icarahy da Silveira pela melhor dissertação desenvolvida na área de Geotecnia em universidades brasileiras no biênio 2022-2023. Sua dissertação, intitulada “Comportamento Mecânico e Liquefação Estática de um Rejeito de Minério de Ferro em Direct Simple Shear (DSS)”, foi orientada pelos professores Fernando Danziger e Graziella Jannuzzi, do PEC/Coppe.
Por sua vez, Fernando Oliveira, aluno de doutorado, recebeu menção honrosa no Prêmio Costa Nunes, destinado às melhores teses na área de Geotecnia. Sua tese, com o título “Um Modelo para o Adensamento Unidimensional de Solos Argilosos com Resistência Viscosa Não-Linear”, foi orientada pelos professores Ian Martins (PEC/Coppe) e Leonardo Guimarães (UFPE).
Além disso, o aluno Antonio Jerônimo P. de Souza Junior foi um dos cinco finalistas do Prêmio Icarahy da Silveira, com sua dissertação intitulada “Instability of The Fundão Sand Tailings Under Lateral Extrusion Stress Path With Different Drainage Condition In Triaxial and Hollow Cylinder Tests” (Instabilidade dos rejeitos arenosos da Barragem de Fundão sob caminho de tensão de extrusão lateral com diferentes condições de drenagem em ensaios triaxiais e de cilindro oco), orientada pelo professor Márcio Almeida, do PEC/Coppe.
Esses estudos são de grande relevância para a segurança, sustentabilidade e eficiência das infraestruturas geotécnicas que lidam com rejeitos de mineração e solos argilosos. Eles contribuem com modelos preditivos que permitem aos engenheiros antecipar comportamentos críticos, planejar adequadamente obras e evitar desastres. As aplicações desses estudos são diretas em áreas como:
Segurança de barragens de rejeitos,
Gestão e estabilização de pilhas de rejeito,
Projeto e execução de fundações e obras de infraestrutura em solos problemáticos.
Esses trabalhos não apenas têm grande importância para engenheiros geotécnicos e ambientalistas, mas também para gestores de riscos e para o desenvolvimento de políticas públicas que busquem garantir a segurança ambiental e a integridade das infraestruturas urbanas e industriais.
A Coppe/UFRJ recebeu nesta segunda-feira, 4 de novembro, a nova gerente-executiva do Cenpes (o centro de pesquisas da Petrobras), Lilian Melo Barreto. Em sua primeira visita técnica a uma instituição parceira, Lilian foi recebida pela diretora da Coppe, professora Suzana Kahn, pela diretora de Tecnologia e Inovação, professora Marysilvia Costa, e pelo diretor do Centro de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono, Alfredo Renault.
Professora Marysilvia apresentou áreas de pesquisa interdisciplinares como engenharia offshore, cidades inteligentes, baixo carbono e transformação digital, e temas científicos de vanguarda e de interesse comum como economia azul; monitoramento ambiental; inteligência artificial; bioeconomia e economia circular.
A Coppe e o Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) são parceiros desde 1960, desde que o centro de pesquisas da Petrobras foi fundado. “Temos uma parceria muito profícua e que está sempre evoluindo. A gente trabalha muito em conjunto com as empresas e achamos importante colocar nossas tecnologias e inovação no mercado”, destacou Marysilvia.
Essa é a mesma avaliação de Lilian Melo, “O ideal é que todas as universidades possam seguir o exemplo da UFRJ e da Unicamp, que têm uma forte conexão com as necessidades da indústria. Isso representa um grande diferencial. Embora seja fundamental formar mestres e doutores, é ainda mais relevante que esses profissionais possam transferir conhecimentos e competências tecnológicas para fortalecer a indústria e promover o desenvolvimento do país”.
Na segunda-feira, dia 11 de novembro, será lançado o livro “Propriedades Físicas dos Materiais”, de autoria do professor Sérgio Camargo Júnior, do programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Coppe/UFRJ. A obra contém exemplos concretos e exercícios sobre o tema, preenchendo uma lacuna importante na literatura científica de língua portuguesa.
No prefácio, três professores renomados na área de Materiais destacam a importância do livro para estudantes e profissionais: o professor da UFRJ, Rodrigo Barbosa Capaz que também é presidente da Sociedade Brasileira de Física e diretor do Laboratório Nacional de Nanotecnologia, o professor da USP-São Carlos, Osvaldo Novais de Oliveira, que é ex-presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais e o professor da PUC-Rio, Fernando Lázaro Freire Jr.
O lançamento, com sessão de autógrafos do professor Sérgio Camargo, será realizado de 11h30 às 13h30, na sala 220 do Bloco F, no Centro de Tecnologia do UFRJ, Cidade Universitária.
Ensino Híbrido: Desafios e perspectivas nas engenharias e no ensino básico
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Título: Ensino Híbrido: Desafios e perspectivas nas engenharias e no ensino básico Coordenador: MARCELLO LUIZ RODRIGUES DE CAMPOS Contato do coordenador: campos@smt.ufrj.br
Resumo: A pandemia da COVID-19 impôs uma transição drástica do modelo padrão de ensino, para aulas estritamente virtuais, e tem exigido um grande esforço para preparar e oferecer cursos aos alunos, seja no ensino universitário ou no ensino básico, pois poucos estavam preparados para lidar com as tecnologias de ensino online. Passados meses após o isolamento, não tem sido trivial a transição do presencial para o virtual, principalmente na manutenção da qualidade das disciplinas oferecidas neste novo formato. Uma lição foi aprendida neste processo: é necessário investir de forma permanente na implementação de tecnologias inovadoras/eficientes no melhoramento dos processos de ensino e aprendizagem. Neste sentido, este projeto visa a dar apoio à rede pública de ensino, seja no âmbito do ensino básico ou do ensino de engenharia em outras universidades, no Estado do Rio de Janeiro. O objetivo é o desenvolvimento de recursos e cursos em formato híbrido, incorporando técnicas de aprendizado ativo, sala de aula invertida, multimodalidade, etc.
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Escola Piloto em Engenharia Química Prof. Giulio Massarani
Resumo: A Escola Piloto Presencial (EPP) em Engenharia Química surgiu em 1993, no PEQ/COPPE, e é uma ferramenta de atualização e de educação continuada, bastante útil para professores de ensino médio e de graduação, mas também muito procurada por estudantes e técnicos, além de empregados da indústria em geral. Nesta proposta da EPP desta edição serão oferecidos 10 módulos: TÉCNICAS AVANÇADAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS (DIVIDIDA EM 10 SUB-MÓDULOS) ensina técnicas de ponta para caracterização de diversos de tipos de materiais, discutindo o fundamento das técnicas e exemplificando com dados reais. Os módulos são: Módulo 1: Técnicas espectroscópicas (FTIR, DRIFTS, RAMAN e UV-Vis) Módulo 2: Ressonância magnética nuclear (RMN) Módulo 3: Difração de raios x (DRX) Módulo 4: Espectrômetro de Massas e Redução à Temperatura Programada (MS e TPR) Módulo 5: Cromatografia por permeação em gel (GPC) Módulo 6: Análises de tamanho de gotas e partículas Módulo 7: Técnicas cromatográficas gasosa e líquida – Uma visão de Troubleshooting Módulo 8: Elementos de caracterização de petróleo Módulo 9: Análises térmicas – TGA, DSC e DMA Módulo 10: Biotecnologia no Cotidiano.
Resumo: O LabIS veio se configurando ao longo de uma caminhada que remonta aos trabalhos e investigações da linha de pesquisa em Informática e Sociedade (IS) do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da COPPE/UFRJ. Uma linha de pesquisa há tempos em busca de um Brasil ainda por inventar, movida pelo desejo de compreender a realidade brasileira para colaborar com a construção de um país mais justo e equânime. Trabalhamos com a produção de software de acessibilidade (LibrasOffice), jogos educativos (Damática), bancos comunitários (Mumbuca e Preventório) e oferecemos cursos de programação para estudantes da rede pública do ensino médio.
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Letramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ
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Título: Letramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ Coordenador: DENISE CUNHA DANTAS Contato do coordenador: ddantas@oceanica.ufrj.br
Resumo: O Letramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ é um projeto aberto a todo aquele que não é alfabetizado e aquele que não teve acesso ou não concluiu os estudos no Ensino Fundamental na idade escolar referente. Foi criado em 2005 pela Assessoria de Desenvolvimento Social da COPPE, a partir de uma pesquisa com os servidores e trabalhadores terceirizados que atuavam em atividades de limpeza e serviços gerais. A pesquisa foi ampliada para outras unidades e setores da Universidade. Hoje o Projeto tem como aluno servidores da UFRJ e terceirizados que, em sua maioria, trabalham no Centro de Tecnologia, e cidadãos moradores do entorno da Ilha do Fundão, principalmente da Vila Residencial e do Complexo da Maré. As aulas são ministradas no Centro de Tecnologia para as turmas de Letramento Básico, Intermediário e Avançado. E acontecem de segunda a sexta feira, de 15 às 16:30 horas.
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Polímeros para o setor de petróleo e gás – Aditivos
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Título: Polímeros para o setor de petróleo e gás – Aditivos Coordenador: TAISSA ZANGEROLAMI LOPES RODRIGUES Contato do coordenador: taissazl@yahoo.com.br e elucas@metalmat.ufrj.br
Resumo: A ação contempla aulas teóricas e demonstrativas e obtenção, caracterização e propriedades em solução dos polímeros, além de suas aplicações como aditivos na indústria do petróleo.
Resumo: A reciclagem de plásticos é um tema importante, visto que mais de 60% de todo plástico produzido já virou resíduo e apenas 9% foi reciclado em todo mundo. No Brasil os dados são ainda mais alarmantes. O relatório apresentado pelo WWF recentemente afirma que o Brasil é o quarto maior produtor de resíduos plásticos do mundo e recicla menos de 2% desse montante. Contudo, políticas de reciclagem e educação ambiental ainda são precárias e pouco divulgadas, e a disseminação de informações que tornam os plásticos vilões fazem com que o banimento desses materiais seja cada vez mais desejável. No entanto, vale lembrar que os plásticos são polímeros de alto valor agregado, baixo custo de produção e muito versáteis, e quando reciclados podem ser reinseridos na cadeia produtiva, possibilitando a produção de novos materiais, além de alavancar o setor energético. Dessa forma esse projeto visa instruir e incentivar alunos de escolas públicas e privadas a serem multiplicadores dos conceitos de reciclagem em suas escolas, famílias e comunidade. Onde palestras e atividades lúdicas serão realizadas, de forma virtual, incentivando o descarte correto ou reutilização de resíduos plásticos, evitando que esses resíduos sejam descartados em lugares impróprios.
Programa de Incubação de Empreendimentos Populares – Inovação Social dos Processos de Incubação de EES
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Título: Programa de Incubação de Empreendimentos Populares – Inovação Social dos Processos de Incubação de EES Coordenador: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA Contato do coordenador: amandaxavier86@gmail.com
Resumo: A ITCP/COPPE vem atuando, desde a sua criação, no apoio aos Empreendimentos Populares. Desenvolve ações que vão de encontro às necessidades das classes populares e dos setores informais, que historicamente ficam à margem das ações sociais desenvolvidas pelo Estado. Hoje novas técnicas e ferramentas são requeridas para enfrentar os novos desafios que se apresentam. Esta proposta visa investigar metodologias inovadoras de incubação, que propiciem o aperfeiçoamento das atividades dos empreendimentos incubados, dando continuidade às ações desenvolvidas pela ITCP/COPPE. A implantação das novas metodologias desenvolvidas permitirá melhorar a qualidade dos Empreendimentos Econômicos Solidários – E. Site da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares – ITCP/COPPE/UFRJ
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Espaço COPPE Miguel de Simoni
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Título: Espaço COPPE Miguel de Simoni Coordenador: CLAUDIA MARIA LIMA WERNER Contato do coordenador: werner@cos.ufrj.br
Resumo: A atividade central deste projeto é a visitação guiada a exposição do Espaço COPPE, realizada predominantemente por estudantes do Ensino Médio da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Os grupos de estudantes realizam as visitas acompanhados por professores das escolas de origem. O ambiente dos espaços de divulgação científica e tecnológica, como o Espaço COPPE, pode proporcionar elementos-chave de fomento à motivação intrínseca do aprendizado – por exemplo: construção de significado pessoal, tarefas desafiadoras, colaboração e sentimentos positivos sobre os esforços realizados e, portanto, são potenciais indutores da formação de vínculos novos, por vezes mais intensos. Site do Espaço COPPE
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SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS – DEFESA
Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG) da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.
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SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS GERAIS E UFRJ
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Título: SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS GERAIS E UFRJ Coordenador: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS Contato do coordenador: eduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br
Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG-TR) preconizada pela SEGES do Ministério de Economia). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.
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UBUNTU.lab – Programa de inovação aberta em cidades inteligentes para a redução da desigualdade racial no Rio de Janeiro
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Título: UBUNTU.lab – Programa de inovação aberta em cidades inteligentes para a redução da desigualdade racial no Rio de Janeiro
Coordenador: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA Contato do coordenador: matheusoli@hotmail.com
Resumo: O Projeto BRA/15/010 – Fortalecimento e Expansão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial é uma ação entre o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com o objetivo de descentralizar as políticas públicas de igualdade racial e fortalecer e expandir o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir). A Fundação COPPETEC foi uma das entidades selecionadas através do projeto U.lab para apresentar a prefeitura do Rio de Janeiro um laboratório de inovação governamental a ser replicado como política de promoção da igualdade racial no âmbito de implementação do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Município desenvolvido pelo Escritório de Planejamento da Secretaria Municipal da Casa Civil (EPL). No âmbito do Sinapir, o presente projeto tem o objetivo de entregar ao município do Rio de Janeiro, um programa de inovação governamental que coloca o jovem negro como protagonista da tecnologia capaz de promover o bem-estar no seu dia a dia.
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Unidade de Suporte à Inovação Social – USIS
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Título: Unidade de Suporte à Inovação Social – USIS Coordenador: CARLA MARTINS CIPOLLA Contato do coordenador: carla.cipolla@ufrj.br
Resumo: A atividade apoia inovações sociais como chave para o desenvolvimento. O USIS/ UFRJ – Unidade de Suporte à Inovação Social – nasceu do projeto LASIN – Latin American Social Innovation Network -, financiado pela Comissão Europeia, com o propósito de implementar um modelo de envolvimento Universidade/comunidade, baseado na combinação de atividades curriculares e extra-curriculares, materiais e instrumentos de aprendizagem, treino prático, oficinas e mentorias para reforçar as ligações da universidade com o ambiente social mais amplo (Grupos comunitários, ONGs e/ou OSCIPS, Organizações governamentais, empresas e escolas) com metodologia própria desenvolvida por LASIN.
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“TÁ” LIGADO?! MINHA CÂMERA NA MÃO E UMA IDEIA NA CABEÇA – A LINGUAGEM AUDIOVISUAL COMO LIVRE EXPRESSÃO NA CONSTRUÇÃO DIALÉTICA NO ESPAÇO ENTRE A UNIVERSIDADE, A ESCOLA E A SOCIEDADE
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Título: “TÁ” LIGADO?! MINHA CÂMERA NA MÃO E UMA IDEIA NA CABEÇA – A LINGUAGEM AUDIOVISUAL COMO LIVRE EXPRESSÃO NA CONSTRUÇÃO DIALÉTICA NO ESPAÇO ENTRE A UNIVERSIDADE, A ESCOLA E A SOCIEDADE Coordenador: ANDREA MARIA DO NASCIMENTO SILVA Contato do coordenador: andreanascimento@cos.ufrj.br
Resumo: Todos nós da comunidade acadêmica e escolar tivemos que nos adaptar à utilização de soluções tecnológicas para nos comunicar, socializar e nos relacionar durante o período de pandemia para reproduzir a rotina de uma sala de aula. Com isso, a linguagem audiovisual e o uso de dispositivos portáteis, como smartphones e tablets, que já era uma realidade muito presente em nossa vida, de repente, se tornou