Bicicletas compartilhadas e gratuitas têm nova dinâmica na Cidade Universitária

As bicicletas compartilhadas que circulam na Cidade Universitária terão nova dinâmica de funcionamento, a partir da próxima segunda-feira, dia 20 de março, quando os usuários poderão voltar a se deslocar gratuitamente pedalando pelo campus, como parte do projeto “Ampliando o alcance da mobilidade ativa no laboratório vivo da Cidade Universitária da UFRJ”, da Coppe. A partir de agora, haverá sete regiões, denominadas manchas ou estações virtuais, para iniciar e concluir as corridas, no período das 8 às 18 horas, de segunda-feira a sexta-feira, exceto feriados e dias de recesso na universidade.

As regiões foram determinadas criteriosamente, de acordo com a demanda constatada em outubro e novembro de 2022, os primeiros meses de implantação deste sistema dockless de compartilhamento de bicicletas, que dispensa estações físicas. O serviço foi interrompido durante as férias, período em que foram analisadas as adaptações necessárias, incluindo ações para maior segurança do sistema. As estações virtuais, que poderão ser identificadas pelos totens instalados, estão localizadas no Alojamento Estudantil, no Restaurante Universitário Central, na Prefeitura Universitária, no Centro de Tecnologia, na Faculdade de Letras, no prédio da Reitoria e no Parque Tecnológico.

A iniciativa de implantar o sistema dockless no campus da Ilha do Fundão faz parte do projeto “Ampliando o alcance da mobilidade ativa no laboratório vivo da Cidade Universitária da UFRJ”, que tem como coordenadores os professores do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, Marcio D’Agosto e Suzana Kahn, também coordenadora do Fundo Verde/UFRJ; e o professor do Programa de Engenharia de Produção da Coppe, Lino Marujo. O projeto também conta com a participação de quatro pesquisadores, financiamento da Faperj e apoio da Prefeitura Universitária e do Fundo Verde. As bicicletas e o software de gerenciamento do sistema são fornecidos pela empresa Serttel – Soluções em Mobilidade e Segurança Urbana.

Com a nova dinâmica, que faz parte da segunda fase do projeto, o sistema passa a contar com 42 bicicletas, continuando estruturado para atender a todos que tenham uma matrícula na UFRJ – alunos, técnico-administrativos, pesquisadores e professores. Durante o período máximo de uma hora por viagem, eles podem usufruir deste veículo ambientalmente sustentável e, para utilizar o serviço, basta baixar no smartphone o aplicativo “Integra UFRJ” e realizar o cadastro, ou mesmo atualizá-lo, no caso de quem já utilizava o serviço anterior implantado pelo Fundo Verde. O aplicativo pode ser baixado pelo Play Store, ou pelo App Store.

Para saber os locais onde há bicicletas disponíveis, basta consultar o aplicativo. Uma vez diante da bike, como explica a pesquisadora da Coppe Mariana Marques, o usuário deve utilizar o próprio smartphone para desbloqueá-la, acionando um dispositivo nela instalado, e, a partir daí, sair pedalando pelas ciclovias. Ao terminar o deslocamento, sempre em local pertencente a uma das seis manchas, o usuário estacionará e travará a bicicleta de forma manual e usará o celular para encerrar a viagem, bloqueando o veículo automaticamente.

Mariana, aluna de mestrado do Programa de Engenharia de Produção da Coppe, alerta que é importante o usuário não esquecer de encerrar a viagem pelo aplicativo. Caso contrário, o sistema de gerenciamento considerará que ele ainda está usando o veículo e, quando o tempo de uso ultrapassar 60 minutos, seu cadastro será suspenso por 72 horas. Tal suspensão é a multa padrão aplicada a todos que ultrapassarem uma hora de uso. A pesquisadora da Coppe também aconselha que o usuário bloqueie o veículo sempre que se distanciar da bicicleta ao fazer paradas, de forma que a mesma não seja utilizada por outra pessoa.

O professor Márcio D’Agosto, coordenador geral do projeto, diz que o objetivo é desenvolver um “laboratório vivo” que forneça mobilidade ativa para o corpo social da Cidade Universitária. De acordo com Márcio, a iniciativa também visa a monitorar informações consideradas relevantes para atender ao conceito de cidade inteligente. A professora Suzana Kahn, que também é vice-diretora da Coppe, lembra ainda que esta iniciativa pode gerar identificação de oportunidades e de necessidades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) para o planejamento urbano sustentável. De acordo com a professora, o uso das bicicletas para mobilidade traz muitos aspectos favoráveis, como preservação do solo e da vegetação local, e menor degradação e redução de manutenção da infraestrutura da rede viária, além de poder propiciar um ganho de tempo considerável para os ciclistas nas curtas e médias distâncias e melhora na sua saúde e no seu bem-estar.

Saiba mais sobre o lançamento: Sistema novo de bicicletas compartilhadas é lançado na Cidade Universitária

Doutor pela Coppe conquista Prêmio Marie Curie da União Europeia para pesquisa em energia renovável

Cristian no Laboratório de Centrifuga Geotécnica da Université Gustave Eiffel

Como fruto dos estudos realizados durante seu doutorado no Programa de Engenharia Civil da Coppe/UFRJ, o pesquisador Cristian Yair Soriano Camelo obteve a prestigiada Marie Curie Fellowship, considerada como premiação, para desenvolver uma pesquisa na Université Gustave Eiffel, na cidade de Nantes (França). A Fellowship é uma das mais cobiçadas distinções concedidas pela União Europeia a jovens cientistas no mundo.

A pesquisa de Cristian será desenvolvida no âmbito do projeto que ele executará intitulado Sharewind, que tem como objetivo investigar a implementação de âncoras mutualizadas (shared anchors) em solos argilosos moles, como uma solução para reduzir os custos na instalação de turbinas eólicas flutuantes. O pesquisador explica que uma âncora mutualizada é capaz de manter ancoradas mais de uma turbina ao mesmo tempo, formando uma espécie de conexão entre elas. “Com a crescente demanda por energia renovável, as turbinas eólicas flutuantes se tornaram uma parte importante do cenário de energia renovável”, destaca.

Cristian concluiu seu doutorado na Coppe, em 2021, sob a orientação dos professores Márcio Almeida e Maria Cascão, do Programa de Engenharia Civil. Sua tese consistiu nos estudos de respostas sísmicas de taludes submarinos. Para realizar a pesquisa, Cristian explica que, na área de Geotecnia da Coppe, utilizou modelos físicos em uma centrífuga geotécnica e, a partir dos resultados obtidos, realizou modelagens numéricas. Parte dos estudos ocorreu na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, onde passou um ano, como parte do doutorado-sanduíche.

A tese de Cristian já fora contemplada, em 2022, com uma menção honrosa do Prêmio Costa Nunes concedido pela Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS). A pesquisa realizada é um desdobramento do estudo que fez sobre melhoramento de solos moles, durante seu mestrado, que também foi orientado por Márcio Almeida, professor de Engenharia Geotécnica. Tanto no mestrado como no doutorado, Cristian foi bolsista Nota 10 da Faperj.

Uma âncora mutualizada é capaz de manter ancoradas mais de uma turbina ao mesmo tempo

No momento, Cristian é pesquisador visitante na própria Uni.Eiffel, onde está concluindo um pós-doutorado, iniciado em 2021, com atuação em um projeto de aterros estruturados sob solicitações dinâmicas em solo compressível. O projeto “Sharewind” tem previsão de início entre os próximos meses de junho e julho. “O programa de fellowships Marie Curie reconhece a excelência acadêmica e científica de jovens pesquisadores e lhes oferece a oportunidade de realizar projetos de pesquisa inovadores em uma instituição de pesquisa europeia”, comemora o pesquisador, que receberá €4.500 mensais por dois anos, além de recursos de bancada para a sua pesquisa.

Mesmo estando envolvido com os estudos das âncoras mutualizadas, Cristian acredita que conseguirá manter vínculos com a UFRJ, principalmente porque a área de Geotecnia da Coppe e a Uni. Eiffel estão finalizando um acordo de cooperação para projetos relacionados à sustentabilidade, no qual a Geotecnia será um dos quatro pilares. As duas instituições já realizam pesquisas conjuntas desde 2011, e agora no início de março uma comissão da Uni. Eiffel esteve na Coppe para discutir detalhes do novo acordo, que posteriormente agregará os outros dois grupos que se juntarão na cooperação.

Aluno da Coppe recebe prêmio internacional por estudo que analisa transporte e exclusão social

O aluno do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, Gregório Costa Luz de Souza Lima, foi contemplado com o Prêmio de melhor dissertação de mestrado, pelo Grupo Especializado em Geografia dos Transportes da Associação Americana de Geógrafos, a Transportation Geography Specialty Group da American Association of Geographers. A lista de vencedores das edições anteriores indica que a dissertação de Gregório é a primeira agraciada fora do eixo EUA-Europa. A solenidade de premiação será realizada dia 25 de março, em Denver (EUA).

Intitulada Understanding transport-related social exclusion through the lens of capabilities approach: Does better accessibility help to reduce social exclusion? (Compreendendo a exclusão social relacionada aos transportes através da lente da abordagem das capacidades: melhor acessibilidade contribui para reduzir a exclusão social?), a dissertação de Gregório foi orientada pelo professor do PET/Coppe, Licinio Portugal.

Ao abordar a exclusão social relacionada ao transporte, o aluno explora na dissertação seus aspectos teóricos e práticos, procurando contribuir de três formas para a busca de soluções para tal exclusão. A primeira é o estabelecimento de uma estrutura teórica ampla e detalhada sobre as barreiras enfrentadas por indivíduos ao realizarem viagens e acessar oportunidades que eles valorizam, e como isto pode leva-los à exclusão. A segunda é fornecer uma estrutura analítica para avaliar a aderência de medidas de acessibilidade utilizadas para avaliar o fenômeno da exclusão social relacionada ao transporte. Com base nesta estrutura analítica, o aluno avaliou 24 medidas de acessibilidade mais “populares” na literatura.

A terceira é fornecer uma evidência causal da relação entre acessibilidade e participação em atividades, mostrando que mesmo as medidas mais simples para dar acesso a deficientes aos meios de transportes ainda estão correlacionadas com as atividades das quais participarão. Um fato que gera risco de exclusão e, por isso, Gregório avaliou tal relação levando em conta as atividades em geral, as obrigatórias (estudo e emprego) e as discricionárias na cidade de São Paulo.

Ministra Luciana Santos profere a Aula Inaugural 2023 da Coppe

A Coppe/UFRJ promove, no dia 20 de março, às 9h, a cerimônia de Recepção aos Novos Alunos e a Aula Inaugural de 2023, que será proferida pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos. O evento será realizado no auditório do Centro de Tecnologia 2 (CT2), na Cidade Universitária, e será transmitido pelo canal da instituição no YouTube.

A cerimônia, que terá interpretação em Libras, será aberta pelo diretor da Coppe, professor Romildo Toledo. As boas vindas aos novos alunos e apresentação da instituição serão feitas pelo diretor-adjunto de Assuntos Acadêmicos, professor Marcello Campos. Em seguida, a diretora-adjunta de Pessoal, Vanda Borges, apresentará o Núcleo Psicossocial Acolhe Coppe. Por fim, a vice-diretora da Coppe, professora Suzana Kahn Ribeiro, fará a apresentação da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Barbosa de Oliveira Santos, que proferirá a Aula, com o tema “Ações do MCTI para impulsionar o ensino, a pesquisa e a inovação da engenharia rumo à Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável”.

Sobre a palestrante

Primeira mulher a comandar o MCTI, Luciana Barbosa de Oliveira Santos é engenheira eletricista, graduada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Foi presidente do Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco (IPEM), deputada estadual, prefeita de Olinda, secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, deputada federal e vice-governadora de Pernambuco, além de presidente nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

Começou a militância no movimento estudantil, em 1984. Foi presidente do Diretório Acadêmico de Engenharia e Computação da UFPE em 1985, dirigente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e vice-presidente regional da União Nacional dos Estudantes (UNE), de 1989 a 1991.

Em 1995, foi nomeada presidente do Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco, pelo então governador do estado, Miguel Arraes. Em 1996 assumiu o mandato como deputada estadual. Em 1998, foi reeleita deputada estadual. Na Assembleia Legislativa, foi líder do PCdoB e fez parte das comissões de Ciência, Tecnologia e Informática; Constituição, Legislação e Justiça; Educação e Cultura; Defesa do Meio Ambiente e presidiu a Comissão de Defesa da Cidadania.

Em 2000, foi eleita prefeita de Olinda, sendo reeleita em primeiro turno em 2004. Por suas administrações recebeu o prêmio Prefeita Amiga da Criança da Fundação Abrinq, prêmio de Expressão em Administração da Casa do Administrador de Pernambuco (CAPE) e do jornal Diário de Pernambuco, e o prêmio Governador Barbosa Lima Sobrinho na categoria Prefeito Empreendedor.

Em 2009, foi nomeada pelo então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, secretária de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco. Em sua atuação, buscou imprimir uma agenda de desenvolvimento sustentável, investindo na inovação tecnológica como forma de desenvolvimento e de redução das desigualdades sociais.

Em 2010, foi eleita deputada federal. Na Câmara, foi titular da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), de Desenvolvimento Urbano (CDU) e da Comissão de Cultura (CCULT), da qual foi vice-presidente. Nas comissões especiais da Câmara, foi membro titular na de Resíduos Sólidos; do Código Nacional de Ciência e Tecnologia; do Marco Civil da Internet; de Atividades de Ciência, Tecnologia e Inovação e de Proteção à Saúde e ao Meio Ambiente. Também fez parte do Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Casa. Nos oito anos de mandato foi na maior parte do período a única mulher da bancada do Estado no Congresso Nacional.

Em 2019, tomou posse como vice-governadora do Estado de Pernambuco, desenvolvendo a ação Pernambuco com Elas, que buscou fortalecer e ampliar políticas públicas de trabalho e renda para mulheres.

Sobre a Coppe

A Coppe é o maior centro de ensino e pesquisa de engenharia da América Latina. Nos seus mais de 100 modernos laboratórios, pesquisadores desenvolvem pesquisas de ponta e projetos que proporcionam contribuições significativas para o país, nos diferentes segmentos da engenharia. Muitos desses projetos resultaram em intenso processo de interação universidade-empresa, do qual a Coppe foi pioneira no Brasil.

Na mais recente Avaliação Quadrienal (2017-2020) dos programas de pós-graduação do Brasil feita pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), dez dos treze cursos de mestrado e doutorado da Coppe/UFRJ foram avaliados com conceitos de excelência internacional (6 e 7), atribuídos a cursos com desempenho equivalente aos dos mais importantes centros de ensino e pesquisa do mundo.

No cenário internacional, a Coppe tem projetos em cooperação com as mais importantes e reconhecidas instituições científicas e tecnológicas. Muitos de seus docentes integram comitês e entidades de pesquisa de vários países e de órgãos multilaterais, como o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU. Desde 1992, a Coppe contribui para todos os relatórios de avaliação do IPCC. Com a expertise da Coppe nesta área, a UFRJ foi convidada a integrar a Aliança Global de Universidades sobre o Clima (GAUC), criada em 2019 e que reúne apenas doze instituições até o momento. A UFRJ é a única da América Latina a integrar a Aliança. Em 2009, inaugurou uma parceria com a Universidade de Tsinghua, na China, que resultou na criação do Centro China – Brasil de Mudança Climática e Tecnologias Inovadoras para Energia, sediado em Pequim.

Além disso, há mais de 30 anos a Coppe desenvolve sistemas de informação e tecnologia de processamento de sinais que vêm sendo aplicados com sucesso nos principais experimentos do Large Hadron Collider (LHC), o acelerador do maior laboratório de física de partículas do mundo, o Cern, que investiga a origem do universo.

Coppe-I promove debate sobre pesquisa, inovação e tecnologias emergentes

O Ecossistema de Inovação (Coppe-I) e o Programa de Engenharia de Produção (PEP) da Coppe/UFRJ promovem, na próxima terça-feira, 14 de março, o evento híbrido Novas perspectivas em pesquisa, inovação e tecnologias emergentes. O evento será realizado na sala I-118, no Centro de Tecnologia (CT/UFRJ), das 9 às 12h, promovendo um debate sobre design de produto, manufatura aditiva e novas tecnologias com potencial de transformação e a relação universidade-empresa-governo.

Participarão do debate o diretor do Laboratório de Concepção de Produtos e Inovação (LCPI) da Arts et Métiers Paristech, professor Améziane Aoussat; o presidente do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM) e futuro presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera; o coordenador de Projetos Tecnológicos do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), Jorge Lopes; e a professora do Programa de Engenharia de Produção (PEP) da Coppe e coordenadora do Design para a Inovação Social e Sustentabilidade (Desis lab), Carla Cipolla. A mediadora do debate será a professora Amanda Xavier, do PEP, e coordenadora da Incubadora de Tecnologia Social (ITCP) da Coppe.

O evento será híbrido, com link de participação via Zoom e transmissão ao vivo pelo canal do Programa de Engenharia de Produção (PEP) no YouTube.

Quem desejar participar presencialmente no Coppe-I, deve se inscrever no Sympla.

Pinguelli presente: Ciência brasileira celebra o professor em dia de lançamento de site em sua homenagem

As principais entidades da Ciência brasileira se reuniram, nesta sexta-feira, 3 de março, na Academia Brasileira de Ciências (ABC) para discutirem os rumos do setor e para homenagear o ex-diretor da Coppe/UFRJ, professor Luiz Pinguelli Rosa. Na data que completa um ano do falecimento de Pinguelli, a ABC, o Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies) e a família do professor anunciaram o lançamento do site que preservará seu acervo, sua memória e manterá vivos o legado e a inspiração para a luta pelas causas sociais.

O site www.luizpinguellirosa.org.br foi apresentado pelo irmão de Pinguelli, Sérgio Rosa, e pelo coordenador do Coep, André Spitz. De acordo com Spitz, “o site é uma homenagem coletiva, no qual pretendemos reunir e preservar a memória de Pinguelli, sua obra, suas ideias, suas iniciativas. Onde possamos manter vivo o seu espírito e o seu jeito de fazer e ser. Contribuir para o surgimento de novas lideranças e a continuidade de suas lutas”.

O diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, destacou que Pinguelli e Alberto Luiz Coimbra, o criador da Coppe, foram os dois maiores nomes dos 60 anos de história da instituição. “A visão de Coimbra, aproximando a Coppe dos problemas sociais, e a de Pinguelli, com sua perspectiva ampla de sociedade, reunindo setor energético, setor cultural, paticipando de campanha contra a fome. Pinguelli entendia a dimensão social do conhecimento: gerando emprego, cultura, desenvolvimento industrial”.

“Uma pena Pinguelli não possa ver essa transformação, o Brasil mudando de novo. Um momento em que a gente espera que o Brasil floresça novamente, trazendo prioridade para industrialização, descarbonização, cidades inteligentes, qualidade de vida. É isso que o país precisa, é por isso que o Pinguelli lutou sua vida inteira”, pontuou o professor Romildo.

Fernando Peregrino, diretor executivo da Fundação Coppetec e presidente do Confies, lembrou histórias de seus 40 anos de amizade com Pinguelli, e o convívio em muitas lutas pelas causas sociais. “Pinguelli era muito audacioso e corajoso. Ele era físico, mas era encantado e devotado à nossa cultura. Mais do que um cientista, foi um brasileiro, humanista, solidário, cordial, leal, empático com todos”, descreveu Peregrino.

Anfitriã do evento, professora Helena Nader, presidente da ABC, elogiou as múltiplas facetas de Pinguelli, “Um cientista, um gestor, um brasileiro que tanto fez e continua fazendo, por meio das gerações que formou”. A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, elogiou a iniciativa pela memória do professor Pinguelli, como sendo uma homenagem “tão bela e tão necessária aos grandes brasileiros. Momento de afirmar as pessoas que dedicaram suas vidas às causas nacionais”.

“Tenho certeza que o momento ficará eternizado em nossas mentes e corações. O incomparável legado de um brasileiro visionário que dedicou sua vida à construção de um Brasil mais justo e solidário. Pinguelli foi um cientista comprometido em encontrar soluções que ajudassem o país a vencer o desafio do desenvolvimento econômico, social e ambiental. Nesse sentido, foi um obstinado em encontrar alternativas para que nossas políticas públicas fossem instrumentos capazes de transformar conhecimento em riqueza para a sociedade”, avaliou a ministra.

“Desde cedo, soube escolher o lado certo da História, a defesa da democracia e da soberania. Muito além da sua produção científica que, por si, já representa contribuição imensurável, quero também reconhecer a presença constante do professor Pinguelli nas agendas históricas em defesa da ciência brasileira. Sem dúvida, foi um homem dedicado a projetos coletivos, com sua capacidade de aglutinar pessoas, Pinguelli nos trouxe hoje à Academia Brasileira de Ciências para essa agenda tão necessária, ainda hoje produz sinergia”, elogiou.

Ao final de sua fala, a ministra colocou o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast) à disposição para a guarda do acervo de Pinguelli e assim contribuir para manter viva sua memória.

Estiveram presentes à mesa na homenagem, a ministra Luciana Santos; a presidente da ABC, professora Helena Nader; o secretário-executivo do MCTI, Luís Manuel Fernandes; o presidente da Academia Nacional de Engenharia (ANE), Francis Bogossian; o presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM), Francisco Sampaio; o professor e historiador José Murilo de Carvalho, representando a Academia Brasileira de Letras (ABL); o diretor da Fundação Coppetec e presidente do Confies, Fernando Peregrino.

O evento contou com a participação de representantes das mais diversas entidades da Ciência, da Tecnologia e da Educação; o reitor da UFRJ, professor Carlos Frederico Leão da Rocha; de parlamentares como a deputada federal Jandira Feghali (PC do B-RJ); do ex-ministro e futuro presidente da Financiadora de Estudos e Projeto (Finep), Celso Pansera; de representantes da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e do corpo social da Coppe, da Fundação Coppetec e de várias unidades acadêmicas da UFRJ.

Durante o evento, a deputada estadual Elika Takimoto (PT-RJ) entregou à família uma moção de louvor e aplauso, apresentada à Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro (Alerj). Após a homenagem, a reunião seguiu com o debate “O MCTI e a agenda para Ciência, Tecnologia e Inovação”.

Segunda palestra do Ciclo Elas na Engenharia será com a gerente de base do FPSO Atlanta da Enauta

Na próxima quarta-feira, dia 8 de março, às 11 horas, a engenheira Maria Eduarda Pessoa, gerente de base do FPSO Atlanta da Enauta, irá falar sobre o tema “Brasil – Dubai: o desafio da mudança”. Maria Eduarda será a segunda participante do ciclo de palestras Elas na Engenharia, promovido pelo Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe/UFRJ. O evento, totalmente virtual, será realizado pelo canal do Lamce no YouTube.

O ciclo está sendo realizado durante todo o mês de março, em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres e, a cada quarta-feira, uma engenheira aborda temas que envolvem desde os desafios enfrentados em sua vida até a importância da diversidade para o futuro de uma indústria, dentre outros.

Mestre em Engenharia Civil pela Coppe, com ênfase em Geotecnia Ambiental, Maria Eduarda é graduada em Engenharia Metalúrgica pela PUC-Rio e pós-graduada em Engenharia de Segurança pela UFRJ. Na Enauta, onde está há 20 anos, atuou desde o início na área de segurança, meio ambiente e saúde. Recentemente, no ano passado, foi convidada a assumir um novo cargo, o de gerente de base do FPSO Atlanta, passando a acompanhar a obra de adaptação de tal embarcação em Dubai.

Coppe completa 60 anos nesta quarta-feira

Sintonizada com o futuro, a Coppe/UFRJ completa 60 anos de existência nesta quarta-feira, 1º de março. Em 1963, poucos dias após a celebração do carnaval, foi realizada a primeira aula do curso de mestrado em Engenharia Química da UFRJ, o começo de uma trajetória de sucesso em ensino, pesquisa e extensão que culminou na criação do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), um dos maiores centros de ensino e pesquisa em Engenharia da América Latina.

Apoiada em três pilares – excelência acadêmica, dedicação exclusiva de professores e alunos e aproximação com a sociedade –, a Coppe é a instituição brasileira de Engenharia com o maior número de notas máximas concedidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Dez de seus 13 cursos de pós-graduação obtiveram conceitos de excelência internacional (6 e 7), atribuídos a cursos com desempenho equivalente aos dos mais importantes centros de ensino e pesquisa do mundo, na última Avaliação Quadrienal (2017-2020) da Capes.

A Coppe possui o maior complexo laboratorial de engenharia da América Latina, com mais de cem instalações de alto nível, foi pioneira na aproximação da academia com a sociedade, transformando conhecimento em riqueza para o país. Por meio de contratos e convênios com empresas, governos e entidades não governamentais administrados pela Fundação Coppetec, o conhecimento acumulado na Coppe é diretamente posto a serviço do desenvolvimento econômico, tecnológico e social do país. Desde sua criação, em 1970, a Coppetec já administrou mais de 13 mil contratos.

Desde 1994, a instituição mantém a Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ, que já favoreceu a entrada de mais de uma centena de serviços e produtos inovadores no mercado. Estimulou a criação do Parque Tecnológico da UFRJ, sediado na Cidade Universitária, que reúne centros de pesquisa de grandes empresas e vários laboratórios da Coppe, entre eles o LabOceano, inaugurado em 2003, e, à ocasião, detentor do maior tanque de ensaios para águas profundas no mundo.

Também foi pioneira ao colocar a Engenharia e suas tecnologias a serviço do combate à pobreza e às desigualdades sociais, com a criação, em 1995, da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares, responsável pela capacitação e pela graduação de mais de cem cooperativas.

Programa de Engenharia de Transportes da Coppe terá cooperação de professor da TH Köln

A partir de amanhã, dia 1 de março, o Programa de Engenharia de Transportes (PET) da Coppe/UFRJ, passa a contar com a colaboração do professor Ingo Stadler, da Technische Hochschule Köln (TH Köln – Universidade de Ciências Aplicadas de Colônia), na Alemanha. Engenheiro elétrico e especialista em energias renováveis, Stadler ministrará aulas e palestras abertas ao público, durante três meses, período em que também irá cooperar com a professora Andréa Santos, coordenadora do Laboratório de Transporte Sustentável (LabTS), ligado ao PET.

A cooperação será na realização de estudos que fazem parte do projeto H2 Verde “Produção de Hidrogênio Renovável, compressão, armazenamento e utilização em sistemas de energia e mobilidade” que, liderado pela professora Andrea, é financiado pela Cooperação Brasil Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da parceria entre o Ministério de Minas e Energia (MME) do Brasil e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, com apoio do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha.

Um ano sem Luiz Pinguelli Rosa

O professor Luiz Pinguelli Rosa será homenageado nesta sexta-feira, 3 de março, durante o evento “Ciência, Tecnologia e Inovação, com a presença da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e homenagem a Luiz Pinguelli Rosa“, promovido pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) na data que marca um ano do falecimento do saudoso ex-diretor da Coppe/UFRJ. A solenidade terá também a participação do diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, e do diretor da Fundação Coppetec, Fernando Peregrino, e será realizada no auditório da Academia Brasileira de Ciências, na rua Anfilófilo de Carvalho, 29, Centro, com início às 10h.

Na primeira parte do evento, intitulada “Um ano sem Pinguelli Rosa”, a trajetória do professor do Programa de Planejamento Energético (PPE), diretor da Coppe em quatro mandatos e ex-presidente da Eletrobrás, será relembrada com o lançamento do site www.luizpinguellirosa.org.br. Estarão presentes à mesa a ministra Luciana Santos; a presidente da ABC, professora Helena Nader; o reitor da UFRJ, professor Carlos Frederico Leão da Rocha; o diretor da Coppe, professor Romildo Toledo; o diretor da Fundação Coppetec, Fernando Peregrino; e o irmão de Pinguelli, Sérgio Rosa, representando a família.

Às 11h, terá início o debate “O MCTI e a agenda para Ciência, Tecnologia e Inovação”, que contará com a participação da ministra Luciana Santos; da professora Helena Nader; do presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Merval Pereira; do presidente da Academia Nacional de Engenharia (ANE), Francis Bogossian; do presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM), Francisco Sampaio.

Em sua página institucional, a ABC solicita a inscrição via Sympla para aqueles que desejarem participar presencialmente. O evento será transmitido pelo canal da Academia no YouTube.

Laboratório da Coppe promove ciclo Elas na Engenharia

No mês de março, em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres, o Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe/UFRJ, realizará o Ciclo de palestras “Elas na Engenharia”. A cada semana, uma engenheira irá abordar temas que envolvem desde os desafios enfrentados em sua vida até a importância da diversidade para o futuro de uma indústria, dentre outros. As palestras virtuais serão realizadas, todas às quartas-feiras de março, às 11 horas, pelo canal do Lamce no YouTube.

Laboratório da Coppe seleciona pesquisador para atuar com análise de desempenho de caminhões

O Laboratório de Transportes de Cargas (LTC) da Coppe/UFRJ está selecionando um pesquisador bolsista para atuar no projeto “Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) de caminhões com motores elétrico à bateria e Ciclo Diesel Euro VI produzidos pela indústria brasileira”. O candidato deve ser graduado em Engenharia Civil, de Produção ou de Transporte e ter concluído o curso de mestrado em uma destas três áreas há no mínimo dois anos. Além disso, é preciso ter experiência com especificação de caminhões para transporte urbano de carga convencionais e/ou elétricos, bem como em testes de desempenho, tratamento de dados e avaliação de TCO (custo total de propriedade).

Os interessados em participar da seleção para pesquisador do LTC, que é vinculado ao Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, devem enviar as informações solicitadas, incluindo o histórico escolar da graduação e do mestrado, até o dia 20 de fevereiro, para o e-mail ltc@pet.coppe.ufrj.br. Para saber mais sobre as informações necessárias e demais pré-requisitos acesse o documento Referência para seleção de pesquisador.

Estudo da Coppe aponta oportunidades e obstáculos para energia eólica offshore no Brasil

Um estudo elaborado por pesquisadores da Coppe/UFRJ, e da Essenz Soluções, mostrou que nenhum porto brasileiro está preparado para a operação plena da montagem de parques eólicos offshore. Por outro lado, todos podem ser adaptados, não há necessidade da construção de novos portos, a regulamentação do setor está adequada à sua expansão, podendo gerar mais de 100 mil novos empregos. Essas são algumas conclusões do “Estudo de cadeia de valor: energia eólica offshore”, coordenado pelo professor Maurício Tolmasquim, do Programa de Planejamento Energético da Coppe, e patrocinado pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEeólica), que teve como objetivo mapear o estágio atual do segmento de energia eólica offshore no Brasil.

Os pesquisadores enumeraram desafios como a localização dos projetos eólicos offshore; o desalinhamento entre cronogramas de geração e transmissão e propriedade e obrigações referentes à infraestrutura de transmissão marítima. No entanto, os autores ressaltam que a regulação brasileira já incorpora ferramentas suficientes para fornecer os incentivos adequados aos empreendedores. O estudo é composto por 11 notas técnicas, abordando temas variados. “É mais amplo do que o título sugere, é mais do que o estudo da cadeia de valor”, avalia Maurício Tolmasquim.

Segundo o professor da Coppe, um dos desafios a serem enfrentados é a infraestrutura de transmissão. “É um gargalo que ainda existe para a indústria eólica onshore e é ainda maior para offshore. Há 70 projetos para offshore que estão em licenciamento ambiental e o investidor quer ter certeza de que haverá linha de transmissão e o planejador quer ter certeza de que haverá geração. O que vem primeiro, o ovo ou a galinha, a linha de transmissão ou a energia a ser transmitida? É um desafio alinhar essas expectativas e os respectivos cronogramas e o poder público deve resolver este desafio e garantir concatenação”, explicou o professor.

De acordo com o estudo, além da importância do investimento em linhas de transmissão, a infraestrutura portuária e logística é fundamental para o desenvolvimento dessa indústria no Brasil. A análise feita pelos pesquisadores da Coppe e da Essenz indicou que nenhum porto brasileiro, pela falta de histórico de plantas eólicas offshore no país, está completamente pronto para a operação plena e imediata na montagem de parques eólicos offshore, mas não há necessidade de construção de novos portos ou terminais. “Os portos existentes, com obras e modificações, dão conta do recado. É uma situação do tipo copo meio cheio, meio vazio. Não é a situação ideal, mas é razoável”, avaliou Tolmasquim.

“Além disso, há uma série de possíveis ganhos sociais e ambientais, como o grande potencial de geração de emprego, de 11 a 34 postos de trabalho por megawatt/h, podendo gerar de 72 e 163 mil empregos em 2050. Há também a possibilidade de criação de recifes artificiais, trazendo incentivos à aquicultura. Outro ganho é o forte abatimento nas emissões de carbono (CO2e) pela adoção de uma alternativa tecnológica menos poluente”, acrescentou.

Apesar da aprovação de um projeto de lei ser o mecanismo mais seguro para estabelecer um marco regulatório para o setor, o caminho escolhido por meio da publicação do Decreto nº 10.946/202 e suas portarias complementares foi considerado adequados para a efetivação dos investimentos necessários ao desenvolvimento da fonte eólica offshore e de sua cadeia de valor no Brasil. O professor lamentou que não tenha sido aprovada uma lei para a regulação do setor, “como deveria ter sido feito”. “Teria mais robusteza jurídica, mas é melhor manter como está para que não sejam feitas modificações ruins. A regulação já se mostra suficientemente adequada”.

Ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Tolmasquim acredita que o custo, atualmente pouco competitivo da energia eólica offshore, cairá gradualmente, tornando-a mais competitiva face a outras fontes de energia, como ocorreu com a eólica onshore. “Haverá curva de aprendizado e ganho de maturidade tecnológica, reduzindo o LCOE (custo nivelado de energia), como na época. Quando firmamos o primeiro leilão de eólica onshore, o custo era 85 dólares por megawatt/h, hoje é 30 e já foi 17. A offshore hoje está perto de 70, ou seja, é mais barata do que a onshore era naquela época”, afirmou.

O estudo foi apresentado pela ABEeólica, no dia 17 de janeiro, o seu sumário executivo encontra-se disponível na página da Associação.

Invent for the Planet 2023 tem início nesta sexta, 10/2

Terá início nesta sexta-feira, 10 de fevereiro, a edição 2023 do Invent for the Planet, a maratona mundial de inovação, que no Brasil, é coordenada pelos professores Marcelo Savi, da Coppe/UFRJ e Pedro Pacheco, do Cefet. Os alunos que se inscreveram devem checar seus e-mails e confirmarem a presença na maratona.

O Invent for the Planet (IFTP) é um desafio de 48 horas para que alunos de 40 universidades de diversos países tenham ideias que possuam potencial para mudar o mundo. O objetivo do desafio liderado pela Texas A&M University (EUA) é contribuir para a melhoria da qualidade de vida do planeta, por meio de projetos tecnologicamente inovadores.

A equipe brasileira, representada por alunos da Coppe, Escola Politécnica (Poli/UFRJ) e do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet) venceu as edições de 2019 e 2020 do desafio e foi à final no ano passado. O evento será realizado de 10 a 12 de fevereiro, no campus Maracanã do Cefet, na av. Maracanã, 229, Rio de Janeiro.

Os alunos que se inscreveram no IFTP devem checar suas caixas de email por mensagens da organização do evento e devem confirmar presença, enviando email para savi@mecanica.coppe.ufrj.br. A maratona terá início às 14h, no Bloco E do Cefet.

Saiba mais no Planeta Coppe Notícias e também na página do IFTP 2023.

Workshop internacional MIT Reap in Rio reúne especialistas e atores do ecossistema de inovação

O Rio de Janeiro sediará, a partir do dia 30 de janeiro, o 3º workshop do MIT Reap 2021/2023, Programa de Aceleração de Empreendedorismo Regional do Massachusetts Institute of Tecnology. A cidade foi selecionada para dar sequência à série de encontros iniciada em Boston, em 2021, como parte do ciclo do programa. O objetivo de reunir especialistas do MIT e as delegações dos outros seis países participantes do programa é discutir estratégias e ações específicas a serem realizadas pelas regiões participantes que atuam em segmentos econômicos diversos, como energia, agronegócio, tecnologia da informação, saúde e outros.

O encontro terá seu início com workshop internacional, no Museu do Amanhã, com a participação de professores do MIT e especialistas de institutos de ensino e pesquisa, autoridades governamentais, de CEOs de empresas de Energia e Inovação, de gestoras de investimentos, de startups, dentre outros.

“O workshop no primeiro dia é uma oportunidade de engajarmos os inúmeros atores presentes na implementação de um iEcossistema de Inovação em Energia e Sustentabilidade do Rio de Janeiro, tema da primeira candidatura do Brasil aprovada pelo MIT REAP”, explica o professor e coordenador do LabrInTOS da Coppe/UFRJ, Marcus Vinícius Fonseca, que irá moderar duas discussões – Transição Energética: uma Oportunidade Global para o Rio e Desafios de Governança do Ecossistema de Inovação.

Saiba mais e confira a programação completa no site do evento: https://mitreapinrio.com.br

Sobre o MIT REAP RIO

O programa MIT Reap Rio tem duração de dois anos e reúne os atores chave do ecossistema: governo, corporações, empreendedores, universidades e empresas de capital de risco. O objetivo é identificar e executar ações estratégicas na região com base no Programa de Aceleração do Empreendedorismo Regional do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, incluindo o estímulo à criação e o desenvolvimento de startups focadas nos setores de energia e sustentabilidade.

O MIT Reap Rio é uma iniciativa que conta com a participação do Laboratório de Inovação Tecnológica, Organizacional e em Serviços (LabrInTOS), da Coppe/UFRJ, representando Universidades, Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) e outras Instituições de Ensino Superior e Técnico do estado do Rio de Janeiro, todas convidadas para o encontro.

“A implementação de um ecossistema de inovação em energia e sustentabilidade no Rio de Janeiro exige a união daqueles que amam o Rio – esse é um projeto de todos nós, universidades, instituições de Ciência e Tecnologia, empresas e governos federal, estadual e municipal”, explica Marcus Vinícius.

Coppe participa de novo INCT de Física de Altas Energias

A Coppe/UFRJ fará parte do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Física de Altas Energias Cern-Brasil, aprovado em dezembro do ano passado, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O Instituto será coordenado pelo pesquisador Ignácio Alfonso de Bediaga e Hickman, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), e contará com a participação do professor José Manoel de Seixas, do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe.

O principal objetivo do novo INCT é dar suporte às atividades dos grupos de pesquisadores brasileiros que atuam nos quatro grandes experimentos do Large Hadron Collider (LHC): A Large Ion Collider Experiment (Alice), A Toroidal LHC ApparatuS (Atlas), Compact Muon Solenoid (CMS) e Large Hadron Collider beauty experiment (LHCb); assim como no experimento Antihydrogen Laser Physics Apparatus (Alpha), todos localizados na Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern), o mais importante laboratório de física de partículas do mundo. Pesquisadores da UFRJ atuam no Atlas, no LHCb e no Alpha.

“São quatro os pilares que nortearam a criação deste INCT: pesquisa básica, desenvolvimento tecnológico, colaboração científica internacional e educação. A pesquisa básica consiste em explorar experimentalmente a estrutura mais fundamental do Universo, estudando as partículas mais elementares que existem e suas interações, descritas pelo chamado Modelo Padrão (MP), assim como possíveis extensões deste modelo. Esses estudos somente podem ser conduzidos com a utilização de avançada tecnologia nas áreas de: sensores de radiação ionizante; eletrônica de leitura e processamento dos sinais gerados por esses equipamentos e técnicas de processamento de dados de altíssimo desempenho, capazes de processar a enorme quantidade de informações geradas nesses experimentos. Além disso, é um objetivo aproximar esses desenvolvimentos tecnológicos à indústria nacional”, analisa Bediaga.

Coordenador da equipe brasileira que atua no Atlas, o professor José Manoel de Seixas destacou que o comitê de transição do governo federal sinalizou duas prioridades na cooperação internacional em Ciência e Tecnologia, a participação do Brasil no Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile e a conclusão da adesão do país ao Cern.

“O prazo terminaria em fevereiro; entretanto, haveria um último meeting do Conselho do Cern, em dezembro, antes de se iniciar o recesso de fim de ano e o Brasil perderia o prazo. O pedido brasileiro para que o prazo fosse prolongado foi prontamente aceito, então temos mais um ano para fechar a associação. Temos atividades ligadas ao filtro online, como o Neuralringer, que detecta elétrons e que está sendo estendido à toda faixa de energia, atuando também para os fótons, e na calibração do medidor de energia, também estamos envolvidos na busca por matéria escura. É um caminho interessante que está se abrindo para a pesquisa em física de partículas”, destaca Seixas.

Jogo de tabuleiro da UFRJ voltado para descoberta de novos fármacos é adotado em diversificadas instituições

Alunos de pós-graduação em Ciências Biológicas da UFG utilizaram o Screener

Criado por pesquisadores da Coppe e do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), da UFRJ, o jogo educacional de tabuleiro denominado Screener começou a ser adotado em cursos de diversificadas instituições de ensino. Acompanhado por um livro, o jogo foi idealizado para propiciar um aprendizado lúdico e interativo sobre o longo e custoso processo que leva à comercialização de novos medicamentos. Pelo menos sete instituições, envolvendo cinco cursos de pós-graduação em Farmacologia, dois de graduação e um de nível técnico, já utilizaram o jogo nos ensinamentos de seus alunos, cujo número total já ultrapassa a 150.

O objetivo principal do Screener é estimular e apoiar os Programas de Pós-Graduação em Farmacologia que desejam implantar uma disciplina sobre o processo de descoberta e desenvolvimento de fármacos e medicamentos. O jogo foi lançado, em novembro de 2021, durante o congresso anual da Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE), órgão que, por meio de suas iniciativas educacionais, chancelou o jogo produzido pela equipe multidisciplinar da UFRJ. Sua produção contou com apoio de Farmanguinhos/Fiocruz e do CNPq, e a dinâmica está disponível no site http://screener.com.br.

Com o jogo é possível compreender todo processo de introdução de um novo fármaco no mercado, desde a validação de um alvo até o registro do novo medicamento junto à agência reguladora, a exemplo da Anvisa. Criado pelos pesquisadores do Laboratório de Ludologia, Engenharia e Simulação (Ludes) da Coppe, e pelo Prof. François Noël, do Programa de Farmacologia e Química Medicinal do ICB, o Screener foi idealizado para que possa ser jogado de forma individual, como autoaprendizagem, ou com a ajuda de um monitor para auxiliar seis jogadores ou equipes. O professor do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (Pesc) da Coppe Geraldo Xexéo, coordenador do Ludes, explica que, ao final do jogo, se espera que os participantes tenham aprendido as 29 tarefas a serem executadas, organizadas em sete etapas que constituem as fases de descoberta e desenvolvimento de fármacos, dentro do quadro regulatório.

O Screener foi utilizado de formas diferenciadas nas instituições

Alunos do ICB-UFRJ foram os primeiros a usarem o jogo, em maio de 2022

No próprio curso do ICB-UFRJ, o jogo foi usado na forma proposta pelos seus criadores, já em maio de 2022. Da mesma forma, o jogo foi adotado de forma tradicional na Universidade Federal de Goiás (UFG), pelos professores Paulo Ghedini e Carlos Henrique de Castro, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, em uma turma de 12 alunos. O mesmo ocorreu na Universidade Federal do Pará (UFPA), onde as professoras Maria Elena López e Gabriela Arrifano, do Programa de Pós Graduação em Farmacologia e Bioquímica, utilizaram o Screener em uma turma de nove alunos.

Alguns professores fizeram adaptações ao formato original, a exemplo da realizada pela professora Tânia Araújo Viel para uma turma de 50 alunos do curso de Biotecnologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH/USP). Tânia construiu um tabuleiro semelhante ao do Screener com placas de EVA (que são emborrachadas a base de etil, vinil e acetato), no qual um estudante de cada grupo se desloca como se fosse o peão do jogo tradicional. Já os professores Soraia Costa, Marcelo Muscará e Wothan Tavares de Lima do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia do Instituto de Ciências Biomédicas, também da USP, usaram o jogo de forma híbrida em uma turma de 29 alunos. As equipes tinham um aluno jogando de forma presencial e outros acompanhando de forma virtual.

No Programa de Pós-Graduação em Produtos Bioativos e Biociências (PPG-ProdBio), da UFRJ-Macaé, o Screener foi utilizado em uma turma de 12 alunos pelos professores Juliana Raimundo e Thiago Barth, na qual as equipes foram formadas por um aluno de pós-graduação e um aluno de graduação selecionado para integrar um programa de pré-mestrado. Já na universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), o jogo foi utilizado de forma inovadora na aula prática de Farmacologia Humana do curso de graduação em Enfermagem, pelo professor Domingos Tabajara Martins, com colaboração das professoras Bruna Di Serio e Ariadne Aguiar.

No IFRJ o jogo foi adaptado para ensinamento a alunos do curso técnico em Farmácia

Outra instituição que utilizou o Screener de forma diferenciada foi o Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), no campus Maracanã. Lá as professoras Marcela Coutinho, Bruna Zorzanelli e Eloísa Portugal Souza fizeram uma adaptação para poder usar o jogo no ensinamento de seus 34 alunos do último ano do curso técnico em Farmácia, na disciplina de Tecnologia Farmacêutica. Uma experiência que foi bem apreciada por tais estudantes, em função da linguagem ter sido adaptada a eles.

A metodologia científica incorporada no Screener foi estruturada pelo professor François Noël, do Programa de Pós-graduação em Farmacologia e Química Medicinal, do ICB/UFRJ. A principal função do jogo é atender aos alunos de pós-graduação que atuam nas áreas de farmacologia e química medicinal/farmacêutica, sendo por eles usados durante as disciplinas. Mas, pode ser bastante útil para todos os profissionais envolvidos em alguma etapa do processo de descoberta e desenvolvimento de fármacos, assim como para alunos de graduação que se interessam pela área e pretendam ingressar num curso de pós-graduação, ou mesmo pleitear uma vaga na indústria farmacêutica, no INPI ou na Anvisa, por exemplo.